Cercado de expectativas, o filme O Amor Mandou Mensagem, adaptação do livro da alemã Sofie Cramer SMS Para Você (Editora Jangada), já tem data de estreia no Brasil: 11 de maio. Esta nova versão para o audiovisual contará com Priyanka Chopra Jonas no papel de Mira Ray (no livro, Clara) e Sam Heughan, que viverá o jornalista Rob Burns (no livro, Sven). Como cereja do bolo, teremos a cantora Celine Dion em sua estreia no cinema e, claro, assinando a trilha sonora.
Em SMS Para Você, livro que já ganhou uma aclamada adaptação na Alemanha em 2016 (SMS für Dich), Clara se vê arrasada após a morte trágica de seu namorado Ben, pouco depois de ter sido pedida em casamento. Para driblar a saudade, passa a enviar diariamente uma mensagem para o celular de seu falecido noivo.
O que ela não sabe, entretanto, é que o número do celular de Ben já havia sido transferido para outra pessoa, o jovem jornalista Sven, editor de economia numa fase de baixa criatividade profissional e ainda um pouco abalado pelo final de seu último relacionamento. Movido pela curiosidade e por uma inesperada conexão, Sven embarca numa apaixonada missão para descobrir a verdadeira identidade da misteriosa remetente. Entre alegrias e decepções, segundas chances, perdas, superações e novos amores, esta história de amor cativa o leitor, de forma delicada.
Na nova versão audiovisual, a adição de Celine Dion, que interpreta a si mesma, dá um tempero extra para a história. Em O Amor Mandou Mensagem (Love Again no original), a artista será entrevistada pelo jornalista e protagonista do filme e, de quebra, tentará ajudá-lo a se aproximar de Mira.
SMS Para Você é uma obra que toca em muitas questões do cotidiano, sem amenizar a realidade e exalta também o poder das amizades e da empatia. Um livro que toca em muitas questões do cotidiano, sem amenizar a realidade e exalta também o poder das amizades e da empatia. E quem compra o livro enquanto o filme estiver em cartaz, ganhará um ingresso para conferir essa incrível adaptação para as telonas (sujeito a disponibilidade no ato da compra e condições de uso marcadas no ingresso).
Trecho do Livro:
Como em transe, Clara abre os olhos, hesitante. E desperta bruscamente.
No mesmo instante, se sente estranha, como se tivesse ficado presa em um tempo desconhecido.
De repente, a crua realidade volta a se manifestar: Ben não está presente.
Ben nunca mais estará presente.
Deve ter sido um sonho. Fazia tempo que Clara não sonhava. Tampouco sorri há exatos dois meses e cinco dias, mesmo tendo tentado fazê-lo algumas vezes, até para evitar que sua mãe continuasse a consolá-la com suas extenuantes ladainhas. Se voltasse a ser a antiga Clara, talvez sua mãe a abandonasse à própria sorte.
Abandonada à própria sorte…
É exatamente assim que se sente desde que Ben morreu, ao cair da sacada naquele dia de janeiro.
Hoje faz cinco meses. Por mais que insistam em dizer que minha vó se foi no dia 12/12, para mim, a partida aconteceu no dia 11. No interminável dia onze que também foi o último dia que estivemos juntos. O dia doze nunca existiu. Só existiu um dia onze que durou 48 horas ininterruptas e que depois se tornou dia treze, o número do azar, como dizem por aí. No fundo, eu sempre soube que seria você o primeiro luto a vir. Desde criança, eu soube que você seria a primeira a ir embora, vó. Nunca falei para ninguém das intermináveis noites em que eu chorava sozinho, convulsivamente, com a possibilidade desse dia chegar. Mas o sol brilhava lindo no dia seguinte porque o dia ainda não tinha chego. Porque você estava lá, me dando bom dia com suco de laranja.
Até que o dia chegou. De mansinho. Quando eu menos imaginava, quando eu menos esperava. Quando eu sequer pensava que você viria, luto insensível e que chega sem avisar. Não dá nem um spoiler. A gente bebeu, conversou o dia todo, demos risada, nos divertimos… E na madrugada você se foi, sem sequer me dar um toque. Podia ser uma coisa breve. Podia ser algo do tipo olha, aproveita, viu? Amanhã não estou mais aqui.
Escute ouvindo nossa música preferida, “Meu mundo caiu”, de Maysa, que mais parece uma premonição desse dia horroroso
De fato, eu aproveitei mesmo sem aviso. Não sei explicar o que existia dentro de mim naquele dia onze que me fez aproveitar tanto a sua presença, vó. Talvez tenha sido o mesmo sentimento que me fez chorar por noites a fio com a possibilidade que me trouxe um sutil alerta de que agora seria de verdade. Inconsciente, eu não devo ter percebido. Mas que bom que é o inconsciente que guia nossa vida, né? Porque o luto só vem e entra sem bater, derrubando tudo o que tem pelo caminho.
