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Como o cérebro lida com o luto
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Como o cérebro lida com o luto?

O luto é um momento difícil em que muitas emoções diferentes afloram, mas a neurociência tem uma explicação para isso. Em “O cérebro de luto”, novo livro da Principium (Globo Livros), a pesquisadora e professora de psicologia Mary-Frances O’Connor explica como o nosso cérebro lida com a dor da morte e também com outros tipos de luto, como uma demissão, o fim de um relacionamento, uma limitação provocada por alguma doença, etc.

+ Minhas considerações sobre você, luto

A autora explora as diferentes fases do processo e discute como a idade, o gênero e a personalidade podem afetar a forma como lidamos com a perda. Com uma linguagem clara e descomplicada, o livro combina um texto leve e afetuoso com explicações científicas acessíveis, baseadas nas mais recentes pesquisas e na própria experiência da autora para ajudar os leitores a entender melhor o que acontece — neurológica, física e emocionalmente — quando estamos em luto e a lidar com a perda com mais facilidade.

A psicóloga também fornece ferramentas práticas e exercícios para ajudar os leitores a lidarem com o próprio luto ou o de terceiros, para que todos possam encontrar a cura emocional.

Sobre a autora

Mary-Frances O’Connor é psicóloga clínica e pesquisadora na área de perda. É professora de psicologia clínica na Universidade de Arizona, nos Estados Unidos, e diretora do Laboratório de Neurociência na mesma universidade. O’Connor é uma pesquisadora ativa na área de luto há mais de 20 anos e já publicou inúmeros artigos em revistas científicas sobre o tema. Seu trabalho é reconhecido internacionalmente e ela é frequentemente convidada a dar palestras e entrevistas sobre suas pesquisas.

Diário da Dona Lurdes: os sentimentos que uma mãe carrega no peito
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Diário da Dona Lurdes: os sentimentos que uma mãe carrega no peito

A busca incansável de Dona Lurdes por Domênico, seu filho desaparecido, emocionou o Brasil nas telas. Um ano após o fim da novela, ela tem que lidar com um novo cenário doloroso e muitas descobertas. Quando seu último filho sai de casa, a mãe passa a sofrer com a síndrome do ninho vazio, e, para escapar da solidão, começa a escrever um diário.

Como voltar a ocupar o centro da sua vida, depois de tantos anos de dedicação à maternidade? Com humor e irreverência, Lurdes compartilha nestas páginas suas experiências ao atravessar esse momento tão difícil, vivido por todas as mães. São estas reflexões que dão vida à Diário da Dona Lurdes, nova obra de Manuela Dias, um spin-off da novela Amor de Mãe.

Existem muitas donas Lurdes pelo Brasil. Mulheres que enfrentam batalhas pessoais diariamente, que vão à luta pelas suas conquistas, sua sobrevivência e, principalmente, pelos seus filhos. É fácil reconhecer uma mulher forte e chamá-la de guerreira, mas pode ser difícil de ouvir e compreender. Foi esse o motivo que levou Manuela Dias a criar o roteiro da novela, que conquistou milhares de pessoas e prêmios internacionais.

Tomada pelos sentimentos intensos que só a maternidade é capaz de proporcionar, a dramaturga desenvolveu uma trama que deu voz a muitas mães brasileiras. Agora, ela traz os relatos da personagem no futuro, depois do desfecho do folhetim. Um presente para fãs e curiosos que querem acompanhar mais um pouco da vida dessa mãe inesquecível, por meio das páginas de um livro sensível, realista e intimista.

“As mães dão o que não têm e tiram força da fé e do amor, todos os dias, para criarem seus filhos”, afirma a autora na apresentação da obra.

O Diário da Dona Lurdes, lançado pela Editora Melhoramentos, não é só para quem assistiu à novela, mas para todas as mães que já se sentiram desamparadas em algum momento. Além de promover uma identificação ainda maior entre as mulheres que compartilham das mesmas sensações e situações, pode ser um incentivo para que leitores passem a colocar os sentimentos no papel e criem seus próprios diários.

