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Literatura conecta Nigéria e Paraty
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Literatura conecta Nigéria e Paraty

A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) é conhecida por reunir escritores de renome de todo o mundo e, em 2023, não será diferente. O evento abre palco para um debate significativo na mesa 11, intitulada “Contra a mentalidade decadente”, que terá a presença do autor nigeriano transgênero não-binário, Akwaeke Emezi. Best-seller do New York Times e artista multifacetado, trará para o centro do debate da programação oficial a obra Você fez a morte de tola com sua beleza, lançamento da Alta Novel, selo do Grupo Alta Books.

+ Roteiro: O que fazer em Paraty além da FLIP

A mesa 11 incluirá Carla Akotirene sob a mediação de Maria Carolina Casati, que junto com Emezi vão compartilhar perspectivas sobre a reelaboração da ancestralidade, as tradições afrodiaspóricas, o pertencimento e como recriam o passado, presente e futuro por meio de suas produções literárias. O escritor participa da Flip 2023 no dia 24 de novembro, às 17 horas. O evento acontece entre os dias 22 e 26 de novembro, e os ingressos começam a ser vendidos na terça-feira, 31 de outubro.

Você fez a morte de tola com sua beleza narra a jornada de Feyi Adekola, uma artista visual nigeriana que, após perder o marido, busca redescobrir a vida. A obra aborda a superação da perda, diversidade cultural, representatividade negra e LGBTQIAPN+. Além do sucesso literário, a obra de Emezi será adaptada para o cinema. A Amazon Primeadquiriu os direitos de produção, a cargo do ator e produtor Michael B. Jordan.

SERVIÇO:

O quê: Festa Literária Internacional de Paraty
Quando: 24 de novembro, 17h
Mesa 11: Contra a mentalidade decadente
Palestrantes: Akwaeke Emezi e Carla Akotirene
Mediação: Maria Carolina Casati
Endereço: Travessa Gravatá, 56 C/D, Centro Histórico – Paraty, RJ
Ingressos: https://www.flip.org.br/

As melhores frases da série "O Povo do Ar"
Kathleen Jennings
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As melhores frases da série “O Povo do Ar”

Na série O povo do ar, a autora best-seller Holly Black transporta os leitores para Reino das Fadas. Não aquelas dos contos clássicos, fadas que podem ser cruéis e mortais, especialmente se motivadas pelo poder. Uma aventura que mistura magia, intrigas palacianas e romance.

+ Resenha: O príncipe cruel, Holly Black
+ Resenha: O rei perverso, Holly Black
+ Resenha: A rainha do nada, Holly Black
+ Entrevista: Holly Black é a rainha de tudo e fala sobre seus gatinhos

Jude tinha 7 anos quando seus pais foram assassinados e foi forçada a viver no Reino das Fadas. Dez anos depois, tudo o que ela quer é ser como eles – lindos e imortais – e realmente pertencer ao Reino das Fadas, apesar de sua mortalidade. Para ganhar um lugar na Alta Corte, ela deve desafiar o Príncipe Cardan, o filho mais bonito e mais cruel do Grande Rei… e enfrentar as consequências.

Depois, Jude achou que, depois de enganar Cardan para que ele jurasse obedecê-la por um ano e um dia, sua vida se tornaria mais fácil. Mas ter qualquer influência sobre o Grande Rei de Elfhame parece uma tarefa impossível, principalmente quando ele faz de tudo em seu poder para humilhá-la e prejudicá-la, mesmo que seu fascínio pela garota humana permaneça intacto.

Por fim, Jude carrega o outrora impensável título de Grande Rainha de Elfhame, mas as condições são longe de ser ideais. Exilada por Cardan no mundo mortal, Jude se encontra impotente e frustrada enquanto planeja reivindicar tudo que Cardan tomou dela.

As melhores frases de “O Príncipe Cruel” (Povo do Ar #01)

“– Eu não sou assassino – diz Cardan, me surpreendendo. Eu nunca achei que fosse me orgulhar de uma coisa dessas.”

“Ele é uma faísca e você é altamente inflamável.”

“A espécie humana finge ser tão resiliente. As vidas mortais são uma longa brincadeira de faz de conta. Se vocês não pudessem mentir para si mesmos, cortariam a própria garganta para acabar com sua infelicidade.”

“Nós somos filhos de tragédias.”

“Se eu não puder ser melhor que eles, então vou ser muito pior.”

“Mais do que tudo, eu te odeio porque penso em você. Com frequência. É nojento e eu não consigo parar.”

As melhores frases de “O Rei Perverso” (Povo do Ar #02)

“Nós conseguimos poder tomando-o.”

“O poder é bem mais fácil de adquirir do que de manter.”

