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Crítica: Extraordinário (Wonder, 2017)
Crítica: Extraordinário (Wonder, 2017)
Atualizações, Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: Extraordinário (Wonder, 2017)

Auggie interpretado por Jacob Tremblay é aquele personagem que sentimos vontade de abraçar, seja por sua maturidade, por sua inteligência ou sua compreensão. O garotinho nasceu com uma deformidade fácil causada pela Síndrome de Treacher Collins, uma condição genética e que atinge principalmente os ossos da face.

Estreia hoje nos cinemas a adaptação de Extraordinário da escritora R.J. Palacio, o Beco já viu e conta para você o que esperar do filme!

O objetivo principal foi atingido, mesmo com a direção de Stephen Chbosky, o filme é mediano, e não foge no comum, mas consegue transmitir o alerta sobre o bullying dentro e fora do ambiente estudantil e como as pessoas são diferentes umas das outras, mas que o respeito e a aceitação são sempre mais importantes.

O filme arranca do público muitas reações desde raiva pelo aluno Julian, ou risadas nas piadas de Auggie e cenas divertidas do filme como aparições do Chewbacca do Star Wars e lágrimas nas cenas como a que August pergunta a sua mãe Isabel, interpretada pela atriz Julia Roberts, por que ele é feio.

O elenco conta ainda com a atuação de Owen Wilson como Nate, o pai de Auggie, além de Izabela Vidovic no papel de Via, a irmã, e conta ainda com a participação de Sônia Braga como a avó brasileira, além de Jack, o melhor amigo de Auggie, vivido por Noah Jupe.

Extraordinário deve ser lido e assistido não só por crianças, mas também pelos adultos. Muitas vezes as crianças são o reflexo de seus pais e o preconceito pode começar dentro de casa.

As crianças não conseguem esconder suas reações ou sentimentos, por isso, é papel fundamental dos pais trabalharem desde sempre qualquer tipo de preconceito ou descriminação, afinal, as crianças são só crianças e curtir a infância é fundamental para seu desenvolvimento.

A resenha completa do livro, você pode conferir aqui! Desde já, Auggie nos ensina uma grande lição e é realmente Extraordinário!

Livros que você precisa ler em 2018
Livros que você precisa ler em 2018
Atualizações, Livros

Livros que você precisa ler em 2018

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Clarice Lispector

O que é viver? Qual o real significado da vida?

De acordo com Clarice Lispector, viver ultrapassa qualquer entendimento, qualquer conhecimento. Necessariamente, tentar transmitir toda bagagem que existência tem para carregar em apenas alguns parágrafos, isso pode ser até um pouco impossível!

Por isso construímos uma lista recheada para complementar as suas leituras para o ano que está por vir, quem sabe se interesse por algum exemplar e este, te explore enquanto ser humano e lhe mostre pontos de vistas e vistas de cada ponto.

Para se começar um novo ano, é preciso reavaliar como foi o anterior e se posicionar para a melhoria, se tornar um profissional melhor, uma pessoa melhor, uma sociedade melhor. Aqui vai um choque de realidade e o impulso verdadeiro da existência do ser humano.

Se construa e reconstrua. Boa Leitura!

Recomendação nº 01
– Ensaio sobre a Cegueira
Autor‎: ‎José Saramago
Editora: Companhia das Letras
Idioma‎: ‎Português
Lançamento‎: ‎1995
País‎: ‎Portugal
Gênero: Romance documental apocalíptico

Recomendação nº 02
– A Metamorfose
Data da primeira publicação: 1915
Autor: Franz Kafka
Editora: Companhia das Letras
Idioma original: Língua alemã
Ilustrador: Manuel Marsol
Gêneros: Conto, Ficção Absurdista, Slipstream

Recomendação nº03
– Crime e Castigo
Data da primeira publicação: 1866
Autor: Fiódor Dostoiévski
Editora: O mensageiro russo
Personagens: Rodion Românovitch Raskólnikov, Sônia Marmeladova, Syidrigailov, Razumíkhin, Sra. Raskolnikov, Dúnia
Adaptações: Crime e Castigo (1970), Crime e Castigo (2002), MAIS
Gêneros: Romance filosófico, Romance psicológico

Recomendação nº 04
– A Natureza Humana
Data da primeira publicação: 1958
Autora: Hannah Arendt
Editora: FORENSE UNIVERSITARI
Idioma original: Língua inglesa
Gênero: Não ficção
Indicações: National Book Award: Não-ficção

Atualizações

Startup “Enjoei” anuncia encerramento de atividades na Argentina

O site de usados queridinho do público mais jovem, Enjoei, anunciou na manhã de hoje o encerramento das atividades da sua filial argentina, o Yafue.

