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Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: Abigail e a cidade proibida (2019)

Abigail e a cidade proibida é um filme russo que chegou aos cinemas nesta quinta-feira (12) e surpreende em vários aspectos. Primeiro, é um filme russo, e, vivendo em um mundo dominado pelo cinema hollywoodiano, é surpreendente quando somos expostos a um filme russo. Segundo, ele ressuscita o gênero steampunk tão popular nos anos 80 e 90. Porém, as surpresas não são suficientes para amenizarem os furos no roteiro e a fraqueza da história.

Para quem não conhece, steampunk é o termo usado para uma ficção científica que fala sobre avanços tecnológicos em uma história que se passa mais no passado. Confuso? Deixe-me explicar. Júlio Verne descreve uma máquina parecida com um submarino no início do século 20, assim como também fala sobre uma viagem ao redor do mundo em um balão de ar quente. Submarinos e balões são coisas totalmente comuns para nós, mas não são na época em que a história passa.

Agora, voltando à história da Abigail, temos um mundo onde há pessoas capazes de produzir magia que pode ser canalizada em armas futurísticas que lançam raios. A tal cidade proibida é o local onde eles moram, uma cidade totalmente cercada onde ninguém entra e ninguém sai. O motivo dado à população é que há uma doença mortal que se espalhou pelo mundo e eles só estão vivos por causa da muralha que cerca a cidade.

Ninguém sabe o que há lá fora ou se ainda há algo lá fora, porém, já se passaram tantos anos que ninguém mais pergunta, só aceita. Homens mascarados patrulham as ruas o tempo todo, colocando luzes nos olhos das pessoas para testar se a tal “doença” se manifestou. Aqueles que têm um diagnóstico positivo são levados para fora da cidade.

Dentro desse mundo pós-apocaliptico meio futurista e mágico, temos a nossa mocinha, a Abigail, cuja o pai trabalhava para o governo e foi levado quando ela tinha 8 anos. A história se passa quando ela já está com 18, mas temos vários flashbacks ao longo do filme, onde Abigail se lembra das lições que seu pai a ensinou e segue em uma busca implacável de seu paradeiro.

Abigail e a cidade proibida tinha tudo para dar certo, porém, a fórmula não funcionou tão bem quanto esperado. Apesar do roteiro diferente, essa aposta arrojada no steampunk em contrapartida da ficção científica tradicional que está tão em alta e toda aura de magia e ótimos efeitos especiais, o filme peca na execução em falar muito em tão pouco tempo e forçar um romance entre Abigail e o líder da resistência que se consolidou em menos de dez minutos.

Temos magia, um mundo pós-apocalíptico, uma trama cheia de conspiração, várias intrigas e muitos personagens com histórias mal acabadas no mesmo filme. Levando em conta o público-alvo que eu não julgaria ser mais do que infanto-juvenil, a confusão é muito grande e, ao final do filme, saímos com aquela sensação de que não foi tudo entendido de verdade. Até agora eu não entendi como se consegue trancar uma população inteira dentro de uma cidade por mais de 100 anos sem ninguém desconfiar de nada. Quem era o líder dessa coisa toda? Porque temos um líder na época da Abigail, mas é impossível que seja o mesmo desde o início. Ou ele tem o poder da imortalidade? Isso não é explicado na história.

Como todo o restante do filme, o clímax é rápido e confuso demais, com mais enfoque nas lutas e efeitos especiais do que em amarrar as pontas soltas. O tal shipp dos mocinhos não tem química nenhuma, e ninguém parece se importar muito com os mortos durante o processo. Talvez, se eles tivessem diminuído um pouco a quantidade de informações e investido mais em solidificar o roteiro, dando realmente um princípio, meio e fim para tudo, Abigail e a cidade proibida teria tudo para ser um sucesso. Infelizmente, não é esse o caso.

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: O Rei Leão (2019)

Dia 18, chegou aos cinemas O Rei Leão em sua tão esperada versão live action. Sendo muito criticado pela falta de inovação nas cenas que podem ser comparadas quadro a quadro com sua versão animada de 1994, O Rei Leão chegou para mostrar que nostalgia vende.

Um live action sem humanos e feito totalmente de animação, com exceção de uma cena, pode ser considerado um live action? Essa é a pergunta que não quer calar ao assistirmos um filme estrelado totalmente por animais tão reais que nos deixa na dúvida, tirando um pequeno detalhe: animais não falam.

Jon Favreau, diretor do filme, revelou em seu Instagram que a única cena verdadeira presente n’O Rei Leão é o trecho de abertura com a música Circle of life, quando vemos a savana africana. Fora isso, há 1490 planos renderizados criados por animadores e artistas de efeitos visuais.