“Dentre plebeus e nobres, casamentos feéricos são elaborados para que se saia deles; diferente do mortal ‘até que a morte nos separe’, eles contêm condições como ‘até que ambos renunciem um ao outro’ ou ‘a não ser que um mate o outro por raiva’ ou a inteligentemente elaborada ‘pela duração de uma vida’, sem especificar a de quem. Mas uma união de reis e/ou rainhas nunca pode ser desfeita.”

“Te odeio tanto que às vezes não consigo pensar em outra coisa.”

“Mate-o antes que ele faça você amá-lo.”

“Eu imagino o que teria acontecido se eu tivesse admitido que não consegui tirá-lo da cabeça.”

“Agora me beije como se eu fosse Cardan.”

“Doce Jude. Você é a minha melhor punição.”

As melhores frases de “A Rainha do Nada” (Final)

“Você não vai ser nada. Você não é nada.”

“– Você veio do nada e para o nada vai retornar – sussurra ele em meu pescoço.”

“Cumprimentos, Vossa Majestade, seu sapo traiçoeiro.”

“Jude, você não pode mesmo acreditar que não sei que é você. Soube assim que chegou aqui.”

“O que significa que Madoc não está apenas tentando usurpar o trono de Cardan. Está tentando usurpar o meu.”

“Talvez eu acredite que seja hora de Elfhame ser governada por uma rainha.”

“Se a Grande Rainha de Elfhame nos dá uma ordem, nós a cumprimos.”

“Aquele garoto é sua fraqueza.”

“– Ela é minha esposa – revela Cardan, a voz se espalhando pela multidão. – A Grande Rainha de Elfhame por direito. E, definitivamente, não exilada.”

“Talvez ele goste de me ouvir gritar.”

“Você já está condenada, Rainha de Elfhame. Você já o ama. Já o amava quando me perguntou sobre ele e não sobre sua mãe. E você ainda vai amá-lo, garota mortal, bem depois que os sentimentos do Grande Rei evaporarem como orvalho da manhã.”

“A vocês, ofereço vinho de mel e a hospitalidade de minha mesa. Mas a traidores e violadores de juramentos, ofereço a hospitalidade de minha rainha. A hospitalidade das facas.”

“Por você, estou eternamente perdido.”

“Pense em nós como estrelas cadentes, breves, porém luminosos.”

“Nem lealdade, nem amor deviam ser forçados.”

“Eu reconhecia pouca coisa, mas sempre reconhecia você.”

Resenha: A rainha do nada, Holly Black
Beco Literário
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Resenha: A rainha do nada, Holly Black

Depois de ser exilada do mundo das fadas e condenada a viver no mundo mundano, Jude está indignada, afinal, ela é a Grande Rainha de Elfhame por direito. Essa é a premissa do livro que encerra a série O Povo do Ar, de Holly Black, A rainha do nada, depois de um livro com um final completamente avassalador como O rei perverso, é praticamente impossível não emendar uma leitura na outra.

+ Resenha: O príncipe cruel, Holly Black
+ Resenha: O rei perverso, Holly Black

É, eu não emendei. Mas não consegui me concentrar direito em nenhum livro no intervalo até eu me render para A rainha do nada. E devo dizer que li numa sentada só. Sentei para ler um capítulo como quem não quer nada e quando vi, já estava chegando na página 100, 200 e no epílogo.

O ritmo ditado por Holly Black na narrativa final começa de forma mais lenta, tanto que achei que não fosse engatar de primeira na leitura como fiz com os outros dois livros da série (que também li rápido, mas parei em alguns pontos estratégicos). Jude no mundo mortal é tediosa e talvez esse mesmo tenha sido o sentimento que Black quisesse passar na leitura, afinal, ela claramente não pertence àquele lugar. Morando com Vivi e com Oak no apartamento de Heather, ela passa seus dias em tédio supremo e, de vez em quando, se arrisca em algumas missões feéricas no mundo mortal.

Até que Taryn, sua irmã gêmea chega de Elfhame esbaforida, confessando que matou o noivo Locke e agora precisa enfrentar um julgamento. Ela quer que Jude vá em seu lugar para provar sua inocência e ela pode, afinal, o geas que o príncipe Dain deu à ela quando ela entrou para a Corte das Sombras, a fim de protege-la de qualquer encantamento de fada ainda funciona. E ela embarca, contra Vivi e com medo de ser sentenciada à morte por Cardan, que a exilou.

– Você veio do nada e para o nada vai retornar – sussurra ele em meu pescoço.

Ao chegar em Elfhame, ela enfrenta um julgamento com muita ansiedade e Cardan a reconhece. Quando eles estão prestes a botar os pingos nos is, Madoc invade o castelo para resgatar a filha, que ele pensa ser Taryn e a leva para seu acampamento de guerra, onde treina e reúne forças para tirar o trono de Cardan. Jude, irritada, percebe que o padrasto quer usurpar também o trono dela, mesmo ninguém sabendo que ela é a Rainha do Mundo das Fadas.

