Categorias

Atualizações

Conselhos do tarô para seu signo em janeiro
Atualizações

Conselhos do tarô para o seu signo em janeiro

Eu leio tarô há quase três anos e há todo esse tempo, venho tentando encontrar uma forma de trazer esse conteúdo para o blog, mas sempre acabo desistindo depois de algum tempo. Como uma das resoluções para 2021, resolvi fazer e ver no que dá.

Então, se você gostar dos aconselhamentos do tarô para o seu signo, deixa um comentário aqui no post ou nas minhas redes sociais! Vai ser decisivo para que eu possa continuar fazendo. 🙂

Conselhos do tarô para Aquário (20 de janeiro a 18 de fevereiro)

Há uma fantasia muito presente na sua vida, seja introduzida por outras pessoas, seja por você mesmo. Não fuja da realidade, ela pode parecer sufocante e difícil algumas vezes, mas quanto mais você foge, menos você resolve. Respira fundo e enfrente alguns leões este mês.

Livro para o mês: O conto da aia, Margaret Atwood

Conselhos do tarô para Peixes (19 de fevereiro a 20 de março)

Energias de proteção e cuidado estão ao seu redor neste mês. Cuidado com a falta de paciência, imposição do seu querer e determinações que possam parecer intransigentes. Não deixe que as pessoas te reprimam, imponha seus limites pessoais e respeite-os, sem exageros.

Livro para o mês: As vantagens de ser invisível, Stephen Chbosky

Conselhos do tarô para Áries (21 de março a 19 de abril)

Tem alguém na sua vida que vai se unir a você em benefício de um objetivo comum. Um parceiro está a caminho, seja para negócios, para o amor ou qualquer outro âmbito. Mas, cuidado para não se esquecer de si mesmo quando esse momento chegar. Não deixe que isso fique tóxico.

Livro para o mês: O garoto quase atropelado, Vinicius Grossos

Conselhos do tarô para Touro (20 de abril a 20 de maio)

Você poderá ser colocado em prova este mês. É muito importante que você saiba se posicionar, conheça seus limites e acredite no que você pode fazer. Pessoas com um bom alicerce, não se deixam abalar por energias externas. Fortaleça suas estruturas.

Livro para o mês: Não se humilha, não, Isabela Freitas

Conselhos do tarô para Gêmeos (21 de maio a 20 de junho)

Uma energia de cura, de atenção e de equilíbrio rondam a vida de quem é de gêmeos este mês. É preciso olhar um pouco mais para dentro, não ter tanta passividade com relação a vida. Tome cuidado com castelos de areia e coisas que podem desmoronar com um sopro.

Livro para o mês: Redemoinho em dia quente, Jarid Arraes

Conselhos do tarô para Câncer (21 de junho a 22 de julho)

Ouça mais a sua intuição. Olhe para dentro, veja como você pode se preparar para lidar com os percalços da vida com sabedoria. Exponha seus sentimentos e não deixe que a falta de afeto e comunicação se tornem um problema em sua vida neste mês.

Livro para o mês: Querido ex, Juan Jullian

Conselhos do tarô para Leão (23 de julho a 22 de agosto)

Quem é do signo de Leão pode se preparar para um mês apaixonado. Harmonia, sucesso, plenitude e lealdade estão bem presentes nesse início de ano e ótimas promessas estão por vir. Só cuide-se para não se acostumar e perder um pouco da humildade. Avalie sempre o ponto de vista dos outros.

Livro para o mês: Quem mexeu no meu queijo?, Spencer Johnson

Conselhos do tarô para Virgem (23 de agosto a 22 de setembro)

O mês pode começar um pouco mais agitado com perdas e problemas, mas manter a calma para conseguir alcançar a clareza das ideias é ideal para entender os melhores caminhos. Aja com sabedoria e escute a sua intuição que ela vai saber o caminho certo.

Livro para o mês: Querido dane-se, Kéfera Buchmann

Conselhos do tarô para Libra (23 de setembro a 22 de outubro)

Pode haver uma frustração como resposta a algo que você fez nos últimos dias, sobretudo no âmbito emocional. Perdoe-se e seja gentil consigo mesmo. Invista um pouco mais no autocuidado e no amor próprio este mês, porque o colo que você precisa, só você consegue se dar.

Livro para o mês: contando estrelas cadentes, Gabu Camacho

Conselhos do tarô para Escorpião (23 de outubro a 21 de novembro)

Você tem um universo de possibilidades em suas mãos. Uma força para começar um novo empreendimento esse mês pode latejar dentro de você. Usufrua dessa dominância que você possui, mas não se iluda: você não tem as respostas para todas as coisas, nem o controle de tudo.

Livro para o mês: Por lugares incríveis, Jennifer Niven

Conselhos do tarô para Sagitário (22 de novembro a 21 de dezembro)

É hora de botar a mão na massa e buscar as respostas de todas as dúvidas que estavam te acompanhando desde o final de dezembro. Firme com você mesmo esse compromisso e saia em busca daquilo que te traz paz e muita luz. É um momento de renascimento, vitalidade e abundância.

Livro para o mês: O pequeno príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

Conselhos do tarô para Capricórnio (22 de dezembro a 19 de janeiro)

Pode ser um momento de incertezas ou dúvidas, mas elas podem ser superadas de uma forma mais simples que você imagina com muita dedicação. Você vai conseguir avançar e seguir em frente, desde que lance mão de suas capacidades e dons. Cuidado com pessoas oportunistas e com a ambição.

Livro para o mês: Vermelho, branco e sangue azul, Casey McQuiston

E aí, o que achou dos conselhos do tarô para os signos em janeiro de 2021? Me conta aí nos comentários!