O comunicado aconteceu primeiramente aos usuários, através do e-mail. O site está no ar desde 2012, no formato de marketplace, em que as pessoas podem comprar e vender objetos que enjoaram, pagando uma taxa de 20% à plataforma.

O Yafue, filial argentina, havia sido inaugurado em fevereiro deste ano, após alguns anos de planejamento. Em 2016, o Enjoei movimentou R$ 200 milhões em vendas, crescimento de 80% com relação ao ano anterior.

Dentre as razões do sucesso do site no Brasil é a aposta em um marketing com ações divertidas, descontraídas, voltadas para o público jovem que englobam uma linguagem visual marcante e facilidade de navegabilidade, fato determinante para o sucesso de um site atualmente.

No email de comunicado, a equipe do Yafue comunica que o acesso pelo aplicativo já foi bloqueado e que todos os usuários devem realizar as transações pendentes através do computador. A equipe de suporte via e-mail continua online para ajudar em quaisquer dúvidas dos usuários.

A conta do Instagram do site está fora do ar também. Confira o e-mail na íntegra e a tradução abaixo:

Te comunicamos que o YaFue suspendeu suas atividades na Argentina.

Pode entrar em seu perfil para visualizar as transações pendentes e/ou o que falta em seu “yafuebank” (banco para receber suas vendas, dentro do site).

O acesso em seu perfil só se faz pela página do computador, o acesso pelo aplicativo está bloqueado.

Jamais te deixaríamos sozinhos em um momento como este. Seguiremos aqui até que tudo se conclua como correspondente, caso tenha qualquer dúvida escreva para [email protected].

obrigado por tudo, com amor, equipe yafue.

Sobre o fechamento da filial argentina, a startup brasileira ainda não divulgou as possíveis causas do encerramento repentino.

Atualizações

Sessão da Tarde: Programe-se para assistir os filmes da semana!

Demoramos, mas chegamos com as informações da Sessão da Tarde para complementar o seu restinho da semana! Se prepare para assistir filmes super divertidos e cheio de artistas que caíram nas graças do público brasileiro, entre eles, Maya Rudolph, Tim Allen, Martin Lawrence e muitos outros! Os filmes continuam a aquecer o clima natalino com a proximidade do natal e devem trazer muitas risadas e aventura aos telespectadores.

Confiram as sinopses:

06/12 – Missão Madrinha de Casamento (2011)

Lillian (Maya Rudolph) vai se casar e convida a amiga Annie (Kristen Wiig) para ser sua madrinha. Ela, que enfrenta problemas profissionais e amorosos, resolve se dedicar à função de corpo e alma. Só que, logo no primeiro evento organizado, Annie conhece Helen (Rose Byrne), uma bela e rica mulher que quer ser a nova melhor amiga de Lillian. As duas logo passam a disputar a proximidade da amiga, assim como o posto de organizadora do casamento e demais eventos pré-nupciais.

07/12 – O Anjo Mora Ao Lado (2013)

Olivia Mead (Izabela Vidovic) acredita que uma residência que está caindo aos pedaços na sua vizinhança é a casa dos desejos. Quando os alunos de sua classe apresentam uma redação sobre os desejos impossíveis de Natal, ela resolve pedir à casa que os realize. Logo que todos os pedidos dos amigos começam a acontecer, a menina quer saber mais sobre o local e o “anjo” que ela acha que vive ali, e considera até pedir por um namorado para a sua mãe, que está solitária.

08/12 – Motoqueiros Selvagens (2007)

Doug Madsen (Tim Allen) é um dentista com complexo de inferioridade tão grande que sempre se apresenta como médico. Woody Stevens (John Travolta) é um executivo rico e carismático que parece ser um grande vencedor, mas sofre com seus problemas pessoais. Bobby Davis (Martin Lawrence) é um encanador desempregado dominado pela esposa, Karen (Tichina Arnold), que decidiu ficar sem trabalhar por um ano para tentar, sem sucesso, tornar-se um escritor. Dudley Frank (William H. Macy) é um solteirão que é também um gênio da informática, tendo o incrível dom de se meter em situações constrangedores. Cada um leva sua vida durante a semana, mas nos fins de semana eles se reúnem para andar de moto. O grupo decide agitar suas vidas monótonas com a realização de uma viagem de moto, sem destino definido. Eles conseguem tirar uma folga de seus trabalhos e se preparam para a viagem, sendo que ao iniciá-la não têm a menor ideia do que está por vir. Com o tempo eles começam a dividir segredos, até que enfrentam uma gangue de motoqueiros chamada Del Fuegos, liderada por Jack (Ray Liotta).

Não se esqueça, a Sessão da Tarde é exibida de segunda a sexta-feira às 15h05.