Quando cheguei em casa nesse mesmo fatídico dia, dormi. Ressaca. A gente tinha bebido muito juntos, vó. Eu nem sei se já bebi essa quantidade na vida. Mas você gostava e assim foi. Acordei de madrugada com um mal estar horrível, tomei meu banho e voltei pra cama. Tudo inconsciente, afinal, esse mal estar só podia ser a ressaca, né? Coloquei A Diarista pra passar na TV, a série que a gente gostava de ver juntos e que, até hoje, vinte anos depois, continuava sendo minha série de conforto.
Cinco minutos depois, a ligação veio. Você tinha partido uma hora atrás. Como assim, morreu? Eu gritei. Não tem como morrer assim. Ninguém morre do nada, sem dar a chance da tecnologia médica intervir, fazer alguma coisa, reanimar. Não é pra isso que serve aqueles choques que dão no coração? Aquele monte de máquinas que ficam apitando e fazendo você ficar vivo, mesmo que de forma mecânica? Como assim morreu sem sequer passar pelo hospital antes, dar algum aviso, algum sintoma? Não, não pode ser.
Mãe, só me fala para onde preciso ir que chego em 20 minutos. Vem para o IML, ela disse. IML, kkkkk. Esse é o lugar para onde levam pessoas que a gente tem certeza que estão mortas. Se minha avó passou mal, ela deve estar no hospital primeiro. Ninguém vai pro IML tão rápido assim. O corpo nem esfriou ainda, como vai pro IML, pensei, mas fui.
É, luto maldito. Você me esperava lá. Era o IML mesmo e o corpo da minha vó em uma maca que parecia um barquinho. Um barco que conduzia sua existência para longe da minha existência. Sua bochecha estava corada. Ainda era você, Vokinha. Só estava dormindo. Ainda estava envolta naquela manta que muitas vezes dividimos para assistir A Diarista. Para de brincadeira, vó.
Não era brincadeira e eu sabia. Inconscientemente de novo, todas aquelas noites de choro agora eram um dia interminável. Pra mim, ainda o dia onze. Para o resto do mundo, era a segunda-feira doze. A segunda-feira doze para mim se tornou mais temível que qualquer sexta-feira treze.
Chegou o velório. O caixão abriu. Não era você ali, vó. E você, luto, fazia questão de me espancar essa realidade de que, quem estava deitada ali, era uma boneca de cera que sequer parecia minha vó de aparência. O que vocês tinham feito com ela? Por que ela não estava se decompondo como um cadáver normal? Por que ela parecia uma boneca encerada, maquiada, com as bocas costuradas e os olhos colados? Um ser humano se decompõe quando morre. Não vira um boneco inchado e irreconhecível.
Mas, apesar de ser irreconhecível, o inconsciente estava em conluio com você, maldito luto. E me fez perceber que, sim, era o que restou de você. Um pedaço inanimado de carne com produtos químicos que retardavam a decomposição, mas que ainda sim ia pro trato digestivo de vermes, bactérias, minhocas ou seja lá o que que vive embaixo da terra.
A pior parte veio depois. Aquele bando de familiar que eu sei que falava mal de você, vó, indo perto do seu caixão prestar as últimas homenagens. Estão aliviados agora que ela morreu, né? Bando de hipócrita falso, maldito. Era o que eu queria falar. Era o que eu não parava de pensar, com ódio, com raiva. Estão felizes em ver ela assim? Morta? Né? Acabou! Veio ter a prova de que esse foi realmente o fim, né, sua galinha desgraçada? Mas a norma social me fazia ficar ali, no cantinho, com os pensamentos pra mim. Observando, contendo minha raiva, chorando, ficando ao lado do caixão com esse fantasma maldito do luto do lado.
Sei que em determinada hora, acho que foi quando o caixão abriu, eu dissociei, como se meu cérebro quisesse me acordar do pesadelo dizendo esse é só mais um sonho daqueles, ACORDA AGORA, vai dar bom dia para sua vó e tomar suco de laranja com ela. Mas não era mais um sonho daqueles e meu cérebro compartilhava comigo a frustração de não conseguir acordar, de não conseguir fugir daquele dia onze interminável, nem tampouco daquela segunda-feira doze maldita. Alguém me abraçou, segurou meus braços e me tirou de estar debruçado ali do caixão. Eu queria gritar para que me deixassem ali. Eu não queria ser salvo, eu não queria ser tirado dali, pelo amor de Deus, me deixa ficar aqui, me deixa tentar dissociar até que eu acorde, até que eu consiga sair desse pesadelo. Eu já saí outras vezes, eu já manipulei meu sonho outras vezes, vou conseguir de novo. Me deixa aqui. Mais alguns minutos e eu consigo. Sempre demorou, mas eu sempre consegui. Me deixa, me deixa, me solta, para de me afastar desse pedaço de carne em decomposição que horas atrás era minha vó que estava abraçada comigo, bebendo e comendo bolo de chocolate. Me deixa, caralho. Me solta. Eu não consegui dizer nada e fui só levado. Eu sequer consegui pensar tudo isso assim, em palavras.
