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Audible lança audiolivro “O Pequeno Príncipe” com narração exclusiva do ator Antonio Pitanga
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Audible lança audiolivro “O Pequeno Príncipe” com narração exclusiva do ator Antonio Pitanga

A Audible, uma subsidiária da Amazon.com, Inc. e uma das principais criadoras e distribuidoras de entretenimento em áudio de alta qualidade, lança “O Pequeno Príncipe”, romance de Antoine de Saint-Exupéry escrito em 1943, narrado em português pelo consagrado ator Antonio Pitanga, para cativar os assinantes brasileiros da Audible. O texto, que narra as aventuras do Pequeno Príncipe encontrado por um aviador no deserto do Saara, já foi narrado em diversos idiomas e por astros internacionais, como Richard Gere e Richard E. Grant. Em português, são 2h36 de uma narração surpreendente para ouvir com a família, durante uma caminhada, quando e onde quiser.

O processo de escolha do elenco de narradores brasileiros consiste em uma fusão cuidadosa entre critérios artísticos e técnicos que levam em consideração múltiplos aspectos, incluindo a afinidade do narrador com a história, a autoria ou a temática. Com sua vasta experiência na dramaturgia, Antonio Pitanga proporciona uma narração rica e envolvente, dando vida aos personagens da fábula, que explora temas como a inocência, a amizade, a busca pelo significado da vida e a natureza das relações humanas.

“Antonio Pitanga, assim como a obra O Pequeno Príncipe, dispensa apresentações. Com mais de 60 anos de carreira em diversos meios como cinema, teatro e televisão, desta vez podemos escutar seu talento narrando esta história tão especial e atemporal, reforçando o contínuo compromisso da Audible em enaltecer as vozes que de fato representem a imensa diversidade

cultural e artística do Brasil”, afirma Adriana Alcântara, diretora-geral da Audible no Brasil.

A história do escritor e ilustrador francês Antoine de Saint-Exupéry está ligada às suas experiências como piloto durante a Segunda Guerra Mundial, após a queda de seu avião num deserto. Seus personagens lúdicos são repletos de simbolismos que promovem reflexões acerca de sentimentos como responsabilidade afetiva, solidão, amizade, amor e perda.

A Audible conta com um acervo de 600 mil títulos no Brasil, sendo 100 mil obras disponíveis de forma ilimitada aos assinantes. A empresa oferece 30 dias gratuitos (ou 3 meses para os membros da Amazon Prime) aos interessados em testar o serviço agora disponível em Português. Após esse período, a assinatura é renovada automaticamente pelo valor mensal de R$19,90 e pode ser cancelada a qualquer momento.

Volume final da duologia "Deixa Acontecer" chega ao Brasil
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Volume final da duologia “Deixa Acontecer” chega ao Brasil

Após o sucesso do primeiro livro da duologia Deixa acontecer, chega às livrarias brasileiras o volume final, Tudo o que somos juntos, publicado pelo selo Essência da Editora Planeta. A autora best-seller, Alice Kellen, retoma o romance de Leah e Axel e explora, mais uma vez com maestria, as diversas facetas do amor. Apesar de conservar os elementos da obra que antecede, como a ambientação litorânea e a trilha sonora marcante dos Beatles, Kellen adiciona neste livro novos componentes que mostram o amadurecimento dos personagens.

Passaram três anos desde os acontecimentos finais de Tudo o que nunca fomos. A protagonista, Leah, está cursando a faculdade e é considerada uma aluna exemplar. Além disso, passou por cima do medo que possuía de socializar, fez novas amizades e se apaixonou por um garoto, London. Axel seguiu a vida da melhor forma possível, arrumou um trabalho em uma galeria de arte e continuou surfando.

Quando Leah recebe a inusitada proposta de expor em uma galeria de arte, Axel decide que precisa fazer parte deste momento tão importante. Por coincidência do destino, o caminho dos dois se entrelaçam e Leah terá que tomar decisões difíceis, lidar com os sentimentos que ficaram ocultos durante todos esses anos e suturar as cicatrizes que continuam abertas. Neste último ato, os protagonistas terão que decidir se estão prontos para deixar as coisas acontecerem naturalmente ou se os erros do passado se repetirão.

