Tags

popular

Colunas, Lugares, Música

Música do Mundo: Echosmith

Provavelmente você se lembra do hit “Cool Kids“, que explodiu na internet e nas rádios dois anos atrás. Se não escutou, de nada. A música é da banda Echosmith, um grupo de indie-pop americano composto pelos irmãos Sidney, Noah e Graham Sierrota. Jamie Sierota, o mais velho, era guitarrista da banda, mas saiu em 2016. O que você talvez não saiba é que, além de Cool Kids, a banda tem outros hits que mostram que eles tem tudo pra alcançar o topo. E talvez isso aconteça em breve; o próximo álbum (que provavelmente se chamará “Goodbye”), deve sair no fim desse ano. Como até agora o grupo só lançou um álbum, Talking Dreams, vou mostrar as músicas que representam bem o álbum (as que eu considero melhores).

Com um estilo influenciado pelo rock, pop e folk, mas ainda essencialmente indie, Echosmith é a aposta certa para quem quer ter o gostinho de dizer “eu conhecia antes de ficar famoso”. Vêm escutar, seus hipsters. Eu sei que vocês querem.

Talking Dreams

 

  • Come Togheter
    A música que abre o álbum pode confundir fãs dos Beatles, mas a vibe é bem diferente. Aqui a única alusão do ao rock é um pouco da guitarra e o ritmo da bateria, e zero duplo sentido ousado (os irmãos eram novos demais pra isso quando o álbum lançou). É bem animada, e dá destaque ao lado mais pop-rock da banda.
  • Let’s Love
    Vai aqui uma ressalva: Let’s Love vale a pena ser ouvida na versão acústica (que você encontra facilmente no YouTube). A instrumentação belíssima e a mudança na percussão transforma a música, dando um ar mais folk, muito mais leve e original. Na original, parece mais uma continuação de Come Togheter.
  • Come With Me
    Em algumas passagens talvez lembre um pouco de Taylor Swift. A instrumentação é bem gostosa, mas o que realmente prende é o ritmo, a batida – como na maioria das músicas da banda. Vale a pena dar uma olhada na letra.
  • Bright
    Sem dúvida a música mais romântica do álbum. Novamente, a instrumentação aqui é muito bonita, e o baixo recebe um destaque muito bem vindo. O refrão provavelmente vai ficar na sua cabeça pelo resto da semana.
  • Nothing’s Wrong
    Com um riff envolvente, essa faixa fala sobre seguir em frente apesar das adversidades.
  • Surround You
    Tudo nessa música é bem suave. A voz de Sidney, o violão, o vibrafone. Até nas partes onde o ritmo se intensifica, a letra ainda é bem calma e tranquila. Linda.
  • We’re Not Alone
    Essa é na verdade uma faixa bônus, inclusa na versão deluxe do álbum, mas é uma das melhores da banda. O ritmo vai ficar na sua cabeça, e a música vai te transportar se você deixar. A letra, sobre saber que você não está sozinho mesmo num mundo onde todos te dizem que suas novas ideias são erradas, é bem motivadora.

 

Echosmith vai estar dominando a Billboard daqui a uns anos. E você, onde vai estar semana que vem? Descobrindo música nova aqui no Beco Literário, claro. Até a próxima!

Atualizações

Winter is coming: essenciais de inverno

A estação de inverno no hemisfério Sul chegará em 21 de junho. Todavia, já é perceptível as modificações no tempo, em razão da proximidade desta deliciosa fase do ano. Tendo isso em vista, preparamos um artigo repleto de ideias para aguardar e se preparar para o friozinho. Se apresse! WINTER IS COMING!

Nada melhor que ficar o dia todo deitado na cama, seja dormindo ou fazendo alguma coisa. Para deixar tudo perfeito no inverno, um bom edredom é uma aposta excepcional. Realizar todos os afazeres em uma cama bem quentinha não tem preço!

 

A leitura é algo que deve estar presente em todos os momentos de nossa vida, não só por agregar conhecimento, mas por proporcionar uma viagem a universos inimagináveis. No frio a leitura se torna bem mais prazerosa, sobretudo quando acompanhada de uma bela xícara de café assim como diz a renomada banda contemporânea Djavan: “Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro…”.

