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Resenha: O resgate do tigre, Colleen Houck

Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d’água imortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos. Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca – dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren –, a dupla improvável começa a questionar seu destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey. Em O Resgate do Tigre, a aguardada sequência de A Maldição do Tigre, os três personagens dão mais um passo para quebrar a antiga profecia que os une. Com o dobro de ação, aventura e romance, este livro oferece a seus leitores uma experiência arrebatadora da primeira à última página.

O segundo livro da coleção começa com Kelsey seguindo sua vida pós-Ren e toda a aventura na Índia. Por mais que eu ache sua atitude no final do primeiro livro muito exagerada, quase como se ela quisesse fugir da felicidade, eu consigo entender os motivos que a levaram a essa decisão: ela é uma humana comum e Ren é um príncipe maravilhoso, que passou anos aprisionado e ele deveria curtir sua vida de volta, e não se prender a alguém que ele mal conhecia. De volta a Oregon, sua cidade natal, ela tentando sair com outros caras, estuda em todo tempo livre, pratica um curso de artes marciais (afinal, ela teve que lutar muito mais que imaginava e dormia  agarrada a um tigre de pelúcia. Tudo isso, até a aparição de Ren de surpresa no Natal.

A partir dai, o livro assume um romance fora do normal: temos Ren, mais maravilhoso o que nunca tentando conquistá-la, aprendendo a conviver com os humanos e sendo cada dia mais doce. As cenas e Kelsey e Ren no começo de “O Resgate do Tigre” eram tão lindas que eu não conseguia ler o livro em locais como: no ônibus ou na cozinha enquanto limpavam a pia. Eu tinha que ler cada trecho dito por Ren em um lugar tranquilo, onde todas as atenções eram para aquelas palavras.

Ei, você nunca me disse o que significa chittaharini.
Ele beijou meus dedos.
– Significa “a que cativa a minha mente.”
– E iadala?
– Querida.
– Como se diz “eu te amo”?
– Mujhe tumse pyarhai.
– E “estou apaixonada”?
Ele riu.
– Você pode dizer anurakta, que significa que você “está se afeiçoando a” alguém. Ou pode dizer que é kaamaart, que significa que é uma “jovem intoxicada com amor ou perdida de amor”. Prefiro a segunda forma.
Sorri, de modo afetado.

Finalmente posso falar sobre a melhor parte do livro: Ren! Gente, que protagonista é esse? Acho que ele consegue juntar um pouquinho de cada parte dos protagonistas que tanto amamos (plus ser um tigre e te defender) e temos Ren.  Me segurei muito na primeira resenha pra que não falar dele, mas eu não queria dizer que Ren era o tigre antes da hora certa. Graças a batalha travada no primeiro livro, Ren agora pode passar 6 horas como homem, e ele faz bom proveito desse tempo.

 

Existem muitos tipos de beijos. Há o beijo apaixonado de adeus – como o que Rhett deu em Scarlett ao partir para guerra. O beijo de “não posso ficar com você, mas quero ficar” – como o de Super-Homem e Lois Lane. Tem o primeiro beijo – delicado e hesitante, cálido e vulnerável. E tem também o beijo de posse – que era como Ren me beijava naquele momento.

Enquanto eles estão na faculdade, a sombra e Lokesh ainda ronda todos eles: procurando por Kelsey a qualquer custo. Para aumentar a segurança da garota, Ren chama seu irmão, Kishan, que não perde uma oportunidade de dar em cima de Kelsey. Em um determinado momento, Lokesh consegue achá-los (afinal, o livro estava bom demais pra ser verdade), e para salvar Kelsey de ser capturada, Ren se sacrifica e fica para trás, e Kelsey é levada por Kishan em segurança para casa;

Juntos, Kishan, Kelsey e Sr. Kadam tentam desvendar os enigmas da próxima profecia: aquela que dará aos tigres 12 horas como humanos, e a todo o momento procuram por Ren. Enquanto Sr. Kadam se encarrega das buscas, ele convence Kelsey e Kisham a partirem na jornada para acabarem com mais essa etapa da Maldição do Tigre, e é ai que eu comecei a não gostar. Como já era esperado, Kishan e Kelsey se aproximam cada vez mais, e Kishan se declara para a garota, mesmo sabendo que ela é namorada do seu irmão.

Não sou o tipo de homem que reprime os sentimentos, Kells. Não fico sentado no quarto me consumindo de tristeza, escrevendo poemas de amor. Não sou um sonhador. Sou um lutador. Sou um homem de ação e vou precisar de todo meu autocontrole para não lutar por isso. Quando é preciso fazer alguma coisa, eu faço. Quando eu sinto alguma coisa, eu tomo uma atitude. Não vejo nenhum motivo para que Ren mereça ter a garota dos seus sonhos e eu não. Não me parece justo isso acontecer comigo duas vezes.

Kelsey permanece fiel a Ren, mas começa a duvidar de seus sentimentos e a gostar da presença de Kishan e foi ai que eu parei de me identificar com ela. Sim, eu acredito que alguém possa amar duas pessoas ao mesmo tempo, mas não acredito que alguém possa estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo. Nunca consegui me solidarizar com triângulos amorosos, por mais bem feitos que eles sejam. Nunca na minha história de vida/história literária consegui acreditar em alguma história desse tipo – a ÚNICA exceção a essa regra e o único triangulo amoroso que eu consegui compreender, aceitar e até sofrer com eles, foi o de Will, Tessa e Jem <3 em “As peças infernais”- mas pra quem gosta de triângulos amorosos, essa é uma história de mão cheia.