Tudo o que somos juntos é uma conclusão que aquece o coração e a alma. Apesar das angústias e dúvidas que os personagens enfrentam durante toda a duologia, Alice Kellen consegue finalizar de forma leve, fluída e espirituosa. Com cenas que variam de emocionantes a picantes, novos personagens e conflitos amorosos que arrancam o fôlego, a autora best-seller recria, mais uma vez, a fórmula perfeita de um new adult.

Cortella e Rossandro Klinjey juntos em novo livro
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Cortella e Rossandro Klinjey juntos em novo livro

Saber nomear e entender a própria dor é fundamental para conseguirmos organizar nossos sentimentos e escolher o rumo que queremos seguir. Em As quatro estações da alma: Da angústia à esperança (7 Mares, 160 pp., R$ 59,90), o filósofo Mario Sergio Cortella e o psicólogo Rossandro Klinjey – unindo seus conhecimentos e suas vivências –, falam sobre os desertos que atravessamos no inverno da alma e a importância de acolhermos as angústias que nos afligem e lidarmos com elas.

+ Resenha: Por que Fazemos o que Fazemos?, Mario S. Cortella

Para os autores, é muito importante que possamos olhar para dentro de nós mesmos e enfrentar – por que não contemplar? – aqueles momentos em que tudo parece mais difícil. “Quando nos conformamos com algo, assimilamos aquela forma. Ficamos conformados. E, conformados, perdemos nossa identidade e nossa capacidade ativa”, afirma Cortella. “Não pular etapas da vida, não fugir da dor, mas enfrentá-la e aceitá-la é o que nos permite crescer e evoluir. Cada etapa, cada dor enfrentada é uma oportunidade para amadurecer e se transformar”, ressalta Rossandro. 

Apesar de vivermos um momento de muitas informações, dados e tecnologias, o futuro continua sendo uma incerteza. Isso acaba gerando “uma angústia coletiva, um sentimento de estar à deriva em um oceano de possibilidades desconhecidas”, pontua Rossandro. Segundo o autor, “é assim que a ansiedade e o medo frequentemente nos retêm, fazendo-nos temer o fracasso e a incerteza do desconhecido. Em vez de nos lançarmos em novas experiências, optamos pela hesitação ou pela comodidade dos caminhos já trilhados”.

O livro traz também uma reflexão sobre as redes sociais, que querem ditar uma vida de festa e eterna felicidade. Os autores lembram que existe uma diferença entre ilusão e mentira, pois a dor também existe, e é necessário reconhecê-la para não sermos por ela dominados e não perdermos nossa capacidade de ter esperança. “Seja mesmo como estação do ano, seja como símbolo, há momentos invernais que não são momentos infernais. Isto é, o inverno como percepção de algum recolhimento, de um voltar-se um pouco mais para dentro, ele não é negativo à medida que favorece o autoconhecimento, a reflexão”, finaliza Cortella.

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Em livro de estreia pela Patuá, Andressa Monteiro mergulha na relação entre corpo e natureza
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Em livro de estreia pela Patuá, Andressa Monteiro mergulha na relação entre corpo e natureza

Andressa Monteiro escreve desde os 15 anos, quando descobriu o amor pela poesia ao ler Manoel de Barros. Durante a pandemia, a autora selecionou poemas escritos em diferentes momentos de sua vida para construir uma coletânea de mais de 80 textos, que estão reunidos em “Velho mundo e outros poemas, lançado pela Editora Patuá.

Resenha: Tudo nela brilha e queima, Ryane Leão

O livro aborda temas, como natureza, desejos, afetos, perdas, tempo e espaço. Andressa Monteiro, formada em Jornalismo, trabalhou essas temáticas de uma perspectiva acadêmica durante o mestrado em Comunicação Social, e agora os aborda da perspectiva literária, em uma poesia descritiva e imagética que, de dentro do gênero da poesia, dialoga com a prosa poética. 

“São temas que andam comigo desde que me entendo como poeta. Por serem temas abrangentes, consigo um leque maior de possibilidades de criação. Para mim, espaço e tempo estão interligados e, a partir deles, consigo pensar em minhas formas de ser e de sentir no mundo, principalmente dentro da natureza”, diz.

Nos poemas de Andressa Monteiro mergulhamos em um mundo poético no qual autoras clássicas da literatura brasileira, como Clarice Lispector, e autoras contemporâneas que têm conquistado importante espaço na literatura nacional, como Mar Becker, aparecem como inspirações interlocutoras. 