Atualizações, Música

The Neighbourhood lança novo single “Scary Love”

Quem é fã do The Neighbourhood aqui? Depois do lançamento surpresa do EP HARD, a banda está de volta com Scary Love, novo single que promete! A faixa, que foi lançada no programa comandado por Zane Lowe na rádio online Beats 1, da Apple Music, faz parte do novo EP to imagine, com lançamento previsto para 12 de janeiro pela Columbia Records. Neste mês, o The Neighbourhood se prepara para uma turnê pelo México e Estados Unidos, mas os ingressos já estão esgotados.

The Neighbourhood fonte: Revista Rolling Stone

Tendo crescido juntos na área de Newbury Park of Thousand Oaks, na Califórnia, os meninos do The Neighbourhood começaram em 2011 como um grupo de amigos. Seu álbum de estreia em 2013, I love you, e o single platina dupla Sweater Weather lançaram a banda ao topo dos charts pop e alternativos. O single surgiu como um dos maiores de 2013 e o The Neighbourhood passou a vender em todos os Estados Unidos, Europa e Rússia.

A mixtape #000000 & #FFFFFF mostrou que eles não estão para brincadeira – foram acolhidos pelos heróis do hip hop Don Cannon e DJ Drama e caíram nas graças de YG, Raury, Danny Brown, Dej Loaf, French Montana e Casey Veggies.

Os esforços do The Neighbourhood e uma coleção giratória de R&B-infused rock reescreveram as regras do que é ser uma banda de rock na paisagem musical moderna. Ao longo dos anos, o The Neighbourhood provou ser pioneira em sua produção musical e cultural, levando The 1975, Travis Scott e Kevin Abstract em suas primeiras turnês nacionais. Considerando a capacidade da banda de transcender o gênero, é fácil se perguntar quem é exatamente o The Neighbourhood.

Confira o repertório do novo EP to imagine:

1 – Dust

2 – Scary Love – Ouça agora!

3 – Heaven

4 – Compass

5 – Stuck With Me

Confira o EP HARD http://smarturl.it/HARD-EP

Atualizações, Música

Taylor Swift trará a Reputation Tour ao Brasil

Finalmente chegou a hora dos fãs de Taylor Swift poderem ir para um show da cantora no Brasil. Porém, não será por um preço barato.

José Norberto Flesch, do jornal Destak, que se sempre revela os shows que chegarão ao Brasil já avisou aos fãs que preparem os cofrinhos e guarde todo dinheiro que sobrar. Somado a isso, um insider que revelou as datas da turnê de Taylor com antecedência confirmou a informação.

O primeiro show (e único até agora) da Reputation Tour irá acontecer em 3 de dezembro de 2018, no Rio de Janeiro. O espetáculo irá ocorrer no Engenhão.

Taylor Swift já se apresentou no Brasil durante a era Red. A cantora realizou um pocket shows para fãs no Vivo Rio e participou do programa de Xuxa, na época, na TV Globo.

Reputation já vendeu mais de 2 milhões de cópias ao redor do mundo e permanece no topo da Billboard 200 pela terceira semana consecutiva, tendo chegado as plataformas digitais apenas na última sexta-feira, dia 1. A turnê do álbum já tem diversas datas esgotadas ao redor do mundo e reafirma a imagem bad-girl que Taylor Swift demonstra nesta era de sua carreira.

Ansiosos? Ou melhor, Ready for it?

Para ler outras notícias de Taylor Swift, clique aqui!

Atualizações

Melanie fala sobre a acusação de estupro no twitter

Na manhã desta terça-feira (05), a cantora Melanie Martinez se pronunciou sobre as acusações de estupro a uma amiga no Twitter, por meio de uma nota. Confira abaixou a tradução e o tweet publicado:

Estou horrorizada e triste pelas acusações e a história contada de noite por Timothy Heller. O que ela e eu dividimos foi uma amizade próxima por um período de tempo. Nós nos esbarramos na vida enquanto nós duas começávamos nossas carreiras como artistas e tentamos ajudar uma a outra. Nós duas tivemos dores ao lidar com os nossos demônios e os novos caminhos que estávamos formando, mas eu realmente sinto que estávamos tentando levantar uma  a outra. Ela nunca disse “não” ao que escolhemos fazer juntas. E por mais que estejamos separadas, envio amor e luz para ela.

Sobre o caso: A ex melhor amiga da Melanie Martinez, Timothy Heller,  divulgou, na noite de segunda-feira (04/12), uma carta aberta na qual acusa a cantora de estupro. Tudo teria decorrido de um relacionamento abusivo entre as amigas, na qual a menina via-se como dependente e submissa às vontades de Melanie.

Saiba mais sobre a acusação clicando aqui.