Depois de uma armação de Madoc para Jude ser pega, Cardan acaba anunciando para todo o mundo das fadas que ela é sua esposa e portanto, rainha por direito. Eles parecem se entender melhor quando o então rei perverso revela que o exílio era uma charada: só a Coroa poderia perdoá-la. Ela, como rainha, poderia ter acabado com seu exílio. Não é possível que Jude não tenha percebido isso vivendo há tanto tempo no mundo das fadas, sério! Até eu, que li os três livros em pouco menos de um mês percebi a charada no tom de voz de Cardan.

– Ela é minha esposa – revela Cardan, a voz se espalhando pela multidão. – A Grande Rainha de Elfhame por direito. E, definitivamente, não exilada.

Agora, juntos no trono, eles enfrentam a ameaça de Madoc e uma maldição que ronda a coroa de sangue, já que, em uma das invasões ao castelo, Cardan se transforma em uma serpente gigante que está amaldiçoando toda Elfhame. Sozinha, sem o amor de Cardan e tendo que levar um reino nas costas, Jude precisa entender em quem pode confiar, de que forma confiar e como vencer a maldição.

É o típico livro que a gente não tem um segundo de paz e encerra a série sem nenhuma ponta solta. Quando você acha que as coisas finalmente estão dando certo, Holly Black mostra que não se deve confiar tão fácil no povo féérico.

A vocês, ofereço vinho de mel e a hospitalidade de minha mesa. Mas a traidores e violadores de juramentos, ofereço a hospitalidade de minha rainha. A hospitalidade das facas.

Apesar de ter capítulos um pouco mais longos que os outros livros da série, A rainha do nada não perde em nada quando o assunto é ritmo, história de tirar o fôlego e até um pouquinho de fan service com cenas mais quentes de Jude e Cardan, que finalmente resolvem se entregar ao romance congelado que vinha sido cultivado nas outras séries. A forma como Holly consegue criar enigmas e entrelaçar histórias de fantasia é simplesmente única – sempre espere acontecer alguma coisa que você já poderia ter previsto com alguma isca que ela colocou anteriormente na série.

Agora, lido com a minha ressaca literária de terminar essa série cinco estrelas e só me resta ler os outros livros do esquema de pirâmide torcendo para ter mais um gostinho do apaixonante Cardan e da encrenqueira Jude. Recomendo muito!

Desirrê Freitas conta toda a verdade sobre como se tornou vítima de Kat Torres
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Desirrê Freitas conta toda a verdade sobre como se tornou vítima de Kat Torres

Até hoje ninguém sabe ao certo o que realmente aconteceu enquanto Desirrê Freitas esteve sob o domínio da influenciadora e life coach Kat Torres, à época conhecida como Kat a Luz. Muitas histórias foram contadas e fantasiadas por diversas razões, contudo, toda a verdade está prestes a vir à tona com o lançamento do livro “@SearchingDesirrê – Minha jornada pela liberdade”, o primeiro de uma série de três publicações. A obra lançada pela editora DISRUPTalks entra em pré-venda a partir do dia 26 de outubro e chega às prateleiras das livrarias e e-commerce no dia 1º de dezembro.

+ Frases: As melhores (de livros!) para colocar no seu status

A publicação passa a limpo diversas histórias como por exemplo, a suposta tentativa de fuga para o Canadá e a suposição de que Desirrê seria uma influenciadora digital. Desirrê Freitas viveu na Alemanha e no Canadá. Ela tinha visto canadense e não teria motivos para tentar entrar no país atravessando a fronteira de forma ilegal. Nunca tentou ser influenciadora, inclusive todas as suas redes sociais eram fechadas. Além disso, ela não foi deportada como noticiado na época. Apenas por esses fatos já é possível perceber que, a partir do que viveu e de seu ponto de vista, muita gente vai se surpreender com a verdade em seu livro.

A CEO da DISRUPTalks, Caroline Dias de Freitas, fala sobre a produção da obra: “Tenho lançado diversas biografias, mas esta, sem dúvidas, foi a mais desafiadora. Quando Desirrê me procurou sobre sua intenção de publicar a verdade, tive que me preparar e ter a sensibilidade de encontrar a melhor forma de contar o que estava sendo colocado na mesa. Tínhamos planos de lançar o livro ainda nos primeiros meses do ano, porém, Desirrê ainda estava em um processo pós-traumático e feridas precisaram ser cicatrizadas para podermos continuar o livro. Inclusive, essa fase de sua vida foi tão intensa que temos conteúdo para mais dois livros, pelo menos”.

“Eu acompanhei a história apenas pela imprensa, assim como as diversas versões divulgadas, mas quando meu telefone tocou no dia 27 de dezembro de 2022, Desirrê afirmou: ‘Tudo o que saiu na imprensa é pouco perto do que realmente aconteceu nos Estados Unidos. Tudo foi muito pior’. Em janeiro, finalmente fiquei frente a frente com a verdade. Depois disso, foram inúmeros encontros, conversas emocionadas, lágrimas e consultas a diversos advogados para garantir a segurança jurídica da publicação”, relembra a empresária.

