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Resenha: Para Onde Ela Foi, Gayle Forman

Já se passaram três anos desde que Mia saiu da vida de Adam. E três anos ele passou se perguntando por que. Quando seus caminhos se cruzam novamente em Nova York, Adam e Mia são trazidos de volta para uma noite que poderá mudar suas vidas. Adam finalmente tem a oportunidade de fazer a Mia as perguntas que assombraram ele. Mas será que algumas horas nesta cidade mágica serão o suficiente para colocar o passado para trás? – Você pode realmente ter uma segunda chance no primeiro amor?

Atenção: Essa resenha contém spoilers do livro #1, “Se eu ficar”.

Quando comecei “Para onde ela foi” tive muito medo. E não é aquele medo comum que você tem ao ler a continuação de uma história muito boa: aquele medo de que ela não vai ser boa o suficiente para segurar o enredo, ou que o fim não fará jus a toda a trama. Foi um medo maior… “Se eu ficar” (confira a resenha clicando aqui) foi um livro muito forte pra mim, em todos os sentidos. Ele abordou temas que mexeram com o fundo do meu coração, me fizeram repensar toda a minha existência e o valor que eu atribuo às coisas que tenho, mas acima de tudo, para mim ele foi um livro real.

No primeiro livro não tivemos historinhas fofas, Gayle Forman não pegou leve com os leitores e eu adorava isso. Essa sensação de que, mesmo abordando temas polêmicos como vida após a morte, Gayle conseguia me prender na veracidade dos fatos e não em uma realidade paralela/história espírita/faz de conta. Meu maior medo era esse: “Tá, então se Mia voltar vai ser tudo lindo, ela vai voltar feliz e tocando violoncelo, casar com Adam e ter 3 filhos”. Mas onde estaria a realidade nisso? Onde estarão as pesadas sessões de fisioterapia para recuperar seus movimentos, o choque ao descobrir que perdeu toda sua família, o desespero de se sentir sem rumo e a depressão ao tentar lidar com a morte? Aí pensei: “Tá, mas se tiver tudo isso o livro vai ser uma merda e vou precisar de acompanhamento psicológico depois de ler”. Então decidi parar de criar possíveis continuações e me abrir ao que Gayle Forman tinha preparado pra mim: uma obra-prima!

Para os leitores, terminar “Se eu ficar” foi um verdadeiro desespero: o livro acaba do nada, com Mia abrindo os olhos e nós, ansiosos pelo próximo capitulo, passamos a página para descobrir… os agradecimentos!

E só depois de muita espera, começamos a continuação da nossa história com muitas surpresas. O livro dessa vez é narrado por Adam, e temos um salto no tempo de 3 anos após o acidente com a família de Mia. Adam é um músico famoso e sua banda – Shooting Star, está no topo do iTunes, enquanto Mia é uma violoncelista de sucesso que acaba de entrar em turnê. Eles não estão mais juntos.

Perdida nesse mundo novo, fiquei super tensa e revoltada porque a história começou assim. Eu queria saber os pormenores da recuperação de Mia, o passo a passo de Adam virar uma estrela do rock e uma pessoa depressiva e revoltada e comecei a me irritar com o livro! Mas como é mais fácil eu virar uma girafa do que Gayle Forman me decepcionar, lá está seu brilhantismo de novo: ela vai nos contando aos poucos, pela narração de Adam, como Mia deixou a música trazer sua vida de volta, como ele foi abandonado por Mia, como ele sofreu, como ele canalizou toda sua raiva e decepção em músicas, como sua banda estourou, tudo em flashback com a realidade temporal.

“Meu primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só quero tocar sua bochecha, ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que nos separa, medido em passos – não em milhas, não em continentes, não em anos –, e acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um privilégio que me foi tirado.”

Confesso que senti muita raiva de Mia por ter deixado Adam, mas quando eles se reencontram no concerto de Mia (e aqui meu coração parte um pouquinho) e ela explica tudo o que passou, tudo que ela lembrava, ouvi-la falar sobre sua família, como ela ainda sente um pouquinho deles dentro dela e sobre os motivos que a fizeram se afastar (aí meu coração quebra mais um tiquinho) eu compreendi todas as ações de Mia. E depois desse “fechamento”, Adam – que tanto lutou para ajudar Mia, que acompanhou toda a sua melhora e que pediu para que ela ficasse –  consegue finalmente ter um pouco de paz.

“Fiz a coisa certa. Sei disso agora. Sempre soube, mas parece tão difícil enxergar atrás da minha raiva. E tudo bem se ela tiver raiva. Tudo bem, até, se ela me odeia. E foi egoísta o que eu pedi que ela fizesse, mesmo que terminasse sendo a coisa menos egoísta que eu já fiz. A coisa menos egoísta que eu tenho de continuar fazendo. Mas eu faria de novo. Faria aquela promessa milhares de vezes e a perderia milhares de vezes para tê-la ouvido tocar a noite passada ou vê-la esta manhã à luz do sol. Ou mesmo sem isso. Só para saber que ela estava em algum lugar aí fora. Viva.”