 

 

 

Aproveitar o friozinho e preparar aqueles pratos bem quentinhos… O fondue é um prato perfeito para o inverno, podendo ser preparado como doce ou salgado, sendo os mais conhecidos o de chocolate e queijo, respectivamente. Agora é só buscar a receita e reproduzir em casa!

 

Que tal selecionar diversos filmes, preparar uma pipoca doce e um chocolate quente, pular debaixo da coberta e se deliciar com eles? Existem diversos filmes que deixarão o seu inverno ainda mais gostoso de ser vivido para você que é um amante dessa estação deliciosa.

Existem bebidas mais gostosas que essas no inverno? NÃO, não tem. Ler, ver séries/filmes, contemplar a sua existência, deitar debaixo da coberta, e apenas observar a cada gole o chá/café/achocolatado QUENTE se esvair da sua caneca. Maravilhoso só de pensar, não? Então corre e prepare!

Contudo, não devemos limitar nossas ações exclusivamente em prol do individual. Torna-se necessário, nessa época do ano, ter uma preocupação com o próximo, sobretudo aos moradores de rua, que nessa época de inverno sofrem muito com o frio. Podemos auxiliar essas pessoas através da adesão de campanhas públicas de arrecadação de agasalhos e cobertores a fim de proporcionar a esses todo o conforto que o inverno nos oferece. Faça a sua parte! Prepare-se e ajude ao próximo, because WINTER IS COMING!

Colunas, Lugares, Música

Música do Mundo: Bebe

A cantora espanhola Bebe é popular nos países de língua espanhola, mas por aqui, nem tanto. Dona de uma voz rouca e, para alguns, bastante sexy, ela é a pedida certa para quem gosta de música em espanhol. O sotaque extremenho (da região de Extremadura, na Espanha) ajuda a deixar cada palavra um som bem rasgado. A combinação disso tudo com o estilo único da cantante cria uma mistura sensacional, que vale a pena ser conferida mesmo que você não entenda um pingo de espanhol. E se entender, dá uma olhada nas letras que elas também são bem legais!

Pafuera Telarañas

 

 

“Xô, teias de aranha”, em português. O primeiro álbum tem algumas faixas que representam um pouco da incerteza de estilo (quando ela deriva um pouco demais para o pop), mas também tem belas pérolas.

  • Malo
    Começando com um violão clássico bem gostoso de ouvir, a musica vai evoluindo e termina com guitarras e scratching. A letra é poesia revolucionária feminista, com versos como “Y tu inseguridad machista/
    Se refleja cada día en mis lagrimitas” (E sua insegurança machista se reflete a cada dia em minhas lágrimas).
  • Como Los Olivos
    Plena de uma instrumentação belíssima, a voz e os trejeitos de Bebe nessa faixa tornam-a a mais sensual do álbum. A letra é um romance, e na poesia tem o quê? Mais sensualidade. Eu to escutando aqui bem seduzido.
  • Que Nadie Me Levante a Voz
    Outra faixa com uma temática bem feminista, sobre independência da mulher e do processo de se desprender do papel de “faz-tudo” ao qual muitas são relegadas.

Y.

 

 

Aqui a cantora começa a encontrar seu estilo. Muitas canções do álbum começam com sons ambientes ou pequenas declamações de Bebe, o que também lhe dá um toque artístico.

  • Escuece
    Aquela clássica música sobre superar quem tentou te deixar na pior. Ao som da voz de Bebe e esse ritmo animado, parece até fácil.
  • Sinsentido
    O ukelele nessa música é a coisa mais gostosa de se ouvir, e acompanha muito bem a cantora, que canta aqui uma de suas melodias mais bonitas. A letra também não fica pra trás, falando sobre cuidar de si mesmo (mais especificamente, do seu corpo) numa perspectiva bem saudosista. Seria essa minha música favorita dela?
  • Me Fui
    Escolhi essa música para a transição para o próximo álbum porque o nome dela é Me Fui porque ela resume bem a identidade desse álbum e faz um contraste com a primeira do próximo. A guitarra com distorção e o dedilhado do violão são elementos fortes nessa faixa que voltarão no futuro, o que deixa a passagem para Un Pokito de Rocanrol bem interessante.

