Aquele visual me soava tão familiar, me sentia tão parte dali, que era quase um dejá vu; é citando a própria autora com uma de minhas frases preferidas no livro, que inicio esta resenha que tenho certeza que o deixará curioso para experimentar o perfume que ela deixa emanar de suas páginas.
Perfume de Hotel é um livro que me surpreendeu completamente logo em suas primeiras páginas. Sem ser grande ou fantasioso, a autora conseguiu trazer com maestria todo o seu sentimento ao realizar uma viagem para a “Cidade que Nunca Dorme”, Nova Iorque. Nele acompanhamos toda a sua rotina, desde o receber da notícia até o final da viagem, como se você mesmo estivesse vivenciando aquilo.
A narrativa leve que Carla Pachêco apresenta durante todo o livro, te faz conhecedor de uma história sem muitos personagens, além de te fazer embarcar em um tour completo pela cidade, pela qual particularmente sempre fui atraído, onde o leitor, ao mesmo tempo em que conhece novos lugares, conhece o que a autora está sentindo, e de certo modo, compartilha seu sentimento com ela.
Sonhos definitivamente não são feitos apenas para sonhar, mas para realizar.
Sempre fui bastante acostumado a livros fantásticos, e sendo este meu gênero preferido, passava sempre longe das narrativas mais reais, nunca gostei muito delas, porém, em Perfume de Hotel esta figura mudou totalmente para mim, e a autora conseguiu me envolver em sua viagem em cada um de seus relatos, fazendo me sentir como se tivesse realmente vivenciado aquilo com ela e seus acompanhantes.
Para quem, assim como eu, é um grande admirador de Nova York, este livro é uma peça indispensável na estante e, durante a leitura, cheguei a ter a certeza de que quando eu viajar para a “Capital do Mundo”, terei este exemplar comigo, utilizando-o como um guia de viagens diferenciado, que me oferecerá locais para que eu possa compartilhar das mesmas emoções que tive ao ler esse relato maravilhoso da Carla.
Não quero revelar spoilers sobre o enredo, mas separei algumas passagens que gostei muito durante a leitura, e que vocês puderam conferir conforme a resenha ia avançando. No entanto, teve uma passagem em especial que me fez entender perfeitamente a mensagem passada, e me sentir próximo aos sentimentos da autora, senão solidário:
Sou feliz agora, não, não vá embora, não. Vou morrer de saudade…
As circunstâncias em que ela apresentou a música acima, foram totalmente diferentes dos meus motivos para me identificar com a passagem, mas é exatamente essa a mensagem que a autora prega durante toda a sua narrativa: mesmos lugares, podem ter aromas diferentes, dependendo do seu ponto de vista. Esse ensinamento, quase como uma moral de sua fábula verdadeira, é algo que todos devem ter em suas cabeças ao enfrentar todos os desafios do dia-a-dia.
Nenhum lugar é igual, e um mesmo lugar pode ser visto e vivido de várias maneiras, isso é o que tanto me fascina.
Saiba mais sobre o livro aqui.