Eu tinha uma preocupação recorrente. Eu nunca sabia quando era a horas de me acolher, a hora de agir e a hora de mudar. Eu queria agir pela mudança em todos os momentos. Nos dias mais cinzas, eu não conseguia me acolher. Eu precisava ser produtivo. Eu precisava transformar toda a minha energia em ação.
O tempo foi passando e isso tudo virou uma confusão. De repente, eu estava confuso sobre quais eram os meus hobbies, o que eu mais gostava, o que era trabalho, o que era diversão… Pra mim, a linha entre trabalho e diversão sempre foi muito tênue. Eu queria trabalhar com algo que eu gostasse de verdade pra não ter que trabalhar nunca mais. Sabe aquele ditado ridículo que diz isso? Então, era meu mantra.
Dentro disso, tinham os meus medos. Medo do que iam pensar ou falar de mim. Medo de desistir de novo ao descobrir que aquilo não era pra mim. Medo, medo medo… Todos pautados no que os outros iam pensar depois de eu ter desistido de quinhentas mil coisas. Medo do que iam pensar com meus milhares de projetos em andamento. Eu gosto de estar em movimento. Mas, às vezes, também amo ficar parado.
Eu sou aquela pessoa que ama ir para a praia e, na hora que está na praia, não se incomoda em abrir o computador e trabalhar. E aquela pessoa que na hora de trabalhar, não se incomoda em levantar e tirar uma soneca. Eu nunca separo as coisas muito bem.
Hoje, eu acordei meio pra baixo. Pensando em tudo o que tenho feito, tudo o que já fiz e tudo o que eu queria fazer. Será que estou no caminho certo? Será que vou desistir de tudo de novo? E o que eu faço é esperar. Ver o que vai acontecer depois disso.
Será que é autossabotagem? Será que é estar no caminho certo? Não sei dizer. Só sei que estou indo, um dia de cada vez, tentando decifrar as horas….
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1 comentário
Texto perfeitooo,eu sou exatamente do mesmo jeito ,tento não pensar no futuro assim não me machuco,só deixo as coisas acontecerem …