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Resumo

Veja tudo o que rolou ontem (7) no Prêmio Multishow
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Cultura, Música

Veja tudo o que rolou ontem (7) no Prêmio Multishow

Ontem, dia 7 de novembro, a 30ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira, também conhecido como Prêmio Multishow 2023, realizou uma noite memorável com apresentação de Ludmilla, Tatá Werneck e Tadeu Schmidt. O evento, pela primeira vez transmitido em sinal aberto pela TV Globo, consagrou diversos artistas e promoveu momentos inesquecíveis.

Ludmilla foi um dos destaques da noite ao surpreender a todos cantando o Hino Nacional após esquecer a letra durante um momento na Fórmula 1. O público presente ovacionou a cantora, demonstrando um gesto de respeito e patriotismo, unindo-se a ela no canto do hino com mão no coração.

A representatividade do funk brasileiro também teve destaque com Tati Quebra Barraco e Valesca Popozuda premiando Dennis e Kevin O Chris com o título de Funk do Ano por “Tá OK”. Logo em seguida, Djonga e Sarah Guedes receberam o prêmio de Hip Hop do Ano com “Penumbra”.

O palco foi dominado por talentos da música brasileira, como BK’, que cativou os fãs do Twitter com sua apresentação de “Amanhecer”, sendo comparado a um “Kendrick Lamar brasileiro”. Filipe Ret também entregou uma performance impressionante.

 

O Prêmio de Show do Ano, apresentado por Sabrina Sato, concedeu o prêmio a “Numanice” por meio de uma votação popular, emocionando Ludmilla. As categorias do Prêmio Multishow 2023 foram divididas entre votação popular e votação da academia, reconhecendo a diversidade musical do Brasil.

A noite contou com homenagens emocionantes, como Liniker homenageando Erasmo Carlos com “Gente Aberta”, Pitty celebrando Rita Lee com “Esse Tal de Rock Enrow” e Glória Groove cantando “Vaca Profana”. Após os comerciais, artistas como Manu Bathidão, Marina Sena, Duda Beat e Pabllo Vittar brilharam com suas apresentações.

O prêmio de Sertanejo do Ano, apresentado por Deborah Secco e Roberta Miranda, foi concedido a Simone Mendes por “Erro Gostoso”. A artista também foi premiada com Hit do Ano, e sua performance no evento conquistou a fidelidade dos fãs.

Melly recebeu o prêmio de Revelação, patrocinado pela Latam Airlines, e se juntou a Jão, Iza e Lulu Santos para uma emocionante performance. Jão, por sua vez, levou o prêmio de Clipe TVZ do Ano por “Pilantra”, em parceria com Anitta, e apresentou “Alinhamento Milenar”, single de seu novo álbum, “Super“.

O universo da música cristã foi representado por Kleber Lucas, premiado por sua colaboração com Caetano Veloso em “Deus cuida de mim”. Iza Buzzi levou o troféu de Brasil com “Direitos Autorais”, e o prêmio de Pop do Ano ficou nas mãos de Iza e MC Carol por “Fé nas maluca”.

A categoria mais esperada da noite, “Álbum do Ano”, foi conquistada por Xande de Pilares com “Xande canta Caetano”, anunciada antes da incrível performance de Luísa Sonza, que emocionou o público com três músicas de seu novo álbum, “Escândalo Íntimo”.

Iza, a grande estrela da música brasileira, foi agraciada com o prêmio máximo da noite, “Artista do Ano no Prêmio Multishow”, em reconhecimento ao seu talento e contribuição para a cena musical do país.

Resumo da terceira temporada de Elite
Filmes, Séries

Elite: Resumão da terceira temporada

Hoje estreou a quarta temporada de Elite na Netflix e se você, assim como nós, vai deixar para maratonar todos os episódios no final de semana, esse resumo da terceira temporada é para você! Vale a pena lembrar que já postamos por aqui, no início da semana, resumos da primeira e da segunda temporadas.