Entre buscas pelos presentes da deusa Durga, mais vilões e mais etapas afim de conseguir deter a maldição do Tigre e ainda as aventuras para resgatar Ren, o livro consegue prender o leitor, com emoções a todo o momento. O livro consegue ainda sua dose de cenas fofas e percebemos a forte ligação familiar que se estabelece entre Kelsey, Nilima, Sr. Kadam, Ren e Kishan.

A publicação continua impecável, a capa continua maravilhosa e a leitura continua sendo indicada!

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Resenha: Feios, Scott Westerfeld

Tally está prestes a completar 16 anos, e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista – mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito. Em apenas algumas semanas Tally estará lá. Mas a nova amiga de Tally, Shay, não tem certeza se ela quer ser bonita. Ela prefere arriscar sua vida do lado de fora. Quando ela foge, Tally aprende sobre um lado totalmente novo do mundo dos bonitos – que não é tão bonito assim. As autoridades oferecem a Tally sua pior escolha: encontrar sua amiga e a entregar, ou nunca se transformar em uma pessoa bonita. A escolha de Tally faz sua vida mudar pra sempre.

Feios é o primeiro volume da série distopica “Feios”, escrita por Scott Westerfeld.

Como já foi dito na sinopse, Feios é um livro futurista, com traços contemporâneos e criticas sociais. Feios, depois de 1984, foi uma das primeiras obras do gênero a ser publicada.

Todos nós sabemos que a maioria dessas distopias tem traços incomuns, seja ela na forma do governo ou na forma como a sociedade é dividida. Este livro traz algo novo, mas claro, com alguns traços de outras histórias do gênero. O governo de Nova Perfeição não é tão opressor, não neste livro. Minto se falar que não é opressor, mas não como outros governos de outras distopias. A protagonista não é nenhuma revoltada ou “perigosa” ao governo, longe disso, ela aceita o governo e seus métodos e não ver a hora de se tornar perfeita, mas já sua amiga é contra e pensa diferente de tudo aquilo e ai já viu, a garota é louca e claro faz uma loucura que acaba pondo Tally em uma grande aventura e em um caminho sem volta.

Então, vamos falar sobre estética. Feios é minha segunda distopia predileta, apesar de ter lido apenas o primeiro livro. Foge de muitos artifícios utilizados por autores de distopias. Feios, não trata muito de governos opressores e ditatórios, trata sobre questões pessoais e estéticas, e acreditem, são questões incríveis, aliás, todos nos temos aquele desejo profundo de sempre está bonito, e na sociedade criada por Westerfeld às pessoas podem ficar perfeitas, e venhamos e convenhamos que seja uma proposta irrecusável.

Os personagens são tão exclusivos e com características que os tornam diferentes uns dos outros que é impossível não se identificar com algum deles. Eu particularmente gostei e me identifiquei bastante com a Tally, cheia de dúvidas, porém para ajudar os amigos não hesita quando o assunto são seus amigos, e ela não é chata e irritante como as outras protagonistas que vemos por aí.

Um alerta! Se você procura muita ação e embates, este não é livro. Não que não tenha ação e embates, mas Feios é mais aventura. Lógico que no clímax onde a história dá seu impulso para o segundo livro tem um embate de tirar o fôlego, mas fora isso é apenas a aventura de Tally.

Sem mais delongas, Feios é uma leitura revigorante para quem já está saturado de distopias que não trazem nada de novo, só mais do mesmo. Mais do que uma dica, uma recomendação de leitura.

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Resenha: Entre o agora e o sempre, J. A. Redmerski

Camryn Bennett e Andrew Parrish nunca foram tão felizes. Cinco meses depois de se conhecerem num ônibus interestadual, os dois estão noivos e prestes a ter um bebê. Nervosa, mas empolgada, Camryn mal pode esperar para viver o resto de sua vida com Andrew, o homem que ela sabe que vai amá-la para sempre. O futuro só lhes reserva felicidade… até que uma tragédia os surpreende. Andrew não consegue entender como algo tão terrivelmente triste pôde acontecer. Ele tenta superar o trauma — e acredita que Camryn esteja fazendo o mesmo. Mas, quando descobre que Camryn busca sufocar uma dor imensa de uma forma perigosa, fará de tudo para salvá-la. Determinado a provar que o amor dos dois é indestrutível, Andrew decide levar Camryn numa nova jornada carregada de esperança e paixão. O mais difícil será convencê-la a ir junto… Com Entre o agora e o sempre, a aguardada continuação de Entre o agora e o nunca, J. A. Redmerski concluiu a história de amor que encantou milhares de leitores.

Não vou mentir que eu estava morrendo de medo de ler esse livro. “Entre o agora e o nunca” foi um livro excelente, brilhando em todos os seus objetivos! E  pra mim, ele teve um ótimo desfecho. Quando descobri que o livro teria uma continuação, fiquei muito receosa. Medo da autora mudar aquele final lindo, medo de que os personagens se perdessem numa continuação, mas gente, é tão bom ser surpreendida positivamente!

Começando com sua dedicatória, que já conquista o leitor antes mesmo de começarmos a história…

“Para todos que tiveram um momento de fraqueza. Não vai doer para sempre, então não deixe isso afetar o que há de melhor em você.”

“Entre o agora e o sempre” consegue ser mais doce que “Entre o agora e o nunca” e deixa em nós a impressão de que, por mais que J.A. Redmerski poderia escrever cinco livros sobre Andrew e Camryn e todos eles seriam excelentes!

