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Aposta do terror para 2022, Exorcismo Sagrado ganha trailer oficial
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Aposta do terror para 2022, Exorcismo Sagrado ganha trailer oficial

Estrelado por Will Beinbrink (‘It: Capítulo 2’), o longa chega aos cinemas nacionais em 10 de fevereiro. Dirigido por Alejandro Hidalgo, Exorcismo Sagrado traz nomes como Joseph Marcell (‘Um Maluco no Pedaço’), María Gabriela de Faría (‘Deadly Class’), Will Beinbrink (‘It: Capítulo 2’) e Hector Kotsifakis (‘Luna de Miel’) no elenco. Buscando uma nova abordagem para os filmes de exorcismos, o longa é uma das grandes apostas do terror para este ano e chega aos cinemas nacionais em 10 de fevereiro. A Imagem Filmes é a distribuidora responsável pelo lançamento no Brasil e acaba de liberar o primeiro trailer oficial do longa.

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Peter Williams (Will Beinbrink), um padre americano que vive no México, desafia ordens de seus superiores para realizar um ritual de exorcismo. No entanto, o demônio é forte demais para ser derrotado e consegue levar o padre a cometer um terrível sacrilégio. Dezoito anos depois, as consequências desse pecado voltam a assombrar Peter diariamente. Para salvar sua vida, ele vai precisar enfrentar novamente o demônio que conhece tão bem suas fraquezas em uma batalha ainda maior entre o bem e o mal. Trazendo elementos de grandes clássicos do gênero, como ‘O Exorcista’ e ‘Uma Noite Alucinante’, Exorcismo Sagrado é definido pela crítica como um projeto “que subverte constantemente todas as expectativas que temos a respeito do subgênero de filmes de exorcismo”. O longa foi indicado a Melhor Filme de Terror na última edição do Fantastic Fest, um dos principais festivais de filmes de gênero dos Estados Unidos.

Exorcismo Sagrado conta ainda com Raquel Rojas (‘Grachi’), Alfredo Herrera (‘Fear the Walking Dead’), Eloisa Maturen (‘Liz em Setembro’), Juan Ignacio Aranda (‘Obediência Perfeita’) e Christian Rummel (‘The Last of Us: Part II’) no elenco.

Assista ao Trailer

Sinopse:
Ao ser possuído durante um ritual de exorcismo, o padre Peter Williams (Will Beinbrink) acabou cometendo um terrível sacrilégio. Dezoito anos depois, as consequências de seu pecado voltam para assombrá-lo e acabam desencadeando uma batalha ainda maior entre o bem e o mal.

Crítica: 1922 (2017)
Crítica: 1922 (2017)
Atualizações, Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: 1922 (2017)

Ontem (20/10) estreou 1922, filme de terror psicológico, e que é mais uma adaptação de Stephen King feita pela Netflix; e que está fazendo parte do Especial de Halloween do Beco Literário. O longa é uma adaptação do conto homônimo de King — conto esse que faz parte do livro Escuridão Total Sem Estrelas, lançado aqui no Brasil em 2015 pela Suma de Letras — e de todo o livro, considerado pelos fãs o mais pesado e macabro. 1922 é dirigido e roteirizado por Zak Hilditch (As Horas Finais), que foi muito elogiado pelo próprio Mestre do Terror.

Imagem: Thomas Jane, Netflix

1922 é ambientado no ano que dá nome ao longa, e segue a história da família James, composta pelo patriarca Wilfred James (Thomas Jane, em uma de suas melhores performances), sua mulher Arlette James (Molly Parker), e seu único filho Henry James (Dylan Schmid ), que moram em uma fazenda no Nebraska. Wilfred como um típico fazendeiro e patriarca de uma família de 1922 há apenas duas coisas que ele mais se importa: suas terras e seu filho varão, que herdará as suas terras.

No entanto, sua esposa Arlette nunca gostou de morar em uma fazenda, e seu sonho é morar na cidade grande, e abrir uma butique de roupas. Esse sonho se torna possível, quando ela herda um pedaço de terra próximo a ferrovia, e decide vendê-lo, para ter o dinheiro necessário para se mudar para a cidade. Wilfred prontamente não concorda com a decisão, e mesmo com vários argumentos da esposa, não quer vender as terras e morar na cidade. Mas, como bem pontua Arlette, as terras eram dela, então a decisão de vender era dela. Ela venderia as terras, e se mudaria para a cidade grande com o filho, com ou sem o marido, e restava Wilfred aceitar ir com ela ou não.