Ali, eu era um amontoado de sentimentos que nunca me ensinaram a sentir debruçado em um amontoado de carne em decomposição que outrora fora minha avó.
O resto do dia transcorreu com eu fugindo dos seus abraços, luto. Cada pessoa que vinha me abraçar desejando força, paz do senhor ou força no meu coração me faziam sentir a bile na garganta. Sim, quase vomitei na cara de cada pessoa que, com mais boa vontade que tivesse, vinha me desejar seus sentimentos ou forças. Eu não queria seus sentimentos, já estou repleto dos meus. Guarde o seu para você e me deixa aqui, definhar até quem sabe morrer junto. Não quero saber de deus, de jesus que habita meu peito, de nada disso. Se existisse de fato um outro plano, a gente já saberia. Acabou aqui. Minha vó morreu. Seu cérebro simplesmente decidiu que era hora de parar, os órgãos pararam junto e agora resolveram que não deveriam mais funcionar e sim, comê-la de dentro pra fora até que nada mais se reste.
Não tem lado de lá. Parem de me abraçar. O único abraço que eu quero ter agora é o único que não posso ter. Seu abraço nojento só me lembra desse maldito luto, desse maldito fantasma, dessa maldita sombra que vai me acompanhar pro resto dos meus dias para me lembrar que minha vó não vai ver eu terminar uma nova faculdade, que ela não vai estar no meu casamento, na festa de um ano do meu filho e nem vai conhecer minha primeira casa própria. Não vai. Nem do plano de lá porque simplesmente isso não existe. É fábula para consolar quem fica. Nós. Os vivos com um fantasma pesado e insuportável do luto.
E você sabe que é maldoso, querido luto. Mais maldoso que a própria morte. Você faz aquele primo meu que eu não falo há anos, que eu amava falar mal com a minha vó, esquecer nossas diferenças ao lado do caixão e vir me abraçar desejando força e pêsames. Para o caralho com seus sentimentos. Você não sabe o que estou sentindo porque no segundo seguinte, você está fora da capela, ABRAÇANDO A SUA VÓ, VIVA, ALI, DO SEU LADO, CONVERSANDO. Eu sei que você pensa: coitado do Gabriel, ele não pode mais fazer isso, mas, que bom que eu posso. Antes ele do que eu. Antes a vó dele do que a minha.
Eu sei que você pensou isso. Eu mesmo já pensei isso em outros velórios: que pena, perdeu a pessoa. Mas que bom que eu não perdi ninguém e posso ir embora desse pesadelo de energia densa para o abraço daqueles que eu amo.
Até que eu não pude ir embora mais.
E todo dia pra mim é o mesmo dia. A maldita segunda-feira 12. Ou a maldita noite de domingo, dia 11.
Considerado por muito tempo um “romance esquecido” de Machado de Assis, Casa Velha foi a única narrativa não publicada em forma de livro enquanto o autor era vivo. Lançada primeiramente como folhetim entre 1885 e 1886 pela Revista Carioca, a obra que é um retrato dos traços da primeira fase literária do autor, permaneceu no esquecimento durante décadas até ser resgatada, em 1943, por críticos literários e pesquisadores.
Com uma nova edição integral revisada pela Via Leitura, selo do Grupo Editorial Edipro, nesta obra o leitor acompanha as lembranças de um padre que investiga documentos sobre o Primeiro Reinado na residência de um falecido ministro: ele descobre uma história de amor incestuosa entre o herdeiro Félix e a agregada da casa, Lalau e faz um balanço das perdas e ganhos dessa paixão.
Amor non inprobatur, escreveu o meu grande Santo Agostinho. A questão para ele, como para mim, é que as criaturas sejam amadas e amem em Deus. Assim, quando desconfiei, por aquele gesto, que esta moça e Félix eram namorados, não os condenei por isso, e para dizer tudo, confesso que tive um grande contentamento.
(Casa Velha, p. 25)
Ao longo de dez capítulos, Machado de Assis sugere haver um grande paralelo entre as esferas públicas e privadas da vida e mostra como um drama familiar pode ser um retrato fidedigno do Brasil no século XIX. Embora este título tenha sido publicado postumamente na fase realista do autor, ele ainda apresenta os principais temas abordados no ápice de sua escrita romântica.
