Golpista do Tinder: o que o documentário pode ensinar sobre ciberexposição?
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Golpista do Tinder: o que o documentário pode ensinar sobre ciberexposição?

Considerado uma febre neste início de ano, o documentário O Golpista do Tinder (The Tinder Swindler) retrata a história real do golpista israelense Simon Leviev. O vigarista se passava por um magnata no ramo dos diamantes e, depois construir um forte vínculo com mulheres por meio de apps de relacionamento, enganava as vítimas pedindo centenas de milhares de dólares emprestados. Segundo estimativas da produção, o valor total dos golpes gira em torno dos 10 milhões de dólares. No Brasil, golpes deste tipo foram destaque também no início do ano, a única diferença foi que o dinheiro vinha de sequestros das vítimas que acabavam encontrando criminosos em vez de uma paquera.

+ Coisas pequenas e ir na balada ferem mais

O estudo “O amor na era dos algoritmos” da Kaspersky, empresa de cibersegurança, aponta que 7 em cada 10 brasileiros que utilizam esses apps têm medo de serem enganados em plataformas de relacionamento. O principal temor relacionado aos apps de namoro no País é, justamente, a existência de muitos perfis falsos (62%). Veja abaixo os principais resultados do relatório:

  • 70% dos usuários de aplicativos de namoro usam seu nome verdadeiro no Brasil;
  • 45% dos brasileiros compartilham sua localização no app;
  • 21% tornam seu número de telefone público.

Compartilhar muitas informações pessoais em aplicativos de namoro e mídias sociais pode levar a grandes problemas no futuro. Os usuários deixam um vasto rastro de informações de identificação on-line, e esses dados podem ser coletados e usados ​​por fraudadores para diversos fins, como phishing e doxing. Se você for usuário desses aplicativos, os especialistas da Kaspersky oferecem as seguintes dicas para manter suas informações pessoais protegidas:

  • Cuidado ao compartilhar fotos: Antes de compartilhar fotos, escolha aquelas que não revelem informações desnecessárias, como seu endereço, a empresa em que trabalha etc., e não mostre você em situações comprometedoras. Lembre-se de que, uma vez que você as compartilha, elas viverão no ciberespaço para sempre.
  • Cuide de sua identidade: Não divulgue seu nome completo. Embora um pseudônimo possa causar desconfiança, colocar seu nome e sobrenome pode causar problemas de privacidade e torná-lo (a) vítima de roubo de identidade. Além disso, não se apresse em contar toda a história de sua vida ou compartilhar suas informações mais pessoais. Lembre-se de que tudo o que você compartilha pode ser usado mais tarde contra você (doxing).
  • Não vincule suas redes a esses aplicativos: Não use suas credenciais de rede social para acessar seu perfil no aplicativo de namoro pois isso revelará muitas informações que podem ser usadas para o mal. Isso se aplica mesmo se você tiver restrições de privacidade em suas outras redes.
  • Proteja seu número de telefone: Tente não compartilhar seu número de telefone. Em vez disso, use as ferramentas de mensagens incorporadas aos apps de namoro pelo menos até ter certeza de que pode confiar na outra pessoa.
  • Siga seus instintos: Desconfiar online pode ajudar a mantê-lo (a) seguro (a). Reserve um tempo para conhecer as pessoas que você conhece no ambiente digital, pois muitas podem parecer o que não são. Se algo o deixa desconfortável, saia da conversa.
  • Tenha cuidado com os links: Tenha cuidado com os links que são compartilhados com você, pois podem levá-lo a sites falsos ou fazer download automático de malware no seu dispositivo.
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