Conforme conta a autora na sinopse do livro, a escolha pelo título da obra, que faz menção ao poema “Velho mundo”, busca demarcar não só mundos que foram deixados para trás a partir da elaboração, através da escrita, da necessidade de se desvincular de certos espaços e pessoas, mas também mundo novos que se abrem a partir desse ponto de virada no qual Andressa, por meio de seus poemas, constrói para si.

Sobre seu processo criativo, Andressa acredita que a escrita é um hábito, portanto escreve todos os dias – mesmo que aquilo que escreva venha a ser descartado. Ela pensa que esta é uma prática que permite criar um corpo de trabalho constante e consistente. A autora, que tem o hábito de escrever no bloco de notas do celular observando o mundo pela janela ou no escuro silencioso do quarto antes de dormir, pontua que não necessariamente é preciso ter uma meta, mas sim dar liberdade ao processo: “Em um mesmo dia, posso escrever três poemas inteiros, um verso, duas palavras ou revisar um poema e que estava ‘descansando’ há meses no dia.”

Ela também ressalta a importância do diálogo entre linguagens artísticas distintas para o processo criativo ao relatar que filmes e músicas, além de livros, são importantes fontes de inspiração para seu trabalho de escrita. Não à toa, além de escritora é também pintora e fotógrafa. Em sua obra, essa mescla de gêneros artísticos comparece na composição de múltiplos sentidos: ver, ouvir, sentir, tudo se atravessa para a compor cenas nas quais leitoras e leitores são convidados(as) a imaginar novos usos para seus sentidos, como no poema “I.”:

som das marés
o poema mais longo que já percebi

Sobre as perspectivas futuras de novas publicações, Andressa conta que já está preparando um novo livro, reunindo outros poemas que criou durante a vida e escrevendo novos: “Quero que esta nova obra seja mais robusta e que fale com outros temas sobre os quais ando interessada ultimamente. Mas as temáticas que me acompanham permanecem: natureza, desejos, afetos, tempo e espaço”, relata.

Autora centenária compartilha 5 resoluções de Ano Novo de quem já viveu 100 anos
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Autora centenária compartilha 5 resoluções de Ano Novo de quem já viveu cem anos

Ao completar um século de vida, Iris K. Bigarella conquistou o coração dos leitores com sua obra “Chegando feliz aos cem anos – História de uma apaixonante jornada”, que celebra não apenas suas realizações, mas também compartilha valiosas reflexões sobre o envelhecimento e o significado da vida. Nascida em Curitiba (PR), Iris mergulha em uma narrativa fascinante que vai muito além da mera longevidade.

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A vida da centenária escritora foi marcada pela inquietude intelectual, pela quebra de estereótipos em uma época em que poucas mulheres cursavam a faculdade, pelo casamento e maternidade, sem nunca abandonar sua paixão pelo conhecimento. Sua jornada incluiu viagens de estudo, prática de ioga e biodança e cuidado constante com a saúde mental. “Uma vida repleta de desafios, conquistas, perdas e descobertas”, declara.

Ao decidir compartilhar suas experiências no livro “Chegando feliz aos cem anos”, Iris não se propõe a oferecer conselhos simplistas encontrados na internet. Seu objetivo é transmitir algo mais profundo, que ela descreve como “sutilmente presente em todos nós, mas bem escondidinha nas dobras da vida (tão diferentes para cada um), lá está o que os japoneses condensam em uma palavra só: Ikigai – o sentido da vida”.

Em determinada passagem da obra, a autora desafia os leitores com perguntas existenciais: “Qual é o sentido da vida? O que esperamos bem no fundo deste fluir de acontecimentos e esforços, das ‘coisas boas ou más’ que nos acontecem?”. O livro não apenas é um convite a refletir sobre o envelhecimento, mas sobre como desejamos ser vistos e tratados pela sociedade.

Agora, com o início de um novo ano, Iris K. Bigarella compartilha as resoluções de quem já viveu 100 anos:

1. Abraçar a vida com curiosidade – “A curiosidade é a chama que mantém o coração pulsante. Abraçar a vida com curiosidade é abrir-se para um mundo de descobertas infinitas, onde cada dia é uma página em branco esperando para ser preenchida”, diz.

2. Nunca desistir – “A resistência está na perseverança. Nunca desistir é um compromisso consigo mesmo, uma promessa de enfrentar os desafios com coragem, transformando obstáculos em degraus para alcançar o topo da montanha da vida”, relata a escritora.

