O que falar do livro O Jogador Nº 1? Eu poderia dizer que faz duas semanas que o li e que impressionantemente nesse tempo a história ainda ecoa na minha mente como uma música chiclete das boas. Ou então, poderia dizer que estou superanimada com a possibilidade do filme que lançarão ano que vem e que com toda certeza será um tremendo sucesso.
Mas prefiro elencar nessas breves linhas 10 motivos para você, caríssimo leitor, ler essa obra de Ernest Cline. Então vamos lá:
1. Se você gosta de games, esse é o seu novo almanaque ou como alguns dizem, sua nova bíblia. (Francamente Carolina, se o título do livro tem a palavra Jogador, é claro que a história fala de games.) Sim, a história é recheada de citações ou como dizem easter eggs de jogos famosíssimos, como PAC-MAN, Super Mario e entre outros. Portanto, se games são a sua praia; você cairá de cabeça nesse universo gigantesco dos video-games.
2. Se você nasceu nos anos 80, ou cresceu nesse período, ou até mesmo é fã dessa década, acredite, você precisa ler esse livro. Os anos 80 foram sem dúvida uma grande inspiração para a moda, cultura, música, enfim, em todos os aspectos da vida humana e até nos tempos atuais existem grandes influências na nossa cultura ocidental que advenho da revolução dos anos 80. E em O jogador nº 1 existe uma verdadeira enxurrada de citações, easter eggs, referências, tudo que se lembre e se aproxime dos anos 80. Por isso se você é fã, leia, pois se sentirá em casa.
3. Ficção Científica, se essa categoria te agrada tanto quanto a mim, esse é o livro pra você. Particularmente eu adoro a categoria Ficção Científica, pois nada mais é do que imaginar um universo totalmente novo, cheio de possibilidades e caminhos que a nossa mais avançada tecnologia não é capaz de reproduzir. Eis o grande poder da Ficção Científica e em O jogador nº 1, você será jogado em um universo tão magnífico que será difícil voltar a vida real.
4. Se você se preocupa com o lixo, e as suas consequências para o futuro, esse é um ponto que verá na obra de Ernest Cline. Como assim, o lixo? Sim! Todos sabemos que vivemos em um mundo que produz muito mais do que consegue recuperar, que desperdícios são comuns em países como o Brasil e que a maioria das nações do mundo não tem condições de reciclar tudo o que produz. Sendo assim, tal ponto será abordado no livro e as consequências para a nossa total imprudência em resolver os problemas.
5. A miséria humana te incomoda? Então se prepare para vê-la escancarada nesse livro! Sim, o autor conseguiu juntar os problemas sociais como miséria e uma das nossas alegrias como nerds, que são os games; em uma só obra. É impressionante como a miséria humana é retratada na história e tal como é hoje, as pessoas não se dão conta ou não se preocupam em ajudar ou resolver. Pelo contrário, se preocupam mais em si mesmas e no nosso próximo tópico, o dinheiro.
6. No futuro pós-apocalíptico de O jogador nº 1, ainda existe o dinheiro, e ainda as pessoas matam e morrem por ele! A odisséia da personagem principal começa pelo simples interesse monetário. Interesse esse que ainda movem diversas pessoas pelo mundo, se não dizer, todas elas. Para nós, no nosso tempo, o dinheiro é muito importante. E não é diferente para as personagens do livro que batalham, vivem, matam e morrem pelo dinheiro. E como na vida real ou na ficção, tais batalhas são interessantes de se ver.
7. Se há miséria, há fome. Mas as duas são tão diferentes entre si como podem ser. E sendo assim, tal aspecto também é desenvolvido na obra. Surgem situações em que as personagens sofrem com a fome. Fome de comida. Fome de água. E também outros tipos de fome. Como fome por calor humano, fome por carinho, fome por atenção. Tais personagens vivem em uma situação de tal solidão que não sabem desenvolver aspectos sociais que a façam conviver em sociedade. E de uma forma sutil, porém convicta, o autor deixa claro as consequências de tal fome.
8. A ignorância também é retratada na obra. Ignorância que se mostra atualmente com guerras, desrespeito, falta de amor, compreensão; e que no mundo da história trouxe resultados bem mais devastadores. A ignorância é o fator de não saber sobre determinado assunto ou coisa. E ela ocorre por falta de estudo ou prática. Em um mundo onde sabemos que nem todas as crianças vão para a escola e aprendem algo útil; o tempo que a história passa, é visível que a maioria da população não teve acesso a educação básica, não sabe fazer cálculos simples e sem esse conhecimento o que lhes resta são atividades nada aprazíveis e simpáticas. E o resultado disso está bem implícito no livro.
9. O racismo, uma das maiores doenças sociais que o ser humano inventou para si mesmo, também é retratado no livro. Se você é como eu, e não acredita na situação absurda de um ser humano ser prejudicado das mais diversas formas e meio pelo simples fato de ter uma cor de pele diferente da de outro ser humano, esse livro será interessante para você. O racismo é tratado de uma forma única do início ao fim do livro, nos mostrando o que seria se em um caso hipotético, vivêssemos como as personagens da história.
10. A luta pela esperança é algo bem interessante na história. Vemos a personagem principal lutar do início ao fim para conseguir algo que sem dúvida mudará sua vida para sempre. E no decorrer da narrativa, vemos suas lutas, seus ganhos e suas perdas e também sua luta para continuar com a esperança. Esperança que muitos já perderam, e que mais outros nunca tiveram. Esperança por uma melhoria de vida, esperança por um planeta melhor. E que o autor, com sua forma única, anima os corações das personagens e os nossos também a nunca desistir dos nossos sonhos.
Eis os 10 motivos! Se algum deles o convenceu, leia o livro, se embrenhe na história e se perca junto com as personagens nesse mundo novo e desconhecido. O que mais posso dizer? Boa leitura!