Desirrê explica o desejo de contar sua história: “Eu precisava falar a verdade. Precisava me abrir e contar todos os detalhes do que realmente aconteceu. Faço isso como um alerta, para que outras meninas não passem pelo o que eu estou passando, inclusive, parte da renda do livro será destinado às vítimas de tráfico humano”.

“Eu renunciei à minha individualidade e às minhas crenças para seguir as orientações de Kat, deixando para trás minha vida, família e amigos. As consequências foram inimagináveis! Tenho certeza de que muitos leitores irão segurar a respiração, chorar e se emocionar”, completa.

O livro “@SearchingDesirrê – Minha jornada pela liberdade” é uma leitura de tirar o fôlego.

O suicídio a partir da perspectiva da maternidade
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O suicídio a partir da perspectiva da maternidade

Loucura, culpa, luto e, “basicamente, tristeza”. São essas as palavras que a estudante de Psicologia Maria Eugênia Moreira (@mareugn), que estreou na ficção com “Três Palmos” (Penalux, 2021) usa para descrever seu novo romance, “Os pares de sapato não acompanham as quedas” (2023, 67 páginas), com publicação pela editora Reformatório.

+ 4 livros que reforçam a importância do amor e da amizade

Numa escrita que mescla a narrativa ao diário, o livro traz a experiência de uma mãe que perde o filho aos 29 anos para o suicídio. Muito inspirada na história trágica do escritor carioca Victor Heringer, influência tanto literária quanto acadêmica da autora, “Os pares de sapato não acompanham as quedas” tem seu enfoque na trajetória dos que ficam, cujo luto e desorganização psíquica nos convidam a participar, com a personagem, a sua própria investigação em torno do ocorrido.

Segundo Moreira, “o livro nasceu de um pensamento persecutório, de uma necessidade de esclarecimento sobre como acontece um suicídio, como se dão todos os minutos que precedem e suscedem a tragédia”. Ela também comenta que a escrita de “Os pares de sapato não acompanham as quedas” tem seu contorno pessoal, relacionado à elaboração de um luto familiar. O encaminhamento da história, entretanto, tomou outro rumo. “No fim acabou sendo uma tentativa de superar o meu sofrimento com outro muito maior, mesmo que fictício.”

Para ela, o processo de escrita tem uma finalidade quase terapêutica. “Comecei a escrever quando fiquei triste verdadeiramente pela primeira vez. Desde então funciona assim: como quem chora até não conseguir mais, eu escrevo.”

Apesar do processo pouco linear e organizado, a produção da autora carrega consigo referências já consolidadas, caso do próprio Victor Heringer, cuja obra “O Amor dos Homens Avulsos” motivou também a pesquisa de TCC de Moreira pela PUC/SP, escrita ao mesmo tempo em que o romance.

Entretanto, ela também cita os escritores Marçal Aquino, João Tordo, Rita de Podestá — sendo a última autora do texto de orelha de “Os pares de sapato não acompanham as quedas” —, como inspirações importantes.

Resenha: A coragem de não agradar, Ichiro Kishimi e Fumitake Koga
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Resenha: A coragem de não agradar, Ichiro Kishimi e Fumitake Koga

Talvez a minha resenha de A coragem de não agradar não te agrade. Mas, de forma alguma quero te desencorajar a leitura. Ler coisas que são contraditórias, que não fazem sentido ou que partem de um pressuposto de senso comum, como eu vejo este livro também é importante. Então, sim. Considero esse livro essas três coisas, com pouquíssimas passagens que salvam ou que conseguem trazer um pouco mais de reflexão pessoal. Mas, faço uma ressalva: sou psicanalista e estudante da teoria de Freud e Lacan há anos. Não tenho conhecimento sobre a teoria Adleriana e não me interesso em ter, principalmente após a leitura. Essa análise vai ser pautada em um comparativo sobre o que o autor fala de Freud e como ele coloca Adler de forma superior (o que eu discordo).

+ Resenha: Caro Dr Freud, Gilson Iannini (Org.)

A coragem de não agradar é um livro em formato de diálogo, entre um jovem e um filósofo. O filósofo tem o objetivo de explicar a psicologia adleriana ao jovem, que não acredita e tem como premissa derrubar todos os argumentos do filósofo. Obviamente, ele não consegue derrubar todos, afinal, como eu disse, há coisas a se aproveitar no livro, mas acho que, conforme o final vai chegando, aquele jovem questionador também vai ficando mais conformado e foge do seu objetivo inicial. Sim, ele aceita fácil demais.