Relembrando um pouco a história, O Rei Leão conta a trajetória do príncipe Simba que, após a morte de seu pai, se atormenta com a culpa, foge e não assume o trono. Porém, após seu tio ser coroado e levar o reino à fome e destruição, Simba volta, enfrenta o tio e assume seu lugar de direito. Alguém mais notou algo familiar nesse enredo? Sua percepção está muito boa se a peça Hamlet, de Shakespeare, lhe veio à cabeça.

Para quem não conhece a peça, Hamlet conta a história do príncipe homônimo que tem seu pai assassinado pelo tio, Cláudio, que casa com a rainha e assume o trono. Atormentado pelo fantasma do pai que cobra vingança, Hamlet mata o tio, vira rei e recupera a honra da família. Idêntico, não é?

Podemos ver o tio invejoso, Scar, a rainha Sarabi que fica sob o poder dele, o príncipe Simba que perde o trono e fica ouvindo a voz de seu pai: “Lembre-se de quem você é”, e o gran finale que culmina na morte do tio e a retomada do trono. Claro que tudo muito bem atenuado com músicas e comédia como só a Disney sabe fazer. Afinal, quem pode me dizer uma história da Disney que não começa em uma verdadeira tragédia e termina no mais lindo e radiante felizes para sempre?

Apesar de a animação de 94 e a versão live action serem praticamente iguais, a diminuição do fator atenuante na segunda fez muita diferença. O filme está mais sombrio e deixou bem claro que não veio para atrair novos fãs, mas sim, para alimentar a nostalgia das crianças dos anos 90 que hoje já são adultos. Alguns detalhes que sequer são citados na animação, ficaram bem evidentes agora, como a cicatriz do Scar que é resultado de seu duelo com Mufasa pelo trono.

A rejeição de Sarabi ao não querer ser a rainha de Scar, o que faz as outras leoas o rejeitarem também, é algo que não foi abordado na animação, porém, nessa nova versão, deixa claro que a rejeição é de cunho sexual. Timão não interrompe mais Pumba quando este canta a música sobre suas flatulências e não temos mais a musiquinha alegre de armadilha para as hienas porque, convenhamos, elas não são animais que ficariam esperando o fim de uma música para atacar.

Alguns detalhes, porém, são observados pelo nosso amadurecimento em sermos mais céticos e críticos ao assistirmos um filme, do que provavelmente éramos há 25 anos. Se só há um leão vivendo na pedra do rei, ou seja, o próprio rei, então quem é o pai dos outros filhotes? Claro que sabemos que são do próprio Mufasa, então, por que só o Simba é o herdeiro do trono? E, ao se casar com Nala, ele se casa com a própria irmã? Claro que sabemos também que nada disso importa no reino animal, porém, ao humanizarmos os personagens, somos levados a esse tipo de questionamento.

Outra pergunta que não quer calar é: como sustentar um animal que está no topo da cadeia alimentar somente com insetos? E como ele conseguiu ficar tão gordo e saudável assim? Ao pensarmos por esse lado, seria impossível também aceitar que um leão seria amigo de um porco. Enfim, só nos resta render-nos à magia do faz de conta e nos entregarmos como fizemos há 25 anos, quando a nossa maior preocupação era aprender as letras das músicas, viver o Hakuna Matata e torcer pelo final feliz já tão esperado.

O Rei Leão faturou US$ 531 milhões em seu final de semana de estréia, o que ultrapassa mais da metade de todo o faturamento da primeira versão. Porém, como, na China, o filme foi lançado 1 semana antes, podemos dizer que O Rei Leão estava há 10 dias em cartaz. Como uma das histórias mais clássicas da Disney que inspirou peças e musicais por todo o mundo, inclusive na Broadway, vamos ver se o old ainda é gold e se a versão live action vai desbancar o primeiro lugar em bilheterias de animações da Disney, que continua intacto com Frozen desde 2013.

 

Filmes

Divulgado o trailer final de X-Men: Fênix Negra

A 20th Century Fox divulgou o trailer final do filme X-Men: Fênix Negra, que irá encerrar a franquia nos cinemas. Com estreia marcada no Brasil para 6 de junho, o longa é dirigido por Simon Kinberg, que já havia atuado como produtor de “Logan”, “X-Men: Primeira Classe” e outros filmes do universo X-Men.

SINOPSE

Esta é a história de um dos personagens mais amados dos X-Men, Jean Grey, enquanto ela evolui para a icônica Fênix Negra. Durante uma missão de resgate no espaço com risco de vida, Jean é atingida por uma força cósmica que a transforma em um dos mais poderosos mutantes. Lutando com esse poder cada vez mais instável, e também com seus próprios demônios, Jean fica fora de controle, dividindo a família X-Men e ameaçando destruir a própria estrutura do nosso planeta. X-Men: Fênix Negra é o filme mais intenso e emocional da saga. É o culminar de 20 anos de filmes X-Men, onde a família de mutantes que conhecemos e amamos deve enfrentar seu mais devastador inimigo – um dos seus.