+ Elite: Resumão da primeira temporada
+ Elite: Resumão da segunda temporada

Se você tem a memória fraca assim como a gente e esqueceu todos os acontecimentos da primeira, segunda e terceira temporada de Elite, nós do Beco Teen estamos aqui para te ajudar. Fizemos uma super força tarefa para assistir novamente todos os episódios do mundo do Las Encinas só para te deixar atualizado para não passar nenhum detalhe.

Vamos relembrar o resumo da terceira temporada?

Pode conter spoilers a partir deste ponto!

Elite: Nadia, Lu e Rebeka

Imagem: Divulgação / Netflix

Resumo da terceira temporada de Elite

O enredo da terceira temporada se inicia com respingos do assassinato de Marina ainda pairando sobre os estudantes do Las Encinas. Sem confissão e sem arma do crime, Polo é solto e retorna para a escola. Enquanto isso, Carla precisa esconder que sabe de toda a verdade para que seu pai não fique ainda mais enrascado em seus esquemas fraudulentos.

Nisso, Carla começa a se envolver com um novo personagem, Yeray, que é rico e dono de uma startup, ainda jovem, o que obviamente é aprovado pelo pai da garota (ao contrário do lance com Samuel). Isso faz com que ela se sinta “rifada” e passa a se afundar cada vez mais em drogas.

Resumo da terceira temporada de Elite

Imagem: Divulgação / Netflix

Lucrécia precisa defender seu irmão, Valério, que foi expulso de casa pelos pais e o faz dizendo que o envolvimento com o irmão foi consensual. O pai de Lu, furioso, diz que só vai continuar sustentando a garota até seus 18 anos, depois, ela precisa se virar sozinha.

Com isso, Lu e Nadia voltam a brigar pela bolsa de estudos pela faculdade já que, agora, Lucrécia precisa do financiamento de fato. Isso faz com que as duas se aproximam, até que entra Malick na história, um novo interesse amoroso de Nadia, que seus pais aprovam por ser rico e muçulmano (ao contrário de Guzmán). Mas, a gente sabe por quem o coração dela bate mais forte, né?

Samuel e Guzmán seguem juntos na sede de vingar a morte de Marina e passam a infernizar Polo, que não aguenta a pressão e pede para ir embora. O garoto se vê sozinho, em um beco sem saída, contando apenas com a ajuda de Cayetana, que está na mesma situação desde que descobriram que, na verdade, ela é filha da zeladora.

Ander descobre que está com leucemia e começa um tratamento intenso, com fortes efeitos colaterais. Nesse momento, Guzmán e Polo deixam as diferenças de lado para apoiar o amigo. Omar, sem saber como lidar, trai o namorado inúmeras vezes em uma boate, mesmo com todas essas situações acontecendo. Pausa pra falar da palhaçada que virou esse “relacionamento” dos dois, né? Não sei quem trai mais quem! 

Valerio, Cayetana e Polo se tornam o segundo trisal na série, em busca de um sonho em conjunto de conquistar a faculdade. Mas, pra isso, Valerio precisa vender ainda mais ecstasy, o que deixa Polo irritado e o faz romper com os dois.

O final da temporada se dá com um golpe de mestre que a nossa narco-barbie Rebeka arma para todos os seus “amigos”. Ela está se envolvendo afetivamente com Samuel, mas acaba ficando desconfiada das reais intenções do garoto depois que descobrem escutas dentro da sua casa, que acabam fazendo sua mãe ser presa.

Samuel se desespera com a possível descoberta de Rebeka e pede para que Omar jogue sua bolsa no lixo, durante uma festa, para sumir com os arquivos que lá estavam. O que ninguém contava, é que a garota tinha passado tinha fluorescente em tudo e ela corta a luz do local. Com isso, ela percebe o envolvimento de Samuel no descarte e Ander também descobre sobre a traição de Omar com Malick, até então, namorado da Nadia – que era gay e a gente não sabia de nada.