Leitura obrigatória para o vestibular da Unicamp 2024, Casa Velha é a 6.ª obra de Machado de Assis que integra a coleção Biblioteca Luso-Brasileira do Grupo Editorial Edipro. Além do texto original, esta edição atualizada conta notas explicativas para os termos e linguagens não usuais, ideal para guiar os estudos dos vestibulandos.
Divulgação
Sobre o autor: Joaquim Maria Machado de Assis nasceu e viveu no Rio de Janeiro entre os anos de 1839 e 1908. É o fundador da Cadeira n.º 23 da Academia Brasileira de Letras e ocupou por mais de dez anos a sua presidência. Aos 15 anos incompletos, publicou seu primeiro trabalho literário, o soneto “À Ilma. Sra. D.P.J.A.”, no Periódico dos Pobres. Desde então, passou a colaborar com diversos jornais e revistas, alcançando reconhecimento, publicando contos e romances e tornando-se um dos maiores nomes da literatura brasileira.
Ficha Técnica:
Título: Casa Velha
Autor: Machado de Assis
Editora/selo: Via Leitura
Coleção: Biblioteca Luso-brasileira
Edição: 1ªed. 2023
Número de páginas: 80
ISBN: 978-6587034294
Preço: R$ 26,90
Onde encontrar: Amazon
O escritor, autor de Tipo Uma História de Amor e O Legado de Chandler, é mais um nome internacional confirmado para a Bienal do Livro Rio 2023. Ganhador do Lambda Literary Award na categoria Ficção LGBTQIA+ Estreante, Nazemian prepara sua vinda ao Brasil para o lançamento, no maior festival de entretenimento e literatura do país, de um novo projeto muito especial.
A obra coletiva A Gente se vê na Parada, além de Nazemian, reúne histórias de mais cinco autores nacionais: Pedro Rhuas, Ariel Hitz, Mariana Chazanas, Ryane Leão e Arquelana. O livro acompanha seis histórias que se entrelaçam e acontecem durante a Parada LGBTQIA+ de São Paulo, a maior do mundo. Cada personagem vai representar uma letra da sigla.
Para além da literatura, Abdi Nazemian também se aventurou pelo cinema, sendo produtor executivo e associado de sucessos, como Me Chame Pelo Seu Nome e Um Novo Mundo, de 2017; e Little Woods, em 2018.
40 anos da Bienal – Em sua edição especial de aniversário, a Bienal do Livro Rio vai reunir um time de peso com grandes nomes da literatura internacional. Entre eles, além de Abdi Nazemian, também os já confirmados Julia Quinn, de Os Bridgertons; Neal Shusterman, autor de O Ceifador; e a também iraniana Cassandra Clare – um dos principais nomes da literatura de fantasia e número 1 das listas do NYT, do USA Today e do Wall Street Journal.
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) iniciou a 65ª edição do Prêmio Jabuti, patrimônio cultural do país, responsável por reconhecer e divulgar a potência da produção nacional, com a valorização de cada um dos elos que formam o setor do livro, dialogando com os diversos públicos leitores e, junto com eles, assimilando as mudanças da sociedade.
Além da escolha do Livro do Ano, a premiação conta com 21 categorias, divididas em quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. Todas as categorias podem ser conferidas no site Link . Uma das novidades deste ano é a nova categoria, Escritor Estreante, que será voltada ao escritor ou escritora que tenha publicado sua primeira obra em língua portuguesa no Brasil, no período entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022. O livro deve ser Romance de Entretenimento ou Romance Literário.
Para Hubert Alquéres, curador da premiação, a nova categoria pretende ampliar a visibilidade do trabalho dos autores. “É uma oportunidade de novos escritores alcançarem um público mais amplo e gerar mais possibilidades para o seu trabalho. Isso pode ser especialmente importante para os que estão estreando no mundo literário. A ideia também é que o prêmio seja um estímulo para que as pessoas comecem a escrever seus próprios livros”, diz.
Outro destaque é para o vencedor da categoria Livro do Ano, que além de ser contemplado com a estatueta dourada, receberá o valor de R$ 70 mil e, de forma inédita, uma viagem para a próxima Feira do Livro de Frankfurt, com uma agenda especial elaborada pela CBL para reuniões com editores, agentes literários e outros escritores do mundo todo.
Segundo Sevani Matos, presidente da CBL, as novidades da premiação deste ano consolidam o aprimoramento do Jabuti: “Nesta edição de 2023, trouxemos um grande diferencial para o vencedor do Livro do Ano. Além do valor do prêmio em dinheiro, o escritor terá uma agenda de encontros na maior feira de livros do mundo, em Frankfurt. É uma grande oportunidade de poder dar visibilidade internacional ao seu trabalho e abrir possibilidades de fechar negócios”, afirma.