Pajubá Festival
Atualizações

Inscrições abertas para o Pajubá Festival

Em busca de fortalecer artistas LGBTQIA+, evento realizado pela Companhia Ir e Vir, de São José do Rio Preto (SP), recebe propostas nas áreas de dança, música, literatura, audiovisual, teatro e performance até 20 de janeiro

Estão abertas as inscrições para o Pajubá Festival, evento para toda a comunidade que pretende fortalecer e visibilizar o trabalho artístico-cultural de grupos mais vulneráveis, prioritariamente das pessoas LGBTQIA+, da população negra e indígena. Realizado pela Companhia Ir e Vir, de São José do Rio Preto (SP), com programação gratuita e transmitida pela internet, o festival também irá promover reflexões sobre temas que atravessam as pessoas LGBTQIA+, buscando contribuir para o combate a práticas discriminatórias.

Grupos, coletivos, produtoras e artistas de todo o Estado de São Paulo podem enviar propostas nas áreas de dança, música, literatura, audiovisual, teatro e performance. Pelo menos 80% das atrações selecionadas serão de residentes de São José do Rio Preto.

O Pajubá Festival será realizado de 7 a 11 de abril de 2021, em formato presencial e virtual, com transmissão pelos canais da Cia. Ir e Vir no YouTube e Facebook. Essa é a primeira edição do evento, que foi um dos contemplados pelo Edital 06/2020 – Auxílio para Festivais de Culturas, da Lei Aldir Blanc, lançado pela Secretaria Municipal de Cultura de São José do Rio Preto.

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas, exclusivamente, por meio de formulário online, através do link http://bit.ly/InscricaoPajubaFestival, disponibilizado pela Companhia Ir e Vir no Facebook e Instagram (perfis @cia.irevir), até às 23h59 do dia 20 de janeiro. No link para o formulário, também constam o regulamento completo e as demais instruções para a inscrição.

Formatos

A programação do Pajubá Festival será pautada por três ações principais: Mostra Artística, Encontros Virtuais de Ideias e Atividades Formativas. As inscrições são para três formatos dentro da Mostra Artística. São eles:

– Performances Artivistas: trabalhos performativos, preferencialmente solos, com duração aproximada de 30 minutos e que evidenciem o discurso do ativismo LGBTQIA+;

– Mostra Pop: obras nos segmentos de dança, teatro, música e artes integradas;

– Drama Queer: obras literárias com temática LGBTQIA+, cultura da população negra e cultura da população indígena, podendo ser texto teatral, poesia, conto, entre outros formatos.

Requisitos

A curadoria da Mostra Artística irá selecionar 12 propostas (quatro em cada formato), contemplando prioritariamente projetos de pessoas LGBTQIA+ que sejam idosas, da comunidade negra, indígenas, com deficiência ou mobilidade reduzida e profissionais da arte drag queen. Outro critério será o histórico de artistas, grupos ou coletivos inscritos. A curadoria será realizada por artistas de São José do Rio Preto de notório reconhecimento artístico e cultural.

A participação de menores de 18 anos será permitida somente com a autorização do responsável legal e do Juizado da Infância e Juventude. Não será permitida a presença de animais em cena. Os trabalhos selecionados serão gravados entre os dias 15 e 16 de março, na sede da Cia. Cênica, e posteriormente editados para o ambiente virtual.

Valores

Cada proposta selecionada no formato Performances Artivistas receberá o valor de R$ 1.000,00. Para a Mostra Pop, o valor individual será de R$ 2.500,00 e, para Drama Queer, de R$ 500,00.

O resultado será divulgado no dia 24 de janeiro, nas redes sociais da Cia. Ir e Vir, e também informado por e-mail aos proponentes selecionados.

Convidados

Para as demais ações do festival – Encontros Virtuais de Ideias e Atividades Formativas -, os participantes serão convidados. A mediação de Encontros Virtuais será de Alexandre Felipe, psicólogo e membro do Núcleo da Diversidade Sexual e do Núcleo das Relações Étnico-Raciais do Conselho Regional de Psicologia (subsede de São José do Rio Preto), e de Gaia do Brasil, artista plástico, maquiador, professor de dança contemporânea e drag queen.

A Cia. Ir e Vir

Completando dez anos de resistência em 2021, a Cia. Ir e Vir tem construído ao longo de sua trajetória uma identidade própria, através da pesquisa sobre o teatro contemporâneo, atrelada a temas que promovam um self da sociedade atual, com propostas inseridas no cotidiano brasileiro. O grupo inseriu-se rapidamente no panorama regional, obtendo reconhecimento pelo engajamento artístico-político-social na cobrança de políticas públicas em São José do Rio Preto, onde está sediado.

Conceito

O Pajubá Festival surgiu da urgência do fortalecimento do respeito às pessoas e à cultura LBGTQIA+, tendo em vista o avanço do conservadorismo no Brasil e, consequentemente, do agravamento da violação de direitos dessa comunidade. “O Pajubá Festival propõe um olhar para a camada menos expressiva artisticamente da cidade de São José do Rio Preto, a comunidade LBGTQIA+, não menos expressiva pela falta de conteúdo e sim pela falta de oportunidade e espaço, fazendo-se lembrar a cidade conservadora em que vivemos”, diz o diretor, dramaturgo e ator da Cia. Ir e Vir Tiago Mariusso, coordenador do Pajubá Festival.

Conhecido como o dialeto LGBTQIA+, o pajubá (ou bajubá) é mais que um punhado de gírias divertidas, como “lacre”, “bafo” ou “uó”. “Cada vez mais ele é incorporado ao vocabulário de muitos brasileiros, especialmente ao dos jovens, mas possui raízes históricas e, o mais importante, de resistência”, aponta Mariusso.