3. Manter a mente ativa – “A mente é como um jardim que floresce com o cuidado constante. Manter a mente ativa é cultivar pensamentos e ideias, permitindo que o conhecimento e a sabedoria continuem a florescer, independentemente da idade”, aconselha.

4. Cuidar do corpo – “Cuidar do corpo, com uma alimentação balanceada, hidratação correta e exercícios regulares, é um ato de amor próprio”, afirma a centenária.

5. Buscar o verdadeiro significado que permeia nossa jornada – Na busca do verdadeiro significado, encontramos o fio que tece a trama da vida. Buscar o sentido que permeia nossa jornada é como seguir uma estrela guia, iluminando os caminhos mais profundos de nossa existência”, completa Iris K. Bigarella.

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Best-seller do The New York Times, a obra "Uma centelha na escuridão" chega às livrarias brasileiras
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Best-seller do The New York Times, a obra “Uma centelha na escuridão” chega às livrarias brasileiras

Best-seller do The New York Times e finalista de diversos prêmios como Goodreads Choice Best Debut e Goodreads Choice Best Mystery & Thriller, a obra Uma centelha na escuridão chega às livrarias brasileiras. Publicado pela Editora Planeta, o livro de estreia da autora Stacy Willingham narra a história de Chloe, uma jovem psicóloga que vivência, vinte anos depois, um dos maiores traumas que enfrentou na infância. O thriller foi publicado primeiramente em uma edição exclusiva para o clube TAG inéditos e será adaptado, ainda sem previsão, para uma série da HBO Max.

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Chloe Davis tinha apenas 12 anos quando descobriu que o pai era um serial killer. Ele assassinou seis jovens na pacata cidade que viviam na Luisiana. Depois da prisão dele, o caso ganhou notoriedade rápido e a família foi destruída: o irmão tornou-se possesivo e a mãe adoeceu. Vinte anos depois, Chloe é uma psicóloga respeitada, noiva de um homem amoroso, mas que vive a base de calmantes para apaziguar os temores que ainda rondavam a mente. Quando os crimes do pai completam duas décadas, uma garota que conhece desaparece. De repente, o presente e o passado se misturam e a mente de Chloe começa a pregar peças.

A escrita fluida transporta leitores e leitoras para a mente fragilizada da protagonista. Há momentos tensos – característicos de thrillers psicológicos – em que surgem dúvidas sobre o que é real e o que é paranoia criada por uma sobrevivente de um trauma. A autora consegue criar um ambiente em que paira a desconfiança entre os personagens e expõe, de forma fidedigna, a aflição constante que a protagonista enfrenta. Além disso, Willingham explora assuntos urgentes, como o uso de medicamentos de modo desenfreado e a necessidade de tratar traumas.

Traduzido para mais de trinta idiomas, a obra Uma centelha na escuridão reúne o primordial de um thriller psicológico. Com um plot twist instigante, uma jornada conflituosa e altas doses de adrenalina, Stacy Willingham entrega um prato cheio para os amantes do gênero. “Uma história inteligente e emocionante, repleta de reviravoltas surpreendentes que vão deixá-lo grudado na cadeira, virando as páginas até altas horas da noite.”, escreveu Karin Slaughter, escritora best-seller norte americana.

Vencedora do Prêmio Kindle reconstrói memória negra da família
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Vencedora do Prêmio Kindle reconstrói memória negra da família

Com a ancestralidade africana negada, Adriana Vieira Lomar por muito tempo tentou descobrir a identidade da trisavó, uma negra alforriada. Rastros de sua existência nem sequer foram encontrados no cartório, entre os documentos dos familiares que deixou em vida. Incomodada com essa falta de informações, a autora decidiu dar à mulher um nome: Ébano, em referência à árvore cuja madeira preta é considerada valiosa – tudo isso em lançamento pelo Prêmio Kindle de Literatura.

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Mas ter somente uma palavra não foi suficiente. A escritora sentiu a necessidade de construir uma história para a trisavó e, por isso, escreveu Ébano sobre os canaviais. Vencedor do Prêmio Kindle de Literatura em 2022 e agora publicado em edição impressa pela editora José Olympio, o livro levanta reflexões sobre as múltiplas vivências em uma sociedade brasileira construída com base em estruturas preconceituosas.