Porém, há uma escuridão em cada ser humano, e como Wilfred bem pontua em sua narração, há um Wilfred calculista e perverso dentro do fazendeiro; e influenciando o seu filho— que também não deseja abandonar sua vida na fazenda — decidem matar Arlette. No entanto, essa decisão se mostrará uma das piores decisões de suas vidas, já que a partir de então tudo na vida de pai e filho começará a ruir, assim como o corpo de sua esposa e mãe sendo decomposto e comido por ratos.

ATENÇÃO ALGUNS SPOILERS ABAIXO

 

Imagem: Molly Parker, Netflix

 A culpa e como ela pode enlouquecer um ser humano sempre foi um dos temas mais explorados pelo Gênio do Terror, Edgar Allan Poe (e com toda certeza o meu escritor preferido), um dos seus contos mais famosos, O Coração Delator (The Tell-Tale Heart), trata justamente disso:  um homem após matar um velho para quem trabalhava e escondê-lo embaixo do assoalho, passa a ouvir o som dos batimentos cardíacos do velho morto, justamente quando a polícia vai interroga-lo. Só ele pode ouvir o som, e é tão enlouquecedor que ele acaba de entregando para a polícia.

Outro tema muito explorado por Poe, é a escuridão que cada ser humano tem dentro de si, que o faz cometer atos terríveis; Poe vai chamar esse lado perverso do ser humano de Demônio da Perversidade em um conto/artigo teórico maravilhoso. Stephen King utilizou esses dois temas do terror em 1922, com Wilfred sendo “tentado” por um “demônio interior e perverso” em que a única solução que ele via para aquela situação era o assassinato da esposa. O Wilfred calculista e perverso que existia dentro do fazendeiro criou uma trama de uma lógica perversa para seu filho Henry compactuar do mesmo pensamento, onde matar a mãe seria um mal necessário, algo que até Deus os perdoaria. Feito o ato eles teriam que lidar com o peso da culpa.

Mas antes, deve-se cobrir os rastros do crime. Então pai e filho escondem o corpo da mãe em um poço, assim como roupas e joias, para simular para a polícia que Arlette fugiu. Era 1922 afinal, e dizer que a esposa fugiu, evitaria muitas perguntas da polícia, até mesmo para preservar a “honra” do marido abandonado, mesmo que muito da história não batesse. Wilfred e Henry seguem com suas vidas, trabalhando na fazenda, Henry cada vez mais sério com sua namorada Shannon (Kaitlyn Bernard); mas ambos não conseguem esquecer o que fizeram. Henry fica cada vez mais irritado e distante, e começa a perder a noção do certo e errado, já Wilfred não consegue esquecer a última imagem que tem da mulher: morta no poço e sendo comida por ratos. Ratos esses que parecem estar infestando a casa.

Tudo começa dá errado para os dois. Henry engravida a namorada e eles fogem, virando criminosos, a casa começa a cair em ruinas, com ratos roendo tudo nela, e a casa começa a cair aos pedaços. E Wilfred começa a ser assombrado pela sua esposa morta. Será que o espírito dela veio atormentá-lo? Ou Wilfred está enlouquecendo com a culpa? A sua vida parece estar em ruínas, e como uma praga divina, os ratos estão por toda parte, atormentando Wilfred, cada vez mais sendo consumido pela culpa.

1922 é um bom filme de terror psicológico, com uma ótima atuação de Thomas Jane, que realmente se entregou ao personagem. Toda a caracterização do personagem o fez ficar completamente irreconhecível de outros trabalhos do ator, como o seu Frank Castle, em o Justiceiro de 2004. Molly Parker aparece pouco, porém faz um ótimo trabalho. A única falha no quesito atuação é Dylan Schmid, que não consegue acompanhar a atuação de Thomas Jane, nos entregando uma atuação fraca e sem muitas expressões.

Imagem: Thomas Jane, Netflix

O ritmo do filme também é um problema, sendo arrastado em alguns momentos, mas Zak Hilditch consegue entregar um bom filme de terror psicológico, com uma atmosfera sufocante, cada vez mais que a culpa vai consumindo Wilfred James e sua adorada fazenda e filho. No entanto, das duas adaptações de Stephen King da Netflix, Jogo Perigoso ainda segue como o meu favorito.

1922 já está disponível na Netflix.

Especial Halloween: 

Filmes

Entre na hype para IT, o novo filme de Stephen King

“Do que você tem medo?”

Essa é a pergunta que o trailer de “It” (2017) deixou na cabeça dos espectadores. O filme, adaptação do livro de Stephen King lançado em 1986, tem tudo a ver com os medos de cada um: a Coisa, como It é traduzido em português, é uma criatura que pode se mostrar como seu maior medo, mas normalmente aparece na forma do assustador palhaço Pennywise.