(Aí meu coração, já dilacerado, vira pó). Mas que bom que consegui me recuperar a tempo de ler o final. Aaaaah o final! Eu nunca imaginaria, com toda a minha fértil imaginação, algo tão puro, tão simples e tão a cara deles. Gayle nos deu de novo mais uma lição sobre amor e sobre recomeços da forma mais singela e real que eu poderia imaginar. Só posso dizer que “Para Onde Ela Foi” conseguiu se equiparar a “Se eu ficar” e isso pra mim não é pouco elogio.

 (plus: )

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Resenha: O Desafio de Ferro (Magisterium #1), Holly Black e Cassandra Clare

AMIGOS E INIMIGOS. PERIGO E MAGIA. MORTE E VIDA. A maioria dos garotos faria qualquer coisa para passar no Desafio de Ferro. Callum Hunt não é um deles. Ele quer falhar. Se for aprovado no Desafio de Ferro e admitido no Magisterium, ele tem certeza de que isso só irá lhe trazer coisas ruins. Assim, ele se esforça ao máximo para fazer o seu pior… mas falha em seu plano de falhar. Agora, o Magisterium espera por ele, um lugar ao mesmo tempo incrível e sinistro, com laços sombrios que unem o passado de Call e um caminho tortuoso até o seu futuro. Magisterium – O Desafio de Ferro nasceu da extraordinária imaginação das autoras best-seller Holly Black e Cassandra Clare. Um mergulho alucinante em um universo mágico e inexplorado.

Desde que foi anunciado uma série escrita pela Cassandra Clare e pela Holly Black juntas, fiquei animado para ler. Duas das melhores escritoras fantásticas, juntas para escrever uma história do mesmo gênero. Não poderia esperar nada menos que maestria, certo? Certo.

O Desafio de Ferro, conta a história de um garoto chamado Callum Hunt, que não é um garoto popular, ou bem visto na escola ou na vizinhança. Todos o tacham como o louco, o esquisito. Mas tudo muda quando ele é obrigado a participar do Desafio de Ferro, uma espécie de teste para a escola de magia Magisterium, que não aceita todos aqueles que possuem poderes mágicos – os magos -, somente os melhores entre os melhores. Mas Call não quer entrar na escola. Ele sente repulsa pela magia, assim como seu pai.

Com um prólogo misterioso, a história se ambienta de maneira gradual, contando com detalhes o exterior e a visão introspectiva de um garoto que possui alguns traumas passados, que são alimentados por um pai, que por mais que ame seu filho, é distante.

Seguindo os conselhos de seu pai, Callum faz de tudo para falhar no Desafio de Ferro. Uma série de testes mágicos, que envolve desde textos teóricos sobre magia, até levitações de folhas de papel. Mas o garoto não precisa se esforçar muito para falhar. O desastre é iminente em todas as provas às quais ele é submetido, chegando, inclusive, a perder pontos na grade final, quando os mestres – os magos “professores” – avaliam os aplicantes para a Magisterium, pela primeira vez na história da escola. Nunca ninguém havia perdido pontos antes.

O Fogo quer queimar;
A Água quer fluir;
O Ar quer se erguer;
A Terra quer unir;
O Caos quer devorar.

A sensação de falhar não é boa, mas Call está consciente de que seguiu tudo o que seu pai disse, e nem precisou se esforçar para isso. Com certeza, não seria chamado para o colégio, depois de estragar tudo, várias vezes. Ele até fica despreocupado, quando o primeiro mestre começa a escolher seus aprendizes, somente os melhores… e Callum está entre eles.

É então que começa o frenesi de Alastair Hunt, pai do garoto, que inicia uma resistência e é retirado a força do hangar onde ocorreram os desafios. Mais uma vez, a fama de louco volta a rondar sua existência.

Nesses momentos, vemos que Callum é apenas mais uma criança, insegura, que necessita de bases sólidas para se desenvolver. Percebemos suas dúvidas e medos, que não éramos acostumados a ver nas narrativas de Cassandra Clare, já que a maioria de seus personagens são adolescentes ou adultos, mas que com certeza, já vimos com perfeição em alguns dos livros de Holly Black.

Depois do Desafio de Ferro, Call então se torna um aluno regular da Magisterium e é nesta parte que se inicia o clímax contínuo que a narrativa apresenta. As lutas internas para conseguir fazer amizades e mantê-las por perto, não desapontar aqueles que, pela primeira vez, ficaram interessados por ele… Nada é tão fácil como aparenta. Mas também, nada é tão medonho quanto o modo como o pai de Call falava. Será que tudo seria uma mentira, um egoísmo de Alastair para não viver sozinho?

Um de vocês irá falhar. Um morrerá. E o outro já está morto.