Na leitura, me vejo e me identifico mais com o jovem que com o filósofo. Creio que essa seja a premissa para todos os leitores. Mas, conforme avança, os questionamentos rasos que ele passa a fazer para questionar o filósofo não são nada além disso: rasos. A psicologia adleriana me parece um embrião de coaching. Com a ideia de negar o trauma, transformar a etiologia freudiana em teleologia adleriana o livro, de leitura cansativa e arrastada, faz uma visão simplista da vida e que muitas vezes, culpa a vítima pelo seu sofrimento psíquico. Dizer, por exemplo, que Freud é uma “psicologia da posse” enquanto Adler é uma “psicologia do uso” chega a ser cômico.

Como psicanalista freudiano, talvez as ideias de Adler não sejam mesmo para mim. Mas, a forma como elas são postas no livro como ultrapassadas são dignas de alguém que sequer leu Freud além do senso comum. Ele diz no livro que o trauma é determinista, que a psicanálise freudiana vê o trauma dessa forma e disso eu discordo piamente: o trauma acontece no seu passado e é apesar e a partir dele que você vive sua vida agora. E dizer isso, não significa que você use seu trauma como muleta ou como artifício de vitimização – significa que você constrói uma nova narrativa de vida a partir disso. E sim, é sua responsabilidade lidar com as consequências do trauma na sua vida adulta. Não é algo que você vai carregando, como diz o filósofo para colocar Adler em pé de superioridade a Freud. Psicanálise é buscar a sua libertação. Como o autor então nega que você não toma suas próprias decisões em um processo psicanalítico?

Resumir o Complexo de Édipo freudiano a uma “atração anormal” do menino pela mãe ou da menina pelo pai é, no mínimo, irresponsável e digno de alguém que sequer se debruçou a entender a teoria psicanalítica, de forma que, não há condição de colocar outra em pé de maioridade. O autor em inúmeras passagens usa do depreciamento de outras teorias psicológicas, para favorecer a teoria Adleriana. Com tantas décadas de estudo de variadas linhas psicológicas, quando se sabe a importância de cada uma delas, precisamos disso a essas alturas? Não acho que precisamos.

No geral, o livro traz muito de senso comum de auto-ajuda camuflado em ideias revolucionárias de um novo sistema de psicologia “individual”, que ainda não foi descoberto por ninguém. E sem justificativas a altura. Não quero ser como o autor que usa ideias em detrimento de outras mas, ler a forma como a psicologia adleriana é posta no livro me faz pensar porque de fato ela não tem seu valor no dia de hoje.

Apesar disso, A coragem de não agradar ainda tem pensamentos que te fazem refletir, mas que partem de um ponto de senso comum, ou seja, qualquer livro de auto-ajuda poderia te dar o mesmo embasamento. Por exemplo, quando ele diz que precisamos cultivar uma mentalidade que somos iguais aos outros e não que existem pessoas superiores umas as outras. Só que toda essa linha de raciocínio boa logo é quebrada com alguma falácia qualquer sobre negar sentimentos como raiva pessoal e indignação. Aparentemente, para Adler, alguns sentimentos são mais valiosos que outros e não a junção deles que nos faz humanos.

Sem falar das contradições em A coragem de não agradar que fazem o filósofo dar palpites arbitrários na vida do jovem sem sequer entender as teias que são compostas os seus relacionamentos interpessoais, de onde ele diz sair a base de toda a sua teoria. É como se o jovem a todo tempo tentasse encaixar aqueles conselhos dentro de sua vida pessoal, mas nunca conseguisse porque a caixinha da teoria adleriana é pequena demais ou grande demais e é você que precisa mudar sua vida para conversar com a teoria e não a teoria que precisasse dizer como é ser humano e explicar as complexidades da mente.

Acho que nesse ponto, enquanto escrevo minha resenha, fica difícil lembrar de pontos positivos do livro, porque sim, em retrospectiva é uma leitura que considerei ruim. Só terminei de ler o livro para dar minha opinião mesmo porque sinceramente, as boas ideias se perdem nessa maré de tantas falácias que me deixam indignado. Como no trecho em que o autor parece relativizar o abuso dentro de uma relação pai e filho. Sim, vou reproduzir a frase abaixo:

Filósofo: Mas se eu penso: Ele me batia, por isso nosso relacionamento ficou ruim, estou recorrendo à etiologia freudiana. A posição teleológica inverte completamente a interpretação de causa e efeito. Ou seja, eu trouxe à tona a lembrança de ter sido espancado porque não quero que o relacionamento com o meu pai melhore.

Jovem: Então primeiro você tinha a meta de não querer que o relacionamento com seu pai melhorasse e não querer consertar as coisas entre vocês.

Filósofo: Isso. Para mim, foi mais conveniente não consertar o relacionamento com o meu pai. Eu poderia usar o meu pai como desculpa para o fato da minha vida não andar bem.