“Que jeitinho, suave, amoroso e reflexivo que a Manuela encontrou de a gente saber como [a Dona Lurdes] tá passando, que rumo tomaram os seus filhos e por onde anda essa mulher que o Brasil inteiro se apaixonou!”, escreve no prefácio Regina Casé – que deu vida à personagem na novela.

Diário da Dona Lurdes é o segundo livro publicado de Manuela Dias, após seu inquietante romance de estreia na literatura, Tilikum. A autora já foi indicada a dois Emmys por “Amor de Mãe” e a série “Justiça”, ambas pela TV Globo.

Resenha: Confissões do Crematório, Caitlin Doughty
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Resenha: Confissões do Crematório, Caitlin Doughty

Confissões do Crematório é um livro que chegou até mim em um momento de luto. Aquele momento em que a gente quer entender e desvendar todos os mistérios da morte. E posso dizer que fui surpreendido positivamente com a narrativa de Caitlin Doughty e também, por ser o primeiro livro da Darkside que eu realmente gosto.

Um livro para quem planeja morrer um dia “Uma menina nunca esquece seu primeiro cadáver.” – Caitlin Doughty

É a única certeza da vida. Então, por que evitamos tanto falar sobre ela? A morte é inevitável, sentimos muito. Mas pelo menos, como descobriu Caitlin Doughty, ficar a sete palmos do chão ainda é uma opção. ”Confissões do Crematório” reúne histórias reais do dia a dia de uma casa funerária, inúmeras curiosidades e fatos históricos, mitológicos e filosóficos. Tudo, é claro, com uma boa dose de humor. Enquanto varre as cinzas das máquinas de incineração ou explica com o que um crânio em chamas se parece, Caitlin Doughty desmistifica a morte para si e para seus leitores. O livro de Caitlin – criadora da websérie Ask a Mortician e da – levanta a cortina preta que nos separa dos bastidores dos funerais e nos faz refletir sobre a vida e a morte de maneira honesta, inteligente e despretensiosa – exatamente como deve ser. Como a autora ressalta na nota que abre o livro, “a ignorância não é uma benção, é apenas uma forma profunda de terror”. Caitlin Doughty é agente funerária, escritora e mantém um canal no YouTube onde fala com bom humor sobre a morte e as práticas da indústria funerária. É criadora da websérie Ask a Mortician, fundadora do grupo The Order of the Good Death (que une profissionais, acadêmicos e artistas para falar sobre a mortalidade) e também autora de Confissões do Crematório.

Explico: não tenho uma boa relação com os livros da editora. As edições são lindas, espetaculares, disso não há o que questionar. Também acho os valores justos, mas quando falo de conteúdo, sempre me deixou a desejar. Aconteceu isso com “O Segredo dos Corpos”, “Bruxa Natural” e alguns outros.

O livro conta a história da própria autora, Caitlin, que também é curiosa com relação aos trâmites da morte. Com isso, ela resolve arrumar um estágio em um crematório da sua cidade, sem experiência nenhuma. Lá, ela precisa barbear mortos, preparar cadáveres e limpar até os fornos de cremação e nos leva para uma jornada em que nos deparamos com a nossa perenidade e com a nossa organicidade.

Sim, Confissões do Crematório nos traz a consciência de que somos orgânicos. Para além das crenças espirituais do que acontece na vida depois da morte, conteúdo que tive contato em “Violetas na Janela”, Confissões é um livro mais cru, que fala mais dos corpos que das psiques.

Além das confissões do que pode acontecer com nosso corpo nesses locais, Doughty traz para a nossa consciência que a morte é um negócio lucrativo, que faz de tudo para afastar a experiência dos vivos, que continuam sua jornada na Terra.

