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Resenha: Supernova – O Encantador de Flechas, Renan Carvalho

Imersa em uma ditadura ideológica, a isolada cidade de Acigam sofre com a ameaça da guerra civil. De um lado, a Guilda, um grupo que usa os ensinamentos da Ciência das Energias para exigir os direitos da população. Do outro, um governo tirano, com soldados especialistas em aniquilar magos, nome vulgar dado aos praticantes de tal ciência. No meio desse conflito vive Leran, um garoto prestes a se formar na escola e não sabe qual futuro pode ter em uma cidade como Acigam. Após o envolvimento dos membros de sua família na rebelião, ele percebe que também está fadado a participar da guerra e vive uma aventura alucinante para descobrir mais sobre a misteriosa ciência que permite encantar objetos com a energia dos elementos. Leran deverá conciliar suas preocupações com a irmã mais nova, a recente vida amorosa e o medo de ser capturado pelos terríveis silenciadores.

Procurar palavras para descrever a história criada pelo Renan Carvalho é um tanto complicado, mas vamos lá, desafio aceito. Vou tentar escrever uma opinião que traga ao menos uma pequena porção de sentimentos que tive ao ler O Encantador de Flechas essa trama distópica e fantasiosa capaz de arrepiar cada fio de cabelo seu e te deixar aflito até o último ponto final ansiando pelo próximo livro.

Supernova – O Encantador de Flechas conta a história de Leran, um garoto aparentemente comum, apesar de ter aquele quê de diferença de todas as outras pessoas. Sabe aquele que você sabe que tem algo a mais mas não sabe exatamente dizer o que difere ele dos outros? Sim, este é Leran.

O garoto segue sua vida pacata em Acigam, uma cidade com fronteiras fechadas e imersa em um governo ditatorial e que bota medo na população. É o último dia de aula do garoto e acabamos por conhecer um pouco da sua aptidão especial: o arco e flecha. Leran é aquele arqueiro incapaz de errar o alvo mesmo se quisesse. Uma característica que me remeteu muito ao Stark, da série House Of Night, e talvez tenha sido por isso que eu tenha me deixado cativar de maneira tão fácil pelo protagonista.

A história se desenvolve então a conta-gotas, o que deixa a trama presa ao leitor, e este por sua vez, acaba por arrancar os cabelos em um misto de o que acontece na próxima página? ao mesmo tempo em que dá medo de ler, afinal, apego aos personagens é uma coisa que devemos deixar de fora ao ler a história de Renan. E para o autor, deixo uma singela pergunta: POR QUE FAZ ISSO COMIGO?

A trama segue então com a descoberta da magia, encantamentos e controle dos elementos por um garoto então imaturo, que ao se ver forçado a crescer, faz isso com maestria e o leitor acompanha seu crescimento capítulo a capítulo. E claro, ao encontrar seu primeiro amor – Judra – sente aquela coisa insana capaz de incinerar o mundo ou erguê-lo em glória absoluta.

E sim, citei Cassandra Clare como gancho para completar minha resenha dizendo que achei de semelhança magnífica o desenvolvimento do enredo do Renan, com a minha autora de fantasia preferida. Não sei se ela foi uma base de inspiração para o livro, mas sei que ambos entraram juntos nesse mundo de fantasia e mostraram o porquê de merecerem ficar.

Não darei muitos detalhes a mais sobre a história, mas devo dizer que o autor conseguiu manter seu ritmo acelerado e cativante em boa parte do livro, além de criar personagens em que ao mesmo tempo que conseguem fugir do padrão já conhecido, são permeados com alguns clichês que tanto amamos. (Judra e sua personalidade são um exemplo bem forte disso, e devo dizer, UAU).

Então, aproveitem para respirar antes de ler o livro, porque uma vez que você conhecer a Guilda de Magos, entrar para a rebelião e explorar Acigam, você vai prender sua respiração página a página e vai se viciar mais que qualquer outra coisa.

Ao autor, meus mais sinceros parabéns pela obra.

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