O primeiro livro terminou de forma bastante corrida, pelo menos tive essa sensação: de que a autora queria colocar em prática todas aquelas idéias, mas o livro já estava terminando e por isso ela teve que correr, e eu acho que aquele final ficaria muito mais detalhado e aproveitado numa segunda edição. Mas naquela época, ninguém imaginava o sucesso que “Entre o agora e o nunca” seria, então ela concluiu todos os arcos no primeiro livro. Já no segundo, começamos a história exatamente onde ela havia parado.

Cam e Andrew estão felizes e juntos, em sua situação pós-roadtrip e arrumando os preparativos para a chegada do bebê. Mas (como era de se esperar) uma tragédia acontece e Camryn perde a criança, a deixando num estado devastado, se sentindo culpada por ter perdido seu filho e arrasada e desanimada com a vida. Para tentar parecer forte e superar esse momento, ela começa a tomar analgésicos e remédios da mãe, para se sentir entorpecida e não sentir tanta dor (emocional). Ao descobrir isso, Andrew – que vale ressaltar, está ainda mais atencioso e apaixonante nesse livro – faz de tudo para tirar esse peso das costas de Cam, e novamente acompanhamos o que esse casal faz de melhor: viajar.

Numa segunda viagem de carro pelo país, Andrew e Camryn se divertem, relembram dos seus primeiros momentos no ônibus e aos poucos, Andrew consegue fazer Cam enfrentar todos os seus medos e culpas, não apenas a perda do bebê, como a perda de Ian.

O livro em si não tem muito arcos novos ou histórias criadas. Não conhecemos novos personagens, ele trata unicamente disso: J.A. Redmerski dar aos fans um pouco mais do casal que aprendemos a amar. É um livro sobre o amor de Andrew e sobre aprender a perdoar. Mas mesmo sem histórias mirabolantes ou novidades, ele consegue ser extremamente doce, engraçado em seus momentos, picante em outros e principalmente: nos mostra o tempo todo a diferença que o amor pode fazer na vida de qualquer um de nós.

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Resenha: O Calor do Súcubo, Richelle Mead

Depois de terminar seu namoro com o mortal Seth, Georgina tem se comportado tão mal que seu chefe Jerome, resolve “terceirizá-la” para um arquidemônio rival e aproveita para fazer dela uma espiã. Para cumprir esta tarefa ela é obrigada a viajar e deixar Seth nas garras da nova namorada. Para piorar tudo, Jerome é sequestrado, e todos os imortais sob seu controle perdem misteriosamente os poderes e tornando-se meros mortais. O lado bom de tudo isso é que Georgina pode, então, fazer tudo o que sempre quis com Seth. Em meio a toda essa confusão na comunidade sobrenatural, ela terá de administrar essa paixão, salvar seu chefe demônio e descobrir quem é que está aprontando com eles. Conexões é um livro repleto de intrigas, suspense e com um enredo que lida com uma das grandes indagações humanas: quanto poder tem a nossa mente e do que os cientistas são capazes para explorá-la?

“O mais quente e o mais interessante da série até agora.”
-Beco Literário

O Calor do Súcubo é o quarto volume da série Súcubo, escrita por Richelle Mead, autora de Academia de Vampiros.

Depois do rompimento com Seth, Georgina está totalmente sem rumo, quer dizer, nem tanto assim. Ela esta se relacionando com Dante, o charlatão que lhe ajudou com Nyx. Para piorar a situação Maddie e Seth estão mais felizes do que nunca, para a nossa querida súcubo, vai ser uma missão difícil de lidar.

Iê! Até que enfim a história pegou fôlego, não que os três primeiros volumes tenham sido parados, longe disso, é que estava faltando uma motivação para que a serie começasse a ter uma trama maior e mais encorpada. É que nos primeiros volumes tivemos meio que uma apresentação dos personagens e tudo mais, e bem, a história só veio ferver de verdade no final de O Sonho do Súcubo.

Bem, Georgina, ah Georgina, tão carismática, acho que é o seu atrativo de súcubo que a torna tão incrível e impossível de não gostar. Sério. Como não amar esta mulher? Que apesar de ser uma forma de “demônio” é tão humana que chega a impressionar. Ela é uma das minhas protagonistas prediletas, porque apesar de tudo, ela se mantém firme e forte, e claro está sempre disposta a ajudar seus amigos. E isso é algo totalmente admirável.

O que falar da trama desse livro? Complexa e imprevisível. Confesso que as tramas dos três volumes iniciais foram um pouco previsíveis e isso meio que acabava que cortando a graça da leitura, mas a desse não. Somos levados a crer que existem vários culpados para o que ocorreu com certo personagem, e quando vemos, é alguém totalmente imaginável. Mead me surpreendeu, e me fez ficar com vontade de devorar o livro para descobrir quem era o culpado. Mas uma coisa que realmente destaque é Georgina e Seth. GENTE!!! Eles são um casal inseparável e tem uma química incrível, é uma angustia horrível para quem gosta dos dois. Eu ainda estou sem palavras sobre os dois nesse livro. Não sei se fico feliz ou triste. E como sempre, o final foi desesperador. Arg.

Este de longe, é o volume mais hot da série. Então, se sintam avisados.

Richelle Mead caprichou e não errou na mão, fez um trabalho incrível neste volume e me deixou MUITO, mas MUITO curioso sobre o que vai acontecer. Espero que o penúltimo livro não me decepcione, mas não tenho dúvida de que vou ter vários surtos durante os próximos livros. Isso é uma certeza. Rs.

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Resenha: A Maldição do Tigre, Colleen Houck

(Modificada) Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. Para trabalhar, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto por um tigre quanto por um homem.