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Melanie Martinez acusada de estupro

A ex melhor amiga da Melanie Martinez, Timothy Heller,  divulgou, na noite de segunda feira (04/12), uma carta aberta na qual acusa a cantora de estupro. Tudo teria decorrido de um relacionamento abusivo entre as amigas, na qual a menina via-se como dependente e submissa às vontades de Melanie.

Quando eu me abria sobre quanta ajuda eu precisava, ela me fez sentir culpada. Eu tive que me desculpar com ela sobre um ataque de pânico que tive e tinha arruinado a noite dela.

O fato teria acontecido após o consumo de maconha por Timothy, que já havia negado o ato sexual anteriormente quando pressionada por Melanie. Nessa noite, a cantora se aproveitou da situação e abusou sexualmente de sua melhor amiga.

Melanie e sua assessoria não falaram sobre o caso ainda. É importante lembrar que a cantora tem canções lançadas em crítica a estupro e abuso.  Confira a carta traduzida abaixo:

Eu segurei esse segredo por muito tempo, me convencendo de que não era tão importante e que eu não estava machucada com isso. A ideia de aceitar que minha melhor amiga me estuprou é insana. Até mesmo digitar isso não parece real para mim. Eu comecei a contar essa história como uma piada para amigos próximos tipo “haha, você acredita nessa noite louca?!”, porém comecei a receber respostas que não esperava. Respostas preocupadas. É dificil falar que alguém que você amou te estuprou. Alguém que você AINDA ama. A ideia de escrever e todo mundo ver isso é assustadora. Especialmente por quem essa pessoa é. Ela era minha melhor amiga. Ela me acolheu, o que eu sempre fui muito grata. Eu senti como se eu devesse a minha vida pra ela. E minha vida começou a girar em torno dela. Eu tinha meus próprios problemas, mas se eu colocasse o foco na vida dela eu poderia deixar os meus problemas para lá por um tempo. Alguns dos fãs delas são meus fãs, mas a lealdade deles nunca saiu dela. Eles são dedicados. Ela é perfeita. Para o público, ela nunca erra. Ela está lá para os fãs. Ela entende isso, ela é diferente.
Quando ela se viu com uma amiga que precisava de ajuda, eu posso dizer honestamente que ela me decepcionou. Durante o período mais difícil da minha vida, o poder e o controle dela sob mim não parava de crescer. E eu fui silenciada. Quando eu me abria sobre quanta ajuda eu precisava, ela me fez sentir culpada. Eu tive que me desculpar com ela sobre um ataque de pânico que tive e tinha arruinado a noite dela. Vários incidentes desses. Eu virei um problema.
Sim, apesar de tudo eu pensei que amava ela. Codependencia funciona de várias maneiras. Na minha relação com ela, eu era dependente em ajudar ela com a vida dela. Sempre que eu precisava de um pouco mais de foco e ajuda da minha amiga, não tinha nada para nos identificarmos. Nossa amizade era sobre ela.
O poder que ela tinha sob mim cresceu de um jeito em que eu não conseguia falar não para ela. Eu faria quase tudo por ela.
Uma noite durante uma “festa do pijama”, ela começou a ficar cada vez mais interessada nas minhas preferências sexuais. Como alguém que já foi abusada, sexo é um tópico complicado para mim. Eu estava claramente desconfortável, mas ela era minha melhor amiga, eu tinha que me abrir sobre.
A conversa nunca parecia terminar. Eu tinha que trabalhar cedo no dia seguinte. Ela começou a perguntar pra mim enquanto estávamos na cama se eu faria sexo com ela. Mesmo estando muito desconfortável eu comecei a tentar rir disso, pra ela esquecer. Eu tinha um namorado na época e ela sabia disso. “Ele não tem que saber, não é tão estranho assim!”. E isso aconteceu por horas. Me perguntando o motivo de eu não querer, que seria legal. Eu disse várias vezes “não”. Eu tinha que trabalhar de manhã. Eu só queria dormir. Eu estava exausta. Eu tentei dormir mas ela me manteve acordada a noite toda me implorando pra dormir com ela. Era estranho, porém ela era minha amiga. Eu disse não e achei que tínhamos virado essa página.
Na outra noite infelizmente aconteceu do mesmo jeito. Mesmo com a minha resposta na noite anterior ela não estava desistindo. Se ela tivesse pegado a dica ela nem ligaria. Eu estava exausta. Ela me convenceu a fumar maconha, e a partir do momento em que eu estava tendo dificuldade em dizer não para ela, eu aceitei, pensando que me ajudaria a dormir e evitar a situação. A mesma conversa começou a acontecer. Sempre tentando em convencer de que seria normal e divertido. E eu dizia “Meu namorado ficaria tão chateado! Eu preciso dormir! Eu trabalho amanhã cedo!”. Eu disse toda forma de “não” que eu conhecia. Enquanto eu estava deitada rezando para dormir logo, ela começou a tocar meu braço. Eu deixei aquilo acontecer. Talvez ela desistiria. Isso aconteceu por uma hora. Eu comecei a ficar cada vez mais desconfortável. Eu comecei a rir dizendo que fazia cócegas. Eu não queria de maneira nenhuma fazer aquela situação virar algo sexual. “Eu posso fazer só isso? Posso apenas tocar os seus braços? Posso apenas tocar os seus seios?”. Ela começou a negociar comigo. Eu só queria ir dormir. Ela começou a falar sobre a aparência dos meus seios e implorar para APENAS tocá-los. A gente não teria que fazer mais nada. Eu estava tão cansada, confusa e tão chapada que apenas deixei acontecer. Isso levou ela a tocar todo o meu corpo. Eu nunca disse sim. Eu disse não, repetidamente. Mas ela usou o poder dela contra mim, e me quebrou. Só para não haver confusão, eu fui molestada pela minha amiga. Eu fiquei deitada em choque, sem reciprocar a ação. Eu odeio falar sobre isso, mas ela fez um oral em mim e depois me penetrou com um dildo sem perguntar se queria. Foi isso que aconteceu. O mais importante é: Eu disse não. Por DUAS NOITES SEGUIDAS. Não importa se eu não resisti durante a ação. Eu fui controlada. Ela sabia que eu não queria, eu deixei claro. Eu não gritei com ela, eu não empurrei ela. Primeiro porque eu amava ela, e segundo porque eu só queria que tudo acabasse.
Nós nunca mais falamos sobre essa noite novamente. Enquanto isso mexia totalmente com a minha cabeça, não teria maneira nenhuma que minha melhor amiga teria me ESTUPRADO… certo?
Nossa amizade acabou pois ela decidiu que não tinha mais tempo para mim. Para se preocupar comigo. Ela tinha que se preocupar muito comigo, estava atrapalhando ela.
Eu não sei como terminar essa história. Eu estava com medo da resposta que teria. A única razão de fazer isso agora é porque dado os eventos recentes as pessoas vão acreditar em mim. Se você duvidar dessa história de abuso, peço que imagine ela como sendo um homem. Garotas podem estuprar garotas. Amizade não é igual a consenso. Silêncio não é igual a consenso. Eu só gostaria que não fosse difícil me convencer dessas coisas