Atualizações, Filmes

“Roma” e “A Favorita” lideram as indicações ao Oscar 2019

Duas produções lideram a corrida pelos prêmios do Oscar 2019. Roma, drama do mexicano Alfonso Cuarón (Gravidade), e A Favorita, dirigido por Yorgos Lanthimos (O Lagosta) concorrem em 10 categorias cada, entre elas as de melhor filme e melhor diretor. Os indicados foram revelados nesta terça (22) diretamente de Los Angeles.

E essa edição do Oscar já entra pra história! Roma, produzido pela Netflix, é o primeiro filme de uma plataforma de streaming a concorrer ao prêmio principal. Já o aclamado Pantera Negra, da Marvel Studios, recebeu 7 indicações, incluindo a de melhor filme – feito inédito entre as produções de super-heróis.

Os vencedores da 91ª edição do Oscar serão conhecidos em 24 de fevereiro, na tradicional cerimônia diretamente do Dolby Theatre, em Hollywood. Confira a seguir todos os indicados.

MELHOR FILME
  • Pantera Negra
  • Infiltrado na Klan
  • Bohemian Rhapsody
  • A Favorita
  • Green Book: O Guia
  • Roma
  • Nasce Uma Estrela
  • Vice
MELHOR DIRETOR
  • Spike Lee (Infiltrado na Klan)
  • Paweł Pawlikowski (Guerra Fria)
  • Yorgos Lanthimos (A Favorita)
  • Alfonso Cuarón (Roma)
  • Adam McKay (Vice)
MELHOR ATOR
  • Christian Bale (Vice)
  • Bradley Cooper (Nasce Uma Estrela)
  • Willem Dafoe (No Portal da Eternidade)
  • Rami Malek (Bohemian Rhapsody)
  • Viggo Mortensen (Green Book: O Guia)
MELHOR ATRIZ
  • Yalitza Aparicio (Roma)
  • Glenn Close (A Esposa)
  • Olivia Colman (A Favorita)
  • Lady Gaga (Nasce Uma Estrela)
  • Melissa McCarthy (Poderia Me Perdoar?)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
  • Mahershala Ali (Green Book: O Guia)
  • Adam Driver (Infiltrado na Klan)
  • Sam Elliot (Nasce Uma Estrela)
  • Richard E. Grant (Poderia Me Perdoar?)
  • Sam Rockwell (Vice)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
  • Amy Adams (Vice)
  • Marina de Tavira (Roma)
  • Regina King (Se a Rua Beale Falasse)
  • Emma Stone (A Favorita)
  • Rachel Weisz (A Favorita)
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
  • A Favorita
  • First Reformed
  • Green Book: O Guia
  • Roma
  • Vice
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
  • The Ballad of Buster Scruggs
  • Infiltrado na Klan
  • Poderia Me Perdoar?
  • Se a Rua Beale Falasse
  • Nasce Uma Estrela
MELHOR ANIMAÇÃO
  • Os Incríveis 2
  • Ilha dos Cachorros
  • Mirai
  • WiFi Ralph: Quebrando a Internet
  • Homem-Aranha no Aranhaverso
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
  • Animal Behaviour
  • Bao
  • Late Afternoon
  • One Small Step
  • Weekends
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
  • Cafarnaum (Líbano)
  • Guerra Fria (Polônia)
  • Nunca Deixe de Lembrar (Alemanha)
  • Roma (México)
  • Assunto de Família (Japão)
MELHOR DOCUMENTÁRIO
  • Free Solo
  • Hale County This Morning, This Evening
  • Minding The Gap
  • Of Fathers and Sons
  • RBG
MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
  • Black Sheep
  • End Game
  • Lifeboat
  • A Night at the Garden
  • Period. End of Sentence.
MELHOR CURTA-METRAGEM
  • Detainment
  • Fauve
  • Marguerite
  • Mother
  • Skin
MELHOR TRILHA SONORA
  • Pantera Negra
  • Infiltrado na Klan
  • Se a Rua Beale Falasse
  • Ilha dos Cachorros
  • O Retorno de Mary Poppins
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
  • “All The Stars” (Pantera Negra)
  • “I’ll Fight” (RGB)
  • “The Place Where The Lost Things Go” (O Retorno de Mary Poppins)
  • “Shallow” (Nasce Uma Estrela)
  • “When A Cowboy Trades His Spurs For Wings” (The Ballad of Buster Scruggs)
MELHOR MONTAGEM
  • Infiltrado na Klan
  • Bohemian Rhapsody
  • A Favorita
  • Green Book: O Guia
  • Vice
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
  • Pantera Negra
  • A Favorita
  • O Primeiro Homem
  • O Retorno de Mary Poppins
  • Roma
MELHORES EFEITOS VISUAIS
  • Vingadores: Guerra Infinita
  • Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível
  • O Primeiro Homem
  • Jogador Nº1
  • Han Solo: Uma História Star Wars
MELHOR FOTOGRAFIA
  • Guerra Fria
  • A Favorita
  • Nunca Deixe de Lembrar
  • Roma
  • Nasce Uma Estrela
MELHOR FIGURINO
  • The Ballad of Buster Scruggs
  • Pantera Negra
  • A Favorita
  • O Retorno de Mary Poppins
  • Duas Rainhas
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
  • Border
  • Duas Rainhas
  • Vice
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
  • Pantera Negra
  • Bohemian Rhapsody
  • O Primeiro Homem
  • Um Lugar Silencioso
  • Roma
MELHOR MIXAGEM DE SOM
  • Pantera Negra
  • Bohemian Rhapsody
  • O Primeiro Homem
  • Roma
  • Nasce Uma Estrela
Atualizações, Filmes