O que dizer sobre essa série que conheci agora e já considero pacas? Começo dizendo que, se eu me delongar sobre a história eu vou acabar com a surpresa que descobrimos no finalzinho do capitulo 7, e é por esse mesmo motivo (não estragar a surpresa) que a sinopse do livro que começa todos os posts não é a oficial. E é lindo descobrir sozinho esse pedacinho de mistério que envolve o livro! Por isso essa resenha talvez não fale tudo que eu gostaria de falar (eu gostaria MUITO de falar do romance, e de como me apaixonei pelo herói, de como cada pedacinho da conquista e das birras foram doces, mas para isso eu ia ter que quebrar a surpresa e se tem uma coisa que eu odeio nessa vida são spoilers!). Espero nunca viver pra ter que escrever uma resenha que estrague as surpresas do leitor.

Começamos nossa história conhecendo Kelsey, que terminou o ensino médio e está em busca de trabalhos de verão para poder pagar a faculdade. Kelsey é uma adolescente comum, cabelos e olhos castanhos, nada de fantástico em seu esteriótipo, nunca namorou e mora com seus tutores desde a morte dos seus pais em um acidente de carro. Kelsey até hoje convive com as consequências desse acidente: ela tinha apenas seus pais na vida, e quando os perdeu, perdeu tudo que tinha e todos que amava. Desde então Kelsey se policia, e não se aproxima de ninguém, não se entrega a ninguém, para evitar sentir esse tipo de dor novamente, e logicamente, se tornou uma adolescente muito solitária.

Ao buscar um novo emprego nas férias, Kelsey acaba trabalhando num circo, onde sua tarefa é limpar o local e alimentar os animais. E é lá que ela conhece Ren: o lindo e imenso tigre branco, com olhos azul cobalto e que são capazes de hipnotizá-la. Sem entender o motivo, Kelsey sente uma ligação imediata com o tigre, e passa todo o seu tempo livre do circo ao lado da jaula de Ren, lendo livros ou simplesmente conversando com ele. Ela sente que o tigre que vive isolado de todos é como ela, e os dois gostariam de ser livres.

Quando seu trabalho está no fim, Kelsey recebe um convite inusitado: Ela conhece o Sr. Kadam, um senhor indiano, que aparece no circo e também fica encantado pelo tigre Ren. Ele se apresenta a todos do circo e revela que trabalha para um indiano muito rico, que preza pelos tigres e gostaria de comprar Ren e levá-lo a uma reserva florestal, para que ele possa viver entre os seus. O Sr. Kadam então contrata Kelsey para levá-lo, alimentar e cuidar do tigre durante a viagem (Não é nada estranho do tipo “Meu deus, ela tá indo pra fora do pais com um desconhecido, ela não sabe sobre prostituição? Isso nunca aconteceria.”  Nada disso! A família de Kelsey pesquisa sobre o Sr. Kadam, seu empregador, o sr. Kadam faz questão de se apresentar a todos, compra as passagens de Kelsey, tudo na mais perfeita ordem, o que dá credibilidade a leitura). Alimentada pela vontade de passar mais tempo com seu tigre – e claro, pela quantia gorda que lhe foi oferecida pelo trabalho – Kelsey resolve aceitar… E só digo que: mal sabe ela que bela decisão ela tomou!

Somos levados junto com ela por um mundo de descobertas sobre a índia, e nesse quesito Colleen Houck consegue ser espetacular e descrever tudo maravilhosamente bem! Os cenários, a culinária, as histórias… tudo é fantástico! Nunca nessa vida achei que fosse sentir tanta vontade de conhecer a Índia, mas cá estou eu, já procurando passagens na decolar.com

Também nunca fui fã de histórias mitológicas, mas em “A Maldição do Tigre” a mitologia consegue ser a cereja que faltava do bolo: o livro consegue ser doce, engraçado, romântico e cheeeio de aventuras! Sei que venho aqui toda semana e falo “leia esse” “leia aquele” mas gente, agora o assunto é sério: vocês tem que ler “A maldição do tigre”.

“A maldição do tigre” é o primeiro livro de uma série de 5, onde quatro já estão publicados no Brasil, e em breve vocês terão a resenha de todos aqui. Ao terminar a leitura, fiquei com duas sensações: a imediata era de: eu PRECISO do livro dois para sobreviver. A segunda foi: eu vou reler esse livro pro resto da minha vida!

 (plus: )

 

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Resenha: O Feitiço Azul, Richelle Mead

A atual missão da alquimista Sydney Sage fez com que ela revisse seus conceitos não só sobre os vampiros, mas também sobre a própria organização à qual pertence, responsável por esconder a existência dessas criaturas do resto da humanidade. Sydney acabou descobrindo um grupo dissidente que tinha muito em comum com os alquimistas, mas objetivos bem mais radicais. Certa de que seus superiores estão guardando segredos sobre essa facção paralela, ela contará com a ajuda do misterioso ex-alquimista Marcus Finch para tentar desvendá-los. Mas isso só será possível se ela conseguir escapar de uma ameaça ainda mais urgente; uma feiticeira cruel que suga a alma de jovens usuárias de magia. Enquanto isso, a garota luta contra os sentimentos cada vez mais fortes pelo rebelde vampiro Adrian Ivashkov. Há tabus e preconceitos milenares arraigados entre as duas raças, que representam um obstáculo enorme para esse relacionamento. Mas Adrian é persistente e é o único em quem ela confia para enfrentar as ameaças que se aproximam. Será que Sydney conseguirá se libertar do seu modo de vida e se render a esse romance?

“O Feitiço Azul é um livro que se devora, os amantes de Sydney e Adrian vão se deliciar lendo.”

– Beco Literário

 

O Feitiço Azul é o terceiro volume da série Bloodlines, escrita por Richelle Mead. Bloodlines é o spin-off da saga Academia de Vampiros.

