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Armada de Potter: Parabéns Rony Weasley!

Quando assumi a Armada de Potter, minha intensão era mostrar a vida de personagens que algumas pessoas não ligam muito (e que eu amo). Mas dessa vez vai ser diferente. Domingo (01/03) era o aniversário de Ronald Abílio Weasley. Exatamente, o personagem completou 35 aninhos! Então nada mais justo do que falar sobre Rony na coluna dessa semana.

Porém na hora de buscar palavras para falar sobre esse personagem, parece que todas somem. Não é fácil falar sobre alguém que cresceu e amadureceu conosco nos dando exemplo de lealdade, amor e amizade (principalmente amizade). Percebi que por mais que eu ficasse horas escrevendo sobre Rony, eu não conseguiria descrever o personagem. Então decidi mostrar os vídeos com os melhores momentos de Rony em todos os filmes de Harry Potter.

https://www.youtube.com/watch?v=2o4fwYBnVdw

Rony é exemplo de graça, diversão, lealdade e muitas outras coisas. Mas principalmente amizade. Esse talvez tenha sito o maior legado que o personagem nos trouxe. A relação entre Rony e Harry é a mais pura demonstração de amizade que pode existir: eles estão lá, um pelo outro, e não importa o que aconteça, eles acabam juntos. Superam todos os obstáculos, por mais difíceis que esses sejam, porque sabem que o sentimento que os une é mais forte e é capaz de ultrapassar qualquer barreira. Rony também é exemplo de amor. Por mais conturbada que seja a relação de Rony e Hemione, eles crescem juntos, aprendem a se aceitar, aceitar as diferenças, e assim começa a nascer um grande amor. O mais engraçado é: nós sabemos que eles foram feitos um para o outro, mas as coisas só acontecem de verdade no minuto final. O amor acontece quando tem que acontecer, não quando queremos que aconteça.

Rony Weasley, por nos fazer sorrir, por nos fazer chorar, por nos fazer rir e – principalmente – por todos os feitiços errados (leviOsa), o nosso muito obrigado. E mesmo que seja um pouco atrasado, o nosso feliz aniversário!

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The Epic Battle: E foi como, Ariano? Me conta!

Em julho, que tarda, mas chega, o escritor que marcara não só a história do Nordeste, mas de todo o continente, completa um ano de sua morte. Ariano Suassuna, com alma pernambucana, nascença paraibana e tomado por inspirações e raízes seculares, escrevera peças diversas, ensaios perdeu-se o número, mas a “The Epic Battle” de hoje não destacará as obras de Suassuna, muito menos seu histórico. Exploraremos a ideologia Armorial. O país, abarcado de problemas, bem antes de 64, vivia naquele instante uma Ditadura Militar. Fora em 1970 que Ariano Suassuna, junto a Universidade Federal de Pernambuco, dera início a um movimento que rasgara época e ainda hoje persiste nas mãos dos mais conservadores, ou até mesmo liberais no sentido cultural. Nas palavras do líder:

 

A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos “folhetos” do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus “cantares”, e com a xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo romanceiro relacionados.

 

Acredito que se estivesse vivo e se o acaso levasse esta coluna até o dramaturgo, o mesmo faria uma de suas caretas típicas, olharia para seu assistente e resmungaria: “suma com isso”. Só o título já espantaria Suassuna, seu bloqueio a todo material estrangeiro era notável. A língua, os costumes, para o mestre não se misturava Brasil com nenhuma outra nacionalidade. O Nordeste puro ganhava mais força, ascenderia como sonhara Antônio com sua Canudos. Até o fim da “The Epic Battle” desta semana você decidirá: “Ser ufanista ou derrubar as fronteiras?”.

O baque do Maracatu, o toque da rabeca, o zunido do pífano, a pancada do ganzá, cada um junto a sua singularidade. A voz rouca de um astro pop, sua performance em palco, a soltura de conceitos. Pergunto-me, ou pergunto-lhe, e se existisse meio termo? Se pudéssemos apreciar uma ciranda e minutos após cantar Beatles?. Se não fosse pecado aderir à moda folk e ao mesmo tempo ler o empoeirado livro nacional? Quem se aventura neste espaço é Renata, a escritora carioca que já nos presenteara com “A Arma Escarlate” e “A Comissão Chapeleira”, ambos ambientados em território brasileiro mas com traços britânicos, uma mistura que deu certo, pois culturas existem para isso, para compartilharem pontos de vistas.