No fim das contas, chega a tão esperada festa de formatura e Lucrecia, que bebeu um pouco demais, vai atrás de Polo para tirar satisfações sobre todo mundo que ele machucou. Exaltada, ela acidentalmente crava uma garrafa quebrada no peito de Polo, que sai dali correndo, se desequilibra e cai no andar de baixo.

Resumo da terceira temporada de Elite

Imagem: Divulgação / Netflix

Mais uma morte no enredo de Las Encinas, mas, dessa vez, eles resolvem se protegerem. Começa então, um novo interrogatório e nenhuma informação é boa o bastante para que os detetives iniciem um inquérito.

Com isso, Carla vai estudar fora, dá um emprego para Valerio com seu pai, Nadia e Lu se juntam para ir embora para Nova York e mais uma temporada de Elite se encerra.

E aí, o que nos espera na quarta temporada de Elite, que já estreou? Agora que você já leu o resumo da terceira temporada, da segunda temporada e da primeira temporada, vai estourar uma pipoca e MARATONAR!

Logo menos tem review da quarta temporada aqui no Beco Teen.

Resumo da primeira temporada de Elite
Filmes, Séries

Elite: Resumão da primeira temporada

Na sexta-feira, dia 18, estreia a quarta temporada de Elite na Netflix. Sim, podemos surtar porque todos os episódios estarão disponíveis quando der meia noite. Depois da nova temporada atrasar, em razão da pandemia da COVID-19, finalmente vamos saber de todas as pontas que foram deixadas em aberto. Por isso, nada melhor que conferir um resumo da primeira temporada, né?

+ Review: Elite (1ª temporada, 2018)

É normal esquecer de tudo o que aconteceu desde a primeira temporada, né? Por isso, nós do Beco Teen, separamos esse resumão da primeira até a terceira temporada, um por dia, para que você comece a quarta temporada bem informado e sem deixar passar nenhuma ponta. Vamos voltar para o universo de Las Encinas? Ai, ai ai…

Vamos relembrar a primeira temporada de Elite?

Pode conter spoilers a partir deste ponto!

Samuel, Nadia e Christian de Elite

Imagem: Divulgação/Netflix

Resumo da temporada de Elite

O enredo da primeira temporada se dá em torno da transferência de três alunos de baixa renda para o Las Encinas, um colégio de elite, como forma da construtora se redimir do acidente causado pela antiga escola pública da cidade. São eles: Samuel, Nadia e Christian. O ambiente da narrativa mescla entre passado e presente, enquanto uma investigação tenta descobrir quem foi o aluno responsável pela morte de Marina, uma das alunas.

Entre muitas idas e vindas, sabemos que os estudantes ricos não apoiam a ideia dos bolsistas, entretanto, Marina se torna muito amiga de Samuel, que acaba se apaixonando pela garota. Por sua vez, ela está apaixonada pelo irmão do aluno, Nano. Também descobrimos nesta temporada que Marina estava esperando um filho quando foi assassinada.

Christian e Carla, de Elite

Imagem: Divulgação/Netflix

Carla e Polo se revezam no que parece ser um trisal com Christian. Lu, desafia Guzmán a tirar a virgindade de Nadia, mas, eles acabam se aproximando de verdade. Nisso, há uma intriga entre Lucrécia e Nadia, motivada por ciúmes. Lu chega até a subornar um dos professores para que ele a escolha, em vez de Nadia, em uma prova de bolsa.

Omar e Ander se conhecem, em transações de drogas, e passam a viver um romance secreto. Na primeira temporada, também há uma trama que envolve o roubo de um relógio do pai de Carla, que contém informações secretas sobre o rolê da construtora que ocasionou a transferência dos alunos. O relógio está com Nano, que quer pedir um resgate em troca da devolução, para que ele possa ter dinheiro e fugir com Marina.

É então que o mistério se resolve: no baile de fim de ano da escola, Marina recebe um troféu e se prepara para fugir com Nano, quando é confrontada na piscina por Polo, que quer recuperar o relógio para salvar seu relacionamento com Carla (que acredita estar ameaçado por Christian).