Sydney está mais dividida do que nunca, e para piorar, tudo que ela um dia acreditou pode ser uma farsa. Mais disposta do que nunca para descobrir a verdade sobre os alquimistas, vai acabar embarcando em uma aventura louca.

Começo logo dizendo, relação de amor e ódio com esse livro. Por quê? Simplesmente por ser tão bom e ao mesmo tempo arrastado, não que seja uma leitura demorada, longe disso, é uma leitura totalmente dinâmica e rápida, porém, demora um pouco para deslanchar e ir para o ponto principal. O que me fez gostar tanto desse livro foi, sem sombra de dúvida, o romance principal, como não shippar? Eu simplesmente amo a forma como a Richelle desenvolve os romances em seus livros, totalmente despretensiosa e deixa acontecer “naturalmente” com o decorrer dos fatos.

A trama desse volume não é tão previsível como a de O Lírio Dourado,e a vilã, apesar de demorar, vamos dizer quase o livro todo para agir, ainda é sagaz e bem perversa. O clímax do livro contém ação e em alguns momentos é impressionante vê onde as coisas chegaram. Mas uma coisa que me irritou foi o fato de demorar muito para chegar ao ponto principal, tudo bem que aconteceram algumas coisas bem interessantes e importantes para a história, mas sabe, queria ver a vilã em ação. Mas entendo o lado da Richelle querer dá um destaque maior na história sobre os alquimistas e a “facção” do Marcus.

Outro ponto que me decepcionou, Marcus, o novo personagem que apareceu, confesso que achava que ele entraria na história e estremeceria o coração de Sydney, mas vi que o que não aconteceu neste livro, com certeza vai acontecer no quarto volume, disso tenho certeza. Eu já estava sentindo falta de algo para balançar o romance principal e vi que Marcus vai fazer isso.

Já a Sydney nesse livro, parecia uma protagonista de distopia, com tantas dúvidas sobre a organização dos alquimistas, e prestes a se juntar a um grupo contra os alquimistas, me lembrou de muita essas diversas distopias. Espero que essa Sydney cheia de dúvidas permaneça com essas ideias no próximo volume, aliás, creio eu que isso vai ser a grande reviravolta da história.

Quanto aos outros personagens, continuam do mesmo jeito, impossível de odiar. Uma coisa que amo em Bloodlines são os personagens, não odeio nenhum deles, e isso é algo raro. Ponto para Bloodlines.

E o final, que final hein?! Confesso que esperava um final totalmente revoltante, bem, as duas últimas páginas são revoltantes, mas termina numa paz incrível, até estranhei, mas bem, de uma coisa tenho certeza, o quarto livro vai ser uma bomba. Esperem pra ver.

Mais uma vez, deixo meus parabéns para a editora Seguinte que continua fazendo um trabalho incrível com essa série. A capa deste volume é totalmente impecável! Parabéns Seguinte, continue assim.

 

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Resenha: Música do Coração, Katie Ashley

Para Abby Renard, o plano era para ser simples, se juntar a banda de seus irmãos na última etapa da sua turnê de verão, e decidir se ela está finalmente pronta para a ribalta, tornando-se o seu quarto membro. É claro que ela nunca imaginou que tropeçar no ônibus de turnê errado na Rock Nation, teria acidentalmente pousado-a na cama de Jake Slater, o notório vocalista mulherengo da Runaway Train. Quando ele a confunde com uma de suas groupies, Abby rapidamente esclarece que ela com certeza não está na sua cama de propósito.
Jake Slater nunca imaginou que o anjo que caiu na sua cama iria resistir a seus encantos, no mesmo instante o deixou de joelhos. Naturalmente, o fato de que ela parece uma menina certinha do coro poderia ser qualquer coisa, menos o tipo dele. Então, ele esta mais do que surpreso quando, depois de apostar com Abby que ela não duraria uma semana no seu ônibus de turnê, ela esta mais do que disposta a provar que ele estava errado. Com a vida pessoal de Jake implodindo a sua volta, ele encontra uma improvável aliada em Abby. Ele nunca conheceu uma mulher que pudesse conversar, brincar, ou o mais importante fazer música com ela.
Quando a semana começa a chegar ao fim, nem Abby, nem Jake estão prontos para seguir em frente. Pode uma cantora de Country querida e um bad boy do rockn’roll, de verdade, terem um futuro juntos?

Peguei “Música do Coração” na fila para pagar outros livros e enquanto lia a contra-capa, resolvi levar… Não posso dizer que me apaixonei pelo livro ou que não consegui parar de ler, mas foi uma leitura gostosa. “Runaway Train” é o primeiro livro de uma trilogia que tem potencial para se tornar um novo sucesso new adult.

Nos deparamos com uma história clichê, de Abby, uma garota virgem e com valores fieis, que cresceu com seus irmãos, e por isso sabe bem como lidar com os homens e a responder os rapazes a altura. Seus irmãos tem uma banda de rock gospel, e ela vai encontrá-los ao fim de um grande encontro musical com várias bandas, afim de terminar a turnê com eles e quem sabe, se tornar uma das vocalistas da banda em breve. Mas devido a uma confusão na hora do embarque, ela acaba entrando no ônibus errado, e não percebe isso. Ao imaginar que seus irmãos estão dormindo, ela também vai tirar um cochilo, e quando acorda, já está no meio da estrada do ônibus de uma banda extremamente famosa de rock pesado, e ao achar que vai acordar o irmão, acaba acordando Jake Slater, o vocalista badboy e mulherengo da banda.

