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Atualizações, Filmes

5 filmes para assistir na Netflix se você não quer ver a Copa do Mundo

Sempre tem aquele dia entediante em que abrimos a Netflix e viajamos pelo catálogo por horas sem saber o que assistir. Ou então, agora em época de Copa do Mundo, tudo fica mais complicado com todo mundo vendo os jogos e a gente só querendo ficar no nosso canto.

Por isso, separamos uma lista de filmes bobosfilmes complexos para você assistir no lugar da Copa, ou quando não tiver com paciência para ficar passeando no catálogo.

Filmes bobos

Se está afim de assistir algo mais leve, um filme mais bobinho, um romance, um clichê, ou um filme adolescente, separamos dois filmes:

1 – O Espaço Entre Nós 

Sinopse: O adolescente Gardner Elliot é o primeiro humano nascido em solo marciano. Mas ele deseja fazer uma viagem à Terra para conhecer a verdade sobre seu pai biológico, e sobre seu nascimento. Nesta jornada, ele tem o apoio de Tulsa.

O filme conta com Asa Butterfield e Britt Robertson em seu elenco.

2 – Eu Não Faço a Menor Ideia do Que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida 

Sinopse: Clara está cursando medicina por pressão familiar, mas também não sabe se existe alguma profissão com a qual se identifique. Ela passa a matar aulas e acaba conhecendo um rapaz que a incentiva a fazer experiências para descobrir do que gosta.

O elenco conta com Clarice Falcão e Leando Hassum, e é pouco conhecido, mas um bom passatempo.

Filmes mais complexos

Se optar por filmes com histórias mais elaboradas e que exigem um pouco mais de atenção, tem dois clássicos de Quentin Tarantino, que, podem ser consideradassejam obras indispensáveis.

1 – Bastardos Inglórios

Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, na França, um grupo de judeus americanos conhecidos como Bastardos espalha o terror entre o terceiro Reich. Ao mesmo tempo, Shosanna, uma judia que fugiu dos nazistas, planeja vingança quando um evento em seu cinema reunirá os líderes do partido.

O elenco conta com Brad Pitt, Christoph Waltz, e até o próprio Tarantino.

2 – Django Livre

Sinopse: No sul dos Estados Unidos, anos antes da Guerra Civil, um ex-escravo Django faz uma aliança inesperada com o caçador de recompensas Schultz para caçar os criminosos mais procurados do país e resgatar sua esposa de um fazendeiro que força seus escravos a participarem de competições mortais.

O elenco conta com Leonardo DiCaprio, , Christoph Waltz, Jamie Foxx. E novamente, o Tarantino.

Extra

E, para finalizar, um extra totalmente maratonável se você quer deitar na cama e não levantar mais.

Piratas do Caribe (Todos os filmes)

Ordem:

A Maldição do Pérola Negra

O Baú da Morte

No Fim do Mundo

Navegando em Águas Misteriosas

Estes estão disponíveis no catálogo da Netflix, faltando apenas o mais recente.

Atualizações, Música

Após indiretas, álbum de Beyoncé e Jay-Z é disponibilizado no Spotify e Apple Music

Lançado de surpresa no último sábado (16), o tão esperado álbum conjunto entre Beyoncé e Jay-Z chegou hoje no Spotify e Apple Music, apenas para assinantes da plataforma. Originalmente, “Everything is Love” estava disponível apenas para assinantes do Tidal, plataforma de streaming do rapper.

O anúncio de lançamento surpresa da colaboração foi feito após um show da turnê “On The Run II” em Londres. É a segunda leva de shows em conjunto do casal e o álbum já era esperado por seus fãs há alguns anos. A estratégia, em começo, era a mesma dos últimos lançamentos da dupla: exclusividade no Tidal. O último álbum de Beyoncé, “Lemonade”, por exemplo, é exclusivo da plataforma até hoje, dois anos após seu lançamento.

Teto de vidro?

Na música “Nice”, do novo lançamento, Beyoncé manda uma indireta para a gigante de streamings Spotify: “Se eu ligasse para números eu teria colocado Lemonade no Spotify”, diz a Queen B na faixa. Vale lembrar que há um mês foi divulgado um estudo que acusou o Tidal de inflar os números em torno do lançamento do disco, assim como de “The Life Of Pablo” de Kanye West. A manipulação deixou a entender que cada assinante da plataforma ouviu os discos inteiros 8 vezes por dia.