Polo de Elite

Imagem: Divulgação/Netflix

Agressivo, Polo não aceita a recusa de Marina e acaba por golpear a garota na cabeça com o troféu, em um choque de impulsividade. Carla e Christian percebem o ocorrido e ajudam Polo a encobrir as pistas do seu crime.

Por fim, a primeira temporada de Elite entrega Nano como culpado pelo crime, já que foi ele quem a encontrou morta. Ele acusa Samuel, seu irmão. Carla e Christian sabem quem é o culpado e essa foi a ponta aberta para a segunda temporada.

Amanhã sai o resumo da segunda temporada de Elite! Fique ligado no Beco Teen para relembrar tudo o que aconteceu nas temporadas anteriores de Elite e se preparar para a quarta temporada na sexta.

Livros, Resenhas

Resenha: Apenas Um Garoto, Bill Konigsberg

Apenas Um Garoto, de Bill Konigsberg, poderia se chamar facilmente “Procurando por Problemas”.

Trata-se da história de Rafe, um estudante do 2º ano do ensino médio, que desde os 13 anos se assumiu gay e nunca teve problemas com isso. Seus pais não só o aceitaram como sua mãe passou a frequentar palestras e associações de pais gays, e junto de seu filho, começaram a ajudar outras famílias e pessoas que não tinham a mesma facilidade de lidar com o assunto. Perfeito, se Rafe não se sentisse rotulado, como se ser gay viesse antes de qualquer outra coisa a seu respeito. Com o passar do tempo, ele se cansou e resolveu mudar os paradigmas: pediu aos pais que o trocassem de escola, mais especificamente para um internato apenas para garotos em outra cidade, para que assim, ele pudesse passar a viver uma nova vida (ou uma mentira, como preferir), sem rótulos e sem que as pessoas soubessem de sua sexualidade.

E assim, na nova escola, ele se torna o atleta popular, que tem algumas garotas afins e tal. Rafe justifica para sua melhor amiga (que ficou abandonada) que “ocultar não é mentir”, então, ele não estava fazendo nada de errado na nova escola. Exceto que sim, ele estava mentindo, e mentindo para si mesmo. E mentiras só atraem mais mentiras, então, ele diz para os colegas de time que sua melhor amiga é na realidade sua namorada e coisas do tipo, para manter a imagem de hetéro. E com o tempo, aja criatividade para inventar o que ele inventou de si mesmo. As linhas das duas vidas de Rafe começam a se cruzar quando ele se apaixona por Bem, rapaz heteronormativo, companheiro do time e que faz a linha comportado. Eles começam a viver um bromance. Ok, fui incessível neste ponto, não é bem assim.

A grande questão em torno disso é que Rafe queria apenas se livrar dos estereótipos e acabou caindo neles novamente. Após começar a ter um relacionamento secreto com Ben, o atleta descobre toda a verdade a respeito de Rafe e obviamente, eles se separam.

Na busca por um sentido, Rafe se perde completamente e demonstra ser totalmente previsível e mesquinho, com atitudes infundadas e estúpidas, sendo que até ele se perde em suas justificativas para tal.  Enquanto escrevia esta resenha, conversei com alguns amigos que também o leram para tentar ser mais imparcial, mas infelizmente não dá.

Ah, mas é uma história LGBT legal, temos que demonstrar apoio, é representatividade”. Então, é aí que está. Um garoto de classe média, que se assume e é aceito por toda sua família e amigos (ele ganha até uma festa por ter saído do armário) e que se cansa disso e quer voltar atrás e viver de forma incubada REPRESENTA QUEM? Qual o objetivo disso? Cheguei ao final do livro sem ter uma boa razão para indica-lo para outras pessoas. Não é um rapaz tentando se descobrir ou realmente se cansando de ser visto como um rótulo, mas sim, um rapaz que é amado e com suporte de toda uma comunidade que apenas vira as costas para tudo isso.

As opiniões a respeito de Apenas Um Garoto são bastante divergentes. Por isso, o único motivo que eu indicaria a você ler é: “Leia e veja se consegue extrair algo de positivo, e a gente pode conversar sobre”. Inclusive te convido a postar aqui nos comentários a sua opinião, talvez eu tenha ficado tão irado com o personagem principal que tenha me cegado para coisas boas a seu respeito. Ou não.