Jake logo fica encantando pela aparição desse “anjo” em sua cama, mas cai na real quando ela lhe dá um chute nas suas “partes íntimas” e empurra ele. A partir desse momento, Jake sente mais prazer ainda em pirraçá-la. Ao ligar para seus irmãos e tentar resolver a situação, Jake usa da sua sedução e pirraça Abby novamente, dizendo que ela, uma menina “mimada” não conseguiria passar uma semana no ônibus com homens de verdade, e Abby resolve aceitar a aposta e só voltar para casa depois de uma semana.

Ai está o motivo que tive descrença na história do livro… Porquê isso, meu Deus? Porque uma aposta com uma pessoa aleatória? Acho que a história teria sido muito mais convincente se, devido aos shows e as turnês das bandas (tanto da banda de Jake, quanto da banda dos irmãos de Abby) eles só pudessem se encontrar depois de uma semana. Acho que seria mais verídico e passaria ao leitor a impressão que a autora provavelmente queria dar: que Abby não estava ali porque queria, estava ali por um erro.

Enfim, superado (ou não) esse incidente, Abby acompanha os meninos da banda e se demonstra uma companhia prazerosa para todos os companheiros da banda. Abby consegue ser engaçada e colocar Jake em seu lugar todas as vezes que ele tenta fazer uma gracinha pra ela. O que ela não sabe, é que Jake está passando por um momento muito difícil com a doença de sua mãe, e isso afeta todo seu comportamento e sua agressividade.

A história se torna um pouco previsível, como todo new adult, mas é um livro muito divertido. Você consegue se afeiçoar a Abby e suas respostas atrevidas, consegue se afeiçoar a Jake, quando passa a conhecê-lo e até os personagens secundários, os caras da banda… Todos conseguiram me fazer rir. Temos comédia, temos romance e temos muito drama nas últimas páginas. O livro consegue ser satisfatório em seu objetivo, e acho que contém arcos suficientes para os próximos dois que virão pela frente… vamos aguardar!

 

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Resenha: O Lírio Dourado, Richelle Mead

Sydney Sage adoraria ir para a faculdade como qualquer garota comum, mas ela faz parte do grupo dos alquimistas – os responsáveis por esconder a existência dos vampiros do resto da humanidade -, então isso não tem a menor chance de acontecer. Ainda mais depois que ela é convocada para uma missão superimportante: passar uma temporada num colégio interno na Califórnia para ajudar a esconder a princesa vampira Jill Dragomir.
Após enfrentar vários desafios, Sydney sente que alcançou certa tranquilidade em sua empreitada – tanto que encontra tempo até para arrumar um namorado. Brayden é um garoto inteligente que combina com ela em todos os sentidos. Mas por mais perfeito que esse relacionamento pareça, Sydney acaba se sentindo atraída por outra pessoa: alguém proibido para ela e que coloca em xeque todos os seus valores. Mais do que nunca, a lealdade de Sydney será testada, e ela precisará decidir entre suas crenças e seu coração.

“Tão bom quanto o primeiro volume.”
-Beco Literário

O Lírio Dourado é o segundo volume da série Bloodlines, escrita por Richelle Mead. A série é um spin-off da saga Academia de Vampiros.

Depois dos acontecimentos de Laços de Sangue, a alquimista Sydney Sage, quer apenas um descanso. Sua relação com os vampiros que a acompanham está calma, porém estão muito próximos, e isso vai contra os seus conceitos.

Esse volume segue a mesma linha do primeiro, porém, a escrita de Richelle evoluiu e os personagens se desenvolveram melhor. A trama deste livro é mais elaborada do que a do primeiro. A forma como Richelle foi trançando o enredo é tão envolvente que quando damos conta, estamos tão envolvidos na vida deles que é impossível não tomar suas dores. Algo que me impressiona na narrativa de Mead é a rapidez e agilidade, é simplesmente incrível, que apesar de nada muito relevante ocorrer durante quase todo o livro, a leitura é divertida, dinâmica e prazerosa. Os personagens, ah, os personagens, tão fáceis de apegar, tão bem estruturados que é impossível odiar algum deles.

Acredito que Bloodlines é a única série que não odeio nenhum personagem, amo particularmente cada um deles, mas preciso admitir que tenho uma paixão platônica pela Sydney. Como não amar ela? Tão inteligente e tão humana que é impossível não se apaixonar. A sua forma de pensar é tão racional que chega a ser espantoso. A cordialidade de seus diálogos é tão incrível que até eu mesmo queria falar como ela. Só elogios, e para os outros também. Adrian, Jill, Eddie e Angeline, que são totalmente diferentes um do outro, mas quando se juntam são o grupo perfeito, apesar das diferenças. Destaque também para Dimitri e Sonya, que mesmo sendo secundários nesta série ainda ajudaram a resolver o problema da trupe de Sydney.

Deixo aqui meus parabéns para Richelle por criar personagens tão excepcionais. Apesar do grande clímax da história ser um pouco previsível, não tira a emoção da descoberta sobre o que estava atormentando os personagens, e a coragem deles foi algo realmente impressionante. E o final, (que final!), leva os leitores ao delírio e logo depois destroçam os sentimentos de tal maneira… Desesperadora.

Enfim, O Lírio Dourado consegue ser melhor do que Laços de Sangue, mas continua seguindo a mesma linha, mais do que recomendado, Bloodlines é uma série que amantes de vampiros não podem deixar de ler. Deixo aqui também meus parabéns pelo trabalho da Editora Seguinte com essa série, é totalmente fantástico seu trabalho de edição, o extremo cuidado de deixar a diagramação perfeita e a capa com detalhes que ainda chamam mais atenção do leitor. Incrível.

 

 

E não se esqueça de deixar sua opinião nos comentários, aliás, ela é muito importante para nós.

