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Resenha: Harry Potter e a Pedra Filosofal, J.K. Rowling

Harry Potter é um garoto comum que vive num armário debaixo da escada da casa de seus tios. Sua vida muda quando ele é resgatado por uma coruja e levado para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lá ele descobre tudo sobre a misteriosa morte de seus pais, aprende a jogar quadribol e enfrente, num duelo, o cruel Voldemort.

Com inteligência e criatividade, J. K. Rowling criou um clássico de nossos tempos. Uma obra que reúne fantasia e suspense num universo original atraente para crianças, adolescentes e adultos.

Antes de ler esta resenha, saiba que ela foi escrita por um Potterhead viciado na série e completamente apaixonado pela autora. Elogios extremistas (que para mim, são mais que merecidos) são constantes.

Com 5 anos de idade, agarro a mão da minha tia que está me levando ao cinema pela primeira vez para assistir a um filme que parece ser muito legal. Desde pequeno, totalmente atraído pelo mundo mágico e das palavras, eu tinha expectativas que não cabiam dentro de mim. É claro, que na minha cabeça de criança, o filme não passava de uma variação de conto de fadas. Mas inconscientemente, um amor imensurável por uma saga crescia e era nutrido sem qualquer intenção.

Harry Potter, (O Armário sob a Escada, Rua dos Alfeneiros 4, Little Whinging, Surrey) é um garoto de 10 anos órfão de pai e mãe -supostamente mortos em um acidente de carro – que morra com os mesquinhos tios maternos e seu primo Duda, extremamente mimado.

Os tios dão a Harry uma vida completamente miserável, descontando no garoto toda a raiva/inveja que supostamente sentiam dos pais, no entanto, sempre dizem a ele que deve ser grato por tudo o que fazem, já que caso contrário estaria agora em um orfanato público.

Em um dia qualquer, o menino recebe uma carta que tem seu nome no destino e é imediatamente impedido de abri-la. No entanto, a surpresa começa aí: dia após dia, novas cartas começam a chegar, e logo a casa está sendo invadida por milhares delas, causando uma ira absoluta no Tio Válter, que leva a família para um lugar longe e aparentemente impossível de ser encontrado pelo correio.

Faltam cinco minutos para o aniversário de onze anos de Harry, e ele comemorará consigo mesmo, afinal, ninguém mais se importa.  Em uma contagem regressiva mental, no exato momento em que deveria assoprar as velinhas, um estrondo soa pela porta de entrada do casebre em que se hospedam. E em um outro estrondo, de proporções ainda maiores, as portas saem das dobradiças e desabam no chão. Um homem gigantesco observava as pessoas parado no portal.

O gigante – Hagrid – está a procura de Harry, que logo se apresenta, e descobre que não é nada menos que um bruxo. Um bruxo famoso, assim como os pais, e os tios, são trouxas, como Hagrid, denomina. E isso não é tudo: tem uma vaga esperando por ele em uma das melhores escolas de magia e bruxaria do mundo, Hogwarts.

– Harry, você é um bruxo. – O casebre mergulhou em silêncio. Ouviam-se apenas o mar e o assobio do vento.

Tio Válter e Tia Petúnia, já quase explodindo de raiva, tentam a todo custo enxotar a presença do homem de casa, mas é claro que não obtêm sucesso. Harry Potter, o garoto excluso do armário sob a escada era um bruxo famoso, mas não por uma boa razão. Tinha tal fama porque um poderoso bruxo aliado das trevas, chamado Voldemort, assassinou seus pais dez anos atrás, e tentou matá-lo também, mas não obteve sucesso. E ele era o primeiro até hoje, que cruzou com o Você-Sabe-Quem e sobreviveu. Era uma lenda. Toda criança [e todo adulto, ancião, etc] no mundo bruxo conhecia seu nome.

A jornada de Harry começa então ao descobrir uma fortuna imensa deixada a ele por seus pais nos cofres do banco bruxo, e depois, na compra de materiais para a nova escola no Beco Diagonal, incluindo, é claro, uma varinha.

Tudo pronto, ele embarca no Expresso de Hogwarts na estação nove e três quartos (nove e meia nos livros brasileiros, para facilitar a leitura das crianças) em direção a Hogwarts, onde conhece Rony Weasley, um garoto ruivo com vestes de segunda mão, que viria a ser seu melhor e mais fiel amigo no futuro.

J.K. Rowling leva durante todo o livro, uma escrita magnífica e de extrema clareza, que evolui gradativamente conforme a evolução do protagonista e faz você não largá-lo até chegar ao fim, sem ao menos sentir cansaço, fome ou alguma necessidade humana! É como assistir a um filme, as cenas passam diante dos seus olhos, os personagens cochicham no seu ouvido, é um trabalho magnífico, merecedor de tudo o que conquistou.

Ao chegar na escola, um novo mundo é apresentado a Harry Potter, um mundo totalmente novo, capaz de aguçar a imaginação de uma criança de quatro anos e também de um adulto de cem. Os personagens possuem uma profundidade de caráter jamais vista na literatura, além de traços próprios que sobrepõe qualquer página, palavra e até mesmo, qualquer fronteira que possa haver entre o leitor e o livro, entre este mundo e aquele.

As aventuras vividas por Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger – a mais fiel amiga dos garotos, extremamente estudiosa, que é apresentada posteriormente – são inimagináveis, e de roer cada pedaço de unha que você pode ter em seus dedos! A Pedra Filosofal apresenta dois enredos principais evolutivos, onde vemos Harry Potter conhecendo cada milímetro do mundo bruxo e depois lutando bravamente contra o principal assassino de seus pais. É de tirar o fôlego e pedir pela continuação!

Eles não sabem que não podemos fazer bruxarias em casa. Vou me divertir à beça com o Duda este verão…

Recomendável para qualquer idade, e capaz de cativar qualquer público, parafraseando alguém em alguma entrevista (não lembro quem agora!), é o tipo de história que as crianças manterão em suas estantes mesmo depois de adultas – meu caso, afinal ganhei meu primeiro HP com sete anos e os mantenho até hoje em um lugar especial na estante e no meu coração.

Não sei se minha resenha foi digna de tal obra prima, mas sei que, se você ainda não leu, saiba que não vai se arrepender em momento algum. E, sinceramente, não sei como alguém consegue ter a audácia de não gostar dos livros, deve ser algum tipo de doença que a sociedade será vacinada no futuro, cujas palavras me faltam para descrevê-lo.

Avaliação: Todas as estrelas do universo.

 

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