Un Pokito de Rocanrol

 

 

Marcado por baixos bem definidos, as faixas aqui são bem animadas, algumas até viciantes. A diversidade entre as faixas também é uma característica desse álbum.

  • Me Pintaré
    Existe algo de animalesco nessa faixa, que faz você querer beijar. Jogar na parede mesmo. Pra quem entende a letra, a sensação é ainda maior – não são só os tambores evocando uma sensação primitiva – o erotismo dos versos de Bebe aqui é de enlouquecer.
  • Mi Guapo
    Uma das músicas mais populares da cantora, o baixo aqui é quase chiclete, mas a música é bem gostosa de se ouvir. O ritmo em que ela canta em algumas partes meio que te deixa em transe, se você se deixar levar.
  • Sabrás
    Quebrando um pouco o ritmo mais animado e dançante, Sabrás é um tanto melancólica, e mostra que Bebe também se dá bem com esse estilo.

Cambio de Piel

 

 

O nome não é sem motivo: o álbum foi realmente uma troca de pele para a cantora. O estilo aqui muda muito, focando em músicas mais calmas, melódicas, em alguns momentos mais profundas; a voz singular e a pronúncia rasgada fazem com que, apesar de tudo, Cambio de Piel ainda seja bastante Bebe.

  • Tan Lejos Tan Cerca
    Tan Lejos Tan Cerca é um pouco do que há de melhor nessa fase de Bebe. A instrumentação é profunda e melódica, e uma nostalgia romântica vem fácil à cabeça. Consuma com moderação.
  • Chica Precavida
    Quase um símbolo rebelde fincado no meio do álbum, essa faixa é um bom rock entre os tons mais aveludados que a cercam.
  • Todo Lo Que Deseaba
    Uma música bastante singular na discografia de Bebe, o piano suave, digno de um bom Jazz, dá o tom dessa música que parece não se encaixar em lugar nenhum – exceto, claro, em Cambio de Piel. Apesar de ser completamente diferente de tudo que Bebe já fez, gosto muito dessa música e espero que vocês gostem também.

 

Gostou? Continua de olho aqui no Beco Literário que toda semana tem mais, aqui na coluna Música do Mundo. Até a próxima!

Resenhas

Vlog: Jantar Secreto com o Raphael Montes

Se você procura um livro para sofrer, pensar e ainda sentir um pouco de medo, nós temos uma indicação: Jantar Secreto, do Raphael Montes. Sangrento, visceral e bem denso, o livro trata de canibalismo, faculdade e outros temas bem próximos dos jovens de hoje em dia. Olha só a resenha no nosso canal do Youtube:

E aí, você já leu? O que achou?

Séries

Spiderman PS4 Impressiona na E3 2017

Desde Spiderman 2 (PS2), lançado em 2004, não temos um grande jogo do cabeça de teia. Alguns medianos, sim, mas nada grandioso. Por isso nós, fãs, ficamos elétricos com o anúncio de Spiderman PS4, o novo título em desenvolvimento pela Insmoniac (Spyro The Dragon Crash Bandicoot).

A ideia do estúdio foi criar, em parceria com a Marvel, um Homem-Aranha diferente de todas as aparições anteriores. Com um traje novo que reúne detalhes de várias aparições anteriores (veja a imagem abaixo), nesse jogo Peter Parker já estará sendo um super-herói por 8 anos. O intuito foi criar um herói experiente, no máximo de suas capacidades – e o trailer mostra o quanto isso significa.

créditos: IGN

No vídeo de oito minutos exibido na E3 2017, vemos mais dos gráficos deslumbrantes que haviam nos apresentado ano passado. O que chamou atenção, porém, foi o sistema de combate e a ação dinâmica do jogo. Se você gostou do combate na série Batman:Arkham, prepare-se para se impressionar; o Homem-Aranha pula, soca, chuta, solta teia, desarma inimigos; tudo isso tão fluidamente que realmente faz parecer fácil. Existe um realismo nisso que faz com que jogos do ano passado quase pareçam mal-feitos em comparação.

