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Atualizações, Livros

Romance e autoajuda são os gêneros literários mais vendidos no Brasil

Levantamento da Amazon aponta que romance e autoajuda são os gêneros literários mais vendidos no Brasil em 2022. Também conquistaram destaque livros de ficção científica, suspense e religiosos. Em volume menor, mas figurando entre os 30 livros mais vendidos, ainda aparecem obras infantojuvenis, financeiras e didáticas.

Os romances lideram com força, com seis títulos entre os dez mais vendidos no ano passado. Os três primeiros livros mais comprados são do gênero literário. Trata-se de duas obras da escritora Colleen Hoover: É Assim que Acaba e a continuação da história, É Assim que Começa. Em terceiro lugar, Daisy Jones &The Six: Uma História de Amor e Música, de Taylor Jenkins Reid.

O gênero de autoajuda também marca forte presença na lista. São quatro dos dez mais; os títulos ocupam entre o quarto e o sétimo lugar. Na quarta colocação, está O Homem Mais Rico da Babilônia, de George S. Clason. Em quinto lugar, Pai Rico, Pai Pobre, de Robert Kiyosaki e, em sexto, As Armas da Persuasão: Como Influenciar e Não se Deixar Influenciar, por Robert Cialdini. Por fim, na sétima posição, Café com Deus Pai, de Junior Rostirola.

O top 10 acaba com três romances: A Mandíbula de Caim, de Edward Powys Mathers; o clássico A Revolução dos Bichos, de George Orwell e A Biblioteca da Meia-Noite, de Matt Haig. Entre os 20 livros mais vendidos no Brasil em 2022, segundo a lista, aparecem obras de outros gêneros. Destaque para títulos didáticos, como o dicionário Michaelis; livros financeiros, como A Psicologia Financeira: Lições Atemporais sobre Fortuna, Ganância e Felicidade, de Morgan Housel; e ainda livros infantojuvenis, como é o caso de Muito Cansado e Bem Acordado, escrito por Susanne Strasser.

Levantamento de 2022 do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, feito em conjunto com a empresa Nielsen Bookscan Brasil, mostra que a venda de livros no país subiu 7,6% entre 2019 e 2020. Pesquisas recentes (de 2021 para trás) apontam obras religiosas, contos e romances entre os mais vendidos, seguidos por livros didáticos, infantis e de poesia. Os dados evidenciam a consolidação do romance como gênero literário mais lucrativo do país, além do crescimento progressivo dos livros de autoajuda.

*Por William Costa, fundador da App Universo. Criador da App Universo a nova rede social para amantes de literatura.

Daisy Jones & The Six
Livros, Resenhas

Resenha: Daisy Jones & The Six, Taylor Jenkins Reid

Mais uma vez Taylor Jenkins Reid me fazendo escrever uma resenha nada parcial e que mais se parece com um surto adolescente, mas é isso que Daisy Jones & The Six causa na gente, então prossiga por sua conta e risco.

Primeiro, devo falar que fui ler Daisy Jones por conta de Evelyn Hugo. Li o livro da Evelyn em uma tacada só, em uma madrugada e precisava avidamente de mais coisas de Jenkins Reid para ler e lembrei que Daisy me esperava no Kindle. E não, apesar de eu ter amado a experiência de leitura, não engatei logo de primeira e não li numa tacada só.

Embalado pelo melhor do rock’n’roll, um romance inesquecível sobre uma banda dos anos 1970, sua apaixonante vocalista e o amor à música. Da autora de Em outra vida, talvez?.

Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, dominavam as paradas de sucesso, faziam shows para plateias lotadas e conquistavam milhões de fãs. Eram a voz de uma geração, e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora.

Esta é história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. E de tudo o que aconteceu — o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas — quando um produtor apostou (certo!) que juntos poderiam se tornar lendas da música.

Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a intensidade presente nos melhores backstages do rock’n’roll.

