Livros, Resenhas

Resenha: Réquiem, Lauren Oliver

No desfecho da trilogia em que o amor é considerado uma doença, Lena é um importante membro da resistência contra o governo. Transformada pelas experiências que viveu, está no centro da guerra que logo eclodirá. Depois de resgatar Julian de sua sentença de morte, Lena e seus amigos voltam para a Selva, cada vez mais perigosa. Enquanto isso, Hana, sua melhor amiga de infância, foi curada. Ela leva uma vida segura e sem amor junto ao noivo, o futuro prefeito. Às vésperas do casamento e da eleição – cujo resultado pode dificultar ainda mais a vida dos Inválidos -, Hana se questiona se a intervenção realmente tem efeito. Vivendo em um mundo dividido, Lena e Hana narram suas histórias em capítulos alternados. O que elas não sabem é que, em lados opostos da guerra, suas jornadas estão prestes a se reencontrar.

Olá galera, hoje eu vim aqui partilhar a minha opinião sobre o terceiro volume da trilogia Delírio, da autora Lauren Oliver.

Para quem ainda não sabe do que se trata a história, aqui vai um resumo: Aconteceu algumas revoluções nos Estados Unidos e aí, no cenário da trama, todo jovem de 16 anos deve se submeter à uma cirurgia para extinguir o amor. Sim, isso mesmo. As pessoas nessa sociedade não possuem amor. Mas claro, há uma parcela da população que ainda resiste em manter o sentimento e a trilogia vai narrar o drama de uma garota que acaba se apaixonando pouco antes de se submeter à cirurgia e com isso vai desencadear uma série de conflitos.

Eu, particularmente, não vou falar muito sobre a história desse volume pois qualquer coisinha seria considerada spoiler, então, mais uma vez, vou deixá-los com a sinopse oficial.

Quem acompanha o site sabe o quanto gostei de Delírio e o tamanho da minha decepção com Pandemônio. Antes de começar a ler Réquiem, eu estava bem receoso porque além de eu não ter gostado do volume anterior, eu havia visto MUITAS críticas negativas à esse desfecho. Mas por incrível que pareça, Réquiem foi uma surpresa para mim! Sim. Eu não esperava que fosse curtir tanto à conclusão da série.

É isso que me espanta: que as pessoas são novas todos os dias. Que nunca são as mesmas. Precismos inventá-las a todo momento, e elas precisam se reinventar também.

Mesmo com a grande derrapada que foi introduzir um triângulo amoroso na história, que até agora me pergunto o motivo disso, Réquiem não foca no romance, apesar de que no decorrer das páginas acontecem algumas coisas bem blehhhhhhh em relação aos dramas amorosos de Lena. Mas Oliver fez muito bem em não dar atenção à esse ponto da história, acho que esse fator foi uma das causas que muita gente reprovou o final.

Você não sabe que não é possível ser feliz a não ser que às vezes se sinta infeliz, certo?

Ao contrário dos livros anteriores, em Réquiem, além do ponto de vista da Lena, temos o de Hana, o que deixou o começo do livro menos chato do que seria se fosse apenas a visão da Lena. Além disso, podemos ver o que acontece dentro e fora dos muros e assim, acompanhar a trajetória da revolução que está se desenvolvendo. Eu gostei bastante dessa medida tomada pela autora porque geralmente só vemos um lado do conflito. Essa decisão da autora foi bem interessante.

Certas perdas a gente nunca supera.

Agora a coisa que paga pelo o livro é, sem sombra de dúvida, a mensagem que ele passa. Sério, apesar de não ser um 1984 da vida, a lição que Lauren quer dar aos leitores com sua história é incrível. Mesmo que haja diversos pontos baixíssimos na trama, o preceito que Oliver se propôs à dar com sua história foi passado com excelência. (Apesar de  que muitas pessoas acabaram esquecendo o verdadeiro propósito da obra devido à pensar APENAS no romance. Triste, né… Mas enfim.)

E ninguém ama, não inteiramente, se não for amado também.

Não vou dizer que Réquiem é o melhor fechamento de trilogia que já li, mas com certeza é um dos que conseguiu ir lá no fundo e me fazer pensar sobre diversas coisas ao meu redor. Outra coisa que preciso dizer antes de terminar esta resenha é que o livro termina em seu auge e deixa MUITAS lacunas abertas. Confesso que em alguns pontos isso foi bom mas em outros nem tanto. Pelo menos, para mim, o que se deixou foi um grande ponto de interrogação aberto sobre o que aconteceu depois da última página. ALÔ, TIA OLIVER, QUERO PELO MENOS UMA PÁGINA EXPLICANDO O QUE ROLOU DEPOIS DO TÉRMINO DO LIVRO, TÁ?  Mas voltando, apesar dos pontos baixos da trilogia no geral, eu a recomendo pela mensagem que ela traz. É preciso que mais pessoas acordem e olhem o que está acontecendo ao seu redor. Enfim, leiam e me digam o que acharam. E PAREM DE PENSAR APENAS NO ROMANCE E COM QUEM VAI FICAR COM QUEM, ABRAM OS OLHOS PARA AS MENSAGENS NAS ENTRELINHAS. E isso não apenas em Delírio, mas em todas as outras sagas que vocês lerem.

Quem pula pode cair, mas também pode voar.

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