O livro é dividido na parte em que Caitlin está trabalhando no crematório, parte que gosto mais, e em uma segunda parte, quando ela resolve se especializar “na morte” e ir estudar em outro estado. Com isso, ela mostra que o negócio americano da morte vai muito além do que a gente imagina. Essa segunda parte não me agradou tanto, talvez pela falta de proximidade.

Mas, se você é uma pessoa (enlutada ou não, apesar de que, se estiver em luto, assim como eu, creio que a leitura pode ser mais proveitosa) interessada pela morte, Confissões do Crematório é um livro indispensável e que me fez entender como quero chegar ao fim da vida e como quero que lidem com meus restos mortais.

Aaron Salles Torres lança "Inferno e Danação"
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Aaron Salles Torres lança “Inferno e Danação”

As 904 páginas do primeiro volume de “Inferno e Danação”, de Aaron Salles Torres, são um mergulho vertiginoso na vivência do próprio autor, que envolve ameaças de morte, tentativa de execução, exposição ilegal, desaparecimento/ prisão, tortura, violência policial e psicológica, fraude processual, Transtorno do Estresse Pós-Traumático e equívocos narrativos do judiciário e da imprensa nacional.

O autor, no entanto, deixa claro que não se trata de uma autobiografia. “O livro está registrado como ficção científica e a provocação ao leitor é ele discernir fato de ficção. Muitos perderam essa habilidade em nossa era ‘pós-moderna’. Digamos que seja um livro ficcional a partir de fatos”, diz.

Para “Inferno e Danação”, o autor, portanto, criou personagens fictícios baseados em personalidades reais. No caso, ele se centra no relacionamento abusivo de Francisco e João Bosco, entre 2019 e 2021, tendo como entorno a história recente do Brasil, a caminhada para o fascismo da recém-terminada gestão de Jair Bolsonaro na Presidência da República, a chegada e os efeitos da pandemia de covid-19 e, ainda, questionamentos filosóficos sobre o momento atual da arte e da cultura da globalização, o chamado “pós-modernismo”.

Ativismo

Francisco, assim como o autor, é um ativista LGBTQIAPN+, diretor de cinema e TV, e escritor de linhagem política esquerdista. A narrativa passa da terceira para a primeira pessoa ainda no início da obra e o nome de Aaron é, eventualmente, mencionado em diálogos, e-mails, conversas de WhatsApp e de outros aplicativos. O texto ziguezagueia entre a biografia do autor e a do protagonista.

A história se inicia com uma tentativa de sequestro/ execução sofrida por Francisco, seguida por uma sessão de tortura por autoridades policiais do Rio de Janeiro, entre os dias 4 e 5 de janeiro de 2020, supostamente devido a seu ativismo político LGBTQIAPN+ e a atuação do personagem como democrata antifascista. Esses crimes são hoje investigados na realidade, em segredo de Justiça, por decisão do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Um flashback leva o leitor a entender como o protagonista chegou à situação citada acima, desde a primeira ameaça de morte, recebida no Leblon em 2017, precisamente no dia do pré-lançamento de seu primeiro longa-metragem: “Quando o Galo Cantar Pela Terceira Vez Renegarás Tua Mãe”. Seguem a fuga para o exterior em 2019 e a posterior mudança do Rio de Janeiro para São Paulo, onde, por sinal, conheceu o coprotagonista João Bosco.

Luto

“Esse primeiro volume trata da elaboração de um luto. Começa com o questionamento de fatos irreais [‘eu estou doido?’], depara-se com uma dura realidade que machuca demais e termina com uma reflexão a respeito destas dores: de enxergar o abismo em que se encontra uma sociedade inteira, que nunca é tão desumana quanto durante convulsões fascistas”, afirma o autor.

