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Resenha: Apenas um ano, Gayle Forman

Em Apenas um Dia, os momentos de paixão entre Allyson e Willem foram interrompidos de maneira abrupta, lançando a jovem em um abismo de questionamentos e dor. Agora a história é contada pela voz de Willem. Sem saber exatamente o que o atraiu na garota de olhos grandes e jeito comportado, o rapaz inicia uma busca obsessiva por pistas que levem até a sua Lulu mesmo sem saber sequer o seu nome verdadeiro

Atenção! Esse texto contém spoilers do primeiro livro #1 Apenas um Dia

Apenas um Ano” foi mais ou menos o tempo que esperei esse livro chegar em minhas mãos. Quando terminei o primeiro livro da série “Apenas um dia” só faltei cair morta no chão de ansiedade e incredulidade. Vamos recapitular um pouco em como estamos nessa história? No primeiro livro, após acompanhar a história linda de como Allyson/Lulu conheceu Willem e de como eles passaram juntos as melhores 24 horas da vida, ver a separação e a decepção que Allyson sentiu me doeu bastante. Mas fiquei impressionada com a força que a personagem teve ao se transformar na pessoa que ela realmente quer ser.

De uma forma ou de outra, todos nós vivemos sob as expectativas dos que nos rodeiam. Em menor ou maior grau, estamos sempre com medo de decepcionar nossos pais, nossos amigos e aqueles que colocam em nosso colo desejos e sonhos que as vezes nem são nossos. Allyson cresceu para ser alguém que já tinha um futuro predestinado, e não teve tempo (e nem vontade) de descobrir quem ela realmente queria ser. Ao conhecer Willem, uma pessoa que vive uma vida oposta da sua: sem regras, sem horários e sem metas de vida, ela percebe que a vida não pode ser planejada ou medida. Não se pode colocar nosso amor em gráficos ou nossas risadas em cronogramas.

Ao enfrentar seus pais e contrariar seus planos futuros, Allyson sai em busca de Willem, pesquisando de todas as maneiras possíveis como encontrar o menino que mudou todo o curso do seu futuro. E imagine para nós, leitores, o que foi acompanhar um ano de buscas, pesquisas, google, viagens, curso de francês, pra quando ela finalmente encontra Will… o livro termina!

Para quem se interessou, a resenha completa de Apenas um Dia você encontra AQUI

Voltando a nossa resenha de hoje: após passar longos meses esperando essa continuação, no momento que esse livro chegou em minha casa, sentei e só levantei quando terminei. Eu estava muito curiosa: o que Will ia falar? Qual era a explicação pro seu sumiço no quarto branco? Onde ele estava durante esse ano? E me deparei com a feliz surpresa do livro ser narrado por Willem! Ele começa exatamente no dia seguinte após as 24 horas em Paris, e somos finalmente capazes de entender o que houve naquela fatídica manhã.

Fiquei muito tensa com o desenrolar dos fatos e o desencontro dos dois. Mesmo já sabendo o que iria acontecer, e que ele nunca iria conseguir voltar a tempo de encontrar Allyson, eu sofri com Will olhando o relógio, saindo as pressas do hospital e correndo em direção a um quarto há muito tempo já vazio.

Nos capítulos seguintes, acompanhamos a vida de Willem por todo o ano e nos apaixonamos (ou re-apaixonamos) pelo rapaz. É maravilhoso descobrir as histórias por trás das ações de Will, o que houve em sua vida para que ele seja tão desprendido e toda mágoa que ele esconde atrás de um sorriso safado de um ator de rua. Ouso dizer que Will é um personagem muito mais profundo que Allyson, e que a sua visão dos fatos me pareceu muito mais real.

“Naquela ocasião, não entendi. O amor não é algo que se protege. É algo que se arrisca”.

Após um tempo em que Will tenta refazer sua vida, ele também começa a procurar por sua Lulu (e senti até um aperto no coração saber que nossa mocinha está fazendo o mesmo, do outro lado do mundo). Entre encontros e desencontros, buscas e mais buscas, terminamos o livro da mesma forma que o primeiro: no reencontro.

Tenho pra mim que Gayle Forman é adepta de algum tipo de ritual: todo o livro dela tem que acabar no clímax (“Se eu ficar”, “Apenas um dia”…) e nisso, nós leitores ficamos ansiosos e extremamente curiosos, sofrendo de uma úlcera gástrica por estresse enquanto a continuação não é publicada…

A editora Novo Conceito fez um trabalho fantástico com a capa (com pequenas imagens clássicas e marcantes pra quem leu a história) e que faz par com a nova capa relançada do primeiro livro. O último livro da trilogia (que na verdade é um conto) se chama “Apenas uma noite” e ainda não tem previsão de publicação no Brasil (mas euzinha não vou aguentar e provavelmente lerei em inglês mesmo!).

Acompanhei em dois livros completamente diferentes uma mesma história de amor. Acompanhei dois personagens amadurecendo e se apaixonando, mesmo que distantes. E ambos lutando pelo mesmo sentimento, cada um a sua maneira. Recomendo demais as duas leituras, e aguardo ansiosamente pela terceira!

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