Filmes

Rihanna vai participar de Bates Motel

A última temporada de Bates Motel vai contar a participação especial da cantora Rihanna, conforme anunciado ontem na Comic-Con. Atualmente girando o mundo com sua turnê Anti, Riri deixou claro diversas vezes ser fã da série.

Rihanna

Muito tem se falado sobre a 5ª e última temporada do sucesso inspirado no clássico filme Psicose, mas o produtor executivo Carlton Cuse deixou claro que a narrativa não será a mesma: “Vamos colidir com certos eventos da narrativa do filme, obviamente, mas seria chato apenas recriar os eventos”.

Bates Motel: Series Finale estreia em 2017 pela A&E.

Atualizações, Resenhas

Resenha: Um Holograma Para o Rei

Um Holograma Para o Rei é um livro do roteirista Dave Eggers lançado em 2012 chegou há cerca de um ano no Brasil pela Companhia das Letras, talvez por conta do filme que estreia em 14 de julho de 2016, estrelado por Tom Hanks e pelo prestígio alcançado por Eggers com seus lançamentos anteriores como “O Círculo” e  “Os Monstros“.

A história conta a vida de Alan Clay, um americano que vendia bicicletas em seus tempos áureos, mas que por decisões erradas, levou o negócio da família às ruínas e para manter seu estilo de vida, passa a ser uma espécie de representante comercial de uma empresa de tecnologia. A grande oportunidade que tem para sair das dívidas está em conseguir vender alguns produtos da empresa para um rei na Arábia Saudita, e ele junto de alguns jovens, vai até a futura “nova Dubai” para conseguir fechar o negócio. A grande questão é: o rei nunca aparece.

Tudo se une e faz sentido a partir de então: o homem está no meio do deserto, em uma cidade quase fantasma e percebe que sua vida É um grande deserto. Sem certezas, sem fundações, sem ter do que se orgulhar e vivendo apenas de memórias de um passado distante. Em “Um Holograma Para O Rei” nada acontece. Não existem reviravoltas e nem uma trama consistente para seguir, nada além de entrar no psicológico de Alan e conhecer suas vidas e percalços. Apesar desta vastidão, nos levanta alguns questionamentos interessantes, sobre decisões que tomamos o medo de se arriscar e fazer o que quer, e o desenvolvimento dos países emergentes, além de nos mostrar um pouquinho da cultura árabe.

Alguns personagens secundários são rapidamente introduzidos, e acredito que o ponto mais interessante seja a vida de um motorista que se torna amigo de Alan e mostra a ele um pouco de sua vida e da cultura árabe. Ele inclusive tem um affair com uma jovem moça e entra em fuga após ser ameaçado de morte pelo marido dela, e acaba colocando seu novo amigo nessa escapada.

Já tradicional da escrita de Eggers, este lançamento não foge a narrativa questionável e detalhamentos excessivos em tiradas sem importância. Talvez o vazio do personagem principal prejudique a leitura no decorrer de tudo, pois se nota uma falta de objetivo nisso tudo. Ao chegar ao final, meu maior medo foi passar a me identificar com Alan em alguma parte da minha vida, e acredite, não é algo que desejo para ninguém.

Por curiosidade, segue o trailer do filme que será lançado aqui no Brasil em julho:

https://www.youtube.com/watch?v=rX3CC6OLFUg

Resenhas

Resenha: Até O Dia Em Que O Cão Morreu

Até o Dia Em Que O Cão Morreu é quase uma biografia do autor Daniel Galera (Barba Ensopada de Sangue) pelas semelhanças entre o protagonista e quem o escreve. O personagem principal sem nome não tem sua identidade revelada em nenhum momento da história, o que torna toda tudo mais interessante, pois você passa a imagina-lo como qualquer pessoa do seu cotidiano (ou no meu caso, como Daniel).