Sobre sua vivência, ele diz que entrou em choque quando a polícia carioca o levou ilegalmente de um hotel em Santa Teresa no dia 9 de dezembro de 2020, onde se encontrava para a gravação de um clipe para a MTV EUA. “Eu me dei conta de que poderia não aparecer nunca mais. Só quem teve arma apontada para a cabeça ou foi vítima de tortura sabe do que se trata. Naquele momento, os milicianos podiam fazer qualquer coisa com meu corpo. Minha única preocupação era proteger meu namorado. Que fizessem qualquer coisa comigo, mas que não tocassem um dedo nele. Meu cérebro meio que desligou. Minha alma foi para outro lugar”, narra.

Ele prossegue. “Depois que a Polícia Civil desapareceu conosco por três dias, só me recuperei do estado de choque no final de janeiro de 2021. E comecei imediatamente a escrever o livro, porque a polícia carioca também apreendeu ilegalmente meu laptop de trabalho, onde se encontravam todos os meus roteiros ― que eu precisava, por contrato, entregar às produtoras parceiras de meus longas-metragens. Também estava sem meu telefone, sem minhas redes sociais, sem meus contatos e pesavam sobre mim incontáveis acusações falsas e absurdas. Escrever foi um ato de resgate de minha sanidade e de minha alma”, diz.

Choque

A obra literária faz parte de um projeto tripartite, que contará também com uma exibição de artes visuais em que o diretor se insere nas pinturas de Caravaggio, acompanhadas de imagens que seu ex-namorado fez dele neste período de choque. A terceira parte do projeto são letras de músicas que o artista escreveu nos difíceis meses de 2021 em que sofreu com o isolamento causado pelas falsas acusações, e para as quais atualmente busca melodias no estilo Lana del Rey. As três partes do projeto, segundo ele, compartilham muitos elementos: algo que é narrado no livro se verá na exibição e se ouvirá em uma canção.

No volume 1 do livro, que será lançado no dia 23 de abril de 2023, a narrativa se desnovela de 2017 até o reencontro de Francisco e João Bosco em fevereiro de 2020, pouco depois da tentativa de execução ocorrida em janeiro ― que levou o protagonista a uma crise de pânico ainda naquele mês. “Nas 24 vezes que revisei esse volume de quase mil páginas, inclui, ainda, trechos do diário iniciado em 2021. Iniciei o volume 2 imediatamente após o término do primeiro, em setembro, e fui escrevendo simultaneamente ao desenrolar dos fatos do final daquele ano e de 2022 e 2023.”

Para o lançamento de “Inferno e Danação – 1.A Queda Irreal do Funil de Nietzsche”, o autor esclarece que teve de aguardar desenvolvimentos internos do MPRJ, cuja procuradora de Direitos Humanos e Minorias, Eliane de Lima Pereira, junto à Coordenadoria de Vítimas, em setembro de 2022 abriu inquérito sobre as violações que o Estado e o crime organizado cometeram contra ele.

Inquérito

Até o entendimento inédito da procuradora, criminalistas acreditavam que os acontecimentos não eram interligados e que, assim, seus respectivos prazos de investigação e responsabilização teriam expirado. A procuradora, no entanto, compreendeu que o crime foi continuado desde a primeira ameaça de morte, recebida em 22 de novembro de 2017, até o ressurgimento do diretor, em 11 de dezembro de 2020 (após seu desaparecimento de três dias), e as acusações falsas de que foi vítima ― incluindo fraudes processuais que ocorreram ao longo de 2021 e que se encerraram definitivamente apenas em abril de 2022. Toda a investigação acerca do mal que o cineasta de 39 anos, nascido em Três Lagoas (MS), sofreu, corre em sigilo. No início deste mês de abril, o artista pode finalmente prestar seu primeiro testemunho, o que o colocou em segurança.