Já Jay-Z deixa claro que recusou se apresentar durante o Super Bowl por não precisar da exposição para lotar estádios ao redor do mundo: “Eu disse não ao Super Bowl/ Vocês precisam de mim, eu não preciso de vocês […] Diga à NFL que estamos nos estádios também”. A frase soa errada se lembrarmos que Jay-Z nunca subiu ao palco do Super Bowl e a última turnê solo do rapper, a 4:44 Tour não passou por nenhum estádio em suas 33 paradas: foram diversas arenas, com capacidade entre 9 mil e 18 mil espectadores e poucas datas lotadas. As únicas datas lotadas em estádios que Jay-Z se apresentou recentemente foram justamente ao lado de Beyoncé, que se apresentou na final da NFL duas vezes – que inclusive divulgou a arrebatadora Formation Tour.

Atualizações, Livros

Becompre: Desapegue dos livros que já leu e se apegue a novas HISTÓRIAS, não títulos

Você sabia que durante o processo criativo de um livro, muitas vezes, os autores não podem opinar sobre as capas de suas obras? Ou então, que durante as traduções, o título original pode perder o sentido de toda a história? Foi pensando nisso que o Beco Literário, plataforma de conteúdo jovem que sempre esteve a frente de projetos que promovem a quebra de padrões e promovem experiências únicas aos seus usuários na leitura, deu um novo passo para criar o Becompre, uma nova maneira de comprar livros sem saber qual é o exemplar que está levando para casa.

O Becompre integra a vontade de desapegar de livros que já leu com o desejo de comprar livros a um preço acessível, dado que todos os exemplares que estão disponíveis no catálogo de venda são adicionados por pessoas dispostas a abrir um espaço na estante e promover a leitura de uma forma divertida. Tudo acontece de forma muito simples: o interessado em vender seus livros precisa preencher um formulário no site do Beco Literário com dados básicos pessoais e do livro, depois disso, a curadoria do site vai analisar as informações e reinventar a sinopse desta obra, para que ao ser publicada no site, o futuro leitor se apaixone pelo livro sem julgar a capa ou o título, que muitas vezes são traduzidos do estrangeiro e não retratam com fidelidade a história.

Para quem deseja comprar, a experiência de encontrar um livro no Becompre é totalmente imaginativa, já que a seção foi construída para despertar nos leitores a vontade de desbravar o desconhecido e tirar proveito dessa experiência. O desafio é que todos que acessem o Becompre encontrem um livro que seja a sua alma-gêmea de história e consigam adquiri-lo a um preço justo aliado a melhor experiência de atendimento ao cliente e claro, sem julgar um livro pela capa ou pelo título, apenas pelo o que a história oferece.

O CEO do Beco Literário, Gabu Camacho, acredita que o Becompre vai proporcionar um senso de pertencimento muito forte aos leitores do site. “Fizemos pesquisas antes do lançamento e vimos que as pessoas ficaram admiradas em comprar um livro sabendo apenas sua história. É uma forma de colocar o clichê de ‘não julgue um livro pela capa’ em prática, sem deixar a transparência de lado”, comenta.

Todos os livros anunciados no site passam por um rigoroso processo de curadoria, para que o leitor não se sinta lesionado ao comprar um livro usado. Além da sinopse, todos os dados como peso, estado do livro e quem vende, ficam explícitos na página. “Nós ficamos no meio do processo. Ajudamos o vendedor a embalar, conservar, limpar e enviar o livro, enquanto auxiliamos o comprador a encontrar uma história que ele realmente goste, com preço acessível e bom estado de conservação”, acrescenta o CEO.

Durante o mês de maio e a primeira quinzena de junho, o Becompre esteve aberto exclusivamente para que os leitores cadastrassem seus livros para venda. Desde então, a plataforma está aberta em sua totalidade para compras também. E claro, o recebimento de novos tesouros continua por tempo indeterminado.