Ou seja: meu pai é um babaca abusivo e lembrar que ele me espanca é apenas uma desculpa que eu dou para mim mesmo porque não quero ter um bom relacionamento com o meu pai. Gente?????????????? Isso me parece falar que a culpa do abusado ser abusado é dele porque ele precisa de um argumento para não se relacionar com o abusador. Que em vez disso, é preciso deixar essas diferenças de lado, para então, o abusado consertar um relacionamento fadado ao fracasso. Se isso não é culpabilização de vítima, eu não sei o que é. O relacionamento com o pai ficou ruim porque ele era um abusivo. Isso não é sequer um relacionamento. É um jogo agressivo de poder.

Eu poderia passar aqui o dia todo citando mais exemplos de como considerei esta leitura leviana e o quanto me deixa surpreso, mas não muito, o tanto de gente que gostou. Porque a nossa sociedade é doente dessa forma: a gente está organizado de uma forma a entender e manter o poder na mão desses abusadores e por isso, é tão conivente que toda a responsabilidade esteja com a gente de consertar relacionamentos falidos. É nisso que a gente acredita. E quando um autor coloca tudo isso aliado à uma teoria, em uma linguagem científica com a falácia da superioridade, afinal, é um filósofo conversando com um simples jovem sobre uma teoria psicológica que foi negligenciada, nós temos a tendência a acreditar.

Desconfie. E, se eu comecei falando para você ler o livro, não perca seu tempo. Gaste seu dinheiro com obras melhores e que te trazem pensamento crítico. A coragem de não agradar não é um desses livros, definitivamente.

Frases: As melhores (de livros!) para colocar no seu status
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Frases: As melhores (de livros!) para colocar no seu status

Frases retiradas de obras literárias muitas vezes têm o poder de nos cativar e refletir profundamente sobre a vida. Neste post, exploraremos uma seleção das melhores frases de livros para que você possa utilizá-las em seu status, seja em redes sociais ou aplicativos de mensagens.

+ As melhores frases de “Psicologia do Bolsonarismo: Por que tantas pessoas se curvam ao mito?”

A literatura, rica em sabedoria e beleza linguística, oferece uma fonte inesgotável de insights e inspiração para comunicar sentimentos e pensamentos de maneira única e profunda. Prepare-se para descobrir como as palavras de autores renomados podem enriquecer e dar significado às suas mensagens e compartilhamentos online. Confira:

Frases de livros para colocar nos status

“Você não acha que todo mundo devia ter que sair do armário? Por que o comum é ser hétero? Todo mundo devia ter que declarar o que é; devia ser uma coisa bem constrangedora, não importa se você é hétero, gay, bi ou sei lá o que.” – Com amor, Simon

“Tem uma grande parte de mim que eu ainda estou experimentando.” – Com amor, Simon

“Hoje eu percebo que se apegar ao seu eu destruído é mais comum do que os outros pensam.” – Redemoinho em dia quente

“Pois o verdadeiro desafio em aceitar e amar os loucos está em enxergá-los amantes da vontade de ver tudo pegar fogo. E eu sempre fui incendiária.” – Redemoinho em dia quente

“Querer dar um passo maior que a perna é um sinal claro de que a pessoa não sabe o que está fazendo.” – Os sete maridos de Evelyn Hugo

“Quando surge uma oportunidade para mudar sua vida, esteja pronta para fazer o que for preciso. O mundo não dá nada de graça para ninguém. Só tira de você.” – Os sete maridos de Evelyn Hugo

“Se a pessoa certa para mim é alguém como você, eu prefiro a solidão.” – Os sete maridos de Evelyn Hugo

“Você só vive uma vez. É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível.” – Como eu era antes de você

“Viva com ousadia. Se esforce. Não se acomode. Apenas viva bem. Apenas viva.” – Como eu era antes de você

“O mundo era seu caderno. Nenhuma superfície estava a salvo.” – Verity

“Paz não significa estar em um lugar onde não haja barulho, confusão ou trabalho duro. Significa estar no meio dessas coisas e ainda sim ter calma no coração.” – Talvez você deva conversar com alguém

“Eu te amo tanto quanto me permito amar alguém.” – Daisy Jones & The Six

“Ela não passava de uma menina desesperada para criar vínculos com as pessoas.” – Daisy Jones & The Six

“Eu não tinha absolutamente nenhum interesse em ser a musa de outra pessoa. Eu não sou uma musa. Eu sou uma pessoa. Fim da porra da história.” – Daisy Jones & The Six

“Dê uma ordem ao Universo. Informe ao universo qual é o seu desejo. O Universo responde aos seus pensamentos.” – O Segredo

Ziraldo faz 91 anos: Relembre algumas obras do criador de O Menino Maluquinho
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Ziraldo faz 91 anos: Relembre algumas obras do criador de O Menino Maluquinho

Em 2023, o pai do adorável “Menino Maluquinho” celebra mais um ano de vida, mas Ziraldo Alves Pinto é muito mais do que um simples aniversariante! Ele é um talentoso cartunista, pintor, escritor, dramaturgo, poeta, cronista, apresentador e jornalista. Sua trajetória é marcada por uma dedicação incansável à criação de personagens cativantes, versos envolventes e histórias que transcendem gerações.

