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Qual novela vai substituir Senhora do Destino no Viva?
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Lançamentos, Séries

Qual novela vai substituir Senhora do Destino no Viva?

A programação do Viva está prestes a passar por uma mudança emocionante, e os fãs de novelas não podem deixar de ficar animados. Com o sucesso de “Senhora do Destino” chegando ao fim, o canal já preparou a sucessora que promete conquistar o público com sua trama envolvente. A partir de dezembro, o Brasil se despedirá da Nazaré Tedesco, e dará as boas-vindas à “América” de Glória Perez.

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América é uma trama que marcou época quando foi originalmente exibida em 2005. A novela nos leva a uma viagem emocionante através dos Estados Unidos, narrando a história de Sol, interpretada por Deborah Secco, uma jovem que decide deixar o Brasil para buscar uma vida melhor nos EUA. Na busca por seu “sonho americano”, ela enfrenta desafios e situações inusitadas, incluindo o choque cultural e a luta para vencer na terra das oportunidades.

Com um elenco que inclui ainda atores como Murilo Benício, Caco Ciocler e Cléo Pires, a novela é repleta de romance, drama e, é claro, a inconfundível marca de Glória Perez, conhecida por suas tramas envolventes que misturam a cultura de vários países diferentes.

Preparem-se para se emocionar, rir e torcer pelos personagens de “América” no Viva. A novela promete prender a atenção dos telespectadores e fazer com que as noites sejam ainda mais agradáveis. Fique ligado para não perder nenhum capítulo dessa emocionante jornada, que promete relembrar as aventuras e desafios de Sol na terra das oportunidades. Senhora do Destino deixa saudades, mas América está pronta para encantar a todos.

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Viva: A Vida é Uma Festa (2017)

Primeiramente, é inevitável não comparar Viva: A Vida é Uma Festa (Coco, 2017) com Festa no Céu (The Book of Life, 2014). Ambos partem do mesmo princípio, o feriado mexicano do Dia de Los Muertos, com protagonistas que correm atrás dos seus sonhos. E ambos são ótimos. Porém a nova animação da Disney/Pixar consegue encontrar sua própria identidade, e o resultado é simplesmente o melhor filme do estúdio desde Divertida Mente (Inside Out, 2015).

Miguel é um garoto apaixonado por música, que sonha em ser famoso e seguir os passos do seu ídolo já falecido, Ernesto De La Cruz. Mas, por causa de uma desilusão do passado, a família de Miguel não pode nem ouvir falar em nada relacionado a música, e quer que o menino siga o ofício de sapateiro, uma tradição familiar.

A trama de Viva: A Vida é Uma Festa pode não ser tão original quanto Divertida Mente, mas consegue ser mais tocante. Abordar um tema tão complexo, como a morte, é um risco. Ainda mais se levarmos em consideração que estamos falando de uma animação para a família. Porém a história acerta ao tratar o assunto com sensibilidade.

(divulgação)

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O relacionamento familiar e seus conflitos estão presentes na história, como em boa parte das animações da Disney (e da Pixar também). Porém, ao falar sobre a morte, Viva: A Vida é Uma Festa disserta sobre lembranças. Aquelas lembranças que mantemos acesas dentro de nós, mesmo quando um ente querido morre. As memórias estabelecem a conexão entre os vivos e aqueles que já se foram.

Conceitualmente, a Terra dos Mortos muito se assemelha ao retratado em Festa no Céu e até mesmo em A Noiva-Cadáver (Corpse Bride, 2005). Novamente o espectador é transportado para um mundo cheio de cores, música e vida. Mas a Disney/Pixar cria uma identidade visual para esse universo que, como sempre, é de encher os olhos.

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Outro aspecto positivo do filme está no modo como as tradições e a cultura do México são retratadas. Os rituais e preparativos das famílias mexicanas para o Dia De Los Muertos (equivalente ao nosso Dia de Finados, mas celebrado de uma maneira bem diferente), as músicas e os elementos culturais, todos bem delineados e com muito bom gosto.

Viva: A Vida é Uma Festa é uma emocionante celebração da vida, da família e da importância de sempre manter acesa a memória afetiva dos nossos antepassados.

Resenhas

Resenha: Depois Daquela Viagem, de Valéria Piassa Polizzi

Antes de qualquer coisa, preciso dizer que li Depois Daquela Viagem pela primeira vez com 15 anos, em 2004. Acredito que ele me tornou um adolescente melhor ao fim da jornada que foi acompanhar a vida da autora, Valéria. O encontrei na biblioteca da escola, li, devolvi e ficou por isso mesmo. Depois de uns meses, fui à busca dele novamente. Nunca mais o encontrei. As memórias foram indo embora e eu havia esquecido seu nome. Sua história porém, ficou. Sempre tive a esperança de encontra-lo em alguma livraria. Muito que bem, começo deste mês de agosto, estava de bobeira na Saraiva quando finalmente o vi: a Editora Ática o reeditou e relançou em todo o Brasil e meus olhos brilharam ao vê-lo na estante. Agora, com 22 anos, o li novamente com toda a calma do mundo e com muita felicidade escrevo esta resenha para vocês. Enjoy it! =’)