Só imaginemos uma redoma caindo em toda extensão territorial do Brasil, mentalize que estamos isolados de todo o globo, ignore as condições alimentícias e sociais, só pense no cultural. Que belo seria ouvir os sinos tocando em Olinda ao amanhecer, o soar das igrejas forradas do mais antigo ouro. Captar o ecoar da música vinda de Parintins, ser Garantido ou Caprichoso uma vez na vida. Descer até os tambores baianos, pisar o solo que senhores e escravos pisaram. Visitar as Minas que movimentaram o Império e a Primeira República, virar a noite em rodas de samba, o contagiante samba de raiz, escutar, como se fosse ao seu lado, o toque brando de um violão vindo de Goiânia, beber, ou melhor, apreciar, o falado chimarrão. Em toda sua extensão, o Brasil abarca tantos povos, tantas falas, então também imagine que por motivos superiores esta redoma partiu do modo que veio, sem aviso prévio e levou com ela toda a inibição que o brasileiro tem em conhecer sua cultura. Resgatou o prazer das congadas, das festas juninas, do carnaval de rua, da música popular feita para o seu povo que por não incentivo a despreza. A redoma partiria e aprenderíamos a conviver com o externo, sem precisar desvalorizar o cotidiano, vice-versa.  Observando o firmamento, ainda vivo, escutando o sacode de um tocador conterrâneo junto a uma guitarra afiada, Ariano cochilaria sem tirar nem pôr, e você curioso para saber de tudo e mais um pouco perguntaria: “E foi como, Ariano? Me conta!”. O mestre, acordando do sono leve, responderia com o sorriso brando que sempre preservara: “Rapaz, só sei que foi assim.”

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Armada de Potter: Luna Lovegood

Luna tem cabelos loiros, longos e desgrenhados que vão até a altura da cintura. Possui um tom de voz sonhador, olhos saltados com ar de surpresa e um par de sobrancelhas pálidas, muitas vezes seu olhar transmite um ar distante e sonhador. Luna possui hábitos estranhos (guardar a varinha atrás da orelha, usar um colar feito de rolhas de cerveja amanteigada e, as vezes, um par de Espectros), e por isso alguns alunos debocham dela chamando-a de Di-Lua (originalmente ela é chamada de Loony Lovegood, sendo que Loony significa lunática).

Apesar de ser da Corvinal, durante as partidas de quadribol Luna quase sempre apoia Grifinória (exceto quando os jogos são contra sua casa). Impossível esquecer o jogo Grifinória x Sonserina em que a loirinha apareceu no estádio com um chapéu em forma de leão em tamanho natural que rugia ao toque de sua varinha! (Esse foi apenas um dos n looks estranhos de Luna durante os filmes, lembram da festa de Slughorn e do casamento de Gui e Fleur? Hahahaha!)

Nascida em 1981, perdeu sua mãe quando tinha somente 9 anos e então foi criada pelo pai Xenofílio. Como testemunhou a morte de sua mãe, é capaz de ver testrálios, assim como Harry (e é assim que a ligação entre eles fica mais forte). Luna começou estudar em Hogwarts em 1992 e ficou amiga de Gina Weasley.

Em seu quarto ano na Escola de Bruxaria e Magia conheceu Harry no Expresso de Hogwarts. Luna confia na palavra de Harry sobre o retorno de Voldemort, portanto colabora com ele na frente de um grupo de estudantes do quarto e quinto ano. Nesse mesmo ano Luna ingressou na Armada de Dumbledore.

Luna teve vários momentos marcantes nos filmes e livros de Harry Potter, porém um é impossível esquecer: Harry anda lentamente pelos corredores do castelo para não ter que comparecer a festa que ocorre no grande salão, quando acaba encontrando Luna pregando cartazes. A garota fala que perdeu a maioria de seus pertences, já que as pessoas os apanham e escondem. Harry se oferece para ajudar a reencontrar os objetos, porém ela simplesmente afirma que não há necessidade, pois segundo ela “As coisas voltam, sempre voltam no fim”.

Mas por que uma matéria sobre Luna?