“Devorei o livro em um dia e me apaixonei por Daisy e pela banda.” — Reese Witherspoon

+ Resenha: Os sete maridos de Evelyn Hugo, Taylor Jenkins Reid

Primeiro, você precisa entender que pra quem é jornalista, assim como eu, ler livros no formato de entrevistas é um grande desafio. A gente escreve elas todos os dias, o dia inteiro e por isso, a gente não aguenta mais ler. Só que Daisy Jones & The Six é uma construção diferente. Ele se passa nos dias de hoje, quando a banda que fora apaixonante nos anos 70 resolve contar todos os seus segredos para o público. Com direito a todos os podres de todos os participantes, familiares, amigos e empresários.

Mas não é somente sobre a banda. O livro começa com a história de Daisy Jones, uma garota que precisa ser uma estrela do rock. Ela não tinha mais nenhum outro plano e estava disposta a fazer qualquer coisa para conseguir. E é nesse contexto, que, enquanto isso, a banda que conhecemos como The Six, tenta manter a sua relevância em uma turnê após outra, para não cair no esquecimento.

Ela não passava de uma menina desesperada para criar vínculos com as pessoas.

Entre depoimentos extremamente emocionantes de cada personagem, a autora nos leva em uma verdadeira viagem no tempo, que mais parece um documentário real sobre uma banda real. Sério, parecia que eu estava assistindo tudo aquilo dentro da minha cabeça, com as falas de cada um, com vozes diferentes… Imaginei perfeitamente cada personagem em cada contexto e é por isso que eu amo tanto o jornalismo e amei ainda mais esse jornalismo literário da ficção que a autora construiu no enredo de Daisy Jones & The Six.

Entre drogas, bebidas, conflitos e muuuuuito drama, conhecemos como a banda The Six se junta a Daisy Jones para o que seria (e foi!) apenas um disco e uma turnê inesquecível para todos os fãs da banda, que acaba por levá-los, em pouco tempo do céu ao inferno, do céu ao inferno, do céu ao inferno. Ver (ler) os protagonistas cantando de forma tão emotiva no palco com a riqueza de detalhes e afeto que a Taylor escreve é indiscritível em uma resenha é só lendo para você entender. Mas sim, a gente sente toda a angústia de Regret Me e do álbum Aurora do começo ao fim. E ah, antes que eu me esqueça: no livro tem referências a Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, que foi o que me deixou em êxtase!!!! Mick Riva que se cuide!

Eu te amo tanto quanto me permito amar alguém.

E a boa notícia é: O Prime Video lança na próxima sexta-feira, 3 de março, sua nova série musical dramática, Daisy Jones & The Six, que também conta com a canção “Look At Us Now (Honeycomb)”, uma das 24 faixas gravadas exclusivamente para a trilha sonora da produção pelo próprio elenco. O álbum com as músicas originais está sendo disponibilizado pela Atlantic Records antes e durante o lançamento da série, em mais de 240 países e territórios. Exclusivamente no Prime VideoDaisy Jones & The Six terá novos episódios sendo lançados semanalmente, até dia 24 de março.

Filmes, Novidades, Reviews de Séries

LGBTQIA+: Do armário para a sala

Com a chegada das séries internacionais aos nossos computadores entre as décadas de 90 e 2000 e principalmente com o crescimento de streamings, como Netflix e Amazon, observamos também a evolução da temática LGBTQIA+ nas histórias, anos-luz à frente da realidade brasileira, ainda hoje repleta de estereótipos e superficialidades nas produções.

Quando a Netflix era só mato, a TV americana Showtime lançou Queer as Folk (2000-2005) e, anos depois, The L Word (2004-2009), duas séries que retratavam a cultura LGBTQIA+: não apenas personagens gays ou lésbicas dentro de um contexto heteronormativo, mas sim o universo LBGTQIA+ com seus protagonistas, cenários, enredos, dramas, romances, vidas sexuais e, claro, homofobia. Lembro de assistir e reconhecer o ambiente onde estava inserido e, pela primeira vez, perceber que a minha realidade e a dos meus amigos foi representada. Para o mercado, foi um chute na porta ao personificarem seres humanos e universos, até então, invisíveis.