Criminalmente, o caso Aaron Salles Torres possui conexões com a execução de Marielle Franco. Jornalisticamente, o caso tem muito em comum com a Escola Base. Por esses motivos, a ONG Justiça Global entende que pode levá-lo à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. “Quando saí do choque, o processo de elaboração do que vivi foi através da arte. Sempre escrevi. Este é meu terceiro livro publicado e sou roteirista. Mas, os acontecimentos mudaram meus planos para 2021: planejava dirigir meus roteiros em fase de finalização, porém meus longas também foram cancelados pelo regime Bolsonaro por seu conteúdo LGBTQIAPN+. Aluguei um outro laptop, já que a polícia carioca tinha confiscado o meu, e recomecei do zero: iniciei este livro para destrinchar o que tinha se passado. Questionava toda aquela irrealidade esquizofrênica do fascismo”, diz.

Nietzsche

A insanidade não pertencia a ele, chegou a essa conclusão. Para isso, resgatou conceitos teórico-filosóficos, a história do pensamento e a genealogia comum do pós-modernismo e do fascismo, que descendem de Nietzsche. “Fui engolido por uma lama podre, sofri gigantesco mal exercido pela autocracia e pelo crime organizado. Essa porção ensaística do livro é importante para a fundamentação artística da obra e explica o contexto em que os personagens estão inseridos”, afirma.

“A lama podre do pós-modernismo é o ambiente que as larvas do fascismo precisam para se procriar, recorrentemente”, complementa. Para o autor, o pós-modernismo (que chama de nietzscheanismo) acabou como movimento artístico em 2021. E Aaron propõe uma retomada. “O ponto de retomada proposto seria o Modernismo, […] em que havia anseio por liberdade, razão, igualdade e democracia e em que se buscava satisfação no moderno, como proposto por Marx”, escreve.

Obstáculos

A publicação de “Inferno e Danação” teve seus próprios obstáculos. “Uma editora havia assinado contrato comigo para publicar o livro, ainda em outubro de 2021. Porém, por volta de maio de 2022, simplesmente romperam contrato, por medo de retaliações devido às graves denúncias que ‘ficcionalmente’ traz a obra. Foi então que resolvi expandir minha produtora Georgois Filmes para transformá-la em editora também”, diz.

Ele decidiu lançar também o livro de sua mãe, Elza Fernandes Torres, “O Brilho da Baliza”, no qual ela vinha trabalhando desde 2013. “’O Brilho da Baliza’ traz muita graça, tem muitas semelhanças com ‘Minha Vida de Menina’, e trata de uma época similarmente obscura na história do Brasil, do ponto de vista de uma criança (a segunda presidência de Getúlio Vargas e o período Jânio-Jango, na década de 1950 e início dos anos 1960, justamente um período que não cubro em ‘Inferno e Danação’)”, afirma.

O autor esclarece que “preparar o trabalho feminista em meninice de minha mãe simultaneamente à edição do meu foi o que me trouxe a leveza necessária para concluir, ainda no inferno bolsonarista de 2022, uma obra tão dura e densa quanto o primeiro volume (de provavelmente três) de ‘Inferno e Danação’. Considero os dois livros complementares. Por isso, inauguram, juntos, a Georgois Livros”.

Rita Lee continua a contar sua história em Outra autobiografia, lançamento da Globo Livros
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Rita Lee continua a contar sua história em Outra autobiografia, lançamento da Globo Livros

A Globo Livros lança Rita Lee: Outra autobiografia, obra com a franqueza e honestidade que são marcas registradas da escrita deste ícone da música brasileira e que, certamente, vai mexer com o leitor. No livro, o Brasil vai conhecer tudo sobre os últimos três anos da roqueira maior que, enquanto o mundo passava por uma pandemia, foi diagnosticada com câncer no pulmão.

Em um texto franco, ora cru e chocante, ora cheio de ironias, ora sutil e amoroso, Rita Lee não poupa detalhes de seu tratamento. Fala também da rotina, dos avisos do Universo, de seres de luz e dos caminhos que a vida tomou. Ao nos entregar este livro, Rita é tomada de uma coragem que só não é superior ao amor que tem por seu público e, a ele, quis contar todos os detalhes dos momentos que passou. A foto de capa, de Guilherme Samora, foi pintada por Rita e ganhou essas cores tão fortes quanto ela.