Clique aqui para ver o catálogo de livros que está à venda e clique aqui para cadastrar seus livros para venda no Beco Literário. Ficou alguma dúvida? Clique aqui para saber o passo a passo para vender ou comprar, ou clique aqui para tirar suas dúvidas do funcionamento do BeCompre.

dado perdido, continuo aqui
Autorais, Livros

diário de um atípico #3

trilha sonora recomendada para leitura deste texto: amar, amei – mc Don Juan [cover – Pedro Mendes]

 

não sei onde estou, tudo parece novo para mim

 

querido diário,

 

cheguei atrasado, certo? me perdoe. como bem sabes, penso demais, penso tanto que as vezes estrago algumas coisas que nem chegaram a acontecer. ansiedade que escreve, certo?

certo! mas não é sobre isso que quero escrever hoje, quero falar sobre perdão e algumas outras coisas a mais. a vida nos concede algumas dádivas, o que é estranho, pois ela ama pregar peças e nos cercar de ironias, trágico. esses “presentes” ficam guardados, escondidos debaixo dos escombros, em meio as cinzas, as vezes jogados no lixo ou até mesmo podem ser encontrados no guiar de uma correnteza. depois de uma briga, depois de uma discussão e tomada de decisão sem ser pensada, depois de uma chuva forte, uma tempestade, depois de sermos destruídos por dentro e aparentar não sobrar nada a não ser paredes caídas e pó, as lágrimas já se secaram. é neste espaço desértico, quase irrecuperável que encontramos alguns tesouros, o amor próprio e a verdadeira essência que uma vez fora perdida. então você percebe que, o relacionamento que você construiu dentro de você, somente você era morador, a confiança era somente cultivada na sua horta e que o respeito não era recíproco. você estava vivendo num universo particular. pode até pensar que a sua felicidade está no encontro do outro, somos criados e programados para pensar assim. “amar” alguém e dedicar cada segundo, cada sorriso. importa-se demais com o “outro”, o que o “outro” vai pensar, o que o “outro” gostaria que acontecesse, eu preciso/tenho que agradar o “outro” e você se perde dentro de si, se esconde tanto, deixando seus próprios interesses, deixando de conquistar seus sonhos, deixando de escutar as musicas que [particularmente] gosta e acaba perdendo tudo dentro de si mesma e nem mesmo você, conseguiria encontrar novamente, a não ser que todo o castelo que você chamava de “relacionamento” viesse ao chão. tenho algo pior a pensar, ninguém percebeu que o Amor morreu na segunda metade do século XIX e que hoje, as pessoas só experimentam o apego e a carência, drogas baratas, entorpecentes viciantes que degeneram a integridade e tornam cativo um espírito livre. com a morte do Amor, o Bom Senso se encontrou em desespero, como viver num mundo onde o Amor não se faz presente? desertou, coitado. a vergonha  de fugir não chegou nem perto do medo de viver a mediocridade e a superficialidade que o apego proporciona a carência, prostituição litigiosa, satisfação passageira. Enquanto isso, le-se “textoes” de facebook e fotos com legendas cercadas de corações vermelhos, ninguém mais sabe o valor que o coração vermelho tem? ora essa, que ilusão a minha, ninguém mais sabe o valor de um “eu te amo” quanto mais o significado da cor de um emoji de coração. acho que é pedir demais para essa geração, infelizmente.

acho que escrevi demais,

chega por hoje, meu caro, tivemos reflexões demais por um dia, estava com saudades, um até breve para você e se lembre, não conte para ninguém

Leitura do Poeta das coisas simples
Leitura e Pensamentos
Colunas, Histórias, Livros

LEITURA DE POESIA: considerações sobre o gênero lírico em Mário Quintana

O poema é feito de palavras, seres equívocos que, se são cor e som, também são significado; o quadro e a sonata são compostos de elementos mais simples – formas e cores que em si nada significam.

[leitura de] Octávio PAZ, 1982

O questionamento central deste artigo é “como se faz a leitura de poesia?”, mas antes de responder essa pergunta, é preciso primeiramente entender o que está sendo lido, para depois saber como se dá a leitura. O gênero literário Poesia é caracterizado por suas especialidades, inclusive no aspecto leitura, em linhas gerais, como ser a arte de escrever em versos e por meio de sua linguagem estar agrupada vários fenômenos estilísticos que são utilizados, não só para customizar, mas para tentar abarcar o sentimento por intermédio de palavras, e esses fenômenos linguísticos são denominados de figuras de linguagem.