Luna possui espírito aberto, é serena e única chegando a ser considerada excêntrica, porém é inteligente e tem hábito de declarar a verdade cega sobre certas coisas além de ser extraordinariamente perceptiva. Quando são tempos difíceis, Luna tende a parecer calma, oferecendo conforto para as pessoas. Luna não possui muitos amigos, mas isso nunca foi um problema para ela, e a personagem sempre se mantém fiel aos poucos (e bons) amigos que tem. Luna é uma bruxa qualificada e poderosa que possui muita coragem e bravura. Resumindo: Luna é sim um exemplo a ser seguido. Apesar de sua excentricidade, possui qualidades que são difíceis de encontrar. E, sinceramente? É uma das minhas personagens preferidas de Harry Potter. Sua simplicidade e calmaria me encantam, ela é de uma pureza inexplicável além de ser muito fiel aos seus amigos. Impossível não querer uma pessoa dessas por perto!

Luna pode ser incompreendida por alguns fãs de Harry Potter (muitos já disseram, inclusive, que ela é um personagem descartável da história), porém ao ver, Luna sempre será a personagem mais pura de todos os filmes/livros de Harry Potter.

Fonte: Wiki Potterish | Adaptado por Thaís Pizzinatto. Beco Literário.

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Armada de Potter: Dobby, o elfo livre!

Dobby foi um dos personagens de Harry Potter mais impactantes (minha humilde opinião). O elfo doméstico da Família Malfoy serviu Lúcio Malfoy, Narcisa e Draco, e era tratado como escravo, punindo-se sempre severamente – e sonhando em ser livre dos Malfoy.

Durante o segundo ano de Harry Potter em Hogwarts, Dobby tentou alertar o menino sobre a reabertura da Câmara Secreta. Nesse mesmo ano, Harry Libertou Dobby dos Malfoy (e como não se emocionar com aquela cena da meia dentro do livro?). Depois de livre, Dobby trabalhou nas cozinhas de Hogwarts recebendo um galeão por semana – o que foi um pedido do elfo, já que Dumbledore havia oferecido mais. Dobby e Dumbledore se tornaram grandes amigos.

 

 

Quando Dolores Umbridge baniu todos os clubes de Hogwarts, foi Dobby quem apresentou Harry à Sala Precisa e ensinou como entrar nela, para as reuniões da Armada de Dumbledore. E quando Dobby descobriu que Marieta Edgecombe havia contado sobre a Armada para Dolores, não hesitou em avisar Harry Potter.

Dobby também foi responsável pelo resgate de Harry Potter da Mansão dos Malfoy. Naquela ocasião não salvou somente Harry, mas também Rony, Hermione, Luna, Dino, Gancho e Sr. Olivaras. Como Dobby podia aparatar para dentro de fora da mansão primeiro salvou Luna, Dino e Sr. Olivaras, a pedido de Harry, e os levou para o Chalé das Conchas, casa de Gui Weasley e Fleur DeLacour. E em seguida voltou para buscar Harry, Rony e Hermione, mas foi atingido por uma facada de Bellatrix Lestrange durante o processo e acabou morrendo (chorei, chorei muito, chorei demais, ainda choro).

No funeral de Dobby (uma das cenas mais emocionantes de todos os livros e filmes de Harry Potter), não houve magia. Harry cavou um túmulo para ele próximo ao Chalé das Conchas. Foi Luna quem fechou os olhos do elfo livre antes de ser enterrado e após um tempo, Dobby ganhou uma inscrição em uma pedra próxima ao seu túmulo:

“Aqui jaz Dobby, um elfo livre.”

A amizade entre Harry e Dobby teve ação positiva em Gancho, que decidiu ajudar Harry a recuperar a horcrux do Gringotes. Também teve ação positiva em Monstro – elfo herdado por Harry Potter -, que liderou os elfo domésticos na Batalha de Hogwarts.

Mas porque uma matéria sobre Dobby?