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Resenha: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, J.K. Rowling

As aulas estão de volta a Hogwarts e Harry Potter não vê a hora de embarcar no Expresso a vapor que o levará de volta à escola de bruxaria. Mais uma vez suas férias na rua dos Alfeneiros, 4, foi triste e solitária. Tio Válter Dursley estava especialmente irritado com ele, porque seu amigo Rony Weasley tinha lhe telefonado. E ele não aceitava qualquer ligação de Harry com o mundo dos mágicos dentro de sua casa. A situação piorou ainda mais com a chegada de tia Guida, irmã de Válter. Harry já estava acostumado a ser humilhado pelos Dursley, mas quando tia Guida passou a ofender os pais de Harry, mortos pelo bruxo Voldemort, ele não agüentou e transformou-a num imenso balão. Irritado, fugiu da casa dos tios, indo se abrigar no Beco Diagonal. Lá ele reencontra Rony e Hermione, seus melhores amigos em Hogwarts e, para sua surpresa, é procurado pelo próprio Ministro da Magia. Sem que Harry saiba, o ministro está preocupado com o garoto, pois fugiu da prisão de Azkaban o perigoso bruxo Sirius Black, que teria assassinado treze pessoas com um único feitiço e traído os pais de Harry, entregando-os a Voldemort. Sob forte escolta, o garoto é levado para Hogwarts. Na escola as dificuldades são as de sempre: Severo Snape, o professor de Poções, o trata cada vez pior, enquanto ele tem de se esforçar nos treinos de quadribol, e levar Grifinória à vitória do campeonato. Para piorar a situação, os terríveis guardas de Azkaban, conhecidos por dementadores, estão de guarda nos portões da escola, caso Sirius Black tente algo contra Harry. Por fim, Harry tem de enfrentar seu inimigo para salvar Rony e obrigado a escolher entre matar ou não aquele que traiu seus pais. Com muita ação, humor e magia, Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban traz de volta o gigante atrapalhado Rúbeo Hagrid, o sábio diretor Alvo Dumbledore, a exigente professora de transformação Minerva MacGonagall e o novo mestre Lupin, que guarda grandes surpresas para Harry.

O Prisioneiro de Azkaban é um dos meus livros preferidos, não me pergunte qual de Harry Potter eu não digo isso, sem dúvidas, e cujo filme foi um choque um tanto decepcionante para mim. Muita gente fala que é o melhor filme, e me sinto totalmente excluído ao discordar, mas, fazer o quê.

Bom, que a vida de Harry na casa dos Dursley é complicada, disso todos nós já sabemos, mas a estadia do garoto só piora com a chegada da irmã do Tio Válter, Guida, uma mulher extremamente arrogante e folgada, que trata Potter como se fosse apenas mais um móvel ou um pedaço que carne que só merece ser punido, pelo o que os pais supostamente foram. Irritado, Harry se descontrola magicamente e faz a tia inflar como um balão, que perde o controle e sobe aos céus, sobrevoando toda a cidade.

A palavra de uma criança, embora honesta e verdadeira tem pouco valor para aqueles que não sabem mais ouvir.

Feito isso e ciente de que as punições seriam severas, Harry prepara o malão e sai de casa sem destino algum, e acaba se deparando com o Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos – basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos levá-lo aonde quiser… –, que o leva até o Caldeirão Furado, onde conhece Cornélio Fudge, o ministro da magia e fica sabendo então, do que houve na casa dos tios trouxas depois que saiu.

Logo que chega ao universo mágico, descobre que o mundo da magia está em alarde: Sirius Black, condenado por vários assassinatos, havia fugido da prisão de segurança máxima de Azkaban, sendo o primeiro a conseguir tal feito. Todos dizem que Harry deve ter cuidado e não procurar o criminoso, mas o próprio não entende exatamente o porquê de tais conselhos, apesar de saber que Black está a sua procura.

Pode se encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se a pessoa se lembrar de acender a luz.

A trama de Rowling se desenvolve magnífica como sempre, sendo este livro, um verdadeiro divisor de águas entre a infância completa e totalmente inocente de Harry e sua pré-adolescência, que promete não ser nada pacata, o que é comprovado mais uma vez, enquanto viaja a bordo do Expresso de Hogwarts, e um Dementador – criaturas negras, com capas, que sugam toda a felicidade existente dentro de uma pessoa -, que deveria apenas patrulhar os vagões em busca de Black, ataca o garoto, fazendo-o desmaiar. Mas isto não foi tudo: Harry foi o único a sofrer tal dano, que só não foi maior porque o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas estava ao seu lado: Remo Lupin, que para mim, foi um dos melhores professores que Harry já teve em Hogwarts.

Em meio a previsões de morte feitas pela professora de adivinhação, Sibila Trelawney, bichos-papão e dementadores, Harry ganha dos gêmeos Weasley, o Mapa do Maroto, que mostra um mapa completo de Hogwarts, inclusive onde está cada pessoa naquele exato momento, mina de ouro para ele, que finalmente pode visitar o vilarejo de Hogsmeade, através das passagens secretas e da capa da invisibilidade e inclusive, chega a mostrar alguém que deveria estar morto, Pedro Pettigrew, o famoso Rabicho…

Juro solenemente não fazer nada de bom.

Além disso, Hermione está mais sobrecarregada que nunca: ganhou um vira-tempo da professora Minerva, que permite à garota estudar todas as matérias, até mesmo aquelas que ocorrem ao mesmo tempo e posteriormente, ajuda a salvar mais de uma vida inocente, como coloca Dumbledore, tão sabiamente.