“Bohemian Rhapsody” e “Green Book” são os destaques do Globo de Ouro

A 76ª edição do Globo de Ouro, que aconteceu neste domingo (6), consagrou Bohemian Rhapsody como o melhor filme dramático, desbancando Nasce Uma Estrela, que era considerado o favorito por muitos. A cinebiografia de Freddy Mercury ainda levou o prêmio de melhor ator de drama para Rami Malek, que interpretou o vocalista da banda Queen. A comédia Green Book: O Guia venceu em três categorias, incluindo a de melhor filme de comédia ou musical.

O aclamado filme mexicano Roma confirmou as expectativas e ganhou as estatuetas de melhor filme estrangeiro e melhor diretor para Alfonso Cuarón. Homem-Aranha no Aranhaverso venceu o prêmio de melhor animação.

Nas categorias televisivas, destaque para The Americans O Método Kominsky, que venceram os prêmios de melhor série dramática e melhor série de comédia ou musical, respectivamente. The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story levou o prêmio de melhor minissérie ou filme para a TV. Confira a seguir a lista completa de vencedores.

 

Melhor Filme – Drama

  • Bohemian Rhapsody

Melhor Filme – Comédia ou Musical

  • Green Book: O Guia

Melhor Diretor

  • Alfonso Cuarón (Roma)

Melhor Ator – Drama

  • Rami Malek (Bohemian Rhapsody)

Melhor Atriz – Drama

  • Glenn Close (A Esposa)

Melhor Ator – Comédia/Musical

  • Christian Bale (Vice)

Melhor Atriz – Comédia/Musical

  • Olivia Colman (A Favorita)

Melhor Ator Coadjuvante

  • Mahershala Ali (Green Book: O Guia)

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Regina King (Se a Rua Beale Falasse)

Melhor Filme de Animação

  • Homem-Aranha no Aranhaverso

Melhor Filme Estrangeiro

  • Roma (México)

Melhor Roteiro

  • Peter Farrelly, Nick Vallelonga e Brian Currie (Green Book: O Guia)

Melhor Trilha Sonora

  • O Primeiro Homem

Melhor Canção Original

  • “Shallow” (Nasce Uma Estrela)

 

TELEVISÃO

Melhor Série de TV – Drama

  • The Americans

Melhor Série de TV – Comédia/Musical

  • O Método Kominsky

Melhor Minissérie/Telefilme

  • The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story

Melhor Ator – Drama

  • Richard Madden (O Guarda-Costas)

Melhor Atriz – Drama

  • Sandra Oh (Killing Eve)

Melhor Ator – Comédia/Musical

  • Michael Douglas (The Kominsky Method)

Melhor Atriz – Comédia/Musical

  • Rachel Brosnahan (The Marvelous Mrs. Maisel)

Melhor Ator – Minissérie/Telefilme

  • Darren Criss (The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story)

Melhor Atriz – Minissérie/Telefilme

  • Patricia Arquette (Escape at Dannemora)

Melhor Ator Coadjuvante

  • Ben Whishaw (A Very English Scandal)

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Patricia Clarkson (Sharp Objects)
Atualizações, Filmes

“Vice” lidera as indicações ao Globo de Ouro 2019

Foi dada a largada para a temporada de premiações norte-americana! E a sátira política Vice lidera a corrida do Globo de Ouro nas indicações para cinema. Concorrendo em seis categorias – incluindo a de melhor filme de comédia ou musical – o filme dirigido por Adam McKay (A Grande Aposta), é um retrato cômico do vice-presidente Dick Cheney, interpretado por Christian Bale (O Vencedor), cuja atuação também pode ser premiada. Os indicados foram anunciados hoje pela manhã, diretamente de Los Angeles.