Carta retirada da tradução feita pelo Portal Tracklist.

MELANIE FALA SOBRE A ACUSAÇÃO DE ESTUPRO NO TWITTER, LEIA CLICANDO AQUI

Foto: Gabu Camacho
Atualizações, Música, Talks

Entrevista: Manu Gavassi nos deixou “muito muito” hipnotizados com seus planos (nada) impossíveis

Manu Gavassi: cantora, compositora, atriz e agora, também, uma excelente escritora. Apaixonada por histórias, tivemos a oportunidade de entrevistá-la após uma sessão de autógrafos de seu novo livro “Olá, Caderno” (Rocco), na livraria Maxsigma, em São José dos Campos.

Nesse primeiro encontro com a Manu, nossa equipe estava animada, já que somos super fãs de seu trabalho e crescemos junto com ela, acompanhando toda sua trajetória, mudanças de estilo e consolidação como referência para diversos assuntos.

A sessão de autógrafos reuniu mais de cem pessoas e começou aproximadamente às 20h30, mas os fãs que queriam ter certeza que conseguiriam um momento com a autora, começaram a chegar na livraria antes das 17h. Em sua chegada, muitos gritos, aplausos e Manu se mostra receptiva desde o início. Acompanho o atendimento aos fãs e fico surpreso com o carinho que ambos se tratam: são presentes, muitas fotos, conversas e, é claro, o autógrafo no livro de estreia de Manu.

Conheça mais do livro “Olá, Caderno”:

É uma ficção adolescente escrita a partir de entradas num diário. Ou melhor, caderno. É ali que Nina, uma garota de 17 anos, despeja seus pensamentos mais nobres e mais frívolos, além de desenhos, letras de música, poesias, e trata um retrato sincero de seus pais ausentes, de seus irmãos problemáticos, mas amorosos, de seus amigos e de outros personagens com quem convive. Como tantos adolescentes, Nina sabe o que quer da vida, mas não tem muita certeza sobre quem é ou como se encaixa no mundo. E a partir de sua perspectiva ácida e bem-humorada, divide com o leitor suas experiências, paixões, alegrias, dúvidas e tristezas.