Inscrições
As inscrições devem ser realizadas por meio do site Link até 15 de junho de 2023. Pelo sétimo ano consecutivo, os valores das inscrições não foram reajustados. E, pelo terceiro ano seguido, haverá desconto de 10% para todas as inscrições realizadas nos primeiros 30 dias. A promoção é válida para todos os participantes: Associados CBL, Autores Independentes, Associados a Entidades Congêneres e Não Associados da CBL em todos os tipos de inscrição: Obra individual ou Coleção. Os valores e mais informações estão disponíveis no regulamento do prêmio Link e no site Link.
Premiação
Os vencedores de cada uma das categorias receberão a estatueta e o prêmio de R$ 5 mil (exceto Livro Brasileiro Publicado no Exterior). O ganhador da categoria Livro do Ano terá, além da estatueta, o valor de R$ 70 mil e, de forma inédita, uma viagem para a Feira do Livro de Frankfurt. Serão oferecidos: passagem aérea, hospedagem, alimentação e uma agenda elaborada pela CBL para reuniões com editores, agentes literários e outros escritores do mundo todo.
Na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior, a editora brasileira vencedora, caso já seja filiada ao Projeto Brazilian Publishers, será contemplada com uma Bolsa de Apoio à Tradução, no valor de R$5 mil, oferecida pela CBL. Este montante deverá ser utilizado para traduzir uma nova obra de seu catálogo em língua portuguesa para qualquer outro idioma. Caso ainda não faça parte do BP, a editora será contemplada com um ano de participação integral no projeto que promove a literatura brasileira no mercado internacional. Conheça todas as iniciativas do Brazilian Publishers clicando aqui.
Consulta pública de jurados
Os interessados em compor o júri do Prêmio Jabuti ou em indicar nomes, deverão preencher o formulário disponível no site Link de 27 de abril a 26 de maio de 2023. A seleção será realizada pela Curadoria, que também consultará personalidades e profissionais de todo o País para complementar o júri.
Etapas e cerimônia final
As informações sobre os semifinalistas e finalistas, Personalidade Literária, além da data e o local de realização da cerimônia de entrega da premiação serão divulgadas durante o ano. As definições serão noticiadas no site, nas redes sociais do Prêmio Jabuti e da CBL, e também por comunicados à imprensa.
Após o sucesso da série Divergente, que vendeu mais de 1 milhão de livros no Brasil e ganhou adaptação cinematográfica em 2014, Veronica Roth retorna com mais uma distopia lançada com exclusividade pela Planeta Minotauro, coleção da Editora Planeta. Em volume único, Garota-propaganda acompanha a história de Sonya Kantor, uma jovem que está condenada à prisão perpétua por ter sido o rosto de um sistema autoritário durante anos, mas que tem sua vida mudada para sempre após receber uma proposta irrecusável. Além deste título, a Editora Planeta planeja trazer mais novidades da autora para o país.
Na trama, Veronica apresenta a megalópole Seattle-Portland que, durante anos, foi dominada pela Delegação, um governo autoritário que controlava a população por meio de um implante ocular chamado de Insight. Com ele, as autoridades detinham o controle do que era feito e dito pelos cidadãos. Por conta do sistema ditatorial, uma revolução foi instaurada e derrubou a Delegação e seu reinado de vigilância. Os simpatizantes do sistema são enviados para uma prisão isolada, chamada de Abertura e é onde está Sonya que, quando pequena, foi a garota-propaganda da Delegação.
Sonya está condenada à prisão perpétua e não possui perspectiva de sair da penitenciária até que um velho inimigo faz uma proposta irrecusável: se encontrar uma garota que está desaparecida desde os tempos da Delegação, ela poderá ter a tão sonhada liberdade. Então, a garota-propaganda embarca em uma jornada tortuosa e sombria, percorrendo um mundo que não conhece mais e repleto de segredos.
Garota-propaganda expõe uma sociedade devastada, além de uma narrativa cheia de reviravoltas e que não oferece soluções simplórias. Com uma linguagem mais adulta e uma proposta de crossover, Veronica faz mais do que entreter o leitor com este livro, ela inspira reflexões sobre o mundo real, assim como fez na série Divergente.
Que tal uma maratona literária para celebrar o mês da literatura e o Dia Mundial do Livro? Pensando nisso, selecionamos cinco obras juvenis que prometem prender a atenção da Geração Z do começo ao fim, com enredos emocionantes e cheios de plot twists.
