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Crítica: Eu não sou um homem fácil (2018)

O filme Eu não sou um homem fácil (Je Ne Suis Pas un Homme Facile) da diretora francesa Eléonore Pourriat tem chamado a atenção desde sua estreia no site de streaming americano Netflix. O filme parte da premissa que o machão Damien, interpretado por Vincent Elbaz, sofre um pequeno acidente e acorda num mundo em que os papéis de gêneros foram invertidos e as mulheres ocupam agora o lugar de dominância na sociedade.

Por se tratar de uma comédia com um que de besteirol o enredo retrata o machismo com muita leveza, entretanto as críticas são escrachadas. Damien logo no começo é assediado por uma mulher em seu ambiente de trabalho e é compelido a mudar todo seu físico para se encaixar e voltar para o mercado de trabalho. Além disso todos os personagens homens nesse novo mundo representam exatamente os estereótipos femininos são todos dóceis, frágeis e subordinados enquanto as mulheres são fortes e cheias de virilidade.

As referenciais sutis das cenas também são muito provocativas, como por exemplo a parte em que as mulheres estão jogando pôquer e a carta da rainha é mais forte que a do rei e vence a partida mostrando que a figura feminina é forte naquele universo paralelo em todos os âmbitos. Outra passagem interessante são os beijos trocados por Damien e Alexandra (Marie-Sophie Ferdane) em que a máscula escritora levanta o protagonista contra a parede num gesto claro de dominação.

Por não ser uma produção americana certos aspectos da cultura francesa tornam o filme ainda mais interessante como por exemplo o padrão de beleza dos personagens. Tanto Damien quando Alexandra não seriam personagens considerados extremamente atraentes numa criação estadunidense, entretanto isso só deixa a narrativa ainda mais verídica uma vez que retrata uma sociedade muito genuína uma vez que não se engessa nos moldes hollywoodianos.

“Eu não sou um homem fácil” é aquele tipo de comédia que poderia ter três horas de duração que ainda sim haveriam assuntos para serem abordados. Os personagens não têm toda aquela profundidade, estão mais presos ao momento do que a suas individualidades, mas mesmo assim faz sentido dentro do contexto criado pelo enredo. Com opiniões ácidas posicionamentos bem claros, o filme de Eléonore é aquele tipo de entretenimento leve, mas o mesmo tempo conscientizador de domingo a noite.

Filmes, Reviews de Séries

Review: 3% (Segunda Temporada)

Quando foi lançada em 25 de novembro de 2015, a série 3% – primeira produção nacional da Netflix – dividiu as opiniões do público. Por um lado, a série encontrou um modo pouco convencional – e eficaz – para falar sobre a má distribuição de renda e polaridades presentes atualmente na sociedade brasileira, por outro, as atuações teatrais em momentos chave, figurinos escrachados e um aspecto que deixava claro o orçamento limitado em geral. A segunda temporada chegou ouvindo todas as críticas, fossem elas boas ou ruins e se aperfeiçoou, entregando 10 excelentes episódios.

Talvez a primeira temporada não tenha sido tragada tão facilmente no gosto do público por ter sido focada no processo de seleção (que determina os 3% que irão poder ter uma vida melhor no MarAlto) e não em seus personagens. Tivemos alguns nuances da vida de Michele, Joana, Rafael e Fernando, mas de forma bem superficial. Agora, mergulhamos em suas trajetórias, o que proporcionou aos espectadores uma chance de se conectar com alguns deles.

A maior diferença que podemos sentir entre as temporadas pode ser sentida através do roteiro. Deixando a parte didática de lado, as histórias agora não se arrastam nos episódios, muito pelo contrário. Usando e abusando do uso de flashbacks, somos capazes de entender melhor as motivações de cada personagem em torno do Processo e ver mais da vida que levavam no continente. As evoluções e plow-twists presentes nos entregam uma complexidade muito maior, que nos desperta cada vez mais a vontade de assistir aos episódios seguintes. Cada personagem possui o seu foco narrativo e estes focos se conectam de uma forma mais natural.

Talvez um desafio que a série se auto propôs foi o de incluir novos personagens e dar importância e contexto para estes novos nomes. Uma vez que anteriormente 3% teve dificuldade em explorar as personagens apresentadas, a inclusão de novos nomes poderia representar um novo erro – felizmente estávamos errados. Além dos nomes envolvidos no Processo e do pessoal do MarAlto, tivemos inclusões muito bem-feitas no continente.