Após enfrentar alguns bandidos, inicia-se uma perseguição frenética à um helicóptero onde o vilão foge, levando um guindaste preso e destruindo tudo no caminho. Aí nos é mostrado como vão funcionar os quick time events, a típica sequência onde apertamos os botões com precisão na hora certa ou repetidamente para performar certas ações. Mesmo para quem não gosta desse tipo de jogabilidade, a sequência parece mesmo incrível, inclusive tendo uma direção de câmera fantástica (que até mesmo muda para primeira pessoa e depois para terceira de novo, dando uma sensação de imersão sensacional).

Enfim, o trailer nos deu material suficiente para entrar na hype para o jogo, que deve sair em 2018. Se você ainda não assistiu, dá uma olhada aqui.

https://www.youtube.com/watch?v=ghCn-ciHS5M&t=2s

Colunas, Livros

Especial dia dos namorados: 5 livros melosinhos para entrar no clima

Hoje, dia dos namorados, é o dia do romance, do amor, do chocolate, do filminho água com açúcar para curtir agarradinho e, por que não, dos livros. Sim, para entrar no clima desse dia cut cut, o Beco traz 5 dicas de livros beeeem românticos para você entrar no clima e sair distribuindo coraçõezinhos por aí.

1 – Como eu era antes de você, Jojo Moyes

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.

Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.

2 – Apenas um dia, Gayle Forman

A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo é tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida.
‘Apenas um Dia’ fala de amor, mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro… Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos.

3 – Um homem de sorte, Nicholas Sparks

Logan é um jovem que esteve no Iraque com as forças dos Estados Unidos. Em um dia de treinamento ele encontra, no meio do deserto, uma foto de uma garota loira e linda. De início ele coloca aquela foto no mural para que o dono a encontre novamente. Mas passa algum tempo e ninguém a tira de lá, então, ele resolve tira-la de lá e guarda-la com ele. Após sobreviver a vários atentados e bombas e após vários jogos ganhos, Victor, seu amigo e também fuzileiro, tenta convencê-lo de que essa sorte sem tamanho tem vindo daquela foto. Ele era um homem de sorte graças àquela garota, graças àquela foto. Após cinco anos, seguindo o conselho de Victor, ele resolve sair em busca da garota da foto. Ele devia um obrigado a ela. Afinal, graças àquela foto, ele estava vivo até aquele dia. Porém a única pista que ele tinha era uma dedicatória atrás da foto com a inicial ‘E.’. Após várias procuras na própria foto Logan consegue imaginar onde ‘E.’ estaria. E foi então que ele resolveu rodar os Estados Unidos inteiro à pé com seu fiel amigo Zeus, um pastor alemão.

4 – Meu romeu, Leisa Rayven

Cassie está prestes a realizar o grande sonho – estrelar um espetáculo na Broadway. O que ela não esperava era ter que enfrentar o reencontro com o ex-namorado, que será novamente protagonista ao seu lado, em uma peça cheia de romance e cenas quentes. Trabalhar com Ethan traz o passado à tona, e lembra a Cassie que o que existe entre eles vai muito além de simples química.

5 – Eleanor & Park, Rainbow Rowell

Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.

 

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Piratas do Caribe – A vingança de Salazar (2017)

Piratas do Caribe: A vingança de Salazar chega aos cinemas nessa quinta-feira (25), mas o Beco teve acesso a uma sessão exclusiva e vamos contar tudo para vocês. Seis anos após o quarto filme da franquia, Piratas do Caribe volta com muita expectativa e muito investimento da Disney, que não poupou esforços na divulgação, a fim de reconquistar os fãs depois de tanto tempo. O elenco traz de volta as estrelas já presentes nos filmes anteriores e estréia Kaia Scoledario e Brenton Thwaites como o casalzinho da vez, e Javier Bardem como o novo problema na vida de Jack Sparrow (Johnny Depp).

Carina Smyth (Kaya Scodelario) ae Henry (Brenton Thwaites)

A Vingança de Salazar conta a história do filho de Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keira Knightley), Henry (Brenton Thwaites), e sua busca para livrar o pai de sua maldição. O filme não deixa muito claro, mas, pode-se deduzir que a história se passa uns vinte anos após Will virar capitão do Holandês Voador. Seu filho já é um rapaz e acredita que existe um tal Tridente de Poseidon que pode acabar com toda maldição causada no mar, como a do seu pai. Sabendo que o único jeito de achar esse Tridente é com a bússola de Jack Sparrow, ele começa a procurar o pirata que não vive lá o seu melhor momento. Sim, Jack Sparrow está velho, falido e mais bêbado do que nunca. Sem o Pérola Negra, ele vive em um barco encalhado com uma tripulação faminta que o abandona após um assalto de banco frustrado. Desiludido, ele acaba trocando sua bússola por uma garrafa de rum e é aí que tudo desmorona de vez.