A partir daí muitos roteiristas decidiram incluir personagens LGBTQIA+ em suas séries, a maioria consciente da necessidade de representatividade em suas histórias. Uma delas foi a americana How To Get Away With Murder (2014-2020, Netflix): Connor Walsh (Jack Falahee) é um jovem advogado, bonito, um tanto sem escrúpulos, que entra para a equipe criminalista liderada por Annalise Keating (Viola Davis). Connor é gay, mas a série retrata sua história pessoal como retrata a dos outros personagens, sem utilizar a orientação sexual dele para alívio cômico – tudo dentro do universo gay que Connor vive. Sem spoilers, mas temas tão presentes no mundo LGBTQIA+, como sexo descartável, HIV e casamento aberto, são abordados.

Com um terreno fértil sendo criado, a série Transparent (2014, Amazon) ousou ao contar a história de uma família que recebe a notícia de que o homem que eles conheciam como pai é uma mulher transgênero. E, recentemente, Pose (2018, Netflix) voltou à Nova York dos anos 80 e mostrou mulheres trans, expulsas de suas famílias, que criaram casas de acolhimento para pessoas na mesma situação de vulnerabilidade. A série é primorosa em retratar a dor, o preconceito (inclusive dentro da própria comunidade LGBTQIA+), a falta de oportunidades e as dificuldades da autoaceitação, tudo com um humor ácido e irresistível. No fim da temporada, você só quer dar um abraço na Blanca e (até) na Elektra, pois suas dores são diferentes, mas igualmente cruéis.

Quer uma série mais leve, mas igualmente necessária? A britânica Sex Education (2019, Netflix) é uma comédia que retrata os conflitos de jovens descobrindo suas vidas sexuais. Um detalhe simples que resume o DNA da série é o fato de o melhor amigo do protagonista, branco e heterossexual, ser um jovem negro e gay, e nenhum desses dois assuntos sequer ser motivo de conversa entre eles. Mas, como a sociedade não entende com a mesma tranquilidade, os conflitos acontecem. É um banho de naturalidade como gostaria de ver nas novas gerações, seja no Reino Unido, seja no Brasil.

A arte é uma ponte necessária para o entendimento do universo LGBTQIA+, principalmente para a conscientização de uma sociedade alimentada há anos com estereótipos e preconceitos. E, quando essa ponte está na sala de casa, dentro de uma série, apresentar personagens verossímeis traz a esperança de aproximar os dramas da ficção às dores reais de uma comunidade ainda tão vítima de discriminação.

Netflix e a previsão nuclear
Netflix e a previsão nuclear
Atualizações, Colunas

Netflix e a previsão nuclear

Que a série Simpsons vem prevendo o futuro desde a sua criação, nós já sabemos. Estima-se que a sitcom, cujo objetivo é retratar a vida de uma família típica norte-americana e seus desafios de forma bem irônica e satírica, já conseguiu prever [dados publicados na internet] vinte e um acontecimentos a nível mundial, encenando assim, um oráculo cinematográfico. Entretanto, que essa prática de profecias esteja influenciando até mesmo a Netflix, já é novidade!

Nos últimos dois anos, a Netflix tem produzido programações incríveis, super produções marcadas por um grande número de visualizações, sendo assim, um sucesso que gera ansiedade em todos a cada episódio assistido.

Stranger Things [2016] e Dark [2017] são séries que retomam a atmosfera dos anos 80 e a influencias de usinas químicas em suas histórias. Direta ou indiretamente, o tema “nuclear” aparece em questão e demonstra ser um dos pilares da construção das sitcoms.

Já no início do ano de 2018, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América e Kim Joung-un, líder ditador da Coréia do Norte, tem trocado farpas na política internacional por meio de redes sociais. O presidente dos EUA e os parlamentos da ONU, não concordam com o investimento pesa que o líder ditador da Coreia do Norte tem feito em bombas nucleares.

Kim Joung-um chegou a dizer para Trump tomar cuidado, pois tem um botão vermelho bem perto de sua mesa, em resposta, Trump disse que também tem um só que com uma diferença, o dele funciona.

Será que, ao “estourar” a Terceira Guerra Mundial usando todos esses armamentos nucleares investidos pelas grandes potencias, descobriremos que a 11 [Eleven} tem fugido do governo ao descobrir do conflito e encontrado Jonas passando pelas brechas do tempo na tentativa de encontrar as respostas de seus questionamentos?