Depois de todos os fãs devidamente atendidos, chegou a nossa vez de encontrar Manu Gavassi e começar essa entrevista incrível! Chegamos a parabenizando pelo incrível ano que ela teve, por todo o sucesso do álbum e agora com o lançamento do livro, com seu jeitinho todo fofo ela agradece e começamos às perguntas.

Beco Literário: Manu, na fila, nós observamos que você atinge uma faixa de público que vai desde crianças até uma galera mais adulta. Como você se sente tendo toda essa diversidade e como é o seu contato com essas crianças que atualmente te acompanham?

Manu Gavassi: Eu acho demais isso do público ser realmente diferente, tem uma galera que cresceu comigo e era bem novinho na época que comecei e agora tem uma galera mais novinha… Eu acho que a música pop é isso, ela é para todo mundo e eu fico muito feliz de ter essa diversidade de pessoas e de mundos. Amo criança, quero abraçar, quero morder todas, só tenho um pouco de medo delas lerem o meu livro, porque ele não é especificamente para elas, mas tirando isso, tenho um carinho muito grande por todas.

BL: Nós percebemos que você teve um grande amadurecimento neste novo álbum, em relação as músicas, ritmo, composições. Você sentiu a necessidade desse amadurecimento ou foi algo mais natural?

Manu: É natural, porque nós crescemos. Tipo, eu comecei muito novinha com 16 anos e agora vou fazer 25, é um processo de vida de amadurecimento, de mudança de gostos. A gente gostava de escutar uma coisa e passa escutar outra, outro estilo musical, de roupa… Para mim, foi um crescimento muito natural, muito pouco pensado. Não foi algo assim “agora tenho chocar todo mundo, vou tirar minha roupa”, foi tipo “to crescendo, to me sentindo bem comigo mesma, mais mulher, mais sexy”, então tem a ver com meus últimos anos de vida de me descobrir como uma jovem mulher.

BL: E você ta gostando de fazer shows que começam bem mais tarde, tipo às duas da manhã?

Manu: (bem-humorada, rindo) Disso eu não gosto muito, meu amor, porque três da manhã eu gosto de estar na minha caminha, vendo série. Isso para mim é um pouco diferente, estranho, mas ao mesmo tempo, a vibe desses shows é muito incrível, tudo isso é muito gratificante.

BL: Agora vamos falar sobre o que mais interessa hoje: o seu livro! Como foi o momento que você se encontrou e pensou “vou escrever um livro”?

Manu: Esse momento nunca existiu. Eu nunca falei “vou escrever um livro”, aliás, meu pai sempre falava “nossa você gosta muito de contar história, você precisa escrever alguma coisa”. Eu lia muito desde criança, tenho muito respeito por essa profissão e eu pensava que nem tinha capacidade de escrever um livro, não tenho organização para isso. Então foi muito engraçado, eu comecei escrevendo um roteiro de uma série, na época que morava no Rio e fazia novela, e minha intenção nunca foi transformar isso em um livro, acabei mandando o texto que tinha para um amigo roteirista e ele me disse “legal, você não sabe escrever roteiro, isso é uma narrativa, continue escrevendo, porque está super legal”.

BL:  E as histórias do livro? De onde surgiram?

Manu: Muitas histórias do livro são minhas, são coisas que eu vivi e outras são de amigas, da minha irmã, pessoas próximas que eu me envolvi de alguma maneira, mas não sendo protagonista dessa situação. Então, posso falar com propriedade que eu escrevi sobre coisas que eu sinto, que eu sei que são verdade.

BL: Então, a personagem principal, Nina, é uma mistura de várias pessoas?

Manu: Sim, ela tem muito de mim, mas de muitas pessoas que me cercam também.

BL: E a ideia do título? Por que “Olá, caderno” e não “Querido diário”?

Manu: Porque a Nina é muito cool para escrever “querido diário”, ela jamais escreveria isso. Também foi uma saída que encontrei para mim, porque quando eu comecei com essa história do livro, tive as primeiras reuniões com a minha editora, a Rocco, eu falei que escrevi diários minha vida inteira e conseguiria escrever bem nesse formato. Então, eu usei esse formato para a escrita e é por isso que o livro se chama “Olá, caderno”.

BL: E os questionamentos que você aborda no livro então são bem pessoais, nós queríamos saber quais são os principais que o público pode encontrar na leitura?

Manu: Muita vivência, se eu contar eu vou acabar estragando a história. Tem muitas coisas que eu vivi, tem muitas coisas eu não vivi. Até pedi permissão para algumas amigas próximas para contar algumas histórias mais fortes de vida que eu não passei com a minha família, mas sei de algumas amigas que passaram. Tem temas muito fortes, mas abordados de uma maneira tranquila, eu acho que é assim a vida, nós passamos e superamos muita coisa.

BL: A edição do livro está maravilhosa. Como foi esse processo de editar, escolher a capa?