Mas o bicho pega mesmo na disputa por melhor filme dramático: Nasce Uma Estrela, estrelado por Lady Gaga e Bradley Cooper, concorre com o aclamado Pantera Negra, indicação inédita de um filme de herói na categoria. Também estão no páreo Bohemian Rhapsody, cinebiografia do vocalista do Queen, Freddie Mercury, e dois títulos que falam sobre injustiça racial, Infiltrado na Klan, de Spike Lee (Malcolm X) e Se a Rua Beale Falasse, de Barry Jenkins (Moonlight: Sob a Luz do Luar).

Nasce Uma Estrela (Divulgação/Warner Bros. Pictures)

Pantera Negra (Divulgação/Marvel Studios)

Nas categorias de televisão o destaque foi The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story com quatro nomeações. Em seguida vêm The Marvelous Mrs. Maisel, Killing Eve e Barry com três indicações cada.

A cerimônia de entrega dos prêmios da 76ª edição do Globo de Ouro será em 6 de janeiro de 2019, com apresentação de Andy Samberg e Sandra Oh. Confira a seguir a lista completa dos indicados.

CINEMA

Melhor Filme – Drama

  • Infiltrado na Klan
  • Pantera Negra
  • Bohemian Rhapsody
  • Se a Rua Beale Falasse
  • Nasce Uma Estrela

Melhor Filme – Comédia ou Musical

  • Podres de Ricos
  • A Favorita
  • Green Book: O Guia
  • O Retorno de Mary Poppins
  • Vice

Melhor Diretor

  • Alfonso Cuarón (Roma)
  • Adam McKay (Vice)
  • Bradley Cooper (Nasce Uma Estrela)
  • Spike Lee (Infiltrado na Klan)
  • Peter Farrelly (Green Book: O Guia)

Melhor Ator – Drama

  • Bradley Cooper (Nasce Uma Estrela)
  • Rami Malek (Bohemian Rhapsody)
  • Lucas Hedges (Boy Erased: Uma Verdade Anulada)
  • Willem Dafoe (No Portal da Eternidade)
  • John David Washington (Infiltrado na Klan)

Melhor Atriz – Drama

  • Lady Gaga (Nasce Uma Estrela)
  • Glenn Close (A Esposa)
  • Melissa McCarthy (Poderia Me Perdoar?)
  • Nicole Kidman (O Peso do Passado)
  • Rosamund Pike (A Private War)

Melhor Ator – Comédia/Musical

  • Christian Bale (Vice)
  • Viggo Mortensen (Green Book: O Guia)
  • Lin-Manuel Miranda (O Retorno de Mary Poppins)
  • Robert Redford (The Old Man & The Gun)
  • John C. Reilly (Stan & Ollie)

Melhor Atriz – Comédia/Musical

  • Emily Blunt (O Retorno de Mary Poppins)
  • Olivia Colman (A Favorita)
  • Elsie Fisher (Oitava Série)
  • Charlize Theron (Tully)
  • Constance Wu (Podres de Ricos)

Melhor Ator Coadjuvante

  • Mahershala Ali (Green Book: O Guia)
  • Timothée Chalamet (Querido Menino)
  • Sam Rockwell (Vice)
  • Adam Driver (Infiltrado na Klan)
  • Richard E. Grant (Poderia Me Perdoar?)

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Amy Adams (Vice)
  • Claire Foy (O Primeiro Homem)
  • Emma Stone (A Favorita)
  • Rachel Weisz (A Favorita)
  • Regina King (Se a Rua Beale Falasse)

Melhor Filme de Animação

  • Os Incríveis 2
  • Ilha dos Cachorros
  • Mirai
  • WiFi Ralph: Quebrando a Internet
  • Homem-Aranha no Aranhaverso

Melhor Filme Estrangeiro

  • Assunto de Família (Japão)
  • Cafarnaum (Líbano)
  • Girl (Bélgica)
  • Nunca Deixe de Lembrar (Alemanha)
  • Roma (México)

Melhor Roteiro

  • Barry Jenkins (Se a Rua Beale Falasse)
  • Adam McKay (Vice)
  • Alfonso Cuarón (Roma)
  • Deborah Davis e Tony McNamara (A Favorita)
  • Peter Farrelly, Nick Vallelonga e Brian Currie (Green Book: O Guia)

Melhor Trilha Sonora

  • Um Lugar Silencioso
  • Ilha dos Cachorros
  • Pantera Negra
  • O Primeiro Homem
  • O Retorno de Mary Poppins

Melhor Canção Original

  • “All The Stars” (Pantera Negra)
  • “Girl in the Movies” (Dumplin)
  • “Requiem For A Private War” (A Private War)
  • “Revelation” (Boy Erased: Uma Verdade Anulada)
  • “Shallow” (Nasce Uma Estrela)

 