O rapaz que trabalha como freelancer como tradutor e intérprete de russo, vivendo de uns bicos aqui e ali. Vive do dinheiro dos pais que o ajudam no final do mês pois não tem trabalho fixo e não vê necessidade de ter um, já que sempre conta com esse impulso quando necessário. A descrição do apartamento em que ele vive já nos remete a vida de uma pessoa triste e solitária, pois ele vive sem móveis, com um colchão no chão e está ok com isso.

Somos levados e guiados por uma vida básica, sem muitos acontecimentos, até o dia em que ele encontra com um cão na rua, que passa a acompanha-lo até seu apartamento diariamente. Em nenhum momento ele toma a atitude de adotar o cão. Ele trata a relação dos dois como “se quiser vir, venha”. Nessa idas e vindas com o cão, em uma balada ele conhece uma jovem modelo chamada Marcela. Rapidamente eles entram em sintonia, e ambos começam a se apaixonar, porém ele enfatiza que não quer relacionamento sério e isso os faz arrastar essa situação até o dia em que, por obra do destino, são obrigados a se separar.

O sexo sem cerimonia, a interação dos personagens, os diálogos que não são indicados por pontos e travessões são um chamariz e diferencial que torna tudo mais simples, assim como tudo que permeia a história, transforma a leitura em algo agradável, de modo que o desejo é terminar aquilo de uma tacada só. É uma obra madura e convidativa. A parte mais triste é começar a se identificar em alguns pontos, pois a realidade está tão crua e direta que dá um calafrio só de se imaginar tendo aquela vida.

Falar deste livro é um pouco difícil, pois são apenas 104 páginas, e caso eu entre em maiores detalhes, acabarei estragando a experiência de muita gente, por isso, apenas digo que é uma leitura extremamente prazerosa, detalhada – como já é característico de Daniel Galera – e pautada em nos mostrar o quanto uma vida aparentemente vazia tem suas cores e fatos marcantes. Após a leitura, eu recomendo também o filme Cão Sem Dono, que é inspirado neste livro e tem a incrível atriz Taina Müller interpretando Marcela.

Resenhas

Resenha: Dias Perfeitos

Viradas marcantes, ritmo eletrizante e choques atrás de choques. Talvez essa pequena frase defina o que virá a sua cabeça após ler o intrigante romance Dias Perfeitos, de Raphael Montes.

Todos os elementos para um romance clássico estão logo ali no começo: Téo, um estudante de medicina jovem, bonito e responsável; Clarice, a garota descolada fascinada por cinema que está escrevendo o roteiro de um longa; o destino os colocando contra suas vontades em uma festa. Tudo ótimo, certo? Errado.

Após uma breve apresentação que demonstra personagens comuns, Dias Perfeitos nos joga várias reviravoltas de uma só vez e só confirma aquela frase que ouvimos desde pequenos: “as aparências enganam.”. Clarice desperta um amor doentio e psíquico em Téo, que após ver suas tentativas de aproximação não darem certo, o faz tomar medidas drásticas para ter a amada consigo, e com isso eu digo: dopar, sequestrar e trancafia-la. Eles embarcam em uma jornada por praias paradisíacas, chalés, viagens de carro pela costa carioca, mas tudo de um jeito bem alternado ao convencional.

Apesar de parecer tudo meio estranho e sem noção, é interessante o fato de que como todas as ações do personagem principal fazem sentido na sua cabeça, o que pode te deixar um pouco perturbado, de fato. O final é bem diferente do esperado, já que tudo caminha em uma direção e mais um plow-twist vem e faz isso mudar.

Ideal para aquele final de semana que você não tem muitos compromissos e quer se agarrar em uma história que vai ficar na sua cabeça e não te deixar em paz até acabar, afinal, essa já é uma característica do autor, que com seu livro anterior, Suicidas, também soube criar ganchos e uma história que não deixa o leitor escapar em nenhum momento. Ambos são bem parecidos em base, com a exceção de que Dias Perfeitos nos leva por um romance para contar sua (macabra) história.