Na trama, acompanhamos um grupo de crianças que se veem perseguidas pela misteriosa entidade metamorfa e juntam-se para enfrentá-la.

O livro tornou-se um clássico do terror pouco tempo após ser lançado, com personagens cheios de vida e temas relevantes, além de deixar as gerações futuras com um gostinho de Coulrofobia (medo de palhaços). Quatro anos depois, uma minissérie de TV em dois episódios foi lançada. Muita gente conheceu Pennywise nessa versão, que divide opiniões até hoje. Em setembro desse ano, uma nova adaptação chegará ao cinema numa versão muito mais assustadora. Confira agora uma análise da minissérie original e do trailer do filme (a minha resenha do livro você encontra aqui, e a do Rodrigo Batista aqui) e saiba o que esperar.

It (1990)

A primeira adaptação segue a linha narrativa do livro, que vai e volta nas memórias dos protagonistas. Acompanhamos Bill, Eddie, Richie, Michael, Stan, Bev e Ben como crianças e como adultos, nas décadas de 50 e 90 respectivamente. Mesmo sem utilizar recursos comuns na filmografia atual, como alternar entre temperatura de cores para separar passado e presente (visto em “13 Reasons Why”), as distinções entre passado e presente são claras por mais do que só a mudança de elenco. Toda a cenografia, com carros antigos e figurino adequado, deixa a transição bem natural.

O roteiro adapta várias cenas marcantes do livro, mas ainda assim muita coisa fica de fora. Apesar disso, ainda é possível se apegar aos personagens; Richie Tozier, meu personagem favorito, foi maravilhosamente representado por Seth Green (criança) e Harry Anderson (adulto). Não é o caso, porém, de outros atores do elenco. Muito embora todos tenham histórias comoventes e sejam bastante amáveis, as atuações não são sempre boas. Em geral, as crianças convencem mais em seus papéis do que os adultos, com exceção de Berverlie, que tem Annete O’Toole no papel adulto em um ótimo desempenho.

Os efeitos especiais, mesmo para a época, poderiam ser muito melhores. Filmes como “Star Wars” (1977) ou “De Volta Para o Futuro” (1985) mostram como. Apesar disso, a maquiagem de Pennywise (Tim Curry) transforma o ator e o deixa pronto para qualquer cena. Curry mostra ser um mestre das expressões faciais — o que é essencial, já que elas são o recurso mais utilizado para criar a atmosfera tenebrosa ao redor do personagem.

Em geral, é uma boa adaptação com alguns problemas técnicos. A maior questão é: seja pela produção ser antiga ou por opção do diretor, vários elementos popularizados pelo terror moderno não são utilizados. Jumpscares, antecipação, o silêncio estratégico: nenhum desse elementos está presente. Mesmo assim, o filme consegue passar uma atmosfera tenebrosa, que deixou muita gente com receio de palhaços (e bueiros) por um bom tempo.

It (2017)

Adaptado para uma geração muito mais exigente em termos técnicos, o novo IT parece sombrio. Se você não viu o trailer ainda, dá uma olhada aí embaixo.

MA-CA-BRO. A cena em que Pennywise aparece no projetor, surgindo a partir da mãe de Bill é sinistra, e se o filme tiver esse tom, os fãs estão em boas mãos.

Para essa adaptação, foi decidido reformular a narrativa. A história será dividia em dois filmes; O primeiro contando apenas o primeiro encontro do “Clube dos Perdedores” com a Coisa, e o segundo filme mostrando o seu retorno. A produção vai trazer a história de 50/90 para 80/presente, numa vibe bem “ET” e “Stranger Things”.

Apesar de detalhes estéticos alterados, o mais notório sendo o visual de Pennywise, o escopo maior da adaptação parece satisfatório; algumas formas da Coisa que foram cortadas na minissérie de 1990 retornarão, como “o leproso”. Essa forma é o maior medo de Eddie, que tem uma mãe paranoica com saúde. Uma dúvida é se o filme mostrará a relação das crianças com seus pais; no livro esse é um tema importantíssimo, e a adaptação deixou-o de lado (inclusive fazendo uma adaptação bizarra onde a mãe de Eddie faz o breve papel que, no livro, é de sua esposa).

Importante mencionar que a classificação indicativa foi confirmada como R (+18). Seria difícil contar a história apropriadamente sem isso, e é importante que o filme pegue carona na coragem de filmes como “Logan” (2017), que não se preocupou em segurar a mão para mostrar como o Wolverine realmente é: um reflexo da natureza humana que, apesar de sua violência intrínseca, é capaz de bondade. IT vai mostrar um embate colossal entre a pureza da infância e seus medos mais profundos — e vai fazer isso de um jeito assustador.