Brincadeiras a parte, que 2018 tem se revelado como um ano repleto de mistérios, crises e promessas de guerra, é inegável. Pelo menos em ambas as séries, todos os personagens possuem alguém ou uma brecha no tempo para recorrer durante o surto nuclear ou invasão do mundo invertido… E nós, o que faremos se a terceira guerra explodir com química nuclear para todos os lados?

10 motivos para ler "O Jogador Nº 1"
10 motivos para ler “O Jogador Nº 1”
Colunas, Livros

10 motivos para ler “O Jogador Nº 1”

O que falar do livro O Jogador Nº 1? Eu poderia dizer que faz duas semanas que o li e que impressionantemente nesse tempo a história ainda ecoa na minha mente como uma música chiclete das boas. Ou então, poderia dizer que estou superanimada com a possibilidade do filme que lançarão ano que vem e que com toda certeza será um tremendo sucesso.

Mas prefiro elencar nessas breves linhas 10 motivos para você, caríssimo leitor, ler essa obra de Ernest Cline. Então vamos lá:

1. Se você gosta de games, esse é o seu novo almanaque ou como alguns dizem, sua nova bíblia. (Francamente Carolina, se o título do livro tem a palavra Jogador, é claro que a história fala de games.) Sim, a história é recheada de citações ou como dizem easter eggs de jogos famosíssimos, como  PAC-MAN, Super Mario e entre outros. Portanto, se games são a sua praia; você cairá de cabeça nesse universo gigantesco dos video-games.

2. Se você nasceu nos anos 80, ou cresceu nesse período, ou até mesmo é fã dessa década, acredite, você precisa ler esse livro. Os anos 80 foram sem dúvida uma grande inspiração para a moda, cultura, música, enfim, em todos os aspectos da vida humana e até nos tempos atuais existem grandes influências na nossa cultura ocidental que advenho da revolução dos anos 80. E em O jogador nº 1 existe uma verdadeira enxurrada de citações, easter eggs, referências, tudo que se lembre e se aproxime dos anos 80. Por isso se você é fã, leia, pois se sentirá em casa.

3. Ficção Científica, se essa categoria te agrada tanto quanto a mim, esse é o livro pra você. Particularmente eu adoro a categoria Ficção Científica, pois nada mais é do que imaginar um universo totalmente novo, cheio de possibilidades e caminhos que a nossa mais avançada tecnologia não é capaz de reproduzir. Eis o grande poder da Ficção Científica e em O jogador nº 1, você será jogado em um universo tão magnífico que será difícil voltar a vida real.

4. Se você se preocupa com o lixo, e as suas consequências para o futuro, esse é um ponto que verá na obra de Ernest Cline. Como assim, o lixo? Sim! Todos sabemos que vivemos em um mundo que produz muito mais do que consegue recuperar, que desperdícios são comuns em países como o Brasil e que a maioria das nações do mundo não tem condições de reciclar tudo o que produz. Sendo assim, tal ponto será abordado no livro e as consequências para a nossa total imprudência em resolver os problemas.

5. A miséria humana te incomoda? Então se prepare para vê-la escancarada nesse livro! Sim, o autor conseguiu juntar os problemas sociais como miséria e uma das nossas alegrias como nerds, que são os games; em uma só obra. É impressionante como a miséria humana é retratada na história e tal como é hoje, as pessoas não se dão conta ou não se preocupam em ajudar ou resolver. Pelo contrário, se preocupam mais em si mesmas e no nosso próximo tópico, o dinheiro.

6. No futuro pós-apocalíptico de O jogador nº 1, ainda existe o dinheiro, e ainda as pessoas matam e morrem por ele! A odisséia da personagem principal começa pelo simples interesse monetário. Interesse esse que ainda movem diversas pessoas pelo mundo, se não dizer, todas elas. Para nós, no nosso tempo, o dinheiro é muito importante. E não é diferente para as personagens do livro que batalham, vivem, matam e morrem pelo dinheiro. E como na vida real ou na ficção, tais batalhas são interessantes de se ver.

7. Se há miséria, há fome. Mas as duas são tão diferentes entre si como podem ser. E sendo assim, tal aspecto também é desenvolvido na obra. Surgem situações em que as personagens sofrem com a fome. Fome de comida. Fome de água. E também outros tipos de fome. Como fome por calor humano, fome por carinho, fome por atenção. Tais personagens vivem em uma situação de tal solidão que não sabem desenvolver aspectos sociais que a façam conviver em sociedade. E de uma forma sutil, porém convicta, o autor deixa claro as consequências de tal fome.