As aventuras são cativantes, o medo é paralisante e a amizade é a chave de tudo do que acontece e o que aguarda. Vemos todo um processo evolutivo, entre Call, Tamara e Aaron, os aprendizes do melhor mestre da escola, que se tornam cada vez mais próximos. Como dizia J.K. Rowling, em algum trecho de Harry Potter, “existem coisas que não é possível fazer sem as pessoas gostarem umas das outras”.

A narrativa de Black e Clare é leve, mas apresenta profundidade de maneira incomparável. Com semelhanças notáveis a Harry Potter, as autoras criaram uma mitologia própria em cima de coisas simples, como a natureza e seus elementos. É como se fosse real, algo escondido dos olhos humanos não mágicos.

Com um final digno de aplausos, totalmente surpreendente, deixo aqui minha indicação para todos os amantes dessa ramificação da literatura fantástica, sei que vocês não se arrependerão da leitura. E, aos Potterheads, peço que deem uma chance ao livro antes de comentarem qualquer coisa sobre as semelhanças. A maioria das publicações atuais são produzidas pela geração fruto da J.K. Rowling, grande precursora de todas as grandes árvores que estão crescendo agora – e gerando tais frutos.

Magisterium é uma obra real, que consegue te passar todas as angústias de um garoto que evolui de criança sem alicerces para um adolescente que um dia virá a ser uma grande fortaleza – desde que continue fiel aos seus próprios ideais.

Não se apega, não, Isabela Freitas - Sol em Escorpião
Livros, Resenhas

Resenha: Não se apega, não, Isabela Freitas

Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase “você deve encontrar a metade da sua laranja”. Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos.Tudo começa com um ponto final: a decisão de terminar um namoro de dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As amigas acharam que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles formavam um casal PER-FEI-TO! Mas por trás das aparências existia uma menina infeliz, disposta a assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha. Estava na hora de resgatar o amor próprio, a autoconfiança e entrar em contato com seus próprios desejos.Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é, Isabela precisa primeiro lidar com o assédio de um primo gostosão, das tentações da balada e, principalmente, entender que o príncipe encantado é artigo em falta no mercado.

Isabela Freitas, em seu primeiro livro, Não se apega, não, narra os percalços vividos por sua personagem para encarar a vida e não se apegar ao que não presta, ainda assim, preservando seu lado romântico.

Confesso que tinha preconceito com “Não se apega, não”. Achava que era mais um livro de autoajuda do que qualquer outra coisa. Até agora, muito tempo depois de ter terminado a leitura, ainda não sei classificar o livro. Não é autoajuda, nem um romance, nem ficção, semibaseado na realidade… E olha, rotular pra quê? Acho que é justamente o fato de o livro ser uma mistura que o torna especial.

Conhecemos a história de Isabela, uma garota que, aos 22 anos, termina um namoro de 2 anos com o cara que todas as suas amigas achavam ser “o príncipe”, mas que passava longe de ser um bom namorado. Depois de passar pelo julgamento de todas as pessoas que conhecia, que achavam que ela tinha terminado um relacionamento perfeito, Isabela começa a questionar os motivos de ter insistido tanto tempo e de como um casal que – para os outros eram maravilhosos – pode ser por dentro algo tão infeliz.

É engraçado como isso acontece tantas vezes! Vejo muitos casais que parecem ser perfeitos, almas gêmeas, que posam fotos felizes, declarações de amor e que me dão a impressão que foram feitos um pro outro. No outro dia, o namoro termina. A que ponto as relações chegaram? Até que ponto precisamos de uma pessoa para nos sentirmos felizes? E até que pontos estamos dispostos a aceitar qualquer um só para ter uma “pessoa” mas não ter “amor”?

Foram muitos questionamentos ao longo da leitura, todos me levaram a reflexão. Enquanto acompanhamos a personagem passar por todas as fases pós-término: tristeza, solidão, a vontade de sair pra ficar com qualquer um, e finalmente, aquele momento que você sente o peso sair das suas costas e começa a se sentir feliz outra vez.

“A vida é uma eterna roda gigante. Ora estamos em cima, ora estamos embaixo.Tudo na vida é mutável, tudo mesmo, inclusive nós. Por isso precisamos aprender a “deixar ir”. Nada é para sempre, por mais que queiramos que seja.”

Todos esses momentos são narrados pela personagem com muito humor. Todas as situações – engraçadas ou trágicas – em que Isabela se mete são muito bem escritas, e a leitura flui muito fácil. Apesar de abordar temas pesados como solidão e términos, o livro consegue ser extremamente leve. E é aqui que preciso parabenizar a autora, que em seu primeiro livro consegue um enorme sucesso no cenário nacional, e já nos faz aguardar por sequências! Resumindo minha opinião em uma palavra: Leia!

Outra observação é sobre a publicação: o livro é lindo e super caprichado nos detalhes! Desde a capa até o começo de cada capítulo, com frases reflexivas e engraçadas. A Intrínseca está de parabéns!