Javier Bardem (Salazar)

Como desgraça pouca é bobagem, o filme nos traz um novo vilão: Salazar (Javier Bardem). Como comandante da marinha britânica, Salazar teve como objetivo de vida livrar o mar dos piratas. Até que um jovem pirata atrevido e muito irritante como um certo pássaro chamado de “Sparrow” cruza seu caminho e faz com que seu navio afunde dentro de uma caverna amaldiçoada, condenando ele e sua tripulação a viverem presos no navio como mortos vivos esperando o dia da sua vingança. E é claro que esse dia chega no dia que Jack trai sua bússola, quebrando a maldição de Salazar, que sai pelos sete mares cumprindo sua missão: livrar o mar dos piratas e se vingar de Jack Sparrow.

No meio de tudo isso, temos uma nova personagem: Carina (Kaia Scoledario). Uma astrônoma acusada de ser feiticeira que herda de seu pai um diário que, segundo ela, é a chave para achar o Tridente. Como sempre acontece nos filmes dessa franquia, os personagens sempre se encontram no meio de muita confusão, então, Carina e Henry se juntam na busca de Jack, o acham e o convencem a ir atrás do Tridente, já que é a única forma de acabar com Salazar. E é aí que surge Barbossa (Geoffrey Rush), agora, um pirata muito bem sucedido com mais de dez navios. Como Salazar quer acabar com todos os piratas, ele se junta ao grupo para que seus negócios não sejam prejudicados. Todos em busca da mesma coisa, mas cada um com seu próprio motivo, como é de praxe.

Muita ação e excelente produção é o que se deve esperar desse filme. As tradicionais lutas de espadas, canhões dos navios e mortos vivos não faltam, mas os fãs devem se preparar para um Jack Sparrow mais parado e menos brincalhão. Sim, eu notei uma certa amargura no pirata sempre tão sarcástico. Talvez pelo tempo que se passou no filme ou pela idade do próprio Johnny Depp, mas Jack Sparrow não faz mais suas acrobacias como antes. Mesmo assim, não deixa de dar um show de atuação, mesmo estando um pouco mais sério. Contei umas cinco cenas cômicas, o que me causou uma certa estranheza, já que ele é sempre tão brincalhão e com ótimas frases de efeito. Percebe-se um maior investimento nas cenas de luta e nos efeitos especiais e menos na história, um pouco repetitiva. A trilha sonora continua com a musiquinha já há muito conhecida e o ar do filme está mais sombrio do que o normal. Um clima pesado, digamos assim.

Johnny Depp (Jack Sparrow)

Jack Sparrow vê todo o seu prestígio jogado na lama, sua tripulação o abandonando e a recompensa por sua cabeça ser reduzida a 1 dólar. Acredito que a atmosfera do filme quis mostrar isso, passando uma melancolia no ar. Os olhos dele transparecem o cansaço e nunca ficou tão marcada a falta que ele sente do Pérola Negra. Sentimos uma compaixão pelo anti-herói que tanto nos fez rir e nos surpreendeu com suas estripulias. Sentimos o peso do tempo e é difícil não pensar que a reta final se inicia. Como sempre acaba acontecendo nas franquias de sucesso, uma hora a história acaba e começa a enchessão de linguiça, acho que foi isso que deixou o filme um pouco cansativo, com tanta cena de luta e pouca história para preencher as duas horas.

Segundo o próprio Johnny Depp, terá mais dois filmes e, pela cena pós-crédito (sim, tem uma cena pós-crédito bem no final, mas bem no final mesmo, então, não saia do cinema antes que as luzes se acendam) vai ter o sexto filme, pelo menos. Esperemos que a franquia se encerre por cima e mantenha a qualidade e o sucesso, pois logo teremos que dizer adeus a Jack Sparrow. Ou melhor, Capitão Jack Sparrow.