8. A ignorância também é retratada na obra. Ignorância que se mostra atualmente com guerras, desrespeito, falta de amor, compreensão; e que no mundo da história trouxe resultados bem mais devastadores. A ignorância é o fator de não saber sobre determinado assunto ou coisa. E ela ocorre por falta de estudo ou prática. Em um mundo onde sabemos que nem todas as crianças vão para a escola e aprendem algo útil; o tempo que a história passa, é visível que a maioria da população não teve acesso a educação básica, não sabe fazer cálculos simples e sem esse conhecimento o que lhes resta são atividades nada aprazíveis e simpáticas. E o resultado disso está bem implícito no livro.

9. O racismo, uma das maiores doenças sociais que o ser humano inventou para si mesmo, também é retratado no livro. Se você é como eu, e não acredita na situação absurda de um ser humano ser prejudicado das mais diversas formas e meio pelo simples fato de ter uma cor de pele diferente da de outro ser humano, esse livro será interessante para você. O racismo é tratado de uma forma única do início ao fim do livro, nos mostrando o que seria se em um caso hipotético, vivêssemos como as personagens da história.

10. A luta pela esperança é algo bem interessante na história. Vemos a personagem principal lutar do início ao fim para conseguir algo que sem dúvida mudará sua vida para sempre. E no decorrer da narrativa, vemos suas lutas, seus ganhos e suas perdas e também sua luta para continuar com a esperança. Esperança que muitos já perderam, e que mais outros nunca tiveram. Esperança por uma melhoria de vida, esperança por um planeta melhor. E que o autor, com sua forma única, anima os corações das personagens e os nossos também a nunca desistir dos nossos sonhos.

Eis os 10 motivos! Se algum deles o convenceu, leia o livro, se embrenhe na história e se perca junto com as personagens nesse mundo novo e desconhecido. O que mais posso dizer? Boa leitura!

Colunas

O falso moralismo da internet

Já pensou se alguém te questionasse sobre o que você espalha na internet?

“Você não tem direito de expressar sua opinião. Você tem direito de expressar a sua opinião fundamentada. Ninguém tem o direito de ser ignorante.” Harlan Ellison

Vivemos em um período de desconstruções, quebra de tabus e enfrentamento de problemas. Isso evidencia-se, com frequência, todas as vezes que decidimos dar aquela passadinha nas redes sociais. Amigos repassam, sem pudor, questões ligadas à movimentos sociais e que propõem reflexões profundas como laicidade do Estado, criminalização da homofobia, igualdade de gênero, descriminalização das drogas e tudo mais. Além dos que se dizem “pessoas de bem” e defendem figuras políticas neonazistas marcadas especialmente por discursos violentos.

Esse tipo de ocorrência levanta uma dúvida: toda essa informação é o que o indivíduo acredita ser certo ou trata-se novamente da cultura de massa?

A situação é mais alarmante quando o perfil do usuário é totalmente contraditório e as publicações são todas rasas sem nenhum embasamento verídico. O mesmo que propaga algo em favor da legitimação da identidade de gênero, instantes depois já aparece com uma tirinha usando a expressão “traveco”. A divulgação da imagem de um casal gay feliz transfigura-se numa máscara que caí logo depois do mesmo usar o termo “afeminado” de maneira pejorativa.

O fato é que o botão compartilhar converteu-se num grande disseminador de opiniões. Entretanto, você realmente acredita no que acabou de reproduzir ou só o fez na esperança de uma imagem pessoal mais interessante? Tal conteúdo possui fundamento?

É simples enaltecer um texto antirracista, uma tirinha questionando o estatuto da família, uma imagem exigindo a descriminalização do aborto. Mas e se deixássemos as curtidas e o ego de lado, a intensidade da nossa militância seria a mesma?

Abraçar nosso ponto de vista é primordial, porém, é indispensável o uso de bons argumentos, uma boa interpretação de texto e tolerância. Do contrário, nada adianta olhar para o próximo quando não conseguimos nem tirar os olhos de nós mesmos.