Para entender todo esse sistema poético que é constituído tal gênero literário, conforme Modesto Carone Netto (1974), em sua obra crítica Metáfora e Montagem, poesia é:

[…] junção de imagens descontínuas. Apresenta-se, dessa forma, como um conjunto de metáforas visuais agrupadas sem necessidade “lógica”, ou seja, reunidas num sistema semiológico em que uma não decorre necessariamente da outra, como acontece no discurso linear comum ou na obra literária que lhe acompanha de perto os passos. (CARONE NETO, p. 15, 1974)

O autor continua discutindo em seu texto que

[…] as imagens isoladas do poema se comportam como as “tomadas” ou as fotogramas montadas num filme, articulando planos e cenas cujo significado seria aferível pela forma em que essas unidades colaboram ou colidem umas com as outras na consciência de quem lê o poema (como ocorre na mente de quem vê o filme).  (CARONE NETO, p. 15, 1974)

Para enriquecer a conceituação de poesia neste trabalho, é válido trazer um teórico que aborda uma teoria mais poética, portanto, mais adocicada durante o ato da leitura.

Octavio Paz (1982), no capítulo intitulado de Poesia e Poema, de sua obra O Arco e a Lira, nos esclarece o significado de poesia. O autor escreve que a poesia é

A poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética é revolucionária por natureza: exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo; cria outro. (PAZ, p. 15, 1982)

Paz (1982) continua a dissertar logo abaixo, na mesma página de discussão que

Experiência, sentimento, emoção, intuição, pensamento não dirigido. Filha do acaso; fruto do cálculo. Arte de falar em forma superior; linguagem primitiva. Obediência ás regras; criação de outras. Imitação dos antigos, cópia do real, cópia de uma cópia da Ideia. Loucura, êxtase, logos. Regresso à infância, coito, nostalgia do paraíso, do inferno, do limbo. Jogo, trabalho, atividade ascética. Confissão. Experiência inata. Visão, música, símbolo. (PAZ, p. 15, 1982)

Portanto, como ler este texto tão especial?

 

É interessante trazer para a discussão a argumentação defendida por Bosi (1994, p. 477) ou esclarecer que, à medida que o material significante assume o primeiro plano: verbal e visual, o poeta reelabora esse material em vários campos. São eles:

  1. no campo semântico: ideogramas (“apelo à comunidade não-verbal”, segundo o Plano Piloto cit.); polissemia, trocadilho, nosense…;

  2. no campo sintático: ilhamento ou atomização das partes do discurso; justaposição; redistribuição de elementos; ruptura com a sintaxe da proposição;

  3.  no campo léxico: substantivos concretos, neologismos, tecnicismos, estrangeirismos, siglas, termos plurilíngues;

  4.  no campo morfológico: desintegração do sintagma nos seus morfemas; separação dos prefixos, dos radicais, dos sufixos; uso intensivo de ceros morfemas;

  5.  no campo fonético: figuras de repetição sonora (aliterações, assonâncias, rimas internas, homoteleutons); preferência dada às consoantes e aos grupos consonantais; jogos sonoros;

  6. no campo topográfico: abolição do verso, não linearidade; uso construtivo dos espaços brancos ausência de sinais de pontuação;

Exemplo, atente para a leitura do poema logo abaixo:

Das utopias

Se as coisas são inatingíveis… ora!

Não é motivo para não quere-las

Que triste os caminhos, se não fora

A mágica presença das estrelas!

Mário Quintana

 

Neste exemplo de poema, escrito por Mário Quintana, é possível identificar através da leitura, alguns traços da teoria explicada por Philadelpho Menezes (1991). Primeiramente uma leitura morfológica, o poema possui uma única estrofe contendo quatro versos. Não possui emjambement, a linguagem clara e muito subjetiva.  As rimas são intercaladas – A B A B – veja logo abaixo:

 

Se as coisas são inatingíveis… ora!           A

Não é motivo para não quere-las               B

Que triste os caminhos, se não fora           A

A mágica presença das estrelas!                B

 

Como dito no início do parágrafo de análise, segundo a leitura da obra de Philadelpho Menezes (1991) explica que o uso de pontos é um traço contemporâneo, o uso de reticências transmite ao leitor o pensamento profundo e reflexivo do verso, o termo “inatingíveis” carrega em si um peso semântico muito profundo que, ao final, o eu lírico compara as estrelas do ceu. Quem trilha o caminho da vida não consegue alcançar as estrelas do ceu, pois são inatingíveis, mas olhar para elas e deseja-las, vê-las ao cominhar, muda e transforma o sentido da caminhada.