E quanto às coisas que mais ouço quando falo de “Não se apega, não”:
1) A história da personagem Isabela e da autora Isabela: não sei até que ponto ela é real. Temos sim o mesmo nome, a mesma cidade, o mesmo melhor amigo, a mesma faculdade, mas a autora diz que seu livro não é uma “biografia”. Acho ótimo não saber se tudo que li realmente aconteceu, caso contrário eu – e umas milhares de pessoas – conhecemos muito da vida e da intimidade da autora, e não acho que seja legal tamanha exposição.

2)Não, o livro da Isabela não dá dicas de relacionamentos, nem a fórmula mágica para superar um término. Ele vai nos passando, a cada capítulo, a cada história vivida pela personagem, algum aprendizado. Lemos sobre amor, recomeços, desilusões, amadurecimento, mas acima de tudo, aprendemos muito sobre o amor próprio.

“Desapego não é desamor”

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Resenha: O Filho de Netuno, Rick Riordan

Esta sequência da série Os heróis do Olimpo apresenta novos semideuses e criaturas incríveis, além de trazer de volta alguns monstros bastante conhecidos.
A vida de Percy Jackson é assim mesmo: uma grande bagunça de deuses e monstros que, na maioria das vezes, acaba em problemas. Filho de Poseidon, o deus do mar, um belo dia Percy desperta sem memória e acaba em um acampamento de heróis que não reconhece.
Agarrado à lembrança de uma garota, só tem uma certeza: os dias de jornadas e batalhas não terminaram. Percy e seus novos colegas semideuses vão enfrentar os misteriosos desígnios da Profecia dos Sete. Se falharem, as consequências, é claro, serão desastrosas.

O Filho de Netuno é o segundo volume da série spin-off de “Percy Jackson & Os Olimpianos”, “Os Heróis do Olimpo”.

Depois de muito ler a respeito do Acampamento Meio Sangue e criar fantasias sobre como meu sátiro se apresentaria a mim (dizendo que eu era um semideus e que estava na hora de me juntar aos outros), esse livro me fez ter uma nova perspectiva, pois um novo acampamento me foi apresentado, o Acampamento Júpiter, onde semideuses, não gregos, mas romanos, vivem com uma cultura totalmente diferente. Riordan está de parabéns em mostrar com clareza e desenvoltura essa “nova sociedade.”

Percy perdeu a memória e os monstros não parecem se importar com isso, vindo cada vez mais criaturas querendo matá-lo, mas as lutas não são justas, pois, ao serem golpeados por sua espada, eles não passam mais que alguns segundos em pó dourado antes de se reconstituírem e voltarem ao ataque. Contanto, Lupa, a loba que cuidou dos gêmeos do mito de fundação de Roma, Rômulo e Remo, lhe prometeu segurança caso conseguisse chegar ao Acampamento Júpiter.

Senatus Populusque Romanus

Ao chegar no acampamento, Percy se depara com uma sociedade organizada e bem estruturada, um local chamado Nova Roma. Lá ele faz amizade com Frank, filho de Marte, e Hazel, filha de Plutão, e se depara com um garoto que se apresenta como Embaixador de Plutão, Nico di Angelo. Percy pode jurar que o conhece de algum lugar, mas o menino nega tal afirmação.

Uma história repleta de aventuras e com personagens pelos quais você logo se apega! Devido às circunstâncias de alguns deles, você acaba na maioria das vezes temendo pelo pior, mas não se deixe enganar com a ingenuidade que alguns apresentam logo de cara, com o tempo você verá que eles pode ser tão fortes quanto um dragão.

Pois bem, após conhecer melhor Nova Roma, Percy parte em uma missão com seus novos amigos, Frank e Hazel, em rumo ao Alasca onde Tânatos, o deus da morte, foi acorrentado, explicando o motivo dos monstros voltarem a vida pouco depois de serem mortos. Mas é claro que essa não seria uma missão fácil com Gaia à espreita tentando fazer o possível para impedi-los de chegarem a seu destino.

Depois de acostumado com as profecias de Percy Jackson e os Olimpianos, é um pouco decepcionante não encontrar nesse livro aqueles versos que atribuem suspense a trama, mas não deixe que isso lhe desanime, pois são muitos os contrapesos que fazem essa leitura valer a pena.

 

Leia aqui a resenha de “O Herói Perdido”, o primeiro volume da série “Os Heróis do Olimpo”.

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Resenha: It – A Coisa, Stephen King

Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança e… do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry.
Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. Em It : A Coisa, clássico de Stephen King em nova edição, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.

A cada vinte e sete anos, desaparecimentos e mortes misteriosas ocorrem em Derry, no Maine. Uma força sobrenatural reside na cidade se alimentando de seus piores medos e angustias, enfrentá-la pode ser a única maneira de se ver livre dela pra sempre, mas isso já foi feito uma vez e quando o ciclo recomeçou ela parecia mais faminta do que nunca.