Manu: A ilustração é da Nath Araújo, eu conheci o trabalho dela pelo Instagram e achei muito inteligente a forma que ela cria as ilustrações e o texto que ela colocava junto, então, fique de olho nela há um ano. Quando chegou o momento da ilustração falei “precisa ser ela, sou fã dessa menina, tem tudo a ver com meu livro, com a linguagem”, enfim, o jeito que ela faz as ilustrações são muito cute, no primeiro momento, mas quando você vai ver tem sempre uma mensagem por trás, nunca é um desenho bobinho. Isso tem tudo a ver com meu livro que pode parecer um livro bobinho para adolescentes, mas quando você realmente lê e entende a história se torna muito mais do que isso. Fiquei muito feliz que ela topou.

BL: O que você gosta de ler?

Manu: Eu gosto de ler histórias, por exemplo, eu nunca tinha lido um livro de auto-ajuda, mas esse ano eu estou lendo um livro do “Osho”, esse ano eu virei um buda (risos). Eu sempre gostei de ler histórias, desde muito novinha e eu acho que um dos meus livros favoritos que me ajudou a escrever “Olá, caderno” foi “As Vantagens de Ser Invisível” que eu li muito antes de ser filme.

BL: E qual livro você indicaria para os Becudos que vão ler essa entrevista?

Manu: Seria “As Vantagens de Ser Invisível” que é um dos livros que eu mais gostei e que tive a oportunidade de ler na minha adolescência e depois eu reli mais velha. Eu gosto muito desse lance de ser narrado em primeira pessoa e ter somente a visão do protagonista, você não sabe realmente o que aconteceu e tem que entender que aquilo é a história de uma só pessoa.

Imagem: Beco Literário

Entrevista: Manu Gavassi nos deixou “muito muito” hipnotizados com seus planos (nada) impossíveis

Antes de encerrarmos a entrevista, outras pessoas da equipe que me acompanharam tiveram mais um tempinho para a conversar com a cantora e fizerem perguntas super especiais para os fãs, vamos conferir?

BL: Como você se sente fazendo composições que falam sobre coisas que muitas pessoas passam? Além disso, suas letras são muito pessoais, você sempre quis cantar sobre suas vivências? Com isso, suas músicas acabam atingindo muitas pessoas que se identificam com a letra e as fazem relacionar com as fases que estão vivendo.

Manu: Eu consigo entender completamente o que você está me falando, porque eu também tenho um ídolo da mesma maneira, a Taylor, quando eu era muito novinha e eu comecei a tocar violão e a escrever sobre minha vida e vivência de treze, catorze anos e pensava que ninguém nunca vai querer ouvir isso… É tão pessoal, tão meu, porque outra pessoa vai querer ouvir sobre minha vida? Eu pensava muito nisso, muito! Tanto que demorei maior tempão para colocar minha músicas no Youtube, por isso eu fazia os covers no começo. Ai eu comecei a ouvir a Taylor e vi que ela escreve os detalhes da vida dela e é por isso que eu gosto daquilo, eu me identifico. Eu acredito que o mais poderoso quando a gente está crescendo é a identificação, saber que você não está sozinho nisso. O que sempre me encantou nas cantoras que eu gosto sempre foi a letra, então, eu consigo entender isso e sou muito grata, acho que é só porque eu tive esses ídolos que continuei escrevendo e eu gosto disso, é a parte que mais gosto do trabalho.

BL: Já passou para pensar na importância que você tem para os fãs?

Manu: Sobre essa importância minha para os fãs, eu tento não pirar muito nisso, se não você enlouquece, mas eu acho que eu uso muito isso de ser verdadeira, porque eu trabalho com a verdade, por isso que as pessoas recebem dessa maneira positiva… Porque eu realmente passei por aquilo, vivi aquilo, senti aquilo e coloquei em forma de música.

Depois dessa deliciosa entrevista, fizemos algumas fotos e fechamos a livraria, afinal, já beirava às 23h quando tudo terminou. Agora, só resta você conhecer o livro “Olá, Caderno” que Manu se dedicou por dois anos até chegar em seu lançamento, agora em novembro. E já pode ficar animado, em algumas semanas, teremos resenha do livro postada aqui no Beco e se você ainda não garantiu seu exemplar, aproveite para comprar o seu livro utilizando o Beconomize, só conferir as opções aqui em baixo!

Um super obrigado a Manu Gavassi, que ficou um pouquinho a mais só para conversar com a gente, a equipe da Rocco que tornou viável a entrevista e a Livraria Maxsigma do Shopping Colinas pelo super evento! <3

Filmes

Review: The Sinner (2017)

Era por volta das 18 de um domingo. Bianca tinha ido me visitar e antes de ir embora disse “miga, vamos ver só um episódio dessa série aqui rapidinho”. Ela tinha me recomendado The Sinner várias vezes, mas eu sempre alegava que não tinha tempo.