Dobby era corajoso, um elfo doméstico fiel capaz de colocar-se em situações de risco se isso fosse a coisa certa a ser feita. Lealdade deveria ser seu sobrenome. Seu presente favorito? Meias. Especialmente se não fossem do mesmo par (aqui podemos ver traços gritantes de humildade e ingenuidade). Dobby sofreu muito e mesmo assim não deixou seus amigos para trás. Não era obrigação dele ajudar Harry em todas as circunstâncias em que acabou ajudando, ele era um elfo livre, mas também um elfo eternamente grato. Deu sua própria vida para salvar Harry Potter. Dobby é mais do que um mero personagem em Harry Potter, ele é a personificação de tudo o que um ser humano deveria almejar ser.

https://www.youtube.com/watch?v=Wy_kJu-UV28

 

“Eu imagino que você poderia dizer, muito trivialmente, que Dobby teve que morrer para que ele não pudesse contar a Harry quem o havia enviado.” [enviado por Aberforth] “Mas esta não é a resposta. Para mim a morte de Dobby despertou Harry para o que ele estava fazendo.” (J.K. Rowling, sobre a morte de Dobby)

Dobby aparece nos livros: Harry Potter e a Câmara Secreta, Harry Potter e o Cálice de Fogo, Harry Potter e a Ordem da Fênix e Harry Potter e as Relíquias da Morte.

Fonte: Wiki Potterish | Adaptado por Thaís Pizzinatto. Beco Literário.

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The Epic Battle: Londres de “Alastores” e “Cormorans”

J.K. Rowling repete sua fórmula em mundos diferentes, isso é ótimo. Para aqueles que conseguiram ler cada página da série “Cormoran Strike” e no momento da leitura compararam o detetive ao bruxo Alastor Moody de Harry Potter, eis a The Epic Battle desta semana. Um duelo incansável entre Alastor’s e Cormoran’s. Uma ligação entre dois mundos.

Seria muita ousadia minha afirmar que Alastor Moody nasceu em Londres e lá foi criado, sendo assim irei ser ousado a tal ponto. Digamos que o pequeno Moody correu sobre as ruas de pedra de Londres do século XX, que sentiu a brisa do Tâmisa tocar seu rosto infantil, que em algum dia ensolarado fez referência a Rainha que por acaso seguira um trajeto igual ao seu. Ou poderia ser Alastor uma criança nascida na Cornualha. Sim, ele seria o ideal cidadão cornualês. Eles poderiam ser primos. Ou até mesmo melhores amigos, Alastor e Cormoran, o pequeno Cormoran. Maior que qualquer outro menino de sua turma, calado e robusto. No fim, Moody e Strike poderiam ser irmãos, ou filhos de pais diferentes, mas da mesma mãe.

Criemos uma ponte, entre o mundo da magia e o mundo trouxa movido a mistérios e mortes. Nessa ponte andariam “Moodies” e “Strikes”, e não notaríamos a diferença entre tais se não fosse o cabelo loiro de um e o crespo e negro do outro. J.K. Rowling escreveu dois personagens semelhantes em diversos aspectos. A personalidade do auror abarca a maioria das atitudes tomadas pelo detetive particular. A forma rancorosa, fechada e com sérios problemas a serem resolvidos em sua psique faz de Alastor Moody e Cormoran Strike primos distantes, ou nem tanto assim.

Cormoran

As semelhanças começam quando ambos apresentam uma prótese ao invés da perna. Cormoran perdera a perna na guerra, assim como Moody perdera a sua em um conflito com Comensais da Morte. Ambos carregam cicatrizes por todo o corpo (e na mente). O perfil forte é marca dos dois. Moody e Strike vivem em um mundo restrito, ninguém entra e quem entrou não consegue sair. Definitivamente os dois não esquecem amores, adversários, intrigas.

A motivação para combater os problemas é idêntica nos dois. Em “O Bicho-da-Seda”, Cormoran só aceita o caso de Leonora Quine por que foi com sua cara, por seu perfil sofrido e sua forma de falar. Moody, mesmo com uma pele de leão, apresenta uma ovelha em seu interior. Os dois, trouxa e bruxo, são movidos pela emoção que não demonstram possuir. É típico dos “caras valentes” tentar combater qualquer traço emotivo e sempre usar métodos práticos frente as dificuldades. Vigilância constante, falara Alastor, e assim seguirá Strike. Vigilância constante em ambos os mundos. Vigilância constante, diz o detetive, diz o auror. Joanne brinca com seus personagens, e em sua brincadeira deixa qualquer leitor confuso e satisfeito. Satisfeito por ser confuso e no fim desvendar enigmas. As palavras da fundadora de Hogwarts transpassam Pagford, Londres, Hogsmead, todos os mundos que um dia ousar usar como plano de fundo.