O Professor, mediador, pode desenvolver a leitura em sala de aula que as estrelas é uma metáfora para qualquer sonho inalcançável de seus alunos, e ao desejar/sonhar/querer esses sonhos e anseios impossíveis não os faz ser iludidos ou perdidos na vida, pois é o brilho das estrelas e a mágica de sua presença que faz a caminhada da vida se tornar mais divertida, a existência se torna mais fácil, visto que lidar com as adversidades, lutos, dificuldades e imprevistos da caminhada podem paralisar ou abater.

  1. no campo semântico: estrelas é a metáfora de sonhos inalcançáveis, sonhos distantes, difíceis de se concretizar;
  2. no campo sintático: construções sintáticas usuais como expressas segundo a gramática, não há rupturas;
  3. no campo léxico: linguagem fácil e simples de fácil acesso;
  4. no campo morfológico: não há desintegração do sintagma nos seus morfemas; ou separação dos prefixos, dos radicais, dos sufixos; ou uso intensivo de ceros morfemas;
  5. no campo fonético: figuras de repetição sonora (aliterações, assonâncias, rimas internas, homoteleutons); preferência dada às consoantes e aos grupos consonantais; jogos sonoros;
  6. no campo topográfico: construção tradicional do verso, linearidade; não há o uso construtivo dos espaços brancos, mas o uso do recurso das reticências que transmite um peso semântico ao entendimento do texto;

 

 

 

 

Referências 

BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. Editora Pensamento Cultrix LTDA – São Paulo, SP, 1994.

PAZ, Octavio, A tradição da ruptura; A revolta do futuro. In: Os filhos do barro: do romantismo à vanguarda. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.11- 58.

______. O Arco e a Lira/ Octávio Paz; tradução de Olga Savary. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

UNGARETTI, Giuzeppe. Razões de uma Poesia./ Organizacäo de Lucia Wataghin – Edusp/Irnaginfirio, São Paulo, 1994.

Informações sobre o livro: https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/literatura-internacional/teoria-e-critica-literaria/o-arco-e-a-lira-30738284

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: De encontro com a vida (2018)

De encontro com a vida é um filme alemão baseado em uma história real. O filme conta a história de Saliya Kahawatte (Kostja Ullmann), um jovem de família imigrante na Alemanha que, no último ano da escola, perde 95% da visão devido a uma doença degenerativa. Com o sonho de trabalhar em um grande hotel, o jovem Sali tenta se inscrever para vários programas de treinamento, ao invés de ir para a faculdade, porém, ao se declarar como deficiente visual, é negado em todos. Assim, ele resolve fazer uma manobra ousada: se inscrever em um dos maiores hotéis cinco estrelas da Alemanha sem contar que só tem 5% de visão.

Saliya aposta exclusivamente em sua memória. Sim, com os outros sentidos aflorando, ele percebe ter mais facilidade com o tato, a audição, o paladar e com sua memória. Assim, decorando cada coisa que o professor diz, ele consegue se formar em sua escola regular. Decorando cada coisa que os instrutores do hotel dizem, ele consegue pular de treinamento para treinamento sem deixar ninguém desconfiar de nada. Claro que isso denota um esforço descomunal, pois ele sempre tem que acordar mais cedo para decorar os caminhos, a posição das coisas e tentar ler os rótulos usando sua lupa estrategicamente escondida.

Por sorte, ele encontra nessa empreitada vários amigos dispostos a ajudá-lo, como Max (Jacob Matschenz), um herdeiro displicente que vê no emprego um castigo de seu pai. Como toda comédia romântica, não poderia faltar um grande amor na vida de Saliya, que se manifesta através de Laura (Anna Maria Mühe), a jovem fazendeira que entrega seus produtos para a cozinha do hotel. Uma compreensão e admiração inesperada também denotam dos professores que, ao descobrirem sobre a deficiência de Saliya, reconhecem seu esforço e o ajudam a estudar.