“(…) quando decidi escrever Rita Lee: Uma autobiografia (2016), o livro marcava, de certo modo, uma despedida da persona ritalee, aquela dos palcos, uma vez que tinha me aposentado dos shows. Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”, comenta a autora.

Ainda em maio, a Globo estreia “Rita Lee: Outra Autobiografia – O Podcast”. A nova série em áudio é um projeto companion, formato já popular no mercado americano que traz conteúdos inéditos e complementares ao universo e às passagens da vida da cantora mencionadas no livro. Com entrevistados e histórias inéditas, o podcast é construído a partir de uma escuta sensível de personagens que habitam a autobiografia. O novo título terá cinco episódios liderados pela apresentadora Astrid Fontenelle e por Guilherme Samora, jornalista e editor. Desenvolvido em parceria com a Globo Livros, o título estreia em 29/5 e terá publicações semanais às segundas-feiras. Disponível no Globoplay e em todas as plataformas de áudio, é produzido pela Trovão Mídia.

Biografia de Vladimir Putin é lançada em HQ pela CONRAD
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Biografia de Vladimir Putin é lançada em HQ pela CONRAD

O livro em HQ O Czar Acidental: a vida e as mentiras de Vladimir Putin é uma biografia em quadrinhos escrita por Jean-Michel Thiriet e ilustrada por Gaël Henry. A obra conta a história de Vladimir Putin, desde sua infância na União Soviética até se tornar presidente da Rússia.

Através de uma narrativa visual, o livro explora a vida pessoal e política de Putin, incluindo sua passagem pela KGB, sua ascensão ao poder na Rússia e seu governo autoritário. A obra também examina as mentiras e as manipulações que Putin usou para consolidar seu comando e manter-se no poder ao longo dos anos.

O livro aborda questões importantes sobre a história e a política da Rússia, como a queda da União Soviética, a ascensão do capitalismo e a influência do governo russo nas eleições de outros países. O Czar Acidental é uma leitura fascinante e informativa, que oferece uma visão única sobre a vida e a carreira de um dos líderes mais controversos do mundo. Também explora a personalidade complexa de Putin e como sua infância difícil e sua carreira na KGB moldaram sua visão de mundo. O livro também examina como Putin usou a propaganda e a manipulação da mídia para perpetuar sua imagem de líder forte e carismático na Rússia.

Outro aspecto interessante da obra é que ela discute a tensão entre a Rússia e o Ocidente, especialmente as relações com os Estados Unidos e a União Europeia. O livro aborda como Putin usou o ressentimento e o sentimento de perda dos russos após o colapso da União Soviética para fortalecer seu governo e justificar sua política externa agressiva.

No geral, “O Czar Acidental: a vida e as mentiras de Vladimir Putin” é uma obra rica em detalhes e informações históricas e políticas, que oferece uma análise crítica do governo de Putin e do contexto em que ele surgiu. A obra é uma leitura importante para qualquer pessoa interessada em entender as complexidades da política russa e suas estratégias globais.

A cozinheira de Frida
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O livro A Cozinheira de Frida recria o lado mais humano de Frida Kahlo e resgata as tradições mexicanas

Jornalista e autora best-seller argentina, Florencia Etcheves estreia no Brasil com a obra A Cozinheira de Frida, lançada pela Editora Planeta. Na trama, Paloma Cruz embarca em uma aventura para descobrir quem é o autor de um desconhecido quadro que encontra e que retrata a própria avó. O que intriga é que a obra de arte condiz com a época em que a anciã trabalhava como cozinheira de Frida Kahlo. O livro teve seus direitos vendidos e será adaptado para um filme.