+ Hoje é o dia Nacional da Literatura Infantil Brasileira

Ao longo de sua carreira, ele acumulou um catálogo de mais de 130 livros publicados, sendo que suas obras ganharam destaque internacional ao serem traduzidas para uma variedade de idiomas. Além disso, suas criações encontraram espaço em renomadas revistas ao redor do globo.

Em razão da data, 24 de outubro, a BibliON – biblioteca digital gratuita de São Paulo em parceria com o Beco Literário,  convida todos a explorarem as obras diversificadas e cativantes de Ziraldo, um verdadeiro tesouro da cultura brasileira, que continua a encantar e inspirar pessoas de todas as idades com sua criatividade e talento inigualáveis. Confira:

O menino da Terra – Ziraldo

Este é o terceiro livro da série Os Meninos dos Planetas, que se iniciou com O Menino da Lua. Ziraldo completou-a em 2018, quando escreveu e ilustrou a história do Menino de Plutão, completando um total de dez livros. São escritas em prosa – como esta – e outras com métrica e rimas. E esta é a história de Nan: para poupá-lo da iminente destruição da Terra, o pai do menino dá a ele uma nave espacial com os suprimentos necessários para uma longa viagem pelo espaço. Ao voltar para a Terra, depois de brincar de esconde-esconde entre asteroides e correr atrás de cometas, o menino se depara com uma triste realidade.

O Livro do Não – Ziraldo

Vamos combinar uma coisa: é muito legal ter liberdade, poder fazer o que você gosta, poder dizer aquilo que pensa. Mas tem hora que o pessoal exagera. Tem hora que alguém precisa dar uma cutucada no outro e dizer “não”. O Menino Maluquinho, que sabe das coisas, dedica este livro a todos os que não têm medo nem de dizer nem de ouvir “não”.

Flicts – Ziraldo

Tudo tem cor. O mundo é feito de cores, mas nenhuma é Flicts. Uma cor rara, frágil, triste, que procurou em vão um amigo entre outras cores, que não encontrou um lugar para ficar. Abandonada, Flicts olhou para longe, para o alto, e subiu, para finalmente encontrar-se. Para comemorar os 50 anos de Flicts, é lançada esta edição comemorativa, fac-similar à primeira edição, acompanhada de comentários de grandes amigos de Ziraldo e importantes nomes da literatura e da arte brasileira, como Rachel de Queiroz, Millôr Fernandes e o primeiro editor do livro, Fernando de Castro Ferro. A crônica escrita por Carlos Drummond de Andrade no dia do lançamento do livro está na íntegra nas páginas iniciais da obra, trazendo a opinião do poeta sobre essa obra-prima de Ziraldo.

O Planeta Lilás – Ziraldo

Era um bichinho tão pequenino, que não podia ser visto nem com uma lente de aumento. Ele queria conhecer algo mais além de seu monótono Planeta Lilás. Construiu então uma nave espacial, e saiu numa aventura cheia de surpresas e descobertas. Acabou descobrindo que, na ânsia de desvendar o Universo, saiu sem olhar para trás, sem saber como era o lugar onde vivia. Este é um poema de amor ao livro e mostra que este objeto é maior do que o Universo, pois este cabe inteirinho dentro de suas páginas. “A curiosidade que impulsiona a aventura, a ideia que ilumina o caminho, a descoberta de algo novo e o desejo de compartilhar aquilo que se descobriu. Esse seria um resumo sintético de O PLANETA LILÁS, ou de seu autor? Impossível definir o limite entre criador e criatura, quando ambos se misturam em um mesmo espaço sideral chamado Poesia. A alma da palavra revelada não pelo seu som, mas por seus contornos e espaços em branco, convida para um mergulho, uma viagem iniciada na letra “a”. Ziraldo, na verdade, faz aqui uma declaração de amor ao livro e à matéria de que ele é feito.” – Guto Lin

Para utilizar o serviço gratuito, basta que os interessados acessem www.biblion.org.br ou baixem o aplicativo BibliON, disponível no Google Play e na Apple Store e realizem um breve cadastro. O usuário pode fazer empréstimos de até duas obras simultâneas, por 15 dias. A BibliON permite, ainda, ações como organizar listas, adicionar favoritos, compartilhar um livro como dica de leitura nas redes sociais, fazer reservas, ver histórico e sugerir novas aquisições. Por meio de princípios de gamificação, os associados conseguem acompanhar as estatísticas do tempo dedicado à leitura e participar de desafios.