Alastor

Se por acaso você der uma passada em Londres, uma casual passada, poderá ver um Moody, ou um Strike andando ao seu lado. Com um charuto na mão ou uma dose de whisky. Com uma varinha ou uma bengala para se apoiar, pois naquele momento o seu lado amputado sente falta da fatídica perna. Londres reserva milhares de personagens parecidos e singulares ao mesmo tempo. Londres nos presenteia a cada esquina com um mistério, com uma casa onde não deveria existir lar algum, com passagens para outro mundo, com as melhores histórias que qualquer leitor deseja um dia poder fitar.

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Armada de Potter: A História de Severus Snape

Essa é a história de um dos personagens mais complexos de toda a saga Harry Potter. Por vários anos esse personagem dividiu a opinião do público entre o amor e o ódio. Muitos não entendem a história do Príncipe Mestiço (nome pelo qual Severus é conhecido) por ela ser contada em flashbacks espalhados pelos filmes. Eis que fãs da saga resolvem colocar todos esses acontecimentos em ordem cronológica. O resultado? 14 minutos de uma história incrível em que é impossível não se emocionar. Ficou curioso? Assista agora a história do personagem que mais surpreendeu em todos os livros e filmes de Harry Potter: PROFESSOR SNAPE.

PREPAREM OS LENCINHOS

 (Só um pouquinho, caiu um cisco aqui no meu olho…)

E aí, o que acharam? Esse vídeo é capaz de mudar a opinião daqueles que, por muito tempo, detestaram Severus Snape?

Eu mesma posso responder essa pergunta com base em minhas experiências com Snape. Durante um bom tempo nos livros, e consequentemente nos filmes, fui incapaz de vê-lo como um ser humano comum, que tem sentimentos, que erra. Demorei para entender a complexidade desse personagem, e para aceitar a verdade também: desde o início foi Snape quem mais se preocupou e se importou com Harry. E isso era algo que o ódio que eu nutria por ele não me deixava enxergar. Quando aceitei que havia uma pessoa normal por baixo daquela capa preta, a história de Snape tornou-se algo tão bonito que poderia virar um filme.

E com isso podemos fazer uma ligação com as coisas que acontecem no nosso dia a dia. Quantas vezes julgamos as pessoas sem sabermos de seu passado, de sua história? Quantas vezes já fomos julgados dessa mesma forma? Harry Potter, para mim, foi muito mais do que um sonho de infância e adolescência. Crescer junto com o personagem me fez uma pessoa melhor, me fez encarar as coisas de outra forma e me trouxe aprendizados que jamais serei capaz de esquecer.

J.K. Rowling não escreveu somente um mundo fantástico onde tudo era possível. Ela escreveu lições de vida de uma maneira tão incrível que são impossíveis de serem esquecidas. Por nos fazer crescer até mesmo com detalhes praticamente imperceptíveis, obrigada Rowling.

OBS: para assistir com as legendas em português vá em detalhe > legendas > traduzir legendas.

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The Epic Battle: Weasley, Éponine, Mulan e quem quiser

“É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem. Somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta.” Simone de Beauvoir

“Não devo nada ao movimento de libertação das mulheres. As feministas odeiam-me, não é? Não as posso culpar uma vez que odeio o feminismo. É puro veneno.” Margaret Thatcher.

Anos e anos de luta constante. O movimento feminista carrega milhões desde meados do século XIX. A ONU, no segundo semestre de 2014 lançara a campanha “He for She”, usando como porta-voz e embaixadora a atriz Emma Watson, que nas telas já fora bruxa, ladra, adolescente em crise e até personagem de épico bíblico. Fora dos cinemas, Watson defende ideais fortes com palavras simples. A jogada da Organização das Nações Unidas foi essencial para o sucesso do evento. Usar a atriz mais falada do século XXI como “garota propaganda” caiu como uma luva nas mãos do feminismo. Os jovens, que por mais de uma década colecionaram imagens de Emma, decoraram suas falas, o nome de seus parentes, seu nome do meio e até mesmo o seu endereço, hoje levantam o punho e gritam: “Women Unite”. Como dissera Victor Hugo: “Existe uma coisa mais poderosa do que todos os exércitos do mundo, e esta coisa é uma ideia cujo tempo chegou.” A era Feminista é a nossa; a literatura, o cinema e a música mostram isso.