A série melhorou muito e esteticamente encontrou um ponto para chamar de seu. É facilmente identificada e bem assimilada. O elenco demonstra estar mais entrosado e isso se refletiu nas telas. Um excelente momento que é preciso citar e não, não é spoiler: o nosso tradicional ‘carnaval’ foi abordado, em uma linda procissão realizada no continente; a cena contou com a talentosa Liniker e foi um dos pontos altos da produção.

A 3ª temporada de 3% – que irônico – irá estrar em 2019. Porém a história pode segurar até 5 temporadas no total. Vamos torcer.

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: Aniquilação – Complexo e Belo (2018)

Aniquilação conta a história da bióloga Lane (Natalie Portman). Seu marido, Kane (Oscar Isaac), é o único a voltar vivo após um ano ter embarcado em uma missão secreta do governo americano. A expedição envolvia uma dimensão alienígena chamada Área X. Para salvar o marido, Lane se junta a mais quatro cientistas para adentrar “O Brilho” e descobrir seus mistérios.

O filme estreou 12 de março na Netflix Brasil, escrito e dirigido por Alex Garland, com a obra baseada no livro de mesmo nome, do escritor Jeff VanderMeer. Aniquilação mistura ficção científica, ação e filosofia na mesma produção, resultando em uma obra surpreendente.

A parte de ficção científica é muito bem elaborada pelo diretor Alex Garland, do aclamado Ex Machina. Este outro mundo é composto de misteriosa atmosfera capaz de misturar DNAs e transformar a vida que conhecemos em algo extraordinário. Além de colorido e fascinante, os conflitos enfrentados pelas personagens são de caráter psicológicos, o que encaixa o filme em uma categoria de suspense/ terror também.

As atuações são ótimas, mas com personagens unidimensionais, as acompanhantes de Lane, interpretadas por Gina Rodriguez, Tessa Thompson, Jennifer Jason Leigh e Tuva Novotny não são perfeitamente aproveitadas. Natalie Portman, entretanto, entrega uma performance incrível para o projeto apresentado. O último ato do filme é complexo, cheio de minúcias referentes a profundidade do roteiro, com cenas filosóficas e difíceis, e Portman consegue carregar a lentidão filosófica das cenas com destreza.

Visualmente o filme seria perfeito para o cinema e foi até cogitado para ser lançado nas telonas. Entretanto, o projeto foi vendido para a Netflix, com um dos maiores porquês o fato do filme ser muito intelectual e complicado de entender.

Contando a história de forma propositalmente lenta, Garland inclui com alguns flashes forwards reveladores, mas que podem confundir o espectador. Mesmo assim, a proposta do filme é labiríntica e Garland traduz esse mundo e a história muito bem.

Como outros trabalhos do diretor, é nas entrelinhas em que o tema existencial humano norteia. A história sem uma resposta concreta é a intenção de Garland, e torna o filme memoravelmente perturbador quando acaba.

Fenômenos internacionais na Netflix
Fenômenos internacionais na Netflix
Colunas, Filmes

Fenômenos internacionais na Netflix

Podemos atribuir à Netflix uma das maiores causas do nosso tempo “perdido” assistindo séries e filmes. Depois da chegada do streaming, a facilidade para consumir produções audiovisuais aumentou demasiadamente. Com o sucesso, a empresa começou a investir em obras originais. Isso se tornou um proveito não apenas lucrativo para a Netflix, mas como espaço de representatividade que Hollywood e seus canais tradicionais não permitiam.

O fácil acesso junto o investimento fez com que mais séries internacionais entrassem para o nosso catálogo. Apresentando outras realidades, diferentes linguagens e novos talentos, algumas séries se destacaram neste último ano. Três sucessos incríveis que assisti recentemente foram Dark, La Casa de Papel e As Telefonistas.

Provavelmente a mais famosa das três, La Casa de Papel é um suspense original da Espanha criada por Álex Pina para um canal televisivo do país e foi lançada na Netflix em 25 de dezembro de 2017. Quase imediato a sua estreia na plataforma, o sucesso veio alavancando séries famosas. Nada se falava além de La Casa de Papel.

Curiosamente, a série foi inicialmente lançada em 15 episódios de 70 minutos, porém a Netflix decidiu separá-los em duas temporadas com episódios de menor duração, a primeira com 13 capítulos, com a chegada dos seis restantes prevista para 06/04.