Stephen King conseguiu me prender a sua narrativa de uma forma que poucos autores conseguiram, pois apesar de ser um livro relativamente grande ele não se torna cansativo, fazendo você perder o sono e não largá-lo até o seu desfecho, que por sinal foge do clichê substituindo os arrepios por lágrimas.

Seus esforços serão falhos caso tente não se apegar aos personagens, pois cada um deles possui personalidades fortes e características únicas, tornando o suspense ainda mais apavorante quando o seu personagem favorito está a um passo de ser devorado, mas enquanto a isso você terá de se acostumar pois brutalidades é o que não faltam no decorrer da trama.

Em 1958 um grupo de amigos enfrentaram a Coisa, pode parecer injusto que crianças na faixa de 12 anos tenham tido tal responsabilidade mas isso só fez mostrar o quão forte era sua amizade, depois de derrotá-la achavam que a tinham matado, mas a duvida insistia em permanecer, então os sete fizeram um pacto de sangue prometendo voltar a cidade e acabar de uma vez por toda com o mal que ali habitava.

A Coisa na maioria das vezes assume a forma de um palhaço, aliás qual a melhor forma de atrair uma criança? Elas são suas vitimas favoritas, possuem a mente criativa e cheia de medos a serem explorados e logo após de a terem cativadas a Coisa se transforma no seu pior pesadelo, devorando-a em parte e deixando o resto jogado a esmo até que um pobre coitado encontre o que sobrou de seu jantar.

Richie, Ben, Beverly, Eddie, Bill e Stan já não moram mais em Derry, cada um tinha seguido sua vida que não incluía uns aos outros e obtido um sucesso profissional cobiçado por muitos. Em uma noite recebem uma ligação, trinta anos após o juramento que fizeram, um ligação capaz de aterrorizá-los tanto quanto quando estavam naquela maldita cidade, era Mike, o único que tinha permanecido em Derry e reuniu provas de que a Coisa voltou, e agora eles estão acorrentados a uma promessa que fizeram no passado tendo de voltar onde tudo começou e junto com Mike derrotar a Coisa, mas primeiro será preciso lembrar de como aconteceu, muitos anos se passaram e poucas foram as memórias que restaram.

Um suspense repleto de flashbacks que vai fazer qualquer leitor querer mais, não importa o quanto o presente seja esclarecedor e superficialmente suficiente, King sempre nos joga no passado mostrando ainda mais detalhes para provar que sempre a algo mais a ser explorado.

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Resenha: Garota, Interrompida, Susanna Kaysen

1967. O ano seguinte seria marcado como o ano da revolução, aquele ano que nunca terminou. Susanna Kaysen tinha 18 anos e todas as incertezas que um adolescente em transição para a vida adulta traz consigo: Vou para a faculdade? E depois, o que acontece? É isso que eu realmente quero para mim? Suas indagações e percepções do mundo a sua volta não eram suportáveis para seus pais, amigos e professores. Estaria louca?

O livro autobiográfico da autora americana já traz no título o que podemos esperar de sua história: uma vírgula. Aliás, muitas vírgulas. Composto por capítulos curtos, “Garota, Interrompida” é escrito de forma não linear, o que pode atrapalhar um pouco a compreensão da história. Mas será que Susanna não faz isso propositalmente? Afinal, estamos lendo a história de mulheres que estão internadas em um hospício. Ali nada é fácil de ser compreendido. Ideias e pensamentos sobre passado, presente e futuro se misturam entre sessões de terapia e rondas de enfermeiras (que podiam acontecer de meia em meia hora ou, pasmem, de cinco em cinco minutos).

“[As cicatrizes] são uma espécie de fronha, que protege e esconde o que houver por baixo. Por isso as criamos. Porque temos algo a esconder.”

Susanna passou um ano e meio internada no Hospital Psiquiátrico McLean, fundado em 1811 no Massachusetts, EUA. O diagnóstico acusava transtorno de personalidade limítrofe, uma doença mental com características que podem ser confundidas com transtorno bipolar ou depressão. “Padrão invasivo de instabilidade da autoimagem, das relações interpessoais e do estado de espírito” que se manifesta no início da idade adulta, sendo diagnosticada na maioria das vezes em mulheres. Ela tinha em si mesma o limite entre a realidade e um universo paralelo. Vivia nesse limite.

“Contudo, a maioria das pessoas chega aqui aos poucos, abrindo de furo em furo a membrana que separa o aqui do lá fora, até aparecer uma brecha. E quem resiste a uma brecha?”

Susanna expõe o cotidiano do hospital – o que inclui gritos, fugas e episódios engraçados -, as amizades que fez ali dentro, seus medos e períodos de instabilidade. Os capítulos são como contos que, ao final, comporão uma mesma história.

“Garota, Interrompida” não é um livro sobre gente maluca. Não é um livro que retrata a vida de Susanna Kaysen. É um livro que faz refletir sobre todas as interrupções que acontecem em nossa vida. Sobre todos os momentos em que tivemos que tomar decisões, tanto pequenas quanto grandes. Mesmo com uma ficha de internação dizendo “Recuperada”, Susanna levou consigo esses dias que passou no McLean. Foi “um momento congelado no tempo mais importante que todos os outros momentos, quaisquer que fossem ou que viessem a ser. Quem pode se recuperar disso?”.