Colunas, Música

Música do Mundo: Lena

Se você gosta de música que te deixa alegre e dançando, vem cá abrir seu presente.

Conheça Lena: Com um estilo contagiante e uma personalidade forte, ela foi campeã do Eurovision 2010 com o single “Satellite”. Apesar dos hits dançantes, com batidas bem marcadas e baixos envolventes, Lena também se sai bem em músicas mais tranquilas e românticas. Em seus 4 álbuns, é fácil ver que sua voz é versátil, adapta-se bem a diversos estilos. Seu sotaque (apesar de cantar em inglês, Lena é alemã) foi suavizando-se ao longo dos álbuns; outra mudança veio com o álbum Crystal Sky, onde a cantora parece ceder à pressão do mainstream e perde um pouco da originalidade que faz das músicas dos primeiros álbuns tão irresistíveis.

Vamos ver agora o que faz de Lena tão especial:

My Cassete Player

O álbum de estréia tem Satellite, seu primeiro hit, e outras faixas que mostram o quão envolvente Lena pode ser. É aqui que o sotaque dela mais se destaca (em algumas músicas mais do que em outras). Com letras românticas e descontraídas predominando em todos os álbuns, vou aqui deixar como dica as que acho que vão te prender de primeira.

  • Satellite
    Canção vencedora do Eurovision 2010.
  • Not Following
    Um som bem gostoso de ouvir, com instrumentação chamativa e com destaque para os belos vocais.
  • Bee
    Dá quase pra ouvir ela sorrindo no começo da música. Sério!

Good News

Em Good News, fica mais aparente o lado romântico da cantora. Os destaques vão para:

  • I Like You
    Com uma melodia linda e uma pitada de folk, acaba sendo uma faixa única entre a discografia da cantora.
  • That Again
    Bem instrumentada e com uma certa vibe retrô, a faixa chama a atenção no álbum por lembrar mais as músicas de “My Cassette Player”.
  • Good News
    Trazendo um pouco do jazz/soul que aparece constantemente no plano de fundo das composições de Lena, a faixa que dá nome ao álbum é bem gostosa de escutar.

Stardust

Meu favorito dentre todos, Stardust mostra todo potencial que Lena tem para todos os gêneros nos quais ela consegue se inserir.

  • Pink Elephant
    Por favor, comece por aqui. Pink Elephant é viciante em sua melodia e vai te fazer querer escutá-la várias e várias vezes.
  • Neon (Lonely People)
    Se música fosse gastronomia, Neon seria um Risotto de Amy Whinehouse ao molho de The XX com infusão de Of Monsters And Men. Ou não. Eu não entendo muito de gastronomia.
  • I’m Black
    Para encerrar, I’m Black tem uma batida sensacional e um refrão que vai grudar na sua cabeça feito chiclete.

Crystal Sky

Crystal Sky é basicamente um bom álbum pop de 2015. Não tem muito de Lena, só o talento – mas isso por si só faz valer a pena dar uma conferida.

  • Traffic Lights
    Nº4 no Top 5 do Spotify, Traffic Lights é perfeita pra dançar e animar com a galera, com uma batida incansável e um refrão bem catchy.
  • Beat to My Melody
    A música mais balada de toda a discografia de Lena. As modulações vocais nos deixam distante da voz original da cantora, mas ainda assim o ritmo é interessante.
  • Crystal Sky
    A música que dá título ao álbum é a que mais parece com a raiz da música de Lena, mas ainda assim com a instrumentação mais eletrônica característica do álbum.

A cantora atualmente está trabalhando num novo álbum, do qual já conhecemos o single Lost in You. Por enquanto, divulga esse tesouro pouco conhecido da música do mundo! E até a próxima semana.

Spotify:  https://open.spotify.com/artist/5slpk6nu2IwwKx0EHe3GcL

Música, Séries

Saiba o que é a nova barra no seu Spotify

É provável que você tenha entrado no Spotify esses dias, na vibe para escutar sua playlist preferida ou descobrir algo novo, e se deparou com algo novo. Ali, embaixo da capa… Um negócio diferente. Parece… um código de barras? Se você está se perguntando o que foi essa nova adição no aplicativo, a resposta é bem simples: compartilhamento.