Fica claro com essas séries as impressionantes narrativas e direções que apenas acreditamos existir em produções hollywoodianas. Assim como as outras duas séries citadas aqui, temos enredos fechados e bem escritos e atuações de tirar o folego de atores desconhecidos que marcam muito mais a universo audiovisual do que qualquer outra série americana.

Além disso, saber que existem séries com pessoas que falam a mesma língua que a sua, diretores de sua terra natal, cria um sentimento de identificação muito maior dentro das narrativas.

Dark, minha favorita das três, é um suspense de ficção científica distribuída pela Netflix, de origem alemã, com 10 episódios de aproximadamente uma hora. Ela se destaca por ter um tema conhecido, porém é tratado de um modo como nada visto na televisão. Ademais, a fotografia e as atuações dos jovens atores superam suas comparações como Stranger Things.

Outro fenômeno da Netflix vai ter sua continuação em 2018. As Telefonistas (do original Las Chicas del Cable) se passa nos anos 1920, e traz a histórias de quatro mulheres lutando pela liberdade que este novo trabalho – de telefonista – pode trazer como forma de revolução na vida social delas. As temáticas apresentadas de maneira moderna, nos faz refletir sobre como a luta feminina é de muitos anos, com aspectos que ainda não foram mudados.

Com essa leva de investimentos internacionais, só podemos esperar cada vez mais séries de alta qualidade e representatividade. Assim, aspiramos que as produções brasileiras futuras sejam inclusas e dadas o valor merecido tanto quanto outras séries.

Atualizações, Filmes

Novos detalhes da próxima temporada de “Stranger Things” são revelados

O seriado Stranger Things, exibido e produzido pela Netflix, começa a ganhar os primeiros pequenos detalhes da próxima temporada, que ainda não tem previsão de estreia. Após o enorme sucesso em todo o mundo, repercussão nas mídias sociais e notoriedade dos atores mirins, os produtores e elenco da série se reuniram e falaram em um painel em PaleyFest sobre a preparação para a terceira temporada e a grande pressão para repetir o sucesso.

Na conversa, o grande destaque veio com o produtor executivo Shawn Levy que divulgou que a a terceira temporada acontecerá um ano após a segunda, durante o verão de 1985, mantendo o mesmo progresso encontrado nas temporadas anteriores. Fato que não era esperado por uma parcela dos fãs da série, devido a última temporada ter sido gravada há mais de um ano e os atores já estarem mais envelhecidos.

A série que sempre é embasada por referências da década de 80 vai ganhar menções ao longa “De Volta Para o Futuro” (1985), entrando para o time de clássicos que a série aborda em seu roteiro como: Dungeons & Dragons, filmes do Steven Spielberg, Under the Skin e muitos outras.

Além disso, já foi divulgado que a Netflix promoveu a irmã de Lucas, Erica (Priah Ferguson), a um papel regular na próxima temporada e que haverá uma nova personagem chamada Robin, uma jovem que descobrirá alguns segredos sombrios de Hawkins.

A nova temporada de Stranger Things ainda não tem data de estreia divulgada, mas se você quer maratonar a série pode ficar tranquilo, porque a Netflix mantem todos os capítulos anteriores disponíveis no catálogo.

Atualizações, Filmes

Netflix traz em abril final de “La Casa de Papel” e muitos outros lançamentos

A Netflix divulgou na sexta-feira (23) a programação com a lista de filmes, séries e documentários que estarão disponíveis para os assinantes no mês de abril.

Para quem estava sentindo saudades de fazer maratonas de séries, o serviço de streaming traz em abril o tão aguardado final da série que parou o Brasil “La Casa de Papel” e a produção nacional que fez sucesso aqui e no exterior 3%. Além disso, o fenômeno “The Walking Dead” tem o lançamento de sua sétima temporada garantido na plataforma.

Os fãs das comédias besteirol podem ficar animados, porque Adam Sandler e Chris Rock trazem um lançamento de um filme original Netflix chamado “Lá Vem os Pais” que conta a história de um devotado pai de de classe média (Adam Sandler) determinado a pagar pelo casamento de sua filha, apesar da tentativa do pai do noivo (Chris Rock) que é mais rico. Uma série de calamidades forçam os pais (e suas famílias) a se unirem e suportarem a semana mais longa de suas vidas.