TELEVISÃO

Melhor Série de TV – Drama

  • Killing Eve
  • Homecoming
  • O Guarda-Costas
  • Pose
  • The Americans

Melhor Série de TV – Comédia/Musical

  • Barry
  • The Marvelous Mrs. Maisel
  • The Good Place
  • O Método Kominsky
  • Kidding

Melhor Minissérie/Telefilme

  • O Alienista
  • A Very English Scandal
  • The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story
  • Sharp Objects
  • Escape at Dannemora

Melhor Ator – Drama

  • Jason Bateman (Ozark)
  • Stephan James (Homecoming)
  • Matthew Rhys (The Americans)
  • Billy Porter (Pose)
  • Richard Madden (O Guarda-Costas)

Melhor Atriz – Drama

  • Catriona Balfe (Outlander)
  • Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale)
  • Julia Roberts (Homecoming)
  • Keri Russell (The Americans)
  • Sandra Oh (Killing Eve)

Melhor Ator – Comédia/Musical

  • Bill Hader (Barry)
  • Sacha Baron-Cohen (Who Is America?)
  • Jim Carrey (Kidding)
  • Donald Glover (Atlanta)
  • Michael Douglas (The Kominsky Method)

Melhor Atriz – Comédia/Musical

  • Alison Brie (Glow)
  • Candice Bergen (Murphy Brown)
  • Debra Messing (Will and Grace)
  • Kristen Bell (The Good Place)
  • Rachel Brosnahan (The Marvelous Mrs. Maisel)

Melhor Ator – Minissérie/Telefilme

  • Antonio Banderas (Genius)
  • Daniel Bruhl (O Alienista)
  • Darren Criss (The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story)
  • Benedict Cumberbatch (Patrick Melrose)
  • Hugh Grant (A Very English Scandal)

Melhor Atriz – Minissérie/Telefilme

  • Amy Adams (Sharp Objects)
  • Connie Britton (Dirty John)
  • Laura Dern (O Conto)
  • Patricia Arquette (Escape at Dannemora)
  • Regina King (Seven Seconds)

Melhor Ator Coadjuvante

  • Alan Arkin (O Método Kominsky)
  • Kieran Culkin (Succession)
  • Edgar Ramirez (The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story)
  • Ben Whishaw (A Very English Scandal)
  • Henry Winkler (Barry)

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Alex Borstein (The Marvelous Mrs. Maisel)
  • Patricia Clarkson (Sharp Objects)
  • Penélope Cruz (The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story)
  • Yvonne Strahovski (The Handmaid’s Tale)
  • Thandie Newton (Westworld)
Atualizações, Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Millennium: A Garota na Teia de Aranha

Há sete anos, chegava aos cinemas a versão de David Fincher (diretor de Se7en e Clube da Luta) para a saga Millennium, concebida por Stieg Larsson (1954-2004). Com Rooney Mara (Carol) e Daniel Craig (007 contra Spectre) no elenco e roteiro de Steven Zaillian (A Lista de Schindler), Millennium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres foi aclamado pela crítica e, naturalmente, se esperava uma sequência pelas mãos de Fincher. Porém ela não veio.

Após a morte de Stieg Larsson, David Lagercrantz foi escolhido para dar continuidade à série, escrevendo até o momento mais dois volumes. Pois bem, após três filmes suecos que lançaram a atriz Noomi Rapace (Prometheus) ao estrelato e a versão americana de Fincher, chega aos cinemas Millennium: A Garota na Teia de Aranha, inspirado no livro homônimo de Lagercrantz

Na direção, sai David Fincher e entra Fede Alvarez (diretor de O Homem nas Trevas e da nova versão de A Morte do Demônio). Claire Foy (The Crown) assume o papel da hacker justiceira Lisbeth Salander no lugar de Rooney Mara, e Sverrir Gudnason (Borg vs. McEnroe) substitui Daniel Craig como o jornalista Mikael Blomkvist. Diante de tamanha responsabilidade, a nova equipe não faz feio.

Sem deixar claro se é um reboot ou uma sequência, Millennium: A Garota na Teia de Aranha funciona bem como ambos. Na trama, Salander é contratada por um analista da NSA, Frans Balder (Stephen Merchant, de Logan), para recuperar um programa capaz de controlar todo o arsenal nuclear do mundo. Poderia ser uma missão simples, se um perigoso grupo criminoso, denominado “Os Aranhas”, não estivesse em busca do mesmo software.

(Divulgação/Sony Pictures)

(Divulgação/Sony Pictures)

É evidente a mudança no tom entre os filmes de Fincher e Alvarez. Se no primeiro Millennium a história se desenrolava lentamente, com mais profundidade, o novo filme abraça uma trama mais ágil, enxuta e menos subversiva. A estratégia funciona, e tem tudo pra agradar uma parcela do público mais acostumada com filmes de ação, mas tem seu preço. Os personagens secundários não passam de meros coadjuvantes. E o principal prejudicado é Mikael Blomkvist. Se antes o jornalista dividia o posto de protagonista ao lado de Salander, agora o personagem é apenas um assistente da hacker.

