As 5 linguagens do amor
Livros, Resenhas

Resenha: As 5 linguagens do amor, Gary Chapman

As 5 linguagens do amor foi um livro que apareceu várias vezes na minha vida e eu o ignorei. Certa vez, fiz leitura de mapa astral e a astróloga me indicou. Não li. Minha analista me indicou inúmeras vezes. Ignorei de novo até que encontrei uma promoção na Amazon e comprei. O resultado? Devorei em dois dias e me arrependi de não ter lido antes.

As diferenças gritantes no jeito de ser e de agir de homens e mulheres já não são novidade há tempos. O que continua sendo um dilema é como fazer dar certo uma relação entre duas pessoas que às vezes parecem ter vindo de planetas distintos. Compreender essas diferenças é parte da solução e é nisso que Gary Chapman vai ajudar você. Com mais de 30 anos de experiência no aconselhamento de casais, ele percebeu que cada um de nós adota uma linguagem pela qual damos e recebemos amor. Quando o casal não entende corretamente a linguagem predominante de cada um, a comunicação é afetada, impedindo que se sintam amados, aceitos e valorizados. Nesta terceira edição de sua clássica obra sobre relacionamentos, que já vendeu mais de 8 milhões de exemplares, Gary Chapman não só explica as cinco linguagens como apresenta um questionário para os maridos e outro para as esposas descobrirem a sua linguagem de amor. Além disso, uma seção especial de perguntas e respostas vai esclarecer todas as suas dúvidas e lhe dar o direcionamento sobre como expressar melhor seu amor a seu cônjuge e ajudará você a compreender a forma dele manifestar o amor. Gary Chapman identificou cinco formas através das quais as pessoas expressam e recebem as manifestações de amor: palavras de afirmação; tempo de qualidade; presentes; atos de serviço; toque físico. Aprendam, você e seu cônjuge, a se comunicar através dessas linguagens e experimentem como é ser realmente amado e compreendido.

O livro de Gary Chapman, logo de cara, pode parecer um daqueles livros de autoajuda coach cristão, que logo de cara eu odiaria. Acho que foi por isso que resisti a tanto tempo, mas, resolvi dar uma chance e me surpreendi. Ele, que é consultor conjugal, identificou em seus pacientes um padrão na hora de demonstrar e receber amor, o que ele chamou de linguagens do amor. No decorrer do livro, ele explica sobre cada uma delas.

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O negócio é o seguinte, segundo o autor: as pessoas precisam de amor para sobreviverem, como uma necessidade quase fisiológica. E, dentro de nós, existem “tanques de amor” que de vez em quando estão cheios e de vez em quando, vazios. E esses tanques se mantém cheios quando as pessoas com as quais nos relacionamos (amorosamente ou não) nos demonstram amor na nossa linguagem do amor, ou seja, da forma com a qual vamos nos sentir plenamente amados.

Palavras de afirmação

Quem tem as palavras de afirmação como linguagem de amor primária, precisa ouvir das pessoas que mais ama e considera, o quanto ela é importante. Elogios, palavras positivas, apoio, palavras encorajadoras… Segundo Gary, para quem possui esse funcionamento, as palavras são muito importantes, sobretudo aquelas que funcionam como um reforço positivo. “Você caprichou nessa refeição” ou “Você fica muito bem nessa roupa” são formas de demonstrar o amor para quem tem essa linguagem primária.

Linguagens do amor: Tempo de qualidade

Para quem precisa de tempo de qualidade para se sentir amado, precisa ser entendido. Essa pessoa sente o amor quando pessoas próximas passam um tempo com ela, mas não só presentes fisicamente, mas sim, fazendo algo que seja agradável. Vendo um filme, tendo uma conversa boa, um debate saudável… Pessoas que possuem o tempo de qualidade como linguagem de amor primária gostam de compartilhar o dia e se sentirem importantes. Se você tirar cinco minutinhos do seu dia e entrar na livraria preferida dela, com ela, o tanque de amor já irá nas alturas.

Presentes

Presentes são a linguagem de amor mais fácil de ser compreendida, pelo menos para a maioria das pessoas. São aqueles indivíduos que se sentem amados com a presença da outra pessoa, mesmo que seja para não fazer nada, ou então, são pessoas que se sentem queridas quando são lembradas quando alguém vai viajar e lhes traz um presentinho, por exemplo. Se você ama alguém que tem a linguagem dos presentes, você pode até colher uma florzinha na rua e trazer para ela quando chegar, ela se sentirá a pessoa mais amada do mundo todinho!

Linguagens do amor: Atos de serviço

Para quem se sente amado com atos de serviço, se sentirá amado quando você fizer qualquer coisa para servi-lo. Por exemplo, se você vai até a casa de um amigo que tem os atos de serviço como uma das linguagens do amor primárias e lavar a louça após o jantar, tenha certeza que ele se sentirá a pessoa mais amada do mundo por você. No entanto, não são apenas trabalhos domésticos que contam: qualquer ação pequena significa o mundo para essas pessoas.

Toque físico

Essa linguagem de amor é autoexplicativa. São pessoas que se sentem amadas quando são tocadas, mas não unicamente numa relação sexual, por exemplo. São pessoas que gostam de receberem pequenos toques no ombro, nas mãos, nos braços por exemplo, de forma que se sintam plenamente amadas. Se você der um abraço na pessoa que tem o toque físico como uma das linguagens do amor primárias, pronto, você a ganhou.

O livro, basicamente, se dedica a explicar em detalhes cada uma dessas linguagens do amor e a exemplificar como elas funcionam. Ele também serve como base para aprender a descobrir a sua linguagem de amor primária e a expressar da melhor forma com as pessoas que você ama.

No entanto, como nem tudo são flores, algumas partes do livro deixaram muito a desejar, na minha opinião. Em alguns momentos, o autor utiliza da culpabilização de vítimas de traição e abuso psicológico, sob a justificativa de que essas pessoas não estariam se expressando na linguagem de amor certa dos seus companheiros. Essas partes, assim como todas em que ele começa a colocar a Bíblia no meio, se tornaram totalmente dispensáveis para mim. Foquei na mensagem principal do livro e, no geral, ela foi boa. Só é preciso saber filtrar.

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3 comentários

  • Responder Aryadyny Sthefhâny a de Paula Guedes 24/09/23 em 15:02

    eu tenho livro que quiser só me chamar

  • Responder Denise 09/03/22 em 22:28

    Que interessante.
    Eu gostei.
    Me identifiquei com a linguagem dos presentes.

  • Responder Raissa 24/11/21 em 19:24

    Agora estou curiosa pra ler kkkkk

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