A primeira coisa a destacar sobre esse filme é sua origem alemã, afinal, não vemos muitos filmes que não são de Hollywood chegarem por aqui. A segunda coisa é o fato de ser um filme baseado em uma história real sobre alguém que não é bem uma celebridade. Eu, particularmente, nunca tinha ouvido falar de Saliya Kahawatte e acredito que, a não ser que for alguém especializado em redes de restaurantes alemãs, você também não. A terceira coisa é a mensagem. Inspiradora, essa é a palavra perfeita para descrever essa história.

A história de um rapaz que, desde muito cedo, nutre um sonho e, apesar de tudo conspirar contra, não desiste desse sonho e faz tudo para conseguir. Sim, há vários filmes sobre esse tema porque parece que a maioria das pessoas que realizou seus sonhos teve que lutar muito para conseguir. Temos A procura da felicidade e Um sonho possível para colocar nessa lista, porém, em um mundo tão sombrio e tão cheio de desilusões com guerras, corrupção e tanta miséria e desigualdade, histórias de esperança e vitória merecem ser compartilhadas, independente da origem do filme ou o valor de seu orçamento.

De encontro com a vida é um filme engraçado, emocionante, simples em sua essência, mas extremamente inspirador. A história de Saliya Kahawatte aconteceu lá na Alemanha, mas ela pode inspirar a história da Maria, do José, do Antonio, da Joana e de todos aqueles que têm um sonho e que, apesar de parecer impossível, insistem “nessa estranha mania de ter fé na vida”.

Livros, Resenhas

RESENHA: A Nuvem, Neal Shusterman

Quando falamos do primeiro volume da série Scythe no ano passado, O Ceifador, não imaginamos que o segundo volume dessa história, A Nuvem, poderia ir mais além e nos deixar ainda mais boquiabertos. Pois Neal Shusterman conseguiu. Ele nos entregou uma sequencia recheada de plow-twists e viradas impressionantes. Se no primeiro título da série perdemos um pouco da sensação de aventura por estar conhecendo o universal, em A Nuvem somos imediatamente surpreendidos pelo decorrer da história.

Como sabemos, o mundo está sendo governado pela Nimbu-Cúmulo, que eu particularmente chamo de Siri, que gerencia tudo aquilo que é vital para a vida humana com perfeição, exceto a morte. Quem fica responsável por isso é a Ceifa, e este núcleo de pessoas honoráveis está extremamente corrompido e isso fica mais claro agora. Se anteriormente fomos apresentados aos modos como as coisas perfeitas aconteciam, dessa vez tivemos uma visão interna, demonstrando o quanto o ser humano e o seu modo político pode afundar até aquilo que nasceu para ser bem-sucedido. É simples: estragamos aquilo que tocamos. Seja por ego, por desejo de ser maior ou por querer que os outros caiam. Carregamos um rastro de destruição conosco apenas por existir.

Entre as passagens de capítulos somos inundados por pensamentos da Nimbu, que muito embora seja uma máquina, possuí sentimentos, se questiona, se emociona e pensa como se fosse uma de nós. E o melhor é que são nestes momentos que a história é facilmente manipulada, pois são justamente nestes momentos que vemos as situações com mais clarezas e muitas vezes, mudamos de opinião ou expectativa sobre o que vem a seguir.

Citra Terranova, a honorável Ceifadora Annastacia cresceu. Cresceu e se adaptou muito bem em sua função. Se tornou respeitada e influente, ao contrário de Rowan, que já começa a história com uma mudança brusca de personalidade. É claro que o grande casal de protagonistas segue sendo o destaque central da história, mas o que mais realmente chama a atenção em A Nuvem é o crescimento dos personagens secundários e o quanto eles se tornaram essenciais: eles interagem de uma forma diferente com Nimbu, quase como uma relação familiar, que demonstra a força e a vontade da consciência robótica de assumir o controle sobre a morte, que está em jurisdição da Ceifa.