Minha amiga jogou a Parte I (ep. 1) dá série no meu colo e depois foi embora. Por volta da uma da manhã, eu estava desesperada mandando mensagem pra ela. Precisava muito conversar sobre o que eu tinha acabado de assistir.

Traguei as 8 Partes de The Sinner de uma vez só. A série dramática de suspense, baseada em romance de mesmo nome, lançado em 1999, da autora alemã Petra Hammesfahr, tem uma estrutura narrativa que procura nos deixar vivendo 6 horas seguidas em plena tensão, procurando saber como tudo aquilo vai terminar.

A fórmula não é nova, pode ser vista em várias produções do gênero e nós já a esperamos: fazer com que o espectador crie várias hipóteses + refutar todas no final + “estava aqui o tempo todo só você não viu”.

Ainda assim, The Sinner se aproveita muito bem das prerrogativas de seu gênero. Cada parte (ou episódio) acrescenta novas informações à narrativa à medida que contradiz ou desmente informações de episódios anteriores, terminando com um gancho bem construído para a parte seguinte.

Ademais, a direção é eficiente; a filmagem repleta de cenas com uns planão da porra; as atuações de Jessica Biel e Bill Pullman estão excelentes; e o tempo da narrativa e da filmagem apresentam-se muito bem trabalhados em favor do gênero.

De perto, ninguém é normal

A série foi divulgada a partir da seguinte premissa:

The question is not what happened, the question is: why.


Em um dia de descanso na praia com sua família, Cora Tannetti (Jessica Biel) de repente esfaqueia um homem desconhecido até a morte. Tudo parecia estar resolvido: todos viram o crime acontecer, Cora confessou e havia provas incontestáveis. Caso encerrado? Não para o detetive Harry Ambrose (Bill Pullman) que desconfia da “simplicidade” com que tudo foi resolvido e inicia uma investigação para entender por que uma mãe de família, sem antecedentes criminais e aparentemente “normal”, esfaquearia um homem à luz do dia em uma praia lotada.

Harry é o detetive das narrativas policiais o qual tem um quebra-cabeça em mãos, agora, precisa resolvê-lo. Acompanhamos seus passos e as novas pistas que encontra, ficamos frustrados quando alguma dessas pistas leva a um beco sem saída e comemoramos ao conseguir estabelecer ligações entre as personagens que aos poucos são mostradas. Contudo, o grande mérito da série está na profundidade psicológica destas personagens.

A partir do modelo contemporâneo de criação de narrativas que evidencia a preferência por anti-heróis, personagens imorais, lunáticos, excêntricos, inescrupulosos, etc., The Sinner traz duas personagens principais (Cora e Harry) que para além da narrativa, elas mesmas são um quebra-cabeça, mostrando um conflito essencial que pode estar presente em todos nós: a essência x a aparência.

A história se desenvolve em torno do que está à mostra e do que está escondido: uma mãe, esposa e trabalhadora exemplar que guarda um passado de abusos; um detetive persistente e talentoso que não consegue salvar o próprio casamento e tem gostos sexuais masoquistas.

THE SINNER – “Parte VI” – Pictured: Bill Pullman como Harry Ambrose, Jessica Biel como Cora Tannetti – (Photo by: Peter Kramer/USA Network).

A própria abertura da série, baseada no Teste de Rorschach, faz referência a questões psicológicas que estarão presentes na narrativa, principalmente a relação consciente x subconsciente e acontecimentos traumáticos que podem modificar nossa existência.

Em resumo, The Sinner se apresentada como uma série totalmente dentro do gênero suspense, contudo, se destaca pela complexidade das personagens, pelas atuações de Biel e Pullman, pela beleza dos quadros e pela atenção dada à psicologia das personagens.

Continua?

Estreando em 2 de agosto de 2017, The Sinner teve somente 1 temporada, dirigida por Derek Simonds. A história de Cora foi concluída no último episódio (8) e todos os mistérios foram revelados. Contudo, em algumas entrevistas, Derek não destacou a possibilidade de dar continuidade à trama.

Podendo ser vista também como uma minissérie, a produção está com 94% no site rottentomatoes.com e tem tido boa recepção da crítica e dos espectadores, fatores que podem animar a rede USA Network a querer comprar uma segunda temporada.

Caso haja mesmo uma continuidade, provavelmente ela será baseada na personagem de Harry que no final no último ep ainda não conseguiu solucionar seus problemas pessoais.

Com ou sem continuação, a “moral” da série é clara: há um pecador dentro de todos nós.