Confira a lista com as novidades do catálogo do mês de setembro na Netflix:

Séries
01/04/2018
The 100 – Temporada 4
Gold Stars: A História Oficial da Copa do Mundo FIFA – Temporada 1

06/04/2018
La Casa de Papel – Parte 2
O Próximo Convidado Dispensa Apresentação Com David Letterman: Jay-Z
Troia: A Queda De Uma Cidade – Temporada 1

13/04/2018
Perdidos no Espaço – Temporada 1

15/04/2018
The Walking Dead – Temporada 7

19/04/2018
The Alienist – Temporada 1

21/04/2018
Turma do Peito – Temporada 1

26/04/2018
Feliz! – Temporada 1

27/04/2018
3% – Temporada 2

29/04/2018
Superstition – Temporada 1

Filmes
01/04/2018
Disney – Cinderela

06/04/2018
6 Balões
A 4ª Companhia
Órbita 9
Sun Dogs

13/04/2018
A Caminho da Fé

15/04/2018
Irmãs

19/04/2018
Todas as Razões Para Esquecer

20/04/2018
Dude – A Vida é Assim
A Menina Índigo

27/04/2018
Lá Vêm os Pais
Doce Argumento

Documentários e especiais
01/04/2018

Disney – O Reino Dos Primatas
Fishpeople

13/04/2018
Chef’s Table: Confeitaria

16/04/2018
A História De Deus Com Morgan Freeman – Temporada 2

20/04/2018
Mercury 13 – O Espaço Delas

24/04/2018
Kevin James: Never Don’t Give Up

Saiba mais de “La Casa de Papel”:
Oito habilidosos ladrões se trancam na Casa da Moeda da Espanha com o ambicioso plano de realizar o maior roubo da história e levar com eles mais de 2 bilhões de euros. Para isso, a gangue precisa lidar com as dezenas de pessoas que manteve como refém, além dos agentes da força de elite da polícia, que farão de tudo para que a investida dos criminosos fracasse.

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Review: The End of the F***ing World (2018)

De novo mais uma série que alguém me indicou e pensei “será” e logo depois “hm, vamos tentar né” e, logo em seguida, “MEU DEUS, O QUE É ISSSO AAAAA”. Esses são os três passos quando você assiste uma série como The End of the F***ing World.

A produção que tem um nome comprido e toda vez que vou indicar fico na dúvida de qual seria a melhor abreviação, estreou sua 1ª temporada (8 episódios) no Reino Unido em outubro de 2017, chegando para nós em janeiro de 2018 ao ser lançada na plataforma da Netflix.

A história nos apresenta James (Alex Lawther) e Alyssa (Jessica Barden), dois jovens de 17 anos que veem um no outro uma oportunidade de escapar do que os oprimem (seja exterior ou interiormente).

The End of the F***ing World é simplesmente isana. Tem tudo aquilo que rejeitamos e ao mesmo tempo cultivamos um estranho prazer voyeurista ao ver nas telas: personagens quebradas psicologicamente, mortes, explosões, fugas, afrontamento à ordem estabelecida, mentiras… é o resumo do “jogar tudo pro alto e viver uma grande aventura”.

Irei comentar agora alguns pontos que mais chamaram minha atenção e que podem ser bons motivos para você começar uma nova maratona.

F***ing Narrativa

Alyssa e James

Estruturada como um road movie, o criador da série, Jonathan Entwistle, concebeu a obra como um filme, seus 8 episódios de 20 minutos completam um clico e mostram tanto a mudança de comportamento das personagens quanto a evolução dos seus relacionamentos. James e Alyssa do primeiro episódio com certeza não são os mesmo do oitavo.

Ainda que haja especulações com relação a uma segunda temporada, Jonathan demonstra cautela, já que a HQ de Charles S. Forsman, em que a série foi baseada, foi totalmente usada para essa primeira adaptação.

Talvez por ter sido inspirada em uma narrativa escrita, The End of the F***ing World incorporada com facilidade a narração dos pensamentos de Alyssa e James à imagem.

Esta voz que é sobreposta às ações poderia tornar-se cansativa se fosse utilizada apenas para comentar os acontecimentos, contudo, é utilizada de maneira criativa ao demonstrar a evolução das personagens, sendo assim uma excelente estratégia no roteiro.

Nos primeiros episódios, quando Alyssa ou James praticam alguma ação, a voz dos seus pensamentos mostra ao espectador que muitas vezes eles gostariam de estar fazendo exatamente o oposto ou que estão escondendo algo um do outro.

Tal fator é mais evidenciado em Alyssa, já que ela se mostra como uma personagem que procura passar uma imagem de si (durona, sem emoções) que muitas vezes não corresponde com seu verdadeiro estado. Alyssa esconde de James seus medos e frustrações sob uma carapaça de alguém que não se importa com nada.