IT estréia nos cinemas em 8 de setembro de 2017.

it
Livros, Resenhas

Resenha: IT, Stephen King

“Todos flutuam aqui em baixo”… É assim que é conhecido It.

Essas são as últimas palavras que George Demborough ouve antes de morrer, mutilado por uma… Coisa. Uma coisa horrivel, metamorfa, que é também um palhaço chamado Pennywise.
30 anos depois, o estereótipo do palhaço monstruoso é um elemento comum nas obras de terror, mas na época foi uma novidade — e um grande susto pra quem leu e hoje diz que não consegue passar perto de um bueiro sem sentir calafrios.

“Quer um balão, Georgie?”

O livro conta a história de 7 amigos que enfrentam essa criatura macabra e quase onipotente não uma, mas DUAS vezes. São duas narrativas intercaladas: uma retrata a infância do “Clube dos Perdedores” como eles chamam a si mesmos; outra conta a história deles adultos, num segundo encontro com Pennywise, que está de volta na tenebrosa Derry.

Bill, Eddie, Ben, Richie, Stan, Bev e Michael desenvolvem uma amizade tão forte e verdadeira ao longo da história que você quase deseja ser amigo deles também. Cada um dos personagens tem personalidades marcantes e são essenciais não só para a história, mas para a construção de personagem de cada um dos outros. Eles literalmente não seriam os mesmos se não estivessem juntos.

“Talvez, pensou ele, não existam coisas como amigos bons ou ruins. Talvez existam só amigos, pessoas que ficam ao seu lado quando você se machuca e que ajudam você a não se sentir muito sozinho. Talvez valha a pena sentir medo por eles, sentir esperança por eles e viver por eles. Talvez valha a pena morrer por eles também, se chegar a isso. Não amigos bons. Não amigos ruins. Só pessoas com quem você quer e precisa estar; pessoas que constroem casas no seu coração.”

Da esquerda para a direita: Stan, Richie, Michael (atrás), Bill, Bev, Ben.

Vale a pena mencionar: Derry é maligna. Você vai aproveitar a obra bem mais se souber disso desde a primeira linha, desconfiando de tudo e todos que encontrar ao longo de suas 1104 páginas (sim, é monumental). Os protagonistas vão sentir isso na pele, ao sofrerem bullying e negligência, desde o valentão Henry Bowers até o farmacêutico Sr. Kleene. O que torna IT diferente da maioria das histórias de terror é justamente tratar de tais temas (inclusive a homofobia, o que é bastante corajoso para a época).

Outro tema da obra é o quanto você é definido pela sua infância — e principalmente pelos seus pais. Muitos medos e problemáticas dos personagens derivam de suas experiências nas suas casas, com pais controladores, ausentes, paranóicos ou até agressivos. E claro, também existe todo o lado metafórico da Coisa ( 😉 ). Um palhaço que assume a forma do que mais te assusta é uma forma genial de se tratar dos medos da infância, e como nós crescemos ao enfrentá-los. O “Clube dos Perdedores” são 7 crianças que enfrentam seus maiores medos e tornam-se adultos, seguindo suas vidas até que sejam confrontados novamente pela memória dos traumas que deixaram para trás.

Com uma narrativa envolvente, King não poupa palavras pra contar cada memória e momento crucial na construção de cada personagem central (e as vezes nem tanto) da trama. Diferente de alguns outros livros do autor, não tem muito o que cortar em IT que não fosse fazer falta de alguma maneira. Se no final do livro você estará vibrando pelos personagens e temendo por eles (ou, no caso de Henry Bowers, odiando), é justo pelo tempo que você passa acompanhando eles ao longo de sua jornada.

A esse ponto você já deve ter percebido que IT não ficou famoso por nada. Gostando ou não, é difícil contestar as qualidades técnicas e artísticas da obra, que consegue ser muito mais que um livro de terror: é uma história sobre crescer, e sobre a vitória do amor sobre o medo.

E também sobre um palhaço metamorfo assassino.

Tomando banho com o crush

Se você gostou, confere aqui o trailer do filme baseado na obra que vai sair em setembro de 2017, e o da adaptação original para a TV de 1990 aqui. Não esquece de compartilhar o texto! 😉

Atualizações

Set de filmagens de Invocação do Mal 2 recebe um padre!

Começaram as filmagens de Invocação do Mal 2, e o clima já está tenso no set de filmagem, tão tenso que um padre foi chamado para abençoar os atores e os locais de filmagem.

 


O filme tem estreia prevista para o dia 9 de junho de 2016.