“As pessoas me perguntam: como você foi parar lá? O que querem saber, na verdade, é se existe alguma possibilidade de também acabarem lá. Não sei responder à verdadeira pergunta. Só posso dizer: é fácil.”

Ao terminar a leitura jurei que estava louca.

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Resenha: Carta de Amor aos Mortos, Eva Dellaira

Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Ao receber uma tarefa de inglês – escrever uma carta para alguém que já morreu – Laurel não imagina que na verdade vai escrever umas mil. Desde que perdeu sua irmã mais velha, May, Laurel vê sua família ser destruída e sua vida se desestruturar. Enquanto tenta levar uma vida normal e lidar com a saudade de sua irmã (e melhor amiga), Laurel começa o ensino médio e tenta fazer novos amigos, mas na verdade, ela não conhece novas pessoas, ela conhece a si mesma.

É muito estranho lidar com a morte. Existem dois grupos de pessoas com diferentes reações: quem nunca perdeu alguém se encaixa na primeira categoria. Eu não digo alguém que conhecia, digo alguém “de verdade”, alguém que participava da sua vida, que sabia das suas manias, alguém cuja voz você consegue, mesmo depois de tanto tempo, ouvir quando fecha os olhos. Essa categoria acha que a melhor forma de lidar com a morte é não tocando no assunto. É esquecendo, perguntando sobre novas coisas pra pessoa superar. “Superar” também é uma palavra estranha. Não existe superar a morte. Você não supera uma pessoa que estava ali do seu lado e que de repente não está mais. Você não supera as lições que ela te ensinou. Você não supera todos os momentos e as risadas que passaram juntos. Não existe superar a morte.
Da mesma forma que não existe falar sobre outros assuntos e tentar distrair quem perdeu uma pessoa querida. Não há distração, porque na verdade, nós precisamos falar sobre a morte.  E essa é a segunda categoria de pessoas: As pessoas que falam sobre a perda. As que precisam saber que outros também sentem falta daquela pessoa que tanto amavam, precisam saber que ninguém vai esquecer ou substituir sua irmã, sua mãe ou seu pai.

“Carta de Amor aos Mortos” foi um livro difícil pra mim, porque me encaixo na segunda categoria de pessoas. Sempre que leio um livro ou vejo um filme que tenha a morte como tema, analiso de uma maneira totalmente diferente, e na maioria das vezes só vejo erros. Vejo como, no final, o protagonista precisa “superar” a perda, como as famílias se reintegram e como todos encontram um par no final, que ajudam a “distrair” a mente de quem está sofrendo. Como, no final, toca uma musiquinha feliz ou uma cena do sol se pondo e as mãos dos mocinhos entrelaçados – para nos dar a certeza de que está tudo bem, e que a morte veio, passou, deixou suas marcas e foi embora. Seria muito legal se fosse assim.

Em “Carta de Amor aos Mortos” eu só li verdades. Teve sim, suas doses de clichê, e de lições como “ame as pessoas enquanto elas estão por perto” que todo livro desse tema parece se sentir obrigado a abordar, mas eu senti que Laurel sentia a morte da irmã em todas as suas faces. Muitos pensam que quando alguém se vai, o maior sentimento que fica é o de saudade. A saudade fica, sim, e ela é enorme. Mas quase tão imensa quanto a saudade é o sentimento de raiva. Raiva de a pessoa ter ido embora, raiva de sentir a solidão, raiva de não ter podido fazer nada, raiva de relembrar os momentos que passaram juntos e a pior das raivas: aquela dos momentos que nunca irão chegar.

Ava Dellaira consegue passar tudo isso na sua escrita: por meio de cartas que Laurel escreve aos mortos que marcaram sua vida: Kurt Cobain, Janis Jopin, Amy Winehouse. É através delas que é narrado tudo que acontece na vida da garota desde que ela perdeu sua irmã, May. Conseguimos sentir, pelas cartas, a raiva, a saudade e a solidão que preenchem Laurel, e como a vida da gente pode mudar de uma hora pra outra. Eu tenho a sensação que a autora perdeu alguém muito especial, porque não imagino “inventar” tanta dor e tanto sofrimento.  Não se assustem,  “Cartas de Amor aos Mortos” não é um livro depressivo, ele é apenas real,  e mesmo lendo tantas coisas tristes, nos enchemos de amor e apreço pela vida. Após a leitura, fiquei bem uns 20 minutos olhando pro epílogo e lembrando de tudo que eu tinha acabado de ler, e sempre que eu precisar, vou pegar o livro na minha estante e ler de novo todas as palavras que me fizeram bem. Espero ansiosa por outros livros de Ava Dellaira, porque ela começou uma carreira melhor do que muita gente termina.