A Cozinheira de Frida é um romance histórico sobre amizade e destino. Quando o caminho de Frida Kahlo e Nayeli Cruz se cruzam, ambas estavam em momentos difíceis da vida: Frida estava isolada por causa do terrível acidente que a deixou paraplégica e Nayeli, uma jovem tehauna, tinha acabado de fugir da casa dos pais e buscava formas de sobreviver na cidade do México. Por obra do destino, a jovem se torna cozinheira na famosa Casa Azul e desenvolve uma amizade para além das barreiras sociais, com a pintora mexicana mais famosa de todos os tempos.

Em Buenos Aires, anos depois, a neta de Nayeli encontra um quadro antigo e misterioso em que a avó é a protagonista e o autor é desconhecido. Intrigada com aquela pintura enigmática e curiosa pela história da avó, Paloma Cruz embarca em uma viagem para a cidade do México em busca de respostas.

Nesta obra, a autora mergulha nas tradições tehuanas e na fascinante cultura do Dia dos Mortos, além de mostrar as dores e as paixões que acompanham uma revolução e os personagens que nela permeiam. Esta é uma poderosa história de intriga, amizade e, principalmente, sobre o destino de duas mulheres, cujo coração é Frida Kahlo.


FICHA TÉCNICA:

Título: A cozinheira de Frida

Autora: Florencia Etcheves

Tradução: Marianna Muzzi

ISBN: 978-85-422-2204-3

496 páginas

Editora Planeta: A cozinheira de Frida – Florencia Etcheves | PlanetadeLivros

Amazon: https://amzn.to/3Ws6LMV

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Livraria da Vila e a editora Rocco realizam a exposição “Clarice em 10 imagens”

Para celebrar os 80 anos da publicação de “Perto do Coração Selvagem“, livro que marcou a estreia de Clarice Lispector na literatura, a Livraria da Vila e a editora Rocco realizam a exposição “Clarice em 10 imagens”.

Exposição: "Clarice em 10 imagens"

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Com fotos cuidadosamente selecionadas dos arquivos da família e do acervo Clarice Lispector no Instituto Moreira Salles, a mostra apresenta imagens que retratam momentos marcantes e íntimos, revelando a sensibilidade e a genialidade da escritora, admirada por leitores em todo o mundo.

A exposição “Clarice em 10 imagens” é gratuita e acontece até o dia 31 de julho na Livraria da Vila na Fradique Coutinho, em São Paulo.


Sobre a Livraria da Vila – Com 37 anos de mercado, a Vila conta com dezoito lojas, sendo quinze em São Paulo, duas no Paraná, uma em Brasília. A Livraria da Vila busca cada vez mais se consolidar no cenário editorial, e apresentar-se como um espaço acolhedor, receptivo e democrático. Muito mais do que um lugar que reúne grandes obras da literatura – são mais de 200 mil títulos em seu acervo, continuamente atualizado –, a Livraria da Vila se preocupa em participar ativamente das comunidades que cercam suas unidades, tornando-se ponto de encontro dos amantes dos livros, da literatura, da música, das artes e da diversidade.

 

Resultado de exame internacional sobre leitura escancara o problema de interpretação de texto no Brasil
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Resultado de exame internacional sobre leitura escancara o problema de interpretação de texto no Brasil

Os resultados do exame Pirls (Progress in International Reading Literacy Study), estudo que busca medir habilidades de leitura de alunos do 4º ano do ensino fundamental foram divulgados nesta semana. A estreia do Brasil ficou marcada na 39ª posição no ranking entre 43 nações.

A análise é feita a partir de uma prova aplicada para estudantes das redes pública e privada, com questões dissertativas. Devido a pandemia e as restrições das aulas, 400 mil estudantes dos 43 países participantes foram avaliados em datas diferentes entre outubro de 2020 a julho de 2022. No Brasil, a prova foi realizada no fim de 2021.