Além do entretenimento, a leitura é uma ferramenta essencial para a formação do jovem leitor. Ela contribui para o desenvolvimento cognitivo, emocional e cultural, assim como amplia o vocabulário e estimula a imaginação. Com esses livros, os adolescentes também podem refletir sobre temas importantes como amizade, confiança, bullying, identidade de gênero e amadurecimento.
Mergulhe em histórias épicas e confira as indicações que separamos para maratonar até o Dia Mundial do Livro, celebrado em 23 de abril.
Um dia de céu noturno: este é um prequel que se passa 500 anos da duologia “O priorado da laranjeira”, best-seller de Samantha Shannon. Na história, Glorian, sucessora do rainhado, Tunuva, a irmã do Priorado e Dumai Wulf, amante de dragões, se unem para enfrentar um maligno e ancestral cuspidor de fogo vermelho conhecido como wyrm. A obra garante uma imersão no matriarcado, protagonismo feminino, representatividade LGBTQIAP+ e temáticas como busca pela identidade, maternidade e relacionamento sáfico.
Apenas um monstro: descubra a linha tênue entre o bem e o mal nesta fantasia de estreia da best-seller Vanessa Len. Em meio a aventuras e criaturas malignas, a autora apresenta Joan, uma jovem de 16 anos, que descobre pertencer a uma linhagem monstros que podem viajar no tempo. Para salvar aqueles que ama, ela se une a Aaron Oliver, um rapaz monstruoso e volta 20 anos no passado. Em meio a romance, aventuras e criaturas malignas, a autora constrói uma narrativa emocionante.
A promessa do dragão: nesta fantasia épica, a escritora Elizabeth Lim retoma a história de Shiori: uma princesa que, por possuir magia, é banida do seu próprio reino pela madrasta, amaldiçoada para não ser reconhecida e proibida de falar. Nessa nova jornada, a protagonista embarca em uma viagem por águas traiçoeiras: ela precisa proteger a pérola do dragão e devolvê-la ao verdadeiro dono. Em meio a teias de mentiras, a princesa terá de enfrentar antigos e novos inimigos, enquanto tenta lidar com a própria magia proibida.
Anne de Green Gables: quando um casal de irmãos, de Green Gables, no Canadá, decide adotar uma criança para ajudá-los nos trabalhos da fazenda, não estão preparados para o “erro” que mudará suas vidas. Anne Shirley, uma menina ruiva de 11 anos, acaba sendo enviada, por engano, pelo orfanato. Apesar do acontecimento inesperado, a menina conquista rapidamente os pais adotivos. Os questionamentos de Anne logo atraem o interesse das pessoas do lugar – e muitos problemas também.
O Início do Fim: e se você acordasse em meio a um apocalipse zumbi? É assim que começa o enredo do livro “O Início do Fim”, do escritor Lucas M. Araujo. Desde que um grupo de amigos iniciaram a faculdade de TI em Palmas, Tocantins, o maior pesadelo deles era a próxima prova de algoritmos. Porém, tudo muda quando um incidente no Hospital Geral de Palmas dá início a um apocalipse zumbi e eles são impedidos pelo exército de deixar a cidade.
Imagine a responsabilidade de escrever as páginas do maior evento de cultura e entretenimento do país no ano em que se comemora seus 40 anos. A Bienal do Livro Rio, que tantas histórias já escreveu na memória afetiva de milhares de brasileiros e até estrangeiros, está sendo especialmente planejada por um ‘time de peso’, comprometido com a pluralidade de ideias e o encantamento do público de uma forma diferente.
Este ano, um coletivo curador, dedicado a trabalhar de forma transversal e integrada, apresentará uma programação extremamente rica, que aponta para o futuro e se renova com atrações em formatos variados e experiências para fãs de histórias, literatura, audiovisual, games e outras narrativas — sejam eles fãs de todas as idades.
A Bienal do Livro Rio, ao longo de quatro décadas, sempre foi pulsante, acompanhando as mais diversas mudanças da sociedade — do mercado literário às tecnologias e o comportamento. Se já faz parte do calendário da cidade e ocupa a memória afetiva do público com grandes encontros, produção de conhecimento e conexão, desta vez, o ponto de partida foi justamente a dicotomia entre dois conceitos: a inteligência artificial, que tanto vem guiando o mundo atualmente, e a capacidade humana de sentir e se emocionar, responsável por esse afeto que marca gerações.
Para materializar essa capacidade de irradiar que a Bienal carrega em sua essência, com a representatividade necessária para mobilizar todo tipo de gente, a GL events — referência mundial no mercado de eventos — e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), responsáveis pela realização do festival, trazem novidades. Destaque especial para a cultura pop, com muita interação em um grande espaço efervescente: a nova Arena Palavra-Chave, que vai trazer interação direta com os jovens em formatos variados para garantir as melhores experiências e uma verdadeira celebração da cultura e do entretenimento.