“Você acha que conhece alguém, mas essa pessoa sempre muda, e você também está em transformação. De repente entendi que estar vivo é isso. Nossas próprias placas invisíveis se movem em nosso corpo, e se alinham à pessoa que vamos nos tornar”

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Resenha: Estilhaça-me, Tahereh Mafi

Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreira.

Sinceridade: Não gostei de Estilhaça-me. Me julguem, me processem, atirem pedras, mas é verdade!

A história tem um potencial incrível, e achei que seria super bem desenvolvida e ia se tornar mais um vício em minha vida. A escrita de Tahereh Mafi é fluida e muito bem feita, e foi ela que me prendeu à leitura mesmo me sentindo perdida e com raiva dos personagens. Talvez tenha sido isso que me estagnou no livro.

O livro se passa numa realidade pós-apocalíptica onde a sociedade é extremamente dominada e pessoas com poderes especiais são exterminadas. Juliette se destaca por ser incrivelmente poderosa, e desde criança sofre com isso. Ela foi abandonada pelos pais por não conseguirem mais lidar com a situação de uma adolescente que matou uma criança. O que ninguém sabia lidar era com a capacidade de Juliette: tudo que ela toca é destruído. Um toque rápido leva a uma dor alucinante. Um toque demorado pode levar a morte.

Desde então, ela é colocada nas mãos da autoridade do governo, onde fica trancada por exatamente 264 dias, e quando começa a enlouquecer com a solidão, se espanta com a chegada de um colega de sala que é colocado de surpresa junto a ela. O novo governo, o Restabelecimento, além de autoritário, possui planos que vão muito além da organização da sociedade e contam com Juliette como parte desse plano, sem a garota saber, e é por isso que eles deixam a personagem  como refém durante tanto tempo.

O livro é narrado pela própria Julliete, e ainda assim achei o livro bastante confuso. Não ficou muito claro o que acontecia, e demorei bastante pra criar alguma conexão com a personagem principal, e acredito que até hoje não criei. Juliette é incrivelmente poderosa e tem do seu lado o apoio de Adam, seu colega de cela, que logo fica bem claro que ele será muito mais que isso. Adam é o clássico mocinho clichê (isso não é uma crítica, clichês sempre são usados por um motivo: porque funcionam, e funcionou comigo também!) que além de lindo, é extremamente atencioso e corajoso.

Acredito que por ser uma trilogia, Juliette ainda vai crescer e se desenvolver bastante durante a história, e usar seus poderes para lutar contra o Restabelecimento e isso me faz querer ler as continuações, até porque me apeguei aos personagens secundários… Mas até então, achei que “Estilhaça-me” veio com muito alarde e pouca profundidade (hatters gonna hate me, sorry!) :/

Resenhas

Resenha: Estonteantes, Sara Shepard

Em Rosewood, o tempo passa, mas os segredos do passado ficam. E a misteriosa “A” não parece disposta a esquecê-los. No 11º volume da série Pretty Little Liars, sucesso nas prateleiras e na TV, as vidas de Aria, Emily, Hannah e Spencer seguem seus rumos sem muitos percalços. Mas nada é o que parece quando se trata das quatro belas mentirosas. A cada pequeno segredo, elas seguem se envolvendo numa teia cada vez mais perigosa. E alimentando a sede de vingança de “A”, que as atormenta desde o desaparecimento da ex-amiga e confidente do grupo, Alison DiLaurentis.

Estonteantes é o décimo primeiro volume da série de livro “Pretty Little Liars”, escrita por Sara Shepard.

Após várias perseguições de “A”, as amigas de Ali só desejam um pouco de paz. Mas óbvio que “A” não vai deixar a situação nada fácil. Depois de matarem Tabitha na Jamaica, o remetente das mensagens está mais perverso que nunca.

Poucos sabem, mas Emily teve um filho; para não trazer o escândalo a público, a garota teve que dar seu filho a um casal. Só que a própria nadadora tinha prometido a criança para uma mulher. E este é o centro do desenrolar de Estonteantes.

Enquanto esse segredo assola Emily, outros circundam suas amigas. Aria acaba descobrindo uma coisa sobre o pai de seu namorado e fica na dúvida de falar ou não. Spencer que foi aceita em Princeton decide se enturmar com os estudantes e, ao querer se entrosar no grupo social de sua nova faculdade, descobre que para se enturmar é bem mais difícil do que pensa. Hanna está decidida a voltar com Mike e não medirá esforços para separar o garoto de sua namorada atual.

Mais um livro de PLL, nossa, mais um! Depois de onze volumes, eu ainda me sinto estupefato ao acabar este. Confesso que esse não foi lá essas coisas, mas, a série tem a incrível capacidade de me deixar entretido e totalmente absorto na história das Belas Mentirosas.

