Resenhas

Resenha: O resgate do tigre, Colleen Houck

Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d’água imortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos. Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca – dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren –, a dupla improvável começa a questionar seu destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey. Em O Resgate do Tigre, a aguardada sequência de A Maldição do Tigre, os três personagens dão mais um passo para quebrar a antiga profecia que os une. Com o dobro de ação, aventura e romance, este livro oferece a seus leitores uma experiência arrebatadora da primeira à última página.

O segundo livro da coleção começa com Kelsey seguindo sua vida pós-Ren e toda a aventura na Índia. Por mais que eu ache sua atitude no final do primeiro livro muito exagerada, quase como se ela quisesse fugir da felicidade, eu consigo entender os motivos que a levaram a essa decisão: ela é uma humana comum e Ren é um príncipe maravilhoso, que passou anos aprisionado e ele deveria curtir sua vida de volta, e não se prender a alguém que ele mal conhecia. De volta a Oregon, sua cidade natal, ela tentando sair com outros caras, estuda em todo tempo livre, pratica um curso de artes marciais (afinal, ela teve que lutar muito mais que imaginava e dormia  agarrada a um tigre de pelúcia. Tudo isso, até a aparição de Ren de surpresa no Natal.

A partir dai, o livro assume um romance fora do normal: temos Ren, mais maravilhoso o que nunca tentando conquistá-la, aprendendo a conviver com os humanos e sendo cada dia mais doce. As cenas e Kelsey e Ren no começo de “O Resgate do Tigre” eram tão lindas que eu não conseguia ler o livro em locais como: no ônibus ou na cozinha enquanto limpavam a pia. Eu tinha que ler cada trecho dito por Ren em um lugar tranquilo, onde todas as atenções eram para aquelas palavras.

Ei, você nunca me disse o que significa chittaharini.
Ele beijou meus dedos.
– Significa “a que cativa a minha mente.”
– E iadala?
– Querida.
– Como se diz “eu te amo”?
– Mujhe tumse pyarhai.
– E “estou apaixonada”?
Ele riu.
– Você pode dizer anurakta, que significa que você “está se afeiçoando a” alguém. Ou pode dizer que é kaamaart, que significa que é uma “jovem intoxicada com amor ou perdida de amor”. Prefiro a segunda forma.
Sorri, de modo afetado.

Finalmente posso falar sobre a melhor parte do livro: Ren! Gente, que protagonista é esse? Acho que ele consegue juntar um pouquinho de cada parte dos protagonistas que tanto amamos (plus ser um tigre e te defender) e temos Ren.  Me segurei muito na primeira resenha pra que não falar dele, mas eu não queria dizer que Ren era o tigre antes da hora certa. Graças a batalha travada no primeiro livro, Ren agora pode passar 6 horas como homem, e ele faz bom proveito desse tempo.

 

Existem muitos tipos de beijos. Há o beijo apaixonado de adeus – como o que Rhett deu em Scarlett ao partir para guerra. O beijo de “não posso ficar com você, mas quero ficar” – como o de Super-Homem e Lois Lane. Tem o primeiro beijo – delicado e hesitante, cálido e vulnerável. E tem também o beijo de posse – que era como Ren me beijava naquele momento.

Enquanto eles estão na faculdade, a sombra e Lokesh ainda ronda todos eles: procurando por Kelsey a qualquer custo. Para aumentar a segurança da garota, Ren chama seu irmão, Kishan, que não perde uma oportunidade de dar em cima de Kelsey. Em um determinado momento, Lokesh consegue achá-los (afinal, o livro estava bom demais pra ser verdade), e para salvar Kelsey de ser capturada, Ren se sacrifica e fica para trás, e Kelsey é levada por Kishan em segurança para casa;

Juntos, Kishan, Kelsey e Sr. Kadam tentam desvendar os enigmas da próxima profecia: aquela que dará aos tigres 12 horas como humanos, e a todo o momento procuram por Ren. Enquanto Sr. Kadam se encarrega das buscas, ele convence Kelsey e Kisham a partirem na jornada para acabarem com mais essa etapa da Maldição do Tigre, e é ai que eu comecei a não gostar. Como já era esperado, Kishan e Kelsey se aproximam cada vez mais, e Kishan se declara para a garota, mesmo sabendo que ela é namorada do seu irmão.

Não sou o tipo de homem que reprime os sentimentos, Kells. Não fico sentado no quarto me consumindo de tristeza, escrevendo poemas de amor. Não sou um sonhador. Sou um lutador. Sou um homem de ação e vou precisar de todo meu autocontrole para não lutar por isso. Quando é preciso fazer alguma coisa, eu faço. Quando eu sinto alguma coisa, eu tomo uma atitude. Não vejo nenhum motivo para que Ren mereça ter a garota dos seus sonhos e eu não. Não me parece justo isso acontecer comigo duas vezes.

Kelsey permanece fiel a Ren, mas começa a duvidar de seus sentimentos e a gostar da presença de Kishan e foi ai que eu parei de me identificar com ela. Sim, eu acredito que alguém possa amar duas pessoas ao mesmo tempo, mas não acredito que alguém possa estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo. Nunca consegui me solidarizar com triângulos amorosos, por mais bem feitos que eles sejam. Nunca na minha história de vida/história literária consegui acreditar em alguma história desse tipo – a ÚNICA exceção a essa regra e o único triangulo amoroso que eu consegui compreender, aceitar e até sofrer com eles, foi o de Will, Tessa e Jem <3 em “As peças infernais”- mas pra quem gosta de triângulos amorosos, essa é uma história de mão cheia.

Entre buscas pelos presentes da deusa Durga, mais vilões e mais etapas afim de conseguir deter a maldição do Tigre e ainda as aventuras para resgatar Ren, o livro consegue prender o leitor, com emoções a todo o momento. O livro consegue ainda sua dose de cenas fofas e percebemos a forte ligação familiar que se estabelece entre Kelsey, Nilima, Sr. Kadam, Ren e Kishan.

A publicação continua impecável, a capa continua maravilhosa e a leitura continua sendo indicada!

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