O pajubá tem origem na fusão de termos da língua portuguesa com termos extraídos dos grupos étnico-linguísticos nagô e ioruba, que chegaram ao Brasil com os africanos escravizados originários da África Ocidental e reproduzidos nas práticas de religiões afro-brasileiras. “Os terreiros de candomblé sempre foram espaços de acolhimento para as minorias, incluindo a comunidade LGBT+, que passou a adaptar os termos africanos em outros contextos”, observa o coordenador do evento.

Por conta disso, intitular o festival com o nome Pajubá, segundo ele, é reconhecer a origem dessa homogeneidade da cultura brasileira, e ao mesmo tempo despertar a curiosidade na busca por nossas raízes. “A arte LGBTQIA+ foi e é pulsante, seja no teatro, na dança, na música ou nas artes plásticas, bem como nas casas noturnas, com seus performers e a variada reverberação da arte drag queen”, pontua.

Mais informações ou dúvidas pelo e-mail: [email protected].

 

SERVIÇO:

Pajubá Festival

Inscrições: até 20 de janeiro de 2021

Público-alvo: Grupos, coletivos, produtoras e artistas da dança, música, literatura, audiovisual, teatro e performance de todo o Estado de São Paulo (no mínimo, 80% das atrações selecionadas serão de residentes de São José do Rio Preto)

Formulário de inscrição e regulamento: http://bit.ly/InscricaoPajubaFestival

Realização: Companhia Ir e Vir, através do Edital 06/2020 – Auxílio para Festivais de Culturas, da Lei Aldir Blanc

Mais informações: [email protected]

currículo
Atualizações

9 dicas para turbinar seu currículo hoje

Ter um bom currículo é o primeiro passo para encontrar um emprego. Mas você já se perguntou se o seu currículo está bem feito e de acordo com o que os recrutadores mais procuram no mercado de trabalho?

Não existe nenhuma receita de bolo ou currículo perfeito, por isso, é preciso conhecer bem a empresa que deseja trabalhar, sua área de atuação e saber quais informações devem ser destacadas ou eliminadas do documento. Além disso, saber como se destacar perante a milhares outros currículos que estarão juntos ao seu é um desafio para poucos.

Por isso, conversei com duas profissionais de grandes multinacionais instaladas no Brasil, alinhei com tudo o que já me falaram enquanto eu estava procurando emprego e separei algumas dicas, olha só:

Economize nos dados pessoais

Todo currículo tem dados pessoais, mas não todos. Você precisa fornecer seu nome completo, e-mail, telefone de contato, redes sociais e cidade onde mora. O empregador não quer saber (e nem precisa) o seu número de RG, CPF, nome dos pais, nem nada disso.

A única exceção vale para o certificado de reservista se você estiver na idade entre 17 e 19 anos, que é o período de alistamento militar. Muitos jovens nessa época ainda não foram dispensados pelo exército e a empresa precisa saber antes da contratação. Se você já tem seu número, pode ser um diferencial. Só não esquece de tirar depois!

Coloque foto apenas se pedir foto

Muitas pessoas acham que é super necessário colocar foto no currículo, mas não é uma regra obrigatória e ela só deve ser colocada se for uma exigência. Muitas empresas ainda pedem o currículo e uma foto separadamente, para não precisar poluir. Em casos que a foto é exigida, escolha uma simples e natural. Nada de selfies, fotos no espelho, em festas ou com edições pesadas.

Tente fazer o currículo em uma folha só

Seu currículo deu mais de uma folha? Verifique se todas as informações que estão ali realmente precisam constar.É melhor se garantir em uma folha só, de maneira objetiva e sem rodeios. Seja direto e sucinto!

Veja se todas os lugares que você trabalhou precisam estar ali

É fato que a experiência profissional é a parte mais importante do currículo, mas é realmente relevante colocar aquele emprego de bartender que você ficou 1 semana ao aplicar em uma vaga na área de informática, por exemplo? Coloque suas experiências mais relevantes, de forma que o futuro empregador saiba quais foram suas funções e realizações dentro da empresa anterior e se você é alguém que ele pode contar a longo prazo.

Cuidado com os cursos que você coloca no currículo

Vale a mesma premissa do item anterior. Vale a pena colocar seu curso de tarô online ao aplicar para uma vaga de cozinheira? Não! Por isso, coloque apenas aqueles cursos que possam agregar ao emprego que você está aplicando e que sejam seu diferencial perante aos outros concorrentes.

O interessante é que você analise bem cada vaga e empresa que deseja aplicar para moldar seu currículo de acordo com ela. Outras informações, você pode dar na entrevista caso haja abertura.

Especifique áreas de atuação, não cargos desejados

Ao enviar seu currículo, você provavelmente sabe para qual vaga está aplicando. No entanto, um erro comum da maioria dos profissionais é de colocar o nome da vaga nas áreas de atuação, o que muitas vezes leva o candidato a nem ser chamado para a seleção. Coloque as áreas que você se sente apto a atuar dentro da empresa, em que você tem experiência e no que você é bom.

Quem sabe você não consegue a vaga que aplicou mas consegue outra que a empresa manteve escondida até ler seu currículo? Muitas organizações mantém bancos de dados com candidatos que já passaram por processos seletivos.

Currículo com linguagem perfeita e formatação excepcional

Utilize sempre uma linguagem culta, simples e sem exageros. Não queira enfeitar muito, usando palavras difíceis ou escritas muito formais. Seja objetivo, se garanta na simplicidade e mantenha sempre a gramática e a ortografia impecáveis. Não cometa erros de português.

Cuidado com a forma de formatar seu currículo e tente sempre manter um padrão. Se você pulou uma linha entre uma experiência e outra, faça isso com todas, por exemplo. Tome cuidado também com currículos muito “fora da caixa” se não é da sua área de atuação.

Fale a verdade

Parece clichê, mas ainda hoje, muitos profissionais mentem ou aumentam informações nos currículos para passar a frente dos seus concorrentes. Acontece que chega na hora do teste prático e o candidato não sabe fazer o que prometeu. É mais comum do que se imagina e para evitar esse tipo de constrangimento, prefira sempre ser 100% você no currículo e falar sempre a verdade em todos os tópicos. Mas seja sensato! Nada de detonar o ex-chefe ou falar mal de outras empresas.

Não é necessário colocar que é LGBT

Para Érica Souza, analista de Recursos Humanos de uma multinacional do ramo alimentício, essa é uma informação que não deve estar no currículo porque é algo que deve ser levado como comum. “Se a pessoa se valorizar, ela vai acreditar no seu potencial e focar nas suas habilidades. Empresas que valorizam o fator diversidade e inclusão, não vão te selecionar só porque você é LGBT”, explica.

Ainda é importante ressaltar que em um currículo, devem constar apenas informações acadêmicas e profissionais, não sobre o lazer ou detalhes da vida pessoal, que devem ser deixados para uma entrevista pessoal caso o candidato se sinta a vontade. “Tudo está sendo avaliado, desde o primeiro contato por mensagem ou telefone, até o contato pessoal. O que eu levo em conta é se a pessoa tem o perfil e potencial para ocupar a posição, se cumpre todos os requisitos da posição, etc”, completa Joana*, gerente sênior de talentos de um grupo mundial de mídia e televisão.

E claro que eu não ia te deixar na mão nesse momento, né? Montei um modelo simples e padrão de currículo para você inserir as suas informações pessoais e arrasar por aí na sua procura pelo trabalho perfeito. Para baixar, é só preencher com seu nome e e-mail abaixo e correr para sua caixa de entrada!

[contact-form-7 id=”59569″ title=”Currículo”]

*Os nomes foram trocados para manter a identidade das entrevistadas preservadas.

ditadura da beleza
Atualizações

A ditadura da beleza na comunidade gay

Esses dias eu estava conversando com uma amiga minha sobre a ditadura da beleza. Sobre o quanto esse mito atinge mulheres, todos os dias, desde sempre. Sempre precisam estar magras, comer pouco e seguirem padrões que a sociedade determina. Isso me fez refletir um pouco sobre essa ditadura da beleza do lado de cá, sobretudo na comunidade gay. É inegável que ela ainda é mais forte sobre as mulheres e tem se tornado cada dia mais potente na comunidade LGBTQ+.

Cresci lendo a Revista Capricho, que era uma revista “de menina”. Eu sempre queria saber fofocas do mundo dos famosos que eu era fã e sempre ignorava aquelas partes de editorial de moda. Apesar de hoje, perceber que talvez aquilo tenha sido o pontapé inicial desse mito da beleza para muitas meninas. Como um garoto cis e homossexual, eu sempre ignorei aquelas partes da revista. Até que entraram os Colírios Capricho no jogo.

Os Colírios, para quem não é da época, eram um grupo de meninos escolhidos para representarem a revista, representarem o lado masculino da coisa, já que a revista era majoritariamente para o público feminino. Eles eram escolhidos por votação, sempre pela beleza. Os meninos magrinhos eram escolhidos hora ou outra, mas os fortinhos sempre ganhavam. E eu era um pré-adolescente que me achava gordinho.

Quando entrei na adolescência, comecei a fazer academia. Eu queria por tudo que era mais sagrado ser magrinho, como os Colírios da Capricho, e quem sabe, até mesmo ter aquele abdome definido. Eu achava que assim eu ia “comprar” com a minha aparência toda a aceitação social que eu precisava.

Eu emagreci bastante durante a adolescência e nas épocas de academia, consegui ter o projeto de uma barriga definida que desaparecia a cada respiração mais forte que eu dava. Mas tudo bem, eu me contentava em ser só magrinho mesmo.

O tempo foi passando e eu mantive essa questão da ditadura da beleza supostamente padrão, comigo. Oscilando épocas comendo muito e épocas comendo pouco. De modo geral, comia muito pouco e sempre ficava preocupado com meu peso. Na minha cabeça, eu não podia ultrapassar certos números na balança.

E é engraçado que hoje, sou mais tranquilo com relação ao meu corpo. Não tenho mais vergonha de tirar a camiseta na praia, por exemplo. Mas não é assim pra todo mundo. Vejo uma compulsão enorme na comunidade gay para sempre ser o mais jovem, o mais “padrãozinho” possível. Mas afinal, o que é o padrão? Não era pra cada um ter o seu padrão do que quer ou não quer na vida?

Durante a quarentena, esse processo de pazes com quem eu sou, com o meu biotipo e com a minha alimentação tem sido um processo. Eu gosto de comer coisas mais leves na maioria dos dias, mas também gosto de um podrão no final de semana. Minha saúde está 100%. Faço exercícios físicos sempre que dá (não é todo dia, mas é melhor que nada). E esse processo se intensificou quando um dos Colírios, da minha época de Capricho, deu um pontapé inicial: Federico Devito e sua postagem no Instagram sobre a mudança de hábitos que a quarentena trouxe pra todos nós.

Tudo bem a gente querer se cuidar. Mas autocuidado não é autoflagelo. Não é ditadura da beleza, nem uma competição de quem tem o padrão mais padrão.

Afinal, a gente nem sabe o que é padrão.

reserva de emergência
Atualizações

Reserva de emergência: você tem a sua?

Ter uma reserva de emergência é essencial para cobrir gastos que aparecem do nada na nossa vida. Eu mesmo, durante meu inferno astral, tive que trocar meu computador e meu celular, de uma vez só. Se eu não tivesse seguido esses passos, lá no passado, e ter criado minha reserva de emergência, com certeza eu estaria largado às traças agora ou endividado até o pescoço no cartão de crédito.

As dicas que separei aqui embaixo são as que deram certo para mim, mas elas podem não servir para a sua realidade, por isso, leia, entenda e adapte alguma forma de funcionar para você, combinado?

Defina seu custo de vida mensal

Antes de começar uma reserva de emergência, você precisa saber quando sua vida custa em um mês. Coloque todos os seus gastos essenciais, tudo aquilo que é importante para você (tire os supérfluos, que você vive sem, nesse momento) e some. Esse resultado, você multiplica por 6 para encontrar o valor mínimo da sua reserva de emergência. Vale a pena ressaltar que seu custo de vida mensal nem sempre é o valor do seu salário, por isso, o cálculo é importante.

Separe 10% do seu salário todos os meses

Se for possível, assim que seu salário cair na conta, tire 10% dele, no mínimo e guarde para a sua reserva de emergência, depois você direciona o resto. Se isso não for possível, arredonde seu saldo depois de pagar a sua conta. Se tem R$ 122,90 na sua conta, por exemplo, mande R$ 22,90 para a reserva. Se isso não for possível, mande R$ 2,90 ou então, R$ 0,90. Qualquer quantia é válida.

Não deixe a reserva de emergência morrer

Nada de guardar esse dinheiro embaixo do colchão! A reserva precisa ser investida para que você não perca dinheiro para a inflação com o passar do tempo. Invista em uma modalidade de investimento com rentabilidade diária, isto é, que você pode sacar a qualquer momento. O intuito da reserva não é te deixar rico, e sim, estar lá, protegida da inflação para quando você precisar. O MercadoPago, o PicPay e até o Nubank, oferecem opções para fazer o saldo bancário render.

Procure não deixar o dinheiro parado na sua conta bancária, em uma caderneta de poupança (rende menos que a inflação) ou em investimentos arrojados que apresentem um alto risco, como ações.

E aí, você já tem uma reserva de emergência? Como ela está atualmente? Devo confessar que a minha está zerada. Estava invicta até que precisei trocar de celular e computador (eles quebraram, não foi por luxo), por isso usei sem medo. Quando o momento de usar chegar, vai sem fundo. O dinheiro está ali pra isso!

Aluguel: guia completo para morar sozinho - Beco Literário
Atualizações

Aluguel: tudo o que você precisa saber antes de morar sozinho

Sair de casa por si só já é um tremendo desafio. A coisa ainda pior quando a gente sai para morar de aluguel, o que acontece em 99% dos casos dos jovens-adultos (a menos que você tenha ganhado na mega-sena ou algo do tipo).

Eu saí de casa tem dois anos e já passei por vários perrengues de aluguel, por não entender, por ter medo de argumentar e perder o imóvel e outras coisas piores. Por isso, separei alguns pontos que você precisa se atentar quando for alugar sua casa, seja sozinho ou em conjunto com outra pessoa.

Organize o aluguel

A locação é um processo muito simples, mas pode se tornar prejudicial para as duas partes se não for organizada. Por isso, saia na frente e preste muita atenção no seu contrato der aluguel. Tenha tudo guardado, todos os documentos e recibos de pagamento (conta de água, de luz, IPTU, condomínio…) e dê sempre preferência por depósitos em conta bancária para ficar registrado.

Atente-se na vistoria

É preciso fazer uma vistoria de entrada e uma vistoria de saída no imóvel. Qualquer coisa que estiver em desconformidade com a vistoria de entrada, é preciso ficar atento e documentar. Não pode ser cobrado do inquilino nada além daquilo que está na vistoria assinada.

Caso o inquilino precise trocar alguma coisa na moradia, é preciso documentar e justificar o porquê da troca, mesmo de for por algo de melhor qualidade em comparação com o que estava antes.

Documentações

A responsabilidade de verificar os documentos e a regularidade do imóvel antes de fechar negócio é do inquilino. É preciso se certificar de que tudo está nos conformes para não ter nenhuma surpresa depois. O ideal aqui é pedir o número da matrícula do imóvel para consultar e deixar guardado. Pode acontecer do proprietário nem ter esse número. Nesse caso, é preciso tirar na prefeitura da cidade.

Contrato de aluguel

Nunca abra mão! O contrato deve ser feito sempre com contrato, nunca sem ele, seja por imobiliária, corretor ou particular. O ideal é que o contrato tenha cláusulas com no mínimo um ano de permanência e multa para as duas partes caso algo não seja cumprido.

Depósito caução

O inquilino não pode pagar como caução mais que três valores do aluguel. Muitos proprietários colocam como caução os valores de aluguel + condomínio + IPTU e isso é contra a lei. Fique de olho.

Além disso, o valor do caução deve ficar aplicado no mínimo em uma caderneta de poupança. 99% das pessoas gastam o caução e isso é errado.

E aí, você já passou por alguma experiência de aluguel? Me conta aí nos comentários como foi!

As diferenças entre sexualidade, gênero e sexo biológico
Atualizações, Sociedade

As diferenças entre sexualidade, gênero e sexo biológico

O campo da sexualidade no ser humano, e de qualquer outro ser vivo, é plural. Ao estudar Psicanálise, essa pluralidade se torna ainda mais evidente com todas as nuances que um ser humano pode apresentar. Sabemos que a Psicanálise é o saber do inconsciente e ele se dá na transferência, isto é, na interpretação, na particularidade de cada pessoa.

Por isso, é preciso que as pessoas entendam, cada vez mais, as diferenças básicas entre a orientação sexual (também chamada de sexualidade), a identidade de gênero, o sexo biológico e a expressão de gênero. Conceitos que se ligam, mas que se referem a coisas diferentes.

A orientação sexual (ou sexualidade)

Chamada por algumas pessoas de sexualidade, a orientação sexual diz respeito a vida afetivo-sexual de um determinado indivíduo. Em linhas gerais, ela diz por quem ele se apaixona.

É importante ressaltar que a orientação sexual jamais deve ser chamada de “opção sexual”, já que atualmente entende-se que ela não é uma escolha da pessoa, e sim algo que se desenvolve com ela. Algumas pessoas ainda debatem acerca do termo “orientação”, já que também, nenhum indivíduo é orientado a seguir determinado caminho na vida afetiva. Para fins unicamente didáticos, chamaremos aqui neste texto dessa forma.

Entre as principais orientações sexuais existentes, podemos destacar algumas:

– Heterossexual (ou heteroafetivo): indivíduo que sente atraído por alguém com a representação de gênero diferente da sua;

– Homossexual (ou homoafetivo): indivíduo que se sente atraído por alguém com a mesma representação de gênero que a sua;

– Bissexual: indivíduo que se sente atraído tanto por alguém com a representação de gênero diferente da sua, quanto por alguém com a mesma representação de gênero;

– Pansexual: indivíduo que se sente atraído por qualquer representação de gênero;

– Assexual: indivíduo que não se sente atraído sexualmente por outras pessoas.

Vale a pena ressaltar que tanto a homossexualidade, quanto qualquer outra orientação sexual não são considerados doenças ou desvios pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e sim, particularidades de cada ser humano. Qualquer terapia que diga ser de “reversão sexual” é proibida.

A identidade de gênero

A identidade de gênero diz respeito a como um determinado indivíduo se identifica culturalmente na sociedade em que esta inserido. Em linhas gerais, a identidade de gênero é como a pessoa se sente e como ela se identifica na sua cabeça. Essa identidade de gênero, pode ou não ser condizente com o seu sexo biológico e não tem relação alguma com a orientação sexual.

Entre as principais identidades de gênero, podemos destacar:

– Cisgênero: pessoa que se identifica com o gênero com a qual foi designada no nascimento. Esse grupo corresponde às pessoas que se identificam com os padrões culturais designados para seu sexo biológico. Ex.: Mulher cisgênero: indivíduo que nasceu com o sexo biológico feminino e se reconhece como tal na sociedade.

– Transgênero: pessoa que não se identifica com o gênero com o qual foi designado no nascimento. Corresponde às pessoas que não se identificam com os padrões culturais do seu sexo biológico e nesse caso, realizam a transição para o gênero com o qual melhor se identificam. Podem ou não passar por terapias hormonais de adequação de gênero e cirurgias de redesignação sexual. Ex.: Homem transgênero: indivíduo que nasceu com o sexo biológico feminino e não se reconhece como tal perante a sociedade, transicionando então, para o gênero masculino.

– Gênero fluido: pessoa cuja identificação oscila entre os gêneros. Há períodos em que se reconhece como gênero feminino e há períodos que se vê como do gênero masculino;

– Não-binário: indivíduo cuja identificação não se coloca como do gênero masculino ou feminino. Corresponde a um grupo com o gênero fora do padrão binário convencional. Há discussões no plano político e social, sobre os papéis designados e desempenhados pelo gênero masculino e pelo gênero feminino.

Além da identidade de gênero de um indivíduo, devemos considerar também a sua expressão de gênero, que são os modos pelos quais a pessoa exterioriza a sua identidade de gênero. Refere-se ao conjunto de vestimentas, acessórios, modos de se portar e outros. A expressão de gênero se refere ao papel em que um determinado gênero está designado a desempenhar no “status quo” de uma sociedade, já que os papéis de gênero e suas performances são construções da sociedade em que o ser humano está inserido.

Vale a pena ressaltar também, que segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), ser transgênero não é uma doença e isso deve ser retificado na Classificação Internacional de Doenças (CID) até 2022.

O sexo biológico

O sexo biológico, como o próprio nome sugere, se trata da condição biológica do indivíduo. Dentro de sexo biológico, destaca-se o sexo cromossômico, o sexo de genitais internos e o sexo de genitais externos.

O sexo biológico cromossômico diz sobre os cromossomos que aquela pessoa possui, seu código genético. O sexo biológico de genitais internos e externos se refere aos órgãos sexuais, internos (próstata em homens, útero em mulheres, por exemplo) e externos (pênis em homens, vagina em mulheres, por exemplo).

Em todos os casos, eles podem coincidir, isto é, um ser do sexo biológico masculino pode ter cromossomos, órgãos sexuais internos e externos condizentes com o sexo masculino, por exemplo, ou diferir, como é o caso das pessoas intersexuais que nascem com características físicas e/ou hormonais de sexos biológicos distintos.

O sexo biológico, além das suas subdivisões, pode ou não coincidir com a identidade e expressão de gênero do indivíduo, conforme explicamos no tópico anterior.

Considerações finais e conclusão

Observando a sexualidade humana sob esses três itens, já é possível confirmar aquilo que afirmamos no início do texto: ela é plural, tanto no nível psíquico, quanto no nível biológico e no afetivo-sexual.