Depois do final estarrecedor de Implacáveis, Estonteantes começa da forma mais calma possível, porém, sabemos que nada fica calmo por muito tempo. O grande problema deste tomo da série é a falta de grandes acontecimentos durante o seu decorrer. Você percebe que a autora está tornando o caminho para o clímax da maneira mais lenta, que consequentemente acaba causando um pouco de animosidade no leitor. Mas não pense que você não irá se surpreender, Shepard faz coisas impossíveis, meu camarada.

Apesar de o livro ser um pouco arrastado, o final chega para surpreender e suprir a falta de fatos cruciais no decorrer do volume. A criatividade de Sara Shepard vai longe. Com sua maneira única e cautelosa de construir a teia de mentiras e segredos, a autora consegue criar conexões inimagináveis. Sempre com várias cartas na manga, faz com que a trama sofra reviravoltas bruscas e mirabolantes, causando dúvida e ansiedade no leitor.

Confesso que este fica longe de ser um dos melhores, mas cumpre todas as expectativas e deixa quem está lendo ainda mais curioso para saber o que vai se suceder no próximo capítulo da história.

Como sempre falo, Pretty Little Liars é uma série para quem gosta de mistério e confusão. Repleta de várias tramas incríveis, os livros escritos por Sara Shepard são mais que recomendados.

Resenhas

Resenha: Perfume de Hotel – Nova Iorque, Carla Pachêco

Quem não ama um bom perfume? O perfume imprime o resultado da combinação entre a essência e a nossa pele, e é isto que dá o toque final a cada fragrância, que deixa no ar uma memória sem par de nós, e desperta para cada um diferentes sensações. PERFUME DE HOTEL traz em suas notas as impressões únicas e o aroma de cada lugar na visão da autora, que traduz de maneira deliciosa, leve, bem humorada, e rica em detalhes, os prazeres e descobertas dessa magia que é viajar, para quem gosta de conforto e sofisticação, mas sabe desfrutar dos pequenos prazeres, aprecia os detalhes, e se entrega as emoções de viver e partilhar recordações. Você não vai resistir ao poder do perfume!

Aquele visual me soava tão familiar, me sentia tão parte dali, que era quase um dejá vu; é citando a própria autora com uma de minhas frases preferidas no livro, que inicio esta resenha que tenho certeza que o deixará curioso para experimentar o perfume que ela deixa emanar de suas páginas.

Perfume de Hotel é um livro que me surpreendeu completamente logo em suas primeiras páginas. Sem ser grande ou fantasioso, a autora conseguiu trazer com maestria todo o seu sentimento ao realizar uma viagem para a “Cidade que Nunca Dorme”, Nova Iorque. Nele acompanhamos toda a sua rotina, desde o receber da notícia até o final da viagem, como se você mesmo estivesse vivenciando aquilo.

A narrativa leve que Carla Pachêco apresenta durante todo o livro, te faz conhecedor de uma história sem muitos personagens, além de te fazer embarcar em um tour completo pela cidade, pela qual particularmente sempre fui atraído, onde o leitor, ao mesmo tempo em que conhece novos lugares, conhece o que a autora está sentindo, e de certo modo, compartilha seu sentimento com ela.

Sonhos definitivamente não são feitos apenas para sonhar, mas para realizar.

Sempre fui bastante acostumado a livros fantásticos, e sendo este meu gênero preferido, passava sempre longe das narrativas mais reais, nunca gostei muito delas, porém, em Perfume de Hotel esta figura mudou totalmente para mim, e a autora conseguiu me envolver em sua viagem em cada um de seus relatos, fazendo me sentir como se tivesse realmente vivenciado aquilo com ela e seus acompanhantes.

Para quem, assim como eu, é um grande admirador de Nova York, este livro é uma peça indispensável na estante e, durante a leitura, cheguei a ter a certeza de que quando eu viajar para a “Capital do Mundo”, terei este exemplar comigo, utilizando-o como um guia de viagens diferenciado, que me oferecerá locais para que eu possa compartilhar das mesmas emoções que tive ao ler esse relato maravilhoso da Carla.

Não quero revelar spoilers sobre o enredo, mas separei algumas passagens que gostei muito durante a leitura, e que vocês puderam conferir conforme a resenha ia avançando. No entanto, teve uma passagem em especial que me fez entender perfeitamente a mensagem passada, e me sentir próximo aos sentimentos da autora, senão solidário:

Sou feliz agora, não, não vá embora, não. Vou morrer de saudade…

As circunstâncias em que ela apresentou a música acima, foram totalmente diferentes dos meus motivos para me identificar com a passagem, mas é exatamente essa a mensagem que a autora prega durante toda a sua narrativa: mesmos lugares, podem ter aromas diferentes, dependendo do seu ponto de vista. Esse ensinamento, quase como uma moral de sua fábula verdadeira, é algo que todos devem ter em suas cabeças ao enfrentar todos os desafios do dia-a-dia.

Nenhum lugar é igual, e um mesmo lugar pode ser visto e vivido de várias maneiras, isso é o que tanto me fascina.

     
Saiba mais sobre o livro aqui.

Book Trailer: