Amante Sombrio e toda a série da Irmandade da Adaga Negra são livros que eu queria ler desde sempre, mas foi só nesse ano que consegui parar, respirar e ler. Parte porque começamos uma parceria lindíssima com o pessoal da Universo dos Livros e parte porque eu realmente estava um pouco cansado do universo dos vampiros. Mas não me entenda mal, eu amo livros de vampiros.
Sempre quis ler um livro que fosse uma espécie de Crepúsculo, com House of Night e Cinquenta Tons de Cinza e acho que foi isso que encontrei em Amante Sombrio. Sim, é um livro sobre vampiros, mas a história tem um viés muito mais mitológico que romântico (como Crepúsculo, por exemplo) e com uma pitada de cenas que pegam fogo a la Cinquenta Tons (só que entre vampiros! Tem coisa melhor? Se tiver comenta aí, porque eu ainda não achei).
Nesse primeiro livro de Irmandade da Adaga Negra, temos o primeiro contato com o universo criado por Ward. Logo no início, tem um resuminho e um glossário de alguns termos que ela utiliza durante a história que é muito útil para você ficar voltando e relembrar algumas coisas. Amém para autores que criam universos mitológicos e deixam esses resumos para quem é leitor frenético. Na história, conhecemos os vampiros guerreiros que lutam para proteger a espécie, formando a Irmandade da Adaga Negra, em um cenário Nova Iorquino que traz aquela aura de fantasia urbana que eu tanto amo nas séries.
Elizabeth Randall, é uma repórter que se mudou para a cidade e ainda não está no emprego dos sonhos. Aqui vemos a típica trama da jornalista que luta para ser bem-sucedida, tão presente nos livros e filmes que pode ser até considerada a nova jornada do herói. Ela não sabe que seu pai é um vampiro, e um dos guerreiros mais valiosos da Irmandade, Darius. Ele está preocupado que ela não consiga passar pela transição com vida, e precisa que um macho vampiro a alimente para que fique mais forte. Uma peculiaridade da raça nessa série, é que um vampiro não transforma um humano em vampiro através da mordida, e sim através de fêmeas, tanto vampiras quanto humanas, mas nem sempre eles passam pela transformação completa com vida. Além disso, eles também podem comer comida humana, mas só o sangue consegue mantê-los vivos.
O destino faz Beth conhecer Wrath, o líder da Irmandade e aquele que possui o sangue mais puro e forte. Ele não gosta de ser o “rei dos vampiros”, mas é o que tem pra hoje e todos os dias eles precisam travar batalhas contra os Redutores, os inimigos. Pois bem, ela passa pela transformação e se vê inserida em um mundo em que nunca se sabe onde está o verdadeiro inimigo, em que existem rituais que ela jamais havia experimentado como uma simples repórter… Caos!
É uma leitura que flui de maneira muito boa, apesar de levar um tempo pra gente se acostumar com alguns termos da mitologia. O livro é escrito em terceira pessoa, mas os capítulos se passam em vários pontos de vista, de modo que sabemos a todo o tempo o que está acontecendo em várias pontas da história. Tem MUITAS cenas de luta que não são a água com açúcar que estamos acostumados, assim como as cenas de sexo. É um livro jovem-adulto, então crianças, deixem para o ano que vem.
O fluxo é maravilhoso, existem muitos personagens que estão ali de maneira secundária mas que te deixam com aquela pulga atrás da orelha de será que ele vai aparecer depois? Será que vai ter um spin-off dele? Vale muito a pena a leitura, mas antes você precisa esquecer tudo o que sabe sobre vampiros e todo o preconceito que Crepúsculo pode ter deixado na sua mente. Experimente os vampiros de Adaga Negra sem preconceito que te garanto boas horas de satisfação!
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