É importante que saibamos respeitar cada particularidade e cada realidade, de uma forma em que todos os indivíduos alcancem a devida equidade dentro da sociedade em que estão inseridos. O ser humano não cabe numa caixinha, assim como suas particularidades. Devemos entender e interpretar cada uma delas de forma única, de modo a alcançar cada vez mais uma melhor convivência e aceitação de parcelas que hoje são tão marginalizadas só por serem minorias.

autocrítica
Atualizações

Um dia de cada vez: Autocrítica

“Um dia de cada vez” é uma editoria escrita por pessoas que contam histórias em sua jornada de autoconhecimento, convivência ou recuperação de transtornos mentais. Os relatos são anônimos e enviados por leitores do Beco. Hoje, leremos um relato de autocrítica, advindas de uma cobrança extrema consigo mesmo.

Crescemos acreditando que precisamos ter certezas sobre uma vida que nunca nos deu nenhuma certeza, além claro, da certeira morte, partida física ou descanso.

Somos pressionados e, dolorosamente, nos autocriticamos por algo que ainda não vivenciamos ou alcançamos. Sempre nos comparando com o próximo.

A nossa maior força e fraqueza, com certeza, é a nossa autocrítica. Podemos usar dessa autoanálise para nos fortalecermos ou nos afundarmos ainda mais.

Junto com a autocrítica, temos um aliado importantíssimo que são pessoas especiais (outras não, fuck) que nos conhecem bem e conseguem enxergar uma luz em nós que não somos capazes de sentir por focarmos sempre no pior, na ausência.

Até hoje me julgo muito (maldita, excessiva autocrítica) por não conseguir me encaixar e ter a vida dos sonhos aos meus (extensos) 24 anos. No decorrer dessas decisões, mantive pessoas ao meu lado que me criticaram e reforçaram em mim esse sentimento de insuficiência e inutilidade que já pré-existiam.

A gente pode escolher quais lutas enfrentar e por quem devemos lutar. Mas o que a gente aprende, com as porradas da vida e algumas infelizes pessoas, é que você precisa se manter orgulhoso de si mesmo e buscar constantemente a consciência de você mesmo.

Há pessoas pobres de espíritos que possuem valores muito distorcidos e que não são compatíveis com os seus. Você precisa ter a paciência e disciplina de dar tempo ao tempo (o famoso um dia de cada vez) e batalhar por você!

Tem um relato da sua jornada e quer compartilhar com outras pessoas aqui no “Um dia de cada vez”? Envie para [email protected]. *Os relatos são publicados de forma anônima.

A obsessão na moda do coaching
Atualizações, Sociedade

A obsessão na moda do “coaching”

De alguns anos para cá, o termo coaching saiu do completo anonimato para estar na boca da maior parte dos brasileiros. Antes, a palavrinha que se referia apenas a treinadores de futebol ou de esportes no geral ganhou um sentido mais amplo, em várias áreas do conhecimento. Em números, a atividade cresceu aproximadamente 300% no Brasil em quatro anos, segundo a International Coaching Federation (ICF), e o número de brasileiros com formação na área passou de sete mil em 2012 para 25 mil em 2015. E a previsão é que estes números aumentem ainda mais.

O que é “coaching”?

Para entender a amplitude do termo, é preciso voltar um pouco na história. A palavra, no Brasil, foi importada dos Estados Unidos e remete a um treinador. Em tradução livre, o coach é um treinador, um mentor. Apesar de, na nossa cabeça, provavelmente o coach ser aquele de esportes, conforme mencionado no início do texto, a palavra surgiu na educação, nas universidades inglesas dos séculos XVII e XVIII, frequentadas pela nobreza britânica. Nessa época, os alunos iam para aulas de “coach”, conduzidas por um “coacher”.

No Brasil, segundo registros, no início da década de 1990, com o advento do empreendedorismo, os empresários em ascensão começaram a demandar que seus funcionários estivessem treinados em algumas habilidades, como comunicação, gestão de tempo, produtividade, inteligência emocional e resiliência, por exemplo, palavras muito comuns nesse universo. Com isso, surfando nessa maré de ascensão do empreendedorismo, outros empresários passaram a fundar institutos que ajudavam outros empreendedores a treinarem seus funcionários. Nasceu então, o “coaching”.

No entanto, apesar dessa breve história, o termo ainda é muito amplo, ainda mais em 2020, com tantos coaches quânticos, coaches de emagrecimento, coaches de projetos, coaches de empresas…. Tem coach pra tudo! Segundo a Association for Coaching, a palavra significa “um processo sistemático colaborativo, focado na solução, orientado para resultados, no qual o “coach” facilita o aumento do desempenho do trabalho, da experiência de vida, do aprendizado auto direcionado e do crescimento pessoal do cliente”. Em linhas gerais, o treinador lança mão de técnicas para ajudar o seu aluno a desenvolver algumas habilidades.

Onde a obsessão entra nesse trabalho?

Só por definição, o trabalho de “coaching” parece muito bonito. Funcionários treinados, com técnicas desenvolvidas exclusivamente para ele. Empresas no auge, faturando muito. Será que é assim também na prática?

A profissão de “coach”, no Brasil, não é regulamentada. O número informado no início do texto, de 25 mil coaches compreende perfis bem variados de profissionais. Há pessoas com milhares de cursos, formações, horas de experiências, especializações e há pessoas que fazem um curso de cinco horas e saem sendo “coaches” e é nesse ponto que mora o perigo. Se ele tivesse ficado restrito ao ambiente empresarial, para onde foi criado, tudo ainda sim poderia estar nos conformes. Há profissionais bons e ruins em todas as áreas. O problema está na parcela desses 25 mil que fogem às normas e acabam por causar mais prejuízo às pessoas que benefício, manchando todo o nome de uma categoria.