Contudo, nos últimos episódios, a garota começa a dizer exatamente aquilo que pensa a James, demonstrando como os dois agora estão próximos e também como ela, finalmente, encontrou alguém em quem confia e pode se abrir sem medo.

Um último ponto interessante com relação à voz over é que em alguns momentos ela dá a entender que James e Alyssa estão comentando sua história de algum momento no futuro, já que eles falam sobre situações que, no momento da história, eles esperavam que terminassem de certa forma, mas, no momento da narração, confessam que tais situações terminaram de forma diferente.

F***ing Trilha Sonora

Confesso que a trilha sonora é um personagem à parte. Composta por Graham Coxon (co-fundador da banda Blur), ela está presente na maioria das cenas, contrastando-se ou comentando as ações.

Composta basicamente por músicas pop, country e rock dos anos 50 e 60, a seleção musical dá um ar nostálgico à história que se passa no presente.

Uma das melhores cenas de toda primeira temporada é quando Alyssa e James interagem com a trilha ao dançarem juntos uma canção. No vídeo abaixo, você pode conferir tanto o estilo das músicas quanto à questão das narrações, comentada no tópico acima.

Em resumo, apesar de todas as situações dramáticas, The End of the F***ing World é concebida como uma comédia de humor ácido e denso. É uma obra de contrastes. A leveza da trilha sonora x a intensidade de suas personagens. A beleza dos cenários x as situações horríveis pelas quais Alyssa e James passam.

Como os contrastes acima, The End of the F***ing World é uma série para amar ou odiar. As personalidades do casal principal podem incomodar alguns, bem como assuntos pesados como abuso e assassinato podem afastar outros. De qualquer forma, a atmosfera criada pela junção de todos os elementos (técnicas narrativas, fotografia, trilha sonoro, etc) e as atuações de Alex Lawther e Jessica Barden valem a tentativa.

 

Atualizações, Filmes

Riverdale entra no catálogo no Netflix em fevereiro

Depois de inúmeros pedidos, a série que é febre no mundo todo, inclusive no Brasil, vai entrar com sua primeira temporada na Netflix, no dia 13 de fevereiro. Riverdale é uma produção da emissora CW, mas o serviço de streaming Netflix comprou os direitos para distribuição internacional. Os episódios, nos EUA, são lançados na plataforma um dia depois da transmissão televisiva no país.

A série voltou do hiato na última quarta-feira (17/01) para o décimo episódio da segunda temporada. Riverdale está crescendo, cada vez mais, em número de fãs no mundo todo por ter um enredo envolvente e um elenco muito carismático, dentro e fora da ficção. A série é para todos os fãs de uma boa série de suspense que mistura todo o clima de mistério com dramas adolescentes residentes de uma cidade pequena. Se você ainda não acompanha essa série, esse é o momento de começar sua maratona.

The CW Network. All Rights Reserved.

Riverdale é inspirado no Archie Comics, uma das séries de quadrinhos mais famosas nos EUA. Conta as histórias de Archie Andrews, um garoto que vive em um triângulo amoroso com Veronica e Betty e suas aventuras com seu melhor amigo Jughead Jones. Os quadrinhos já existem desde 1939 e deram a origem a diversos personagens icônicos que ganharam spin-offs devido ao enorme crescimento das histórias, como Josie e as Gatinhas e a bruxinha Sabrina – que ficaram mais famosas do que Archie no Brasil.

hollywoodreporter

A série, no entanto, alterou algumas características da história quadrinhos – que por si só já mudou muito ao longo dos anos. A maior diferença é a grande amizade existente entre as personagens Veronica Lodge e Betty Cooper, que sempre foram retratadas como grandes rivais. Apesar das mudanças, a série vem recebendo críticas positivas e está conquistando os fãs dos quadrinhos e novos fãs ao redor do mundo. A série é muito associada a Twin Peaks pelo caráter misterioso, seria uma mistura com um enredo dramático adolescente.

Na adaptação, encontramos uma versão moderna  dos personagens que residem na cidade Riverdale. Tudo começa quando um assassinato misterioso assola o lugar, revelando diversos segredos dos personagens. Confira o trailer da primeira temporada:

Netflix e a previsão nuclear
Netflix e a previsão nuclear
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Netflix e a previsão nuclear

Que a série Simpsons vem prevendo o futuro desde a sua criação, nós já sabemos. Estima-se que a sitcom, cujo objetivo é retratar a vida de uma família típica norte-americana e seus desafios de forma bem irônica e satírica, já conseguiu prever [dados publicados na internet] vinte e um acontecimentos a nível mundial, encenando assim, um oráculo cinematográfico. Entretanto, que essa prática de profecias esteja influenciando até mesmo a Netflix, já é novidade!