Há uma semana atrás, o Spotify lançou nos EUA uma nova tecnologia chamada “Spotify Codes”. Inspirada nos códigos de compartilhamento do Snapchat, que permitem adicionar usuários ao escanear sua foto de perfil com a câmera, Codes permite escanear a capa de uma faixa, álbum ou playlist para acessá-lo no seu celular. Agora a tecnologia está disponível no Brasil. É só acessar o aplicativo e checar, embaixo das capas, a faixa com um código de barras estilizado como onda sonora.

O design intuitivo e discreto ajudou a misturar a tecnologia com a estética do aplicativo.  Além de facilitar o compartilhamento entre os usuários, o Codes permite novas possibilidades de divulgação. Agora, tanto artistas quanto o próprio Spotify podem incluir códigos para acessar o conteúdo divulgado; uma rápida escaneada do anúncio no shopping, metrô, celular alheio, propaganda na TV e o conteúdo está nas suas mãos. Aproveita e vai descobrir música nova! Existe um lindo mundo fora das Top Charts.

Boa semana e boa música!

Colunas, Lugares, Música

Música do Mundo: Cícero

É difícil categorizar a música de Cícero. É MPB, com certeza, mas para além disso, não existem rótulos que abranjam seu estilo. Sua música, experimental por natureza, tranquila e envolvente, tem que ser escutada para ser compreendida.

O carioca Cícero Lins vem ganhando popularidade no cenário alternativo da MPB desde seu primeiro álbum, Canções de Apartamento (2012), e já foi fazer shows até em Portugal. Ele é relativamente popular pra quem acompanha a cena indie da música brasileira, mas talvez não tanto para quem vê de fora; Apesar disso, seus shows podem ter os ingressos esgotados bem rápido: Cícero tem um público pequeno, mas dedicado.

Duas coisas tornam sua música tão original: sua música é caseira e de belíssima e diversa instrumentação. Cícero grava todas as suas músicas em casa. Compõe sozinho, como já declarou em entrevista em 2011, e passou por uma jornada de amadurecimento musical ao longo de seus três últimos álbuns ao sair de letras principalmente sobre relacionamentos e suas consequências para poesia com uma forte influência na dinâmica e estética social urbana. Os instrumentos em suas músicas vão da guitarra ao xilofone, do violino ao tambor.

Mas é como eu disse: para entender, você tem que escutar. Então dá uma olhada aqui numa seleção especial de músicas de Cícero para você começar a aproveitar.

Que ela te tire de casa…

Canções de Apartamento (2012)

  • Tempo de Pipa
    Sobre como pessoas e fases da nossa vida as vezes estão intimamente ligados, e o que deixam em nós.
  • Ensaio Sobre Ela
    Começando ao som da chuva, essa é uma canção sobre as surpresa, esperanças e desilusões de um relacionamento.
  • Açúcar ou Adoçante?
    Com a poesia casual e conversativa que Cícero costuma usar, essa melodia que vai do calmo ao intenso é uma de suas melhores.

Entra pra ver
Mas tira o sapato pra entrar
Cuidado que eu mudei de lugar
Algumas certezas
Pra não te magoar

Sábado (2013)

  • Capim-Limão
    O melhor exemplo do toque urbano nas letras do artista, numa tomada minimalista.
  • Frevo por acaso
    Uma letra sobre poder (ou não) contar com alguém. Que por acaso, evolui num frevo (não podia perder a piada).

A Praia (2015)

  • A Praia
    A canção que dá nome ao álbum é envolvente, melodiosa, rica. O que Cícero quis dizer com “as canções de amor inventam o amor” fica para a interpretação do ouvinte.
  • O Bobo
    Sobre as pequenas e grandes alegrias da vida. O título lembra uma crônica da Clarice Lispector, “Das Vantagens de Ser Bobo”.
  • De Passagem
    Retrata o sentimento que se tem ao viver um amor que te traz paz e transforma sua vida. Alternativamente, pode ser interpretada como um ode àquela pessoa por quem você se apaixona por um instante no metrô ou na rua, e depois nunca mais vê.

Curtiu? Fica ligado aqui no Beco Literário pra mais artistas da música do mundo aqui na coluna, sempre aos domingos.