As habilidades mais básicas de leitura do Brasil são preocupantes, como indicado pelo ranking. Com o avanço tecnológico e a entrada do digital nas casas durante a pandemia, o hábito de leitura foi deixado de lado. “A leitura é de suma importância não somente para a localização de informações explícitas e implícitas em um texto ou identificação de um tema”, afirma Luana Machado, professora de séries iniciais do Colégio Adventista da Praia Grande. “É também imprescindível para a formação do cidadão com senso crítico para formar um ser pensante capaz de ter sucesso em sua vida pedagógica, social e moral”, acrescenta.

Na prática, o resultado mostra que os alunos brasileiros estão preparados para ler textos simples e encontrar ideias explícitas. Em comparação aos países do top 5 – Singapura, Hong Kong, Rússia, Inglaterra e Finlândia– que obtiveram resultados em níveis mais avançados, os alunos conseguiram não só interpretar as emoções dos personagens, mas também avaliar o estilo do autor e interpretar os textos de uma forma mais elaborada.

Pensando em como manter o hábito de leitura e interpretação de texto presentes na rotina dos estudantes, a professora Luana realiza o projeto Ler é Uma Aventura, presente na grade escolar do Colégio Adventista. Semanalmente, os alunos vão à sala de leitura da escola, onde os livros já estão separados por segmento, escolhem a obra da semana e levam para casa junto com uma ficha de leitura, que deve ser preenchida e entregue na próxima semana. Nesses momentos também acontecem rodas de leitura com toda a turma e a professora.

“O aluno, ao ser apresentado ao projeto de leitura, pode vivenciar as experiências mais fantásticas como ter acesso a diferentes autores, com diferentes pensamentos, linguagens e o contato com os gêneros textuais que é importantíssimo desde a infância”, aponta Luana. “Eles adoram. Toda semana eles escolhem um livro e levam para casa. Alguns até relatam que chamam os pais para participarem da leitura e isso é maravilhoso”, finaliza.

Novo livro do autor best-seller mineiro Ique Carvalho traz crônicas que refletem sobre família, luto e relacionamentos
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Novo livro do autor best-seller mineiro Ique Carvalho traz crônicas que refletem sobre família, luto e relacionamentos

O autor do best-seller Faça amor, não faça jogo retorna às livrarias com a obra Não deixe pra ser feliz depois, publicada pelo selo Academia, da Editora Planeta. Em parceria com a mãe, Ique Carvalho reflete sobre família, luto, relacionamentos amorosos, tempo e finitude. Após Lu Carvalho ser diagnosticada com câncer, mãe e filho construíram as mais de cinquenta crônicas presentes no livro a partir de diálogos que tiveram e dos sentimentos que transbordam as reflexões de Ique, os inspirando a continuar e a acreditar.

De maneira sincera e vulnerável, os textos permeiam as desilusões amorosas, a experiência do autoconhecimento, a parceria materna e as paixões fulminantes, imprimindo no papel a extraordinária experiência do que é amar. Ao longo das páginas, Ique e Lu retratam o dia a dia da busca pelo amor, da procura pelo sentido e do empenho em manter a esperança.

Para além da luta contra o câncer, mãe e filho compartilham relatos, aprendizados e o cotidiano de maneira singela, mas muito potente, levando leitores e leitoras em um mergulho profundo na força do que é a própria vida. É em momentos de intensa reflexão que Lu divide conselhos e ensinamentos que adquiriu no decorrer dos anos, como quando escreve “A vida nunca é uma estrada reta. É cheia de curvas, buracos e novos caminho”.

O autor ainda criou uma seleção de músicas especialmente para cada texto. Além da playlist completa, ao iniciar a leitura de uma crônica, os leitores encontram a indicação da música escolhida como trilha sonora. Ao explorar histórias tão íntimos e sensíveis, em Não deixe pra feliz depois, Ique e Lu fazem da vida poesia e da finitude a possibilidade de um esperançoso recomeço.