As melhores frases de É Assim Que Acaba
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As melhores frases de “É Assim Que Acaba”

Considerado o livro do ano, que virou febre no TikTok e sozinho já acumulou mais de um milhão de exemplares vendidos no Brasil. É assim que acaba é o romance mais pessoal da carreira de Colleen Hoover, discutindo temas como violência doméstica e abuso psicológico de forma sensível e direta. Separamos neste post as melhores frases de É assim que acaba, bem como aquelas mais marcantes e que nos fizeram sofrer.

+ Resenha: É Assim Que Acaba, Colleen Hoover

Em É assim que acaba, Colleen Hoover nos apresenta Lily, uma jovem que se mudou de uma cidadezinha do Maine para Boston, se formou em marketing e abriu a própria floricultura. E é em um dos terraços de Boston que ela conhece Ryle, um neurocirurgião confiante, teimoso e talvez até um pouco arrogante, com uma grande aversão a relacionamentos, mas que se sente muito atraído por ela.

Quando os dois se apaixonam, Lily se vê no meio de um relacionamento turbulento que não é o que ela esperava. Mas será que ela conseguirá enxergar isso, por mais doloroso que seja?

É assim que acaba é uma narrativa poderosa sobre a força necessária para fazer as escolhas certas nas situações mais difíceis. Considerada a obra mais pessoal de Hoover, o livro aborda sem medo alguns tabus da sociedade para explorar a complexidade das relações tóxicas, e como o amor e o abuso muitas vezes coexistem em uma confusão de sentimentos.

As melhores frases de É assim que acaba

“Todos os seres humanos cometem erros. O que determina o caráter de uma pessoa não são os erros que ela comete, mas como ela transforma esses erros em lições ao invés de dar desculpas.”

“Quinze segundos. Esse é o tempo necessário para mudar completamente tudo o que você conhece sobre uma pessoa. Quinze segundos.”

“Você não para de amar uma pessoa só porque ela te magoou.”

“Não existem pessoas ruins. Somos apenas pessoas que às vezes fazem coisas ruins.”

“Você pode parar de nadar agora, Lily. Finalmente chegamos à costa.”

“Não devemos perder tempo com coisas que podem acontecer algum dia, ou talvez nunca.”

“Eu a beijo na testa e faço uma promessa. Para aqui. Comigo e você. Isso acaba conosco.”

“Você é a parte mais importante da minha vida, Lily. Eu quero ser o que te traz felicidade. Não o que faz você se machucar.”

“Os ciclos existem porque são dolorosos para quebrá-los. É preciso uma quantidade astronômica de dor e coragem para interromper um padrão familiar.”

Bienal do Livro Bahia 2024 anuncia sua data: entre 26 de abril e 1 de maio
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Bienal do Livro Bahia 2024 anuncia sua data: entre 26 de abril e 1 de maio

Após o grande sucesso de sua última edição, a Bienal do Livro Bahia, que em 2022 voltou ao circuito cultural do Nordeste superando as expectativas do público e expositores, já tem data marcada: o evento vai aportar todo o encantamento do universo das narrativas no Centro de Convenções Salvador já no primeiro semestre de 2024, de 26 de abril a 1º de maio. Em 2022, o evento recebeu mais de 90 mil visitantes, batendo recorde em um só dia, quando 20 mil pessoas circularam pelos estandes. Foram mais de meio milhão de livros vendidos durante sua realização que, durante os 6 dias, reuniu mais de 150 marcas expositoras e stakeholders do mercado editorial e recebeu mais de 150 autores e personalidades.

+ As Bahias e a Cozinha Mineira chegam ao VEVO

Sem perder de vista o livro como estrela para a formação de uma nação leitora, o evento, sempre atento aos movimentos e tendências do mercado, vai abraçar o conceito de leituras elásticas, oferecendo aos visitantes e ao público apaixonado por histórias experiências que vão além do livro: a próxima edição do festival deve ganhar novos formatos e espaços, com discussões contemporâneas pensadas para explorar a transversalidade dos livros, trazendo as narrativas que vão para os filmes, séries, games, músicas e peças de teatro.

“Estamos falando do livro como ponto de partida ou chegada, a partir de uma transversalidade com os mais diversos tipos de mídia, porque os assuntos tratados no livro físico também viram séries, filmes, games, música, e isso garante que as histórias possam atrair mais pessoas formando novos leitores, já que o livro é sempre o protagonista”, afirma Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions.

Espaço para diálogos, escutas, reflexões e troca de ideias – elementos fundamentais para se criar possibilidades de futuros – a partir dessa retomada, o anseio é consolidar novamente a Bienal do Bienal do Livro Bahia no calendário cultural da região. O maior evento de cultura e literatura do Nordeste é organizado pela GL events Exhibitions, multinacional francesa também é responsável pela Bienal do Livro Rio e pela grande celebração dos 40 anos do maior festival literatura, cultura e entretenimento do país, que arrastou mais de 600 mil pessoas durante dez dias, no Rio de Janeiro, com 5,5 milhões de livros vendidos.