A obra, composta por capítulos curtos, conta a trajetória de uma mesma família em dois períodos históricos distintos. No século XIX, os leitores conhecem a vida de José, um jovem imigrante português que se apaixona por Ébano, uma negra liberta da escravidão. Apesar de se amarem, os dois precisam se separar para que o filho do casal se torne um senhor de engenho. Já na contemporaneidade, a escritora apresenta Maria Antonieta, uma mulher racista e repleta de privilégios que nunca se incomodou em saber sobre seus antepassados.

A sinhá e o senhor foram ao cartório acompanhados de Ébano. Assinada a alforria, o lugar escolhido por Ébano para comemorar a nova conquista foi a sala de aula. Lá, tendo sinhá Anita como ouvinte, deu uma aula de literatura e apresentou textos infantis para os alunos. A turma já estava alfabetizada (Ébano sobre os canaviais, pg. 123)

Ainda há outros arcos narrativos importantes, como o de Anita. Sinhá, ela luta para melhorar as condições de vida das pessoas escravizadas. Por vezes escondida do marido, toma decisões para diminuir a violência contra os escravos. Entretanto, presa a uma relação pautada pela dominação masculina, precisa se submeter à realidade para sobreviver.

Com este livro, Adriana Vieira Lomar busca criticar o processo de apagamento histórico vivido pela população afro-brasileira, como também explicitar as consequências do patriarcado e do capitalismo. A escritora afirma: “Sabemos que historicamente é assim, mas ninguém questiona isso. Quis trazer análises sobre a sociedade capitalista, o racismo, o colorismo e o machismo por meio da ficção. Imortalizei Ébano pela ausência de memória da minha trisavó que desconheço o nome. Tornei-a uma heroína através da ficção”.

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Spin-off da obra ‘Gay de Família’ chega em clima de Natal

Com altas doses de risadas e repleto de situações inusitadas, o escritor Felipe Fagundes traz mais uma ‘desventura’ de Diego e seus sobrinhos no spin-off de Natal de “Gay de Família”, obra lançada pela Cia. Das Letras que colocou o autor em evidência no cenário da literatura LGBT+ nacional.

“Um Conto Gay de Natal” traz novamente nosso protagonista Diego para o centro da trama. Ele que já está calejado, sabe que seu irmão só liga para ele em duas situações: no Natal e quando precisa de um favor. Mas dessa vez, unindo o inútil ao desagradável, Diogo decide inovar e pede um favor natalino: que Diego seja o Papai Noel na festa da escola dos sobrinhos. O problema é que nosso protagonista odeia o Natal. E fazer favores.

Fugindo de todas as comemorações e decidido a deixar o irmão se virar, Diego recebe a visita de três espíritos natalinos (tal qual Ebenezer Scrooge) que são a cara dos seus amados sobrinhos e trazem a mensagem de que o Natal quer fazer as pazes. Assim, ele se vê obrigado a pegar na mão das crianças, viajar no tempo e confrontar seus fiascos natalinos. Diego terá que decidir se vale a pena se abrir e correr o risco de ter o pior Natal de todos… ou o melhor.

Nesta releitura do clássico “Um conto de Natal”, de Charles Dickens, Felipe Fagundes traz de volta os amados personagens de “Gay de Família” numa história cheia de humor e magia para todos que amam o Natal, mas principalmente para aqueles que cerram os dentes quando dezembro vem chegando. E para quem ainda não leu o livro que deu origem aos personagens desse conto, não é preciso ter lido a obra para depois se deliciar com o spin-off.

“Gay de Família” nos apresenta Diego, protagonista da trama. Diego espera tudo de ruim dos próprios parentes, mas tudo mesmo. Que o pai tenha uma segunda família. Que a mãe comande um esquema de tráfico humano. Que o irmão lave dinheiro. Por serem versados em todos os crimes do manual da família tóxica, Diego decidiu ser gay bem longe deles. E tudo vai muitíssimo bem, obrigado.

O livro também critica a noção de que a convivência entre gays e crianças se restringe a casos de abuso ou pedofilia, como infelizmente muito se mostra na mídia. Pessoas LGBT+ e os pequenos podem, sim, a exemplo do livro, desenvolver relações de afeto, respeito e confiança entre si, haja vista tantos casais homoafetivos que atualmente adotam crianças e são verdadeiros exemplos de pais e mães amorosos.