 

Depois Daquela Viagem é um livro que se passa entre os anos 80 e 90, narrado em 1ª pessoa, contado por sua personagem principal: a autora Valéria Piassa Polizzi. Morena, branca, com longos cabelos pretos e de classe média alta, a história começa com uma viagem de Val com os pais em um cruzeiro, aos seus 16 anos. Neste cruzeiro, conhece um homem de 25 anos que meses mais tarde, viria a se tornar seu namorado. Sim, mesmo com quase 10 anos de diferença de idade, ele engrenam um relacionamento. Passado a fase de conto de fadas, Valéria se vê num relacionamento abusivo, na qual apanha do rapaz, é diminuída e é tratada como inferior. Apesar disso tudo, a morena acha que é culpada por tudo isso. A série de mal tratos só termina quando a família flagra uma cena de agressão e interfere pelo fim do relacionamento.

Após dois anos, Valéria descobre ser portadora do vírus da AIDS, o HIV. Como só havia transado com o namorado que a espancava, a equação é óbvia: ele a contaminou. E já era difícil falar sobre isso em uma época em que a internet não era acessível. Não havia tantos tratamentos e a doença já era diretamente associada a morte. Imagine isso para uma garota que mal havia chegado aos 18 anos. Até então, a AIDS era associada apenas aos gays e praticantes do sexo anal, o que não era o caso de Valéria. O preconceito com portadores do vírus no Brasil era absurdo e a falta de tato dos hospitais e planos de saúde não ajudava a atrair uma perspectiva melhor para os infectados. A única palavra era: morte.

Val se nega a iniciar os tratamentos oferecidos na época. O medo das reações e complicações que poderia ter, e também pela falta de humanidade nos especialistas pelos quais passou. Aquela imposição de “você tem que fazer isso, tem que fazer aquilo” sem nem ao menos explicar o que está acontecendo e dar alguma perspectiva de melhoria é realmente complicado. Após trabalhar algum tempo com o pai, Valéria, que já havia desistido de faculdade e da realização de diversos sonhos por conta de “não ter tempo para aproveitar nada disso”.

A expectativa de sua morte era para dali “5 ou no máximo 10 anos”, e então ela resolve que o melhor seria fazer um curso de inglês nos Estados Unidos e aproveitar um tempo sozinha. Longe de toda negatividade em torno de sua família e dos médicos brasileiros. É aí que tudo muda.

Nos Estados Unidos ela faz amigos, conhecem pessoas de culturas diferentes e aprende coisas que a fazem querer continuar viva. Talvez seja bem clichê, mas a meditação, a calmaria que um rapaz sueco traz para ela faz toda a diferença. Seu nome é Lucas, e ele se torna o grande companheiro de Valéria. Sempre fazendo caminhadas e trilhas, mostrando o lado mais calmo da vida, longe de tudo e de todos. A serenidade vem com tudo, trazendo uma calmaria interior que foi muito decisivo para clarear as idéias.

Também em terras americanas, se é apresentado uma novo lado dos pacientes com AIDS: o lado da vida. É demonstrado que sim, dá pra viver com o vírus. Dá pra se viver muito tempo com ele, de forma saudável. De forma comum. Apesar dessa ponta de esperança ser apresentada, Val não está convencida de iniciar os tratamentos com medicação pesada a qual deveria estar tomando. Porém, após contrair uma febre que não abaixa e um mal estar frequente, ela volta ao Brasil e logo após sua chegada, é internada. Após quase morrer, percebe o quanto vale a pena lutar e conseguir forças para continuar aqui e decide iniciar o tratamento ao qual tanto se negou.

Obviamente, o começo não é fácil. As reações a põe de frente para tênue linha entre a vida e a morte. É bonito acompanhar a força e a garra que a gente consegue ter nas horas que achamos que vamos desmoronar. E toda a história faz sentido neste ponto. E é lindo, é emocionante chegar ao final, em que temos uma prova de que tudo é possível.

Fora da história do livro, Valéria Piassa Polizzi tem hoje, em 2016, 41 anos, é super adepta da meditação.

Hoje já cuida dos pais, logo ela, que achou que nunca chegaria a este ponto. Ainda aguardo uma continuação de sua história, e espero que em breve ela se anime em nos contar, afinal, são quase 20 anos de espaço para serem preenchidos e muitas mudanças, não só tecnológicas, mas de cabeças, de pensamentos. Depois Daquela Viagem ao seu fim, nos coloca de frente ao preconceito, dentro da cabeça de quem o enfrenta. Simplesmente sensacional.

Abaixo um booktrailler feito por fãs do livro disponibilizado no Youtube que resume bem tudo que eu disse:

 

Para finalizar, segue o blog de Valéria, caso você se interesse em continuar acompanhando sua jornada: http://valeriapiassapolizzi.blogspot.com.br/.