Em contrapartida, Claire Foy não decepciona com sua versão de Lisbeth Salander. É um risco enorme assumir uma figura tão emblemática, ainda mais depois de Rooney Mara ter sido indicada ao Oscar pelo mesmo papel. Porém, com seu olhar expressivo e encarnando o sotaque e os trejeitos da personagem, Claire Foy surpreende e entrega uma Salander com nuances diferentes das exploradas por Mara e Rapace, sem deixar de ser fiel aos livros.

O uruguaio Fede Alvarez entrega uma direção segura, que reverencia na medida o trabalho de David Fincher, como no contraste de luz e sombra e na fotografia de cores mais frias, por exemplo. Mas também dá seu toque autoral, com movimentos de câmera mais subjetivos, cortes rápidos nas cenas de ação e uma atmosfera de suspense e tensão muito bem construída.

Como filme de ação e investigação, Millennium: A Garota na Teia de Aranha cumpre o seu papel. Mesmo deixando pra trás parte do seu viés erudito e abraçando o cinema de entretenimento, o saldo é positivo. Mais acessível, o filme promete conquistar novos fãs. E se o desempenho nas bilheterias for satisfatório, é provável que Lisbeth Salander retorne para uma nova missão em breve.

Atualizações, Filmes

Começam as filmagens de “Star Wars: Episódio IX”

Através de sua conta no Twitter, o diretor J.J. Abrams (Star Wars: O Despertar da Força) anunciou o início das filmagens de Star Wars: Episódio IX.

“Um começo agridoce desse novo capítulo sem Carrie, mas graças ao elenco e equipes extraordinários, estamos prontos. Grato a Rian Johnson e um agradecimento especial a George Lucas por criar esse mundo incrível e iniciar uma história da qual temos sorte de participar.”

No mês passado, a Lucasfilm Ltd. anunciou que vai usar cenas inéditas de Carrie Fisher (1956-2016) para o Episódio IX. As cenas foram gravadas durante a produção de O Despertar da Força (2015), e serão usadas com autorização de Billie Lourd, filha de Carrie.

Outro anúncio feito em julho confirma o retorno de Billy Dee Williams ao elenco, interpretando Lando Calrissian. Mark Hammil e todo o elenco principal também voltam para reprisar seus papéis.

Billy Dee Williams (Getty Images/Divulgação)

Além de dirigir, J.J. Abrams divide o roteiro com Chris Terrio (Argo). Ainda sem título definido, Star Wars: Episódio IX estreia nos cinemas em 20 de dezembro de 2019.

james gunn demitido
james gunn demitido
Atualizações, Filmes

BOMBA! Disney demite James Gunn após polêmica com tweets ofensivos

A Disney demitiu James Gunn (Guardiões da Galáxia) após vários tweets antigos do diretor ressurgirem na mídia.  Em uma sequência de prints, um usuário do Twitter trouxe à tona mensagens polêmicas, satirizando temas como estupro, pedofilia e AIDS.

tweet james gunn

Imagem: Divulgação

“Rir é o melhor remedio. É por isso que eu rio de pessoas com AIDS.”

“Acabei de fazer uma piada sobre sodomizar a minha amiga quando ela estava dormindo.”

“Eu queria caçar animais de grande porte, mas sei que isso é moralmente questionável. Então estou indo atrás de caçar alguém para estuprar.”

Em um comunicado para a imprensa internacional, a Disney comentou a saída do diretor : “As atitudes e declarações ofensivas descobertas no Twitter de James são injustificáveis e inconsistentes com os valores do estúdio, então nós terminamos nosso relacionamento profissional com ele.” 

Em sua conta pessoal, James Gunn tentou se justificar, dizendo que as mensagens não passavam de brincadeiras provocativas com temas controversos: “Muitas pessoas que acompanham minha carreira desde o início, sabem que eu me via como uma pessoa provocadora, fazendo filmes e contando piadas sobre temas ultrajantes e tabus. Como já falei abertamente antes, eu me desenvolvi como pessoa, assim como meu trabalho e meu humor! Eu sou alguém bem diferente. De qualquer forma, essa é a verdade: eu fazia piadas ofensivas. Não faço mais. Não julgo minhas atitudes passadas, mas me tornei uma pessoa melhor.”

Ainda não se sabe quem irá assumir a direção de Guardiões da Galáxia, Vol. 3. O roteiro escrito por James Gunn já foi entregue e a previsão de estreia do filme é para 2020. As filmagens estão programadas para começar até o fim do ano.