Nos últimos dois anos, a Netflix tem produzido programações incríveis, super produções marcadas por um grande número de visualizações, sendo assim, um sucesso que gera ansiedade em todos a cada episódio assistido.

Stranger Things [2016] e Dark [2017] são séries que retomam a atmosfera dos anos 80 e a influencias de usinas químicas em suas histórias. Direta ou indiretamente, o tema “nuclear” aparece em questão e demonstra ser um dos pilares da construção das sitcoms.

Já no início do ano de 2018, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América e Kim Joung-un, líder ditador da Coréia do Norte, tem trocado farpas na política internacional por meio de redes sociais. O presidente dos EUA e os parlamentos da ONU, não concordam com o investimento pesa que o líder ditador da Coreia do Norte tem feito em bombas nucleares.

Kim Joung-um chegou a dizer para Trump tomar cuidado, pois tem um botão vermelho bem perto de sua mesa, em resposta, Trump disse que também tem um só que com uma diferença, o dele funciona.

Será que, ao “estourar” a Terceira Guerra Mundial usando todos esses armamentos nucleares investidos pelas grandes potencias, descobriremos que a 11 [Eleven} tem fugido do governo ao descobrir do conflito e encontrado Jonas passando pelas brechas do tempo na tentativa de encontrar as respostas de seus questionamentos?

Brincadeiras a parte, que 2018 tem se revelado como um ano repleto de mistérios, crises e promessas de guerra, é inegável. Pelo menos em ambas as séries, todos os personagens possuem alguém ou uma brecha no tempo para recorrer durante o surto nuclear ou invasão do mundo invertido… E nós, o que faremos se a terceira guerra explodir com química nuclear para todos os lados?

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Kiernan Shipka será a Sabrina, A Aprendiz de Feiticeira no reboot da Netflix

E o reboot de Sabrina, A Aprendiz de Feiticeira já tem a sua protagonista: Kiernan Shipka será a bruxa adolescente!

A atriz é conhecida por interpretar Sally Draper, em Mad Men, e seu último trabalho de destaque foi na série Feud, como B.D, filha de Bette Davis, interpretada pela maravilhosa Susan Sarandon.

Imagem: Just Jared

 

A Netflix é responsável pelo reboot, e segundo um representante, a série mostrará Sabrina como “uma jovem mulher empoderada, meio humana, meio bruxa que está começando seus estudos como feiticeira, ainda tentando manter uma vida normal de estudante no ensino médio”.

A trama de Sabrina será baseada na HQ The Chilling Adventures of Sabrina, publicada em 2015 nos EUA pelo selo Archie Horror, da Archie Comics. Sabrina, The Teenage Witch faz parte dos quadrinhos da Archie Comics, mesma editora da qual pertence Riverdale (por isso, o reboot de Sabrina seria um spin-off). A nova série teria uma trama mais dark e sombria, seguindo os moldes de Riverdale, e mais no estilo de Buffy: A Caçadora de Vampiros, bem diferente do seriado de 1996, estrelado por Melissa Joan Hart, e clássico dos adolescentes dos anos 90 e começo dos anos 2000.

Imagem: Sabrina, Teenage Witch, Divulgação

A produção será da mesma equipe de RiverdaleRoberto Aguirre-Sacasa como roteirista e Lee Toland Krieger na direção, com a Berlanti Productions e a Warner Bros. TV envolvidas. No entanto, nenhum crossover com a série de Archie Andrews e cia. está nos planos da produção. Segundo o Hollywood Reporter,  Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira, é descrita “aos moldes de O Bebê de Rosemary O Exorcista” e deve acompanhar o amadurecimento da bruxa, tentando conciliar seu lado místico com o humano enquanto protege sua família e o mundo das forças do mal que a ameaçam.

A primeira temporada deve começar a ser filmada em 19 de fevereiro, em Vancouver, no Canadá. Lançamento é previsto para final de 2018. A série já tem duas temporadas garantidas, de 10 episódios cada.

Gostaram da escolha?! Agora só falta a questão mais importante: e o Salém?!

FONTE