Dharma: livro de fantasia baseado em tradições budistas acompanha jornada para reequilibrar a energia do mundo
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Dharma: livro de fantasia baseado em tradições budistas acompanha jornada para reequilibrar a energia do mundo

O primeiro livro de uma trilogia, Dharma (Editora Paratexto, 130 pág.) da escritora, tradutora e professora acadêmica mineira Carolina Magaldi, oferece ao leitor um universo em que pessoas são selecionadas e treinadas para manter o fluxo de energia do mundo. A principal forma de evitar um cataclismo é direcionar e dar fluidez à energia emanada por todos a partir de emoções e sentimentos. A operação é silenciosa e realizada à sombra da maior parte da população. A obra, que se assemelha aos melhores livros de ficção e fantasia, pode parecer complexa à primeira vista, mas à medida que as primeiras páginas são passadas, mostra-se lógica, eloquente e cativante.

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O livro é dividido em 12 capítulos intitulados com variações da palavra mudra de origem oriental. “São diferentes mudras, que são gestos comuns às tradições budistas e yogis. Cada um tem um tema, que está ligado aos acontecimentos do capítulo”, explica Carolina. A escolha evidencia a inspiração nas tradições budistas que marcam a obra. No início da história o leitor é apresentado a Jade, uma jovem mulher, protagonista do livro. O enredo tem como pano de fundo a Dharma, o lugar em que as personagens vivem e desenvolvem suas próprias habilidades. A jornada da protagonista tem três momentos-chave: o início da história em que é lhe concedida uma nova missão, em seguida, o estreitamento dos laços afetivos com os colegas da Dharma, e, por fim, a revelação de segredos ocultos e a preparação para o enfrentamento do que tornou o mundo disfuncional a partir de um desequilíbrio energético.

As implicações emocionais desse percurso na protagonista, desde a hesitação, passando pelos medos e receios, e por fim a aceitação dos desafios impostos pelas circunstâncias, revela os assuntos que a autora quis destacar na obra. “Creio que os temas centrais sejam a evolução e o amadurecimento de cada um como algo positivo e natural, perpassando a vida mundana e a espiritual, como algo que se constrói aos poucos”, ressalta Magaldi.

A construção da personalidade de Jade na obra, em contraposição ao estereótipo de gênero visto em muitos livros de fantasia, também é um ponto para o qual a autora chama a atenção. “Há uma distorção no que se entende como personagens femininas fortes, que são em geral masculinizadas, além de personagens de fantasia agindo de forma violenta com o argumento de estarem almejando um bem maior”, explica a autora.

Se nesse quesito Dharma se afasta dos cânones desse gênero literário, em outros pontos a obra de Magaldi bebe na fonte dos mestres ao criar um universo com leis próprias e arranjos sociais singulares. A inventividade abrange ainda o vocabulário e a inclusão de palavras e termos que não existem no léxico português, como, por exemplo, catalista, que é função que Jade exerce no enredo.

A aposta é sempre arriscada porque ao elaborar um novo mundo é preciso rememorar no decorrer da escrita as engrenagens que fazem aquela história se mover. Magaldi cumpre com destreza esse desafio e o espectador se sente caminhando ao lado da protagonista, mestres e amigos durante toda a jornada, encarando com naturalidade os desajustes entre o mundo real e o ficcional.

Outro ponto que corrobora para essa sensação de pertencimento do leitor a história, é a composição das personagens. A caracterização do núcleo que acompanha a protagonista é desenhada de forma que o espectador conheça e crie intimidade com cada um deles, admirando os talentos e relevando as imperfeições.

O aumento da tensão a cada capítulo reserva um final emocionante que responde a questões levantadas durante a trajetória do grupo protagonista, ao mesmo tempo em que ascende novos mistérios, empurrando o espectador inevitavelmente para ansiar pelo segundo livro da série, Samsara, que deve ser lançado em 2024.

Ano que vem a autora também estará à frente da versão em português da Kalevala finlandesa, uma coleção de antigas canções populares do país nórdico. E para o final deste ano, há a previsão de lançamento de mais dois trabalhos realizados como tradutora, o destaque é para o Livro de Casos de Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930), um dos mais celebrados autores de livros de suspense e mistério do mundo.

Tradutora de mundos: a inspiração que vai do folclore filândes a literatura japonesa 

Natural de Juiz de Fora (MG), Carolina Magaldi tem uma longa trajetória acadêmica que soma mais de 15 anos dedicados aos estudos. A escritora possui graduação em Letras – Língua Portuguesa (1998 -2001), Língua Inglesa (1999-2002) e Língua Italiana (2003-2007), é pós graduada em Globalização, Mídia e Cidadania (2003-2004), além de Mestre (2005-2006) e Doutora (2009-2013)  em Letras, na área Estudos Literários. Toda a formação se deu como aluna na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) de Minas Gerais.