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: Os Incríveis 2 (2018)

Os incríveis 2 chega finalmente aos cinemas brasileiros dia 28 de junho, mas a animação já quebrou recordes em sua estreia mundial que foi ontem (18/06). Com US$ 231,5 milhões em bilheteria – US$ 180 milhões apenas nos Estados Unidos -, Os incríveis 2 superou Procurando Dory, até então a líder de bilheteria das animações com US$ 135 milhões. Mas os recordes não param por aí. A animação se tornou a terceira maior estreia de 2018, atrás apenas de Vingadores: Guerra Infinita (com US$ 257,6 milhões) e Pantera Negra (com US$ 202 milhões). Está bom ou quer mais? Sim, tem mais. Não satisfeita, Os incríveis 2 ainda ficou entre as oito maiores estreias do cinema americano, ficando até na frente do live-action A Bela e a Fera. Valeu à pena esperar 14 anos, hein?

A história começa exatamente no final do primeiro filme, com o Escavador invadindo a cidade e a família Pêra toda unida e uniformizada combatendo o crime. Então, só para esclarecer, não teve aquela passagem de tempo que costumam colocar nos filmes quando demoram muito para lançar a continuação, ou seja, na animação, não passaram os 14 anos que se passou no mundo real. As crianças ainda são crianças, os super heróis ainda são ilegais e o Sr. Incrível ainda continua sem um emprego.

Acontece que salvar a cidade do Escavador não deu muito certo e, agora, os super heróis são até procurados pela polícia como criminosos, e a família Pêra acaba escondida em um hotel. O filme poderia parar aí extremamente triste e pessimista, mas, como em toda boa história, um milionário admirador de heróis aparece para salvar o dia. Sim, no maior estilo fada madrinha, o tal milionário leva toda a família para uma mansão super tecnológica e contrata a Mulher Elástica para atuar em seu plano de mudar a lei que transforma os super heróis em criminosos para que eles possam atuar novamente. Hein? A Mulher Elástica? Sim, a Mulher Elástica. O plano do milionário é financiar um super herói para que ele possa combater o crime e mostrar que super heróis são bons, necessários e que a lei deve ser revogada. E, para isso, ele decide que a Mulher Elástica é a melhor opção porque, segundo um estudo cheio de gráficos, ela apresenta mais chances de resultados positivos com menos estragos do patrimônio público.

É neste ponto que vemos a primeira mudança que nos salta aos olhos, apesar de dever ser vista como algo normal e corriqueiro, mas, infelizmente, não é. A animação mostra a mãe saindo para trabalhar e o pai ficando com os filhos em casa. Mostra a frustração do Sr. Incrível por não poder ser o provedor da família naquele momento e até uma certa inveja do sucesso da esposa que se mostra totalmente capaz de desempenhar a mesma função de super herói que ele. O filme aborda as mesmas piadas que já foram muito vistas em comédias românticas sobre os pais que não aguentam a rotina das mães e se descabelam na primeira crise e, infelizmente, isso ainda causa graça.

Vemos um pai despreparado, uma mãe preocupada em deixar a casa e os filhos sob a supervisão dele e, em pleno século XXI, ainda sentimentos estranheza nessa situação e ainda achamos engraçado um pai não saber trocar uma fralda. Ainda achamos comum e justificável a preocupação e a culpa da mãe por não estar lá para ajudar no dever de casa de matemática ou achar os sapatos perdidos. Ainda sentimos pena do pai que não consegue dormir direito e se atrapalha todo ao preparar o café da manhã. Coisa que toda mãe deve saber fazer com maestria porque não faz mais do que sua obrigação, não é?

Porém, podemos dizer que, graças às conquistas do século XXI, esse tipo de assunto é exposto em uma animação infantil, mostrando que a mãe também trabalha fora e o pai também troca fraldas, algo inimaginável há poucos anos atrás. Os incríveis 2 segue a evolução dos filmes de super heróis que tem abordado mais as heroínas femininas e mostrado que salvar o dia não é um trabalho só para os homens. Assim como os contos de fadas que vem mostrando que as princesas não precisam de um príncipe para escreverem sua própria história e nem de um casamento para alcançarem o seu felizes para sempre.

O enredo é envolvente e coerente apesar de ter se passado tanto tempo, mas não se pode dizer que há um motivo em questão de qualidade e tecnologia para ter sido preciso 14 anos para que a animação fosse feita, apesar do que nos levou a crer vários memes no Facebook. A mensagem também é crucial e necessária de ser discutida. Infelizmente, ainda tem que ser discutida, mas ainda bem que pode ser discutida. O desfecho também é brilhante e mostra que cada um pode ocupar o seu lugar sem ter que diminuir ou tirar o lugar do outro e que super heróis, mais do que salvar o dia, trazem esperança de um dia melhor e nos inspiram a ser melhores. Por fim, o saldo geral é que valeu muito à pena esperar esses 14 anos.