A aura de mistério que emana do livro aumenta a cada página e é sustentada completa e magnificamente sem furos pela autora, capaz de fazer o leitor sentir e imaginar tudo o que descreve com perfeição e maestria, além de esclarecer aos poucos, pequenos fantasmas do passado, que inclui o pai de Harry e seus amigos, chamados na época, de Marotos.

O filme, dirigido por Cuarón, foi outro divisor de águas que transformou a atmosfera mais mágica e paternal da Hogwarts de Columbus em algo mais sério, mais frio e se a palavra me permite, mais sombrio. O filme tem cenas perfeitas e regidas de maneira magnífica, apesar de apresentar cortes que me deixaram extremamente irritado, como as explicações acerca do Feitiço Fidelius e os contos dos Marotos. Entendo que é uma adaptação porém, certas coisas não poderiam ficar de fora.

Quando um Wood soluçante, passou a Taça a Harry e este a ergueu no ar, o garoto sentiu que seria capaz de produzir o melhor Patrono do mundo.

É fato que recomendo Harry Potter para qualquer pessoa e acredito que esta história deveria ser apresentada a todas as crianças do mundo, nas escolas ou em casa, para que elas aprendam a dar valor nas coisas que realmente importam, além, é claro, das outras inúmeras lições que Joanne nos passa, como as mais variadas formas de amor, e que este é mais que um simples eu te amo  e outras palavras repletas de significados vagos, já que, o principal combustível para esta explosão de fatos, foi o amor, presente em cada entrelinha de cada livro, mesmo nenhum deles apresentando a comum e agora tão fútil frase de três palavras.

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Resenha: Escolhida (House of Night 3), P.C. Cast e Kristin Cast

Neste terceiro livro da série House of Night os acontecimentos tomam um rumo misterioso e perturbador. Zoey tenta encontrar uma solução para ajudar Steve Rae, que luta para manter sua frágil humanidade, antes que ela se transforme em um monstro. Entretanto, salvar sua melhor amiga significa ir contra Neferet, e para conseguir o que quer, Zoey acaba se aliando a uma inesperada pessoa, tornando-se sua confidente e parceira. Para complicar, o horror atinge a Morada da Noite quando dois assassinatos ocorrem. Zoey se vê num drama pessoal e numa posição realmente delicada. Deve guardar segredos, até mesmo de seus amigos, tomar decisões muito importantes, e agora que acabou se envolvendo com um terceiro cara, deverá lidar com os três, já que não consegue se decidir entre eles.

Escolhida é terceiro livro da cativante e viciante série House of Night, escrita pelas autoras americanas P.C. Cast e Kristin Cast e, todo o seu enredo é de certa maneira, transitivo entre os fatos que ocorreram no livro anterior (Traída, leia resenha aqui) e o próximo, Indomada.

No último livro, Zoey descobre que sua grande mentora e sacerdotisa, Neferet, criou uma nova raça de vampiros, através daqueles que morreram ou rejeitaram a transformação, inclusive sua melhor amiga, Stevie Rae. Os novatos vermelhos, como são chamados, retornam da morte com a marca da Deusa vermelha, em vez de azul, uma tatuagem em forma de meia lua na testa que cresce conforme o vampiro amadurece, e além disso, não podem sair ao sol sem entrar em combustão espontânea, ou adentrar a casa de algum desconhecido sem convite do proprietário do local.

Você está mudando, Zoey. E eu não tenho certeza do que você está se tornando.

O enredo do livro, se dá com a protagonista Zoey tentando ajudar a melhor amiga, Stevie Rae, que havia rejeitado a transformação e agora era uma vampira vermelha, a superar todos os desafios que sua nova espécie impõe. Rae, estava vivendo na clandestinidade assim como os outros novatos, e sem qualidades básicas de vida ou saneamento, isto é, como se escondiam nos túneis subterrâneos de Tulsa – uma rede subterrânea de túneis enormes, com galerias e salas, quase sob os pés -, não tinham acesso a banheiro, roupas limpas, nem tampouco sangue fresco e por isso, deveriam consegui-lo por meios próprios, isto é, matando humanos.

Oh, Zoey passarinha, eu chamei o marido da sua mãe de droga de cocô de macaco em voz alta?

Enquanto isso, Aphrodite, que subitamente perdeu a marca de Nyx no último livro e virou humana novamente, passa a ter visões relacionadas a Zoey e seu futuro, que agora está totalmente incerto e mais arriscado que nunca, já que ajudar os novatos vermelhos a saírem da clandestinidade é o mesmo que enfrentar Neferet abertamente e, apesar do círculo da horda de nerds ser extremamente poderoso, será que serão páreos para uma vampira completa e extremamente poderosa, que ainda por cima tem livre autonomia sob os alunos?

Como todos os outros livros da série, Escondida te prende a cada página e te faz querer ler mais e mais, até que quando você cai em si, já terminou a série. Nos apresenta e esclarece um pouco mais as dúvidas abertas no livro anterior, sem deixar a desejar em muitos aspectos, a não ser um, que me incomoda até hoje: como Neferet criou os novatos vermelhos? Tal questão não foi sanada em nenhum dos livros da série até o momento e, apesar de parecer apenas algo fútil, você se perguntará ao ler a história, já que qualquer informação mitológica ou cultural dos vampiros parece importar para nós, meros humanos.

Independente disso, recomendo House of Night para todos aqueles que buscam uma série de fantasia capaz de tirar o fôlego do começo ao fim, além de te fazer especular o futuro dos personagens e imaginá-los vivos dentro de sua cabeça. O livro é extremamente leve, e a leitura não é nada cansativa, é como ver um filme que passa dentro da cabeça do leitor onde este é o diretor principal e tem autonomia para moldá-lo como bem entender.