É possível hoje em dia, ver coaches de emoção, de sentimentos, de ansiedade, emagrecimento, ciência quântica…. E onde estão os embasamentos teóricos ou científicos dessas práticas? Eu te respondo: no achismo. Dizer que é só você respirar e contar até cinco para acalmar sua ansiedade pode funcionar para muitas pessoas, mas não é uma regra geral. E tem “coach” que vai te dizer que é sua crença limitante que te impede de fazer com que isso funcione. O processo, em vez de ajudar ou de se adequar a cada particularidade, muitas vezes simplesmente culpabiliza a vítima.

E é nesse ponto, nestes “profissionais”, que encontramos o comportamento obsessivo-compulsivo. Há um aprisionamento muito grande nas obstinações teóricas, nas repetições, nos atos compulsivos que não se encaixam com a subjetividade de cada indivíduo. O trabalho que deveria ser pessoal, como um treinador se adaptando a cada um da sua equipe, acaba por se tornar um negócio massivo com regras que fogem a qualquer princípio de realidade. Ainda há, neste comportamento, um alto índice de animismo. Tudo para esses “profissionais” tem uma alma. “Você só está a um pensamento positivo de atingir tudo o que deseja para a sua vida”, eles dizem.

Não é errado ter crenças, querer pensar de forma positiva de vez em quando, torcer para as coisas darem certo. Mas é preciso que vejamos que cada pessoa é única, cada pessoa tem a sua subjetividade. As pessoas têm classes sociais diferentes, formações pessoais e profissionais distintas e uns tem mais possibilidades de acesso a lugares que outros.

Imagina só, você pega uma criança que não teve acesso aos estudos porque tinha que trabalhar com os pais para comer no final do dia e diz para ela que ela só precisa pensar positivo para alcançar o mesmo resultado no vestibular que uma criança que passa doze horas do seu dia na escola particular no ar condicionado? Me parece covardia.

Generalização e consequências

Não podemos generalizar o profissional “coach”. Existem pessoas que realmente se empenham em ajudar outras pessoas. Elas se especializam, aprendem com os acertos e erros de sua própria vida e adequam suas metodologias para cada pessoa que vá usufruir do seu treinamento. No entanto, infelizmente, elas têm se tornado raridade no Brasil. Cada vez mais é comum vermos pessoas que se formaram no curso de um final de semana causando danos permanentes a psique dos seus clientes. A pessoa entra para ser treinada, para melhorar, e sai obstinada, com crises de pânico, níveis alarmantes de ansiedade e estresse nas alturas porque acredita não estar com seu pensamento positivo o suficiente.

Não há uma fórmula mágica para lidar com pessoas. Cada ser humano é único e sua saúde mental não é um brinquedo. No século XXI, que estamos vivendo, cada vez mais vemos pessoas estressadas, ansiosas e preocupadas com o futuro. Os comportamentos compulsivos e obsessivos estão cada vez mais normalizados, sobretudo no ambiente corporativo. Os exemplos nas redes sociais são produtivos, lindos e te dizem o que você precisa fazer, só não te dizem que aquela não é a vida real. Um recorte da vida de alguém não é a vida dessa pessoa por completo, por isso, ao entrar em um processo de “coaching”, procure profissionais habilitados em psicologia, psicanálise ou então, faça tratamentos lado a lado.

Sua saúde mental não deve ser colocada nas mãos de alguém que acredita que todos os seus pensamentos e objetos são responsáveis pelo mundo exterior. Freud já dizia que o homem não é senhor nem em sua própria casa, se referindo que não temos controle total sobre o nosso inconsciente. Se não temos controle sobre nós mesmos, o que te faz pensar que temos controle sobre o que acontece fora de nós?

dinheiro
Atualizações

5 e-books para quem deseja fazer as pazes com o dinheiro em 2021

O ano de 2020 está sendo considerado desafiador em todos os aspectos, por isso uma das mudanças que muitos almejam para o novo ano que está chegando é a de fazer as pazes com os boletos e ter um novo olhar para o dinheiro.

O Skeelo, maior app de e-books do país, elenca 5 dicas de livros para quem quer aprender mais sobre educação financeira e ter um futuro promissor:

  1. A chave para a prosperidade, de Napoleon Hill

O último best-seller do autor, lançado este ano, mostra como aproveitar suas habilidades e aptidões para alcançar sucesso nos negócios, vitalidade espiritual e superioridade financeira.

  1. Inabalável, de Tony Robbins

Considerado um verdadeiro guru, Tony Robbins já treinou milhares de pessoas em mais de cem países e é o grande nome quando se pensa em qualidade de vida e estratégias de negócios. O livro é um guia prático de finanças pessoais, que mostra que não importa o seu salário, nem seu momento na vida ou quando começou a organizar seu patrimônio. Ele compartilha ferramentas que ajudam o leitor a alcançar suas metas financeiras com mais rapidez, com linguagem simples e com histórias inspiradoras.

  1. Desperte o milionário que há em você, de Carlos Wizard Martins

No livro, o empresário aborda que ser rico e ter tudo o que se deseja não é questão de sorte ou acaso. Tudo começa com uma mudança de postura mental, que vai determinar uma nova maneira de pensar, acreditar e agir.

  1. Descubra o craque que há em você, de César Souza e Maurício Barros

Os autores utilizam as estratégias do mundo do esporte que podem levar você ao topo, tanto na profissão quanto na vida, com exemplos inspiradores de nomes como Ayrton Senna e Pelé.

  1. Ponto de Inflexão, de Flávio Augusto da Silva

O best-seller do empresário fundador do Instituto Geração de Valor aborda como as decisões, mesmo que corriqueiras, podem mudar o rumo de tudo.