Admito que só peguei esse livro pra ler, por causa do lançamento do filme essa semana. E ainda bem que fiz isso. Comecei o livro com baixas expectativas, mas ao longo das descobertas e sufocos passados pelos personagens, fui me apegando cada vez mais a Cassie e seu irmão Sammy. Os personagens são bem caracterizados e a história é tão envolvente que em certas partes, parar a leitura é algo fora de cogitação.
Bom, uma das coisas que o livro começa ensinando, é que devemos esquecer tudo que achamos que sabemos sobre alienígenas. O mundo foi tomado pelo ”os outros” (que é como Cassie chama os alienígenas), em uma série de ondas. Na primeira onda, um pulso eletromagnético tira a eletricidade do planeta, já causando um grande estrago. Na segunda onda, ocorreram desastres como tsunamis, deslizamentos e etc. Na terceira onda, um vírus devastador toma conta, já dizimando mais da metade da população. A quarta onda foi a mais perigosa, pois seu objetivo era destruir a humanidade por dentro. Já não havia mais confiança entre os sobreviventes, quem era humano e quem não era? Os próprios humanos estavam se matando, porque tudo chegou ao ponto de, ou se mata, ou morre.
“Regra número um; não confie em ninguém. O que leva à regra número dois: a única forma de ficar viva o máximo de tempo possível é ficar sozinha o máximo de tempo possível.”
O livro não é narrado só pela Cassie, o que deixa a coisa mais interessante, pois com isso, temos várias perspectivas das visões de outros personagens, mais cenários e isso ajuda o leitor a ficar com aquela dúvida sobre o que realmente está acontecendo e em quem confiar. De um lado da história, temos Cassie com o seu objetivo principal, que é encontrar seu irmão e durante essa jornada, não perder a humanidade dentro de si. Do outro lado temos Zumbi, ou como Cassie o chamava, Ben Parrish. O galã do ensino médio, por quem Cassie era completamente apaixonada, mas que no máximo, trocaram duas frases por anos. Algo bem explícito, é o amadurecimento dos personagens, em base de alguns flashbacks no início do livro, principalmente do Zumbi, que se tornou o melhor personagem da história, na minha opinião (sorry Cassie).
“Sabe quando, às vezes, você diz a si mesmo que tem escolha, mas na verdade essa escolha não existe? O simples fato de existirem alternativas não significa que elas se apliquem a você.” Pág. 83
Ao longo do livro, alguns personagens aparecem(não vou falar, porque se não, seria spoiler) deixando a historia cada vez mais intrigante e misteriosa. Chega numa parte do livro, que você pode ficar meio perdidinho, mas NÃO abandone, porque o desandar desse livro distópico com uma pegada de ficção cientifica é fantástico! Bom, gostei bastante do livro, o autor conseguiu mesclar um romance gostosinho de ler com bastante ação e garanto que quem curte essas distopias tipo ”Jogos Vorazes”, ”Divergente”, ”A Hospedeira” e etc, vai curtir ”A Quinta Onda” também! Provavelmente irei ler a continuação da trilogia, ”O Mar Infinito”, e quando terminar faço resenha para vocês também.
“Deus não chama o preparados, filho. Deus prepara os que chama. E você foi chamado” Pág. 111
PS: Já lançou o filme também! Se você ficou curioso pra saber, se o filme é tão bom quanto o livro, dá uma passadinha na crítica que já fizemos aqui no blog: https://becoliterario.com/critica-de-cinema-a-quinta-onda-2016/