O time de curadores também cuidará do Café Literário, um espaço intimista que será remodelado para abrigar as reflexões mais profundas sobre os mais diversos temas contemporâneos. Haverá ainda uma programação extensa direcionada ao público infantil, tão importante para o evento.
Para assinar a direção artística, a organização da Bienal do Livro Rio convidou Bianca Ramoneda, que é jornalista, escritora, atriz, apresentadora e roteirista de TV. Ela explica como o conceito da edição comemorativa vai guiar tanto o processo de curadoria como a identidade visual dos espaços.
““Temos falado muito sobre o impacto da IA em nossas vidas e para onde essa nova realidade nos leva. Parece muitas vezes que nos pautamos pelos algoritmos e suas combinações, mas a verdade é que IA não existe sem o ser humano como ponto de partida. Todo o universo de dados que se cruzam vem dessa fonte humana que tem algo único: um coração que sente, se emociona, se encanta e cria memórias afetivas. A Bienal, com seus 40 anos de história, mora no coração do público e na memória afetiva do Rio de Janeiro. O evento é, em si, um coração que pulsa e abastece um imenso organismo vivo, com veias e artérias, formando uma cartografia, um mapa com muito conhecimento. Diversos conteúdos e experiencias se cruzam e se encontram. É assim, com ‘muitas histórias, um coração’ que pretendemos abrir as portas para a circulação de ideias, de existências, sensibilidades, e conteúdos compartilhados para esta edição histórica”, afirma Bianca.
À frente do projeto de curadoria estão nomes com vasta experiência no universo cultural. Com forte conexão com o público jovem, Clara Alves é autora do aclamado romance “LGBTQIAP+ Conectadas”, de “Romance real”, “De repente adolescente” e “Sobre amor e estrelas”. Já Mateus Baldi, que assina uma obra mais densa, é organizador da coletânea “Vivo muito vivo — 15 contos inspirados nas canções de Caetano Veloso” e autor do livro de contos “Formigas no Paraíso”. Completando o time, a curadoria coletiva terá a participação da poeta e crítica literária Stephanie Borges, autora de “Talvez precisemos de um nome para isso”, reconhecido pelo IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura e uma das escritoras da antologia “As 29 poetas hoje”, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda.
A produção executiva será da jornalista Ana Paula Costa, que editou obras de importantes de autores brasileiros e estrangeiros. Com mais de 20 anos de experiência no mercado editorial, ela diz que viu de perto muitas edições e acompanhou a transformação do evento: “Tenho uma ligação afetiva grande com a Bienal e durante todos esses anos guardei muitas memórias felizes dos encontros no Riocentro, do contato com autores e público, além de mesas inesquecíveis. Acredito que essa edição será muito emocionante, com momentos de encantamento, inspiração e alegria contagiante”, diz.
Os curadores têm um sentimento parecido. Eles celebram a oportunidade de fazer parte de um momento histórico para a cultura brasileira e esperam ansiosos o encontro. A missão que o quarteto carrega é também de muita responsabilidade: selecionar o conteúdo de qualidade para 10 dias de evento com mais de 200 horas de programação, levando em conta a diversidade dos frequentadores.
“Para mim, a Bienal sempre foi um momento de reencontrar leitores e amigos, um espaço de pertencimento. Participar da curadoria de conteúdo da edição comemorativa é uma oportunidade de trazer ao público uma mensagem importante, especialmente depois de tantas mudanças no cenário literário brasileiro: os livros nos salvaram quando mais precisamos, durante a pandemia, e continuarão sendo pontes para as possibilidades de futuro”, diz Clara Alves.
Já Mateus Baldi diz estar agradecido por poder fazer parte do projeto e garante: “Estamos dando o nosso melhor para montar uma programação incrível que contemple os leitores em suas diversas facetas. Mal posso esperar para o público conferir o resultado em setembro”.
“Vamos receber os visitantes com boas histórias. Eles terão oportunidade de encontrar ídolos, participar de conversas interessantes. Será uma imersão cultural com muita diversão. Depois de anos tão difíceis é importantíssimo que nós possamos construir boas memórias”, finaliza Stephanie Borges.
A Bienal do Livro Rio acontecerá entre os dias 1° e 10 de setembro, no Riocentro, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, trazendo uma proposta imersiva e que busca atender aos anseios do seu público. Haverá áreas de descanso amplas nos jardins do mais completo centro de convenções da América Latina, praça de alimentação com gastronomia variada e ativações interativas que estimulam a reflexão sobre temas contemporâneos, a criatividade e a imaginação dos frequentadores.