O livro nos entrega diversos pontos de vista da mesma história, excelente plow-twists, narrativa veloz e até seu final foi capaz de gerar ansiedade pelo próximo volume da saga. Neal Shusterman é dono de uma escrita excelente, sabe detalhar sem se perder e ir direto ao assunto sem deixar pontas soltas. Tanto O Ceifador quanto A Nuvem são uma obra prima, deliciosa e viciante. Para nós, a grande surpresa do ano.

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: Gnomeu e Julieta – O mistério do jardim (2018)

Hoje (31/05), chega aos cinemas Gnomeu e Julieta: O mistério do jardim. A animação vem para agradar crianças e adultos, fazendo uma analogia a Romeu e Julieta, só que em um mundo onde gnomos de jardim são vivos e têm sentimentos, assim como nós. O longa britânico é o segundo de Gnomeu e Julieta, que teve seu início com O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, centrada na obra de Shakespeare. Agora, a história é centrada em Sherlock Holmes, que aqui se chama Sherlock Gnomes e seu adorável assistente Watson.

A trama começa quando Gnomeu, Julieta e seus companheiros de jardim chegam a Londres, e um misterioso roubo de gnomos começa. Um jardim após o outro, todos somem misteriosamente, sem nenhuma pista, nenhum rastro. Claro que cabem a Sherlock Gnomes, o grande detetive e protetor dos gnomos de jardim, e seu assistente Watson resolverem o caso e resgatarem os gnomos perdidos.

Acontece que, nesse meio tempo, o jardim de Gnomeu e Julieta também é atacado e é claro que eles não ficariam de fora dessa busca, afinal, após a festa da primavera, os dois seriam os novos líderes do jardim. Era sua responsabilidade salvar suas famílias e amigos. Agora, Sherlock Gnomes, Watson, Gnomeu e Julieta correm contra o tempo em busca dos gnomos perdidos que eles acreditam estar com Moriarty, um enfeite de porcelana maléfico, antigo inimigo de Sherlock Gnomes e um apreciador da tortura de gnomos de jardim.

Gnomeu e Julieta: O mistério do jardim traz trilha sonora de Elton John, fazendo companhia ao Rei Leão e O caminho para El Dorado e nos surpreende com uma mensagem que transcende as barreiras da idade. Ao longo do filme, vemos Gnomeu ser ignorado por Julieta, assim como Watson é ignorado por Sherlock Gnomes. Aprendemos como é importante ouvir seu parceiro e respeitar as opiniões daqueles que nos amam e se preocupam conosco. Vemos que aquele ditado que diz que “uma andorinha só não faz verão” faz muito sentido, assim como “duas cabeças pensam melhor do que uma” e, como diz Jota Quest “ninguém é feliz sozinho”.

Quando um adulto vai ao cinema assistir uma animação, ele espera crianças fazendo barulho, algumas pipocas voando pelo ar, um filminho leve e engraçado… Porém, dificilmente, preocupa-se em aprender algo e se enriquecer com a mensagem do filme. Foi aí que eu me surpreendi. Gnomeu e Julieta transcende a barreira da idade porque nos mostra que não precisamos estar sozinhos. Não precisamos tomar todas as decisões sozinhos e lutar sozinhos. Seja com os amigos ou com a família, sempre temos alguém com quem podemos contar e devemos contar. Assim como sempre podemos ajudar e devemos ajudar.

Com uma trilha sonora excelente, ótimos personagens cheios de referências da obra de Arthur Conan Doyle, comédia, ação, romance e suspense, além da mensagem emocionante e inspiradora, Gnomeu e Julieta: o mistério do jardim promete ser uma excelente animação para crianças e adultos, mostrando que o poder da amizade e o companheirismo são fundamentais em todos os relacionamentos.

Atualizações, Música, Novidades

6 playlists para arrasar no esquenta da Parada do Orgulho LGBT

A Parada do Orgulho LGBT em SP acontece neste próximo domingo e promete levar milhões de pessoas para as ruas. Neste ano, o slogan do evento é “Poder para LGBTI+, nosso voto, nossa voz”, que reflete a necessidade de apoio a políticos comprometidos com os direitos da população LGBT. Este é o maior evento do tipo no mundo e que reúne gente dos mais variados gostos musicais. Já na contagem regressiva para domingo, a Deezer montou seis playlists para você arrasar do seu esquenta para a Parada.

São músicas que vão desde os sucessos mais recentes, como “News Rules”, de Dua Lipa, e “Vai Malandra”, da Anitta, aos mais clássicos, como “Like a Virgin”, da Madonna, e “Believe”, da Cher, entre outras.

Hinos do Arco-Íris: Essa playlist de curadoria do time editorial da Deezer é pura festa, resistência e celebração do amor e da diversidade. Nela estão alguns dos maiores hits da cultura LGBT+, inclusive com faixas das brasileiríssimas Pabllo Vittar, Lia Clark e Linn da Quebrada;

#Pride: Criada pela Maluca dos Signos, essa é a playlist LGBT que você respeita, com seleções que são puro amor e orgulho. Para não deixar ninguém parado, ela conta com hits nacionais, internacionais e de artistas independentes. Hino atrás de hino!

Orgulho LGBTQ+: Uma seleção inteira só com artistas nacionais, de fazer qualquer um passar mal.

PRIDE #rainbow: Um convite para deixar o preconceito de lado e celebrar a diferença. A playlist está recheada de sucessos: tem Lorde, Ludmilla, Rita Ora e muito mais!

Orgullo Gay: Originalmente criada como inspiração para a Parada LGBT de Madrid, a playlist conta com clássicos imprescindíveis para dançar e se orgulhar em qualquer cidade. A playlist está repleta de sucessos, como “Living on My Own”, do Freddie Mercury, e “Outside”, do George Michael.

Gay Party Hits: Essa playlist é para quem não aguenta ficar sem bater o cabelo. Embalam a seleção sucessos como “Toxic”, da Britney Spears e o hino “Crazy in Love”, da Beyoncé.

Agora é só favoritar, amar e para aqueles que desejam ouvir no offline, sem consumir o plano de dados da internet, sincronizar no celular antes de sair de casa e levar sua música no bolso pra onde for.

A Deezer é o único serviço de streaming de música com o Flow: uma trilha sonora personalizada com suas músicas mais queridas e novas recomendações, e o Flow Tab, uma compilação de listas customizadas baseadas individualmente no gosto de cada usuário.

Atualizações, Livros

Começa a venda de ingressos para a Bienal do Livro

Estamos cada vez mais próximos da 25ª Edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontecerá no Pavilhão de Exposições do Anhembi, entre os dias 03 a 12 agosto. A venda de ingressos antecipados começou e até o dia 04/06 eles estarão com preço promocional, com 50% de desconto!

A organização do evento optou por manter o mesmo valor dos ingressos da última edição, de 2016, para esta. De segunda à quinta-feira, a inteira custará R$20,00 (meia R$10,00) e de sexta-feira à domingo R$25,00 (meia R$12,50) por dia.

Apesar da programação ainda não estar 100% fechada, algumas novidades já foram adiantadas com exclusividade pelo Beco Literário: Victoria Aveyard (A Rainha Vermelha), Lauren Blakely (Big Rock), Soman Chainani (A Escola do Bem e Do Mal), Yoav Blum (Os Criadores de Coincidências), Anna Todd (After), David Levithan (Todo Dia), Marissa Meyer (Sem Coração) e Tessa Dare (Spindle Cove) são alguns nomes já confirmados.

Os ingressos encontram-se disponíveis para a venda no site oficial do evento www.bienaldolivrosp.com.br e pelo telefone (11) 2626-1061. Tem direito à meia-entrada estudante, deficiente e seu acompanhante. Menor de 12 anos e maior de 60 terão gratuidade no ingresso. Funcionários e matriculados Sesc da categoria credencial plena também terão gratuidade e seus dependentes terão direito à meia-entrada. Será aplicado o benefício mediante apresentação da carteirinha e documento com foto.

Este ano, a Bienal do Livro aposta numa campanha inovadora cujo mote é: “Venha Fazer esse Download de Conhecimento”, que tem como proposta de valor destacar o protagonismo do livro em meio à nova percepção dos brasileiros diante do turbilhão de estímulos e canais de acesso a conteúdo que a tecnologia hoje propicia. A ideia é mostrar que, apesar dessas mudanças culturais no País, o livro, em seus diversos formatos, é o agente essencial do processo de conexão entre o conhecimento e o universo digital no qual vivemos. Você pode conferir a cobertura do Beco Literário clicando aqui.