Em 2015, Magaldi retorna a universidade, agora como professora de tradução literária (inglês/português).  Remontar a jornada acadêmica da autora é relevante porque Dharma nasce tanto dos estudos que ela fez enquanto universitária quanto da experiência como docente e tradutora.  “Pesquiso épicos folclóricos, que são narrativas de fantasia originadas de tradição oral e registradas na forma escrita durante o Romantismo. Eles são uma fonte de inspiração e imaginação inegável, principalmente a Kalevala finlandesa”, revela a escritora.

No rol dos autores que a inspiraram no gênero fantasia, a autora revela sua preferência pelos consagrados J.R.R Tolkien e Ursula Le Guin. Magaldi cita ainda como referências escritores que denomina de impacto espiritual, como o alemão Herman Hesse e o libanês Khalil Gibran. Esse último, inclusive, a autora indica como influência direta na composição de Dharma, assim como o clássico japonês “O Livro dos Cinco Anéis”,  de Miyamoto Musashi.

Dharma é o primeiro romance de Magaldi — antes  havia se dedicado à ficção curta, como flash fiction, publicadas em revistas especializadas no Brasil e no exterior, e posteriormente em coletâneas. O processo de escrita do livro começou há cerca de cinco anos, de forma ainda incipiente. “Vinha delineando a escaleta do livro há algum tempo, mas comecei a escrever de fato em 2020,  durante a  pandemia da Covid-19. Segui o conselho que sempre que sempre dou aos meus alunos: não deixar os sonhos na gaveta ”.

Confira um trecho do livro:

Eram arroubos de energia, mas era ele, em essência e em amor. Naquele espaço, filho da Esperança e da Memória, tempo e espaço não tinham significado, ou mesmo existência. Tudo cabia dentro do presente, único momento verdadeiro e sagrado, que Jade vivenciava pela primeira vez. Era uma experiência de plenitude, que preenchia todos os seus sentidos, menos o olfato. O cheiro que ela sentia não era vindo das memórias (que nem eram dela), nem da mina, nem do assalto aos sentidos que percebia a cada chegada a Ouro Preto. Era um odor agradável, como grama recém-cortada, em um lugar em que nada florescia há séculos. Não vinha da natureza, mas vinha de alguém. Um alguém que tinha sido pego de surpresa por tudo: pelo abraço, pela estratégia, pela conversa no carro, pela batida em sua porta, pelo nevoeiro e pela saudade.

Globo Livros lança “A babá”, romance hot de tirar o fôlego e queridinho do TikTok
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Globo Livros lança “A babá”, romance hot de tirar o fôlego e queridinho do TikTok

A Globo Livros lança “A babá”, um romance irresistível para os amantes de “Cinquenta tons de cinza”, “Uma ideia de você” e outros títulos hot. Bastante conhecido pelos leitores no Tik Tok, este livro acompanha a história de Cassie que vê a sua vida virar um caos ao ficar desempregada e prestes a ser despejada. Enquanto busca uma oportunidade, a jovem decide reativar sua velha conta no OnlyFans – usada apenas em casos de extrema necessidade. Porém, o que começa como uma forma de levantar uma grana rápida, se mostra um negócio muito mais divertido e sexy do que ela poderia imaginar. Tudo graças a um cliente misterioso, inteligente, gato, gentil e que sempre dá gorjetas generosas.

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Só que quando Cassie finalmente consegue um emprego – como babá da filha de um viúvo rico – e decide largar a plataforma, ela descobre que o seu novo chefe está longe de ser um estranho, mas sim alguém que está muito familiarizado com ela, ou pelo menos com seu corpo. Sim, ele é o seu antigo cliente do OnlyFans, o homem mais sexy em que Cassie já colocou os olhos.

Devidamente apresentados, ela conhece sua real identidade: Aiden Reid, um renomado chef de cozinha, pai de Sophie, uma doce garotinha. Ele não a reconhece, já que Cassie também não revelava seu rosto e, apesar do risco, ela não tem outra saída a não ser aceitar o emprego.

Mas, quando a química que os envolvia sai das telas para a vida real, Cassie precisa tomar a decisão mais difícil de sua vida: revelar ou não quem realmente é, o que pode pôr em risco uma história de amor avassaladora, daquelas que ela acreditava só acontecer nos filmes.