Obra “Os 7 Níveis da Consciência” mistura filosofia védica com ciência para explicar o que nos faz seres humanos únicos e a chave para o entendimento da imortalidade: a nossa consciência
Em 11 capítulos, o leitor vai aprender de forma bastante direta o que é a mente e como chegamos a este nível de consciência, além de encontrar questionamentos sobre qual é o papel do inconsciente, do consciente e da autoconsciência no nosso desenvolvimento. A obra reúne quase 200 referências bibliográficas, uma média de dez estudos para compor cada capítulo. Por isso, está longe de apresentar uma visão “mais do mesmo” acerca do tema.
Em “Os 7 níveis da consciência: Como usufruir do maior potencial adquirido pelo ser humano” (Editora Gente, 256 páginas, R$59,90) , o Dr. Rodrigo Duprat pontua que a essência do ser humano está na sua consciência. Mas o que vem a ser ela? O conceito vai muito além do corpo físico, pois o que somos transcende a materialidade. E para refletir sobre a questão e tentar respondê-la, após anos de pesquisa, ele lança a obra “Os 7 Níveis da Consciência”, pela editora Gente, que chega às livrarias no dia 10 abril e já está em pré-venda on-line.
Cirurgião Plástico formado no Instituto Ivo Pitanguy, Rodrigo realizou sua Residência de Cirurgia Geral pela Santa Casa de São Paulo. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e formado em medicina integrativa pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. Ficha Técnica:
No dia 19 de abril de 2023, completam-se 100 anos do nascimento da escritora Lygia Fagundes Telles, uma das mais importantes da literatura brasileira. Nascida em São Paulo, em 1923, Lygia começou a escrever ainda na adolescência e publicou seu primeiro livro, “Porão e Sobrado”, em 1939. Desde então, sua obra vem conquistando leitores e críticos, com destaque para os romances “Ciranda de Pedra” e “As Meninas”.
Lygia Fagundes Telles teve uma importante contribuição para a cultura brasileira, especialmente no que diz respeito à representação feminina na literatura. Suas personagens são mulheres fortes, independentes e complexas, que rompem com os estereótipos tradicionais do papel feminino na sociedade. Além disso, ela aborda temas como a violência doméstica, a opressão e a busca pela identidade, colocando em pauta questões importantes para a luta das mulheres por igualdade.
A autora também é reconhecida por sua habilidade narrativa e sua capacidade de explorar a psicologia de seus personagens. Seus romances e contos são marcados por uma linguagem precisa e poética, que envolve o leitor e o transporta para dentro da história. Seus textos exploram a complexidade do ser humano e a ambiguidade das emoções, criando personagens que são verdadeiras reflexões sobre a condição humana.
Além de sua obra literária, Lygia Fagundes Telles teve uma importante atuação no campo da cultura e da educação. Ela foi membro da Academia Brasileira de Letras e recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, como o Prêmio Camões e o Prêmio Jabuti. Além disso, ela dedicou grande parte de sua vida ao ensino da literatura, tendo sido professora da Universidade de São Paulo e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
O centenário de Lygia Fagundes Telles é uma oportunidade para relembrar a importância de sua obra e sua contribuição para a cultura brasileira. Sua escrita, marcada pela sensibilidade e pela força, ainda hoje é capaz de emocionar e inspirar leitores de todas as idades. Que sua obra continue a ser valorizada e estudada, para que as futuras gerações também possam conhecer e se encantar com a literatura dessa grande escritora brasileira.
Escola que escritora estudou é tombada como patrimônio histórico
Em 1890, o diretor da Escola Normal de São Paulo, Antonio Caetano de Campos, obteve autorização do presidente da província, Prudente de Morais, para construção da sede do curso normal. O projeto e orçamento ficaram a cargo do engenheiro Francisco de Paula Souza e a planta definitiva e construção sob a responsabilidade do arquiteto Ramos de Azevedo. Parte do terreno foi cedido pela prefeitura e o restante adquirido de Fortunato Martins de Camargo e Joaquim Matheus, em 1885. A escola, obra representativa da arquitetura do final do século XIX, em estilo eclético com predominância do neoclássico, foi inaugurada em 1894 e, em 1935, acrescida de um terceiro pavimento. O tombamento do edifício ocorreu a partir de reivindicação da população, contrária à sua demolição, na década de 1970, anunciada pelo Metrô para a construção da Estação República. Desde 1978, abriga a Secretaria de Estado da Educação.
Sugestões de leituras
Títulos disponíveis nas bibliotecas de São Paulo e Vila Lobos
TELLES, Lygia Fagundes. Verão no aquário. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
TELLES, Lygia Fagundes. Seminário dos ratos. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
TELLES, Lygia Fagundes. Os contos. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.