A “The Epic Battle” desta semana colocará frente a frente personagens de ramos diferentes, de épocas diferentes, mas em sua maioria com pensamentos iguais. Conhecido mundialmente, o romance de Victor Hugo, o mesmo da frase citada acima, “Os Miseráveis” (1862), apresenta uma das melhores tramas da literatura francesa, e uma das melhores personagens também. A jovem Éponine, ao ver o povo cantado em plena Noite da Insurreição, ao ver as barricadas sendo formadas em uma França que almejava por sangue, transformara seu rosto. Éponine rasgara as roupas convencionais de uma mulher, derrubando as regras de uma sociedade que mesmo com seu ar revolucionário ainda persistia com ideais machistas, a adolescente vestiu-se como um homem e foi à luta. Éponine morrerá sobre os braços de Marius. Séculos após podemos fitar uma cena parecida. No filme da Disney, Mulan provoca tal impacto. Destinada ao público infanto-juvenil, a animação carrega consigo mensagens de puro feminismo de “Segunda Onda”. Nos livros, outra mulher também usa trajes masculinos, mais precisamente em “O Senhor dos Anéis”. Éowyn, sobrinha do Rei Théoden de Rohan, nascida na 3º Era do Sol, vai à luta mesmo contra as ordens e regras de seu reino. Um fato interessante é que na trama de Tolkien, Éowyn (disfarçada de homem) enfrenta o Rei Bruxo de Angmar, sobre ele uma profecia pairava, uma profecia de mil anos, a qual dizia que tal rei não cairia pela mão de um homem. Quando o Senhor dos Nazgûl introduz seu histórico em plena guerra, Éowyn retira o elmo e fala: “…Mas não sou nenhum homem mortal! Você está olhando para uma mulher! Sou Éowyn, filha de Éomund…”. É o estopim feminista em plena década de 50.

No especial “As Mulheres de Harry Potter”, afirmara Joanne Rowling: “Uma mulher pode lutar tanto quanto um homem. Pode fazer uma magia tão poderosa quanto a de um homem”. Em “Harry Potter” (1997-2007) as suas mulheres traduzem a ideologia do movimento Feminista. Molly Weasley, que criara seus sete filhos com toda paciência do mundo (ou não), revelou-se no último livro. Minerva, sem demonstrar sentimento algum, comandara um exército. Hermione Granger é a personificação da inteligência e ousadia. Tonks concilia o nascimento do filho com uma iminente guerra. As mulheres de Harry Potter representam a política igualitária, a política da libertação de dogmas. Voltando para o universo das animações, temos as garotas do “Let it go”. Frozen comanda a remessa de filmes da “nova Disney”, lado a lado com Elsa vem “Brave”. Está em alta construir princesas independentes, com rostos muitas vezes maquiavélicos, as produções se adaptam para vender.

Em poucos dias o filme “Cinquenta Tons de Cinza” chega aos cinemas, mesmo não aprovando a escrita e o enredo, defendo que E. L. James deixa clara a mensagem feminista também presente na história de Anastasia. Muitos discordarão mas em “Cinquenta Tons de Cinza” não é a subjugação que fica em destaque, mas sim o poder que a mulher apresenta sobre seu corpo,  é o território onde tal pode atuar ou deixar que outra pessoa atue. A vez dos mocinhos se perdera no tempo, a bola está com elas, independente do gênero. Arya Stark e sua Agulha provam isso, juntamente com a garota Targaryen e a rainha em decadência, Cersei. O combustível que move as engrenagens das artes de nosso século é feminista. Mas existe o outro lado, o machismo que persiste, por mais que escritores, produtores e tantos outros profissionais desejem retirá-lo de cena. Diferentemente de Katniss ou Tris, podemos observar no mundo das séries personagens dependentes, extasiadas frente aos acontecimentos, um exemplo vem de “Reign”. É típico das séries da CW inserir, nem que seja no meio da história, um triângulo amoroso. A adaptação da história de Mary Stuart, Rainha da Escócia, é um ultraje à memória da mulher que um dia comandara nações. Assim como acontece na série do mesmo canal, “The 100” nos apresenta outra personagem sem atrativos, que vez ou outra tem traços de independência, mas só em raros momentos. Clarke representa o antigo modelo de mulher, a que aguarda o avanço para poder pegar carona neste.

Na literatura o exemplo mais comum de anti-feminismo são as histórias de Meyer. Bella mais se identifica com uma dona de casa do século XX do que uma senhora de seu destino. Ela é espectadora, quando deveria ser protagonista. Sempre existirão os defensores e os reacionários, ideologias nascem para isso. Cabe ao bom senso levantar a bandeira que bem lhe couber.

Igualdade busca o feminismo que brotara há décadas, igualdade procura Emma com seus discursos. Não é sobrepor a mulher frente ao homem, é colocá-los em patamares idênticos. Presenciamos uma quarta onda, uma avalanche de informações que devem ser captadas e bem analisadas por nós, leitores assíduos. Feminismo não é utopia. Feminismo é presente, e já cantara Elis Regina, “O novo sempre vem”, mesmo que não seja novo, façamos atualidade as velhas ideias. Ideias de um movimento que ainda apresenta tanto a oferecer.

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Armada de Potter: Quinze curiosidades sobre Harry Potter

Que Harry Potter é um fenômeno mundial todos já sabem. Que J.K. Rowling conseguiu escrever uma das histórias mais encantadoras e envolventes de todos os tempos todos também já sabem. Mas será que você sabe tudo sobre o mundo mágico de Harry que Rowling criou?

O Beco Literário está de cara nova e trazendo de volta uma das melhores colunas do site, a Armada de Potter, que em sua primeira publicação no novo BL traz 15 curiosidades sobre Harry Potter que você PRECISA saber!

1. Você sabe como são enviadas as cartas de Hogwarts? Uma pena mágica detecta e registra em um livro o nascimento de cada criança. Quando completam 11 anos, a Professora McGonagall envia uma coruja para cada criança registrada pela pena.

2. A morte dos pais de Harry, o flashback mostrado quando Hagrid conta a Harry sobre o seu passado e a cena que mostra Voldemort matando Tiago e Lilian foram escritas por J. K., afinal até os produtores do filme sabiam que somente a autora desse mundo fantástico seria capaz de reconstituir tudo o que aconteceu naquela noite.

3. O que acontece caso um trouxa veja Hogwarts? A única coisa que um trouxa verá, será um castelo em ruínas com uma placa de “Não se aproxime” indicando uma construção perigosa.

4. Mesmo anos após seu lançamento, “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2” continua ocupando o quarto lugar do ranking de maior bilheteria mundial.

5. J.K. Rowling enviou uma carta para Tom Felton – ator que interpretou Draco Malfoy – parabenizando sua atuação em “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”. Ele, por sua vez, emoldurou a carta.

6. O animal Favorito de J.K. nos livros de Harry Potter é a fênix.

7. Onde foi parar a Pedra da Ressurreição? Segundo J.K., ela continua na Floresta Proibida, enterrada, pois algum centauro acabou pisando em cima dela.

8. Harry não concluiu seus estudos em Hogwarts, mas mesmo assim conseguiu se tornar um auror.

9. Hogwarts possui quatro casas e cada uma delas corresponde a um elemento: Grifinória é o fogo, Corvinal é o ar, Lufa-Lufa é a terra e Sonserina é a água.

10. Rowling guarda em sua casa uma tabela com o nome de cada estudante de Hogwarts, na qual constam sua casa, suas capacidades mágicas, ascendência, etc.

11. Fofo, o cão de três cabeças, foi inspirado no cão mitológico Cérbero, que guarda a entrada do castelo de Hades, deus grego do mundo inferior.

12. J.K. chocou os fãs ao divulgar que Harry e Voldemort eram parentes distantes, descendentes dos Peverell.

13. Muito mais que uma cena triste, a morte da Edwiges – coruja de Harry -, representa o fim da infância do garoto.

14. Os personagens das pinturas do castelo podem se mover, mas não são totalmente livres: apenas podem ir para outras pinturas em que foram retratados.

15. Não foram só os leitores que sofreram com a morte de Sirius Black: quando escreveu a cena, Rowling chorou tanto que seu marido foi obrigado a dar calmantes para que ela pudesse se acalmar.

Essas 15 curiosidades sobre o fantástico mundo de Harry Potter foram apenas o começo. Ainda tem dúvidas sobre o filme? Algo que não foi bem esclarecido? Conta para o Beco! Sua dúvida/pedido/ideia pode virar matéria da coluna semanal de Harry Potter que vai ao ar toda sexta-feira aqui no Beco Literário!

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Agenda de Eventos – Setembro

Olá pessoal! Hoje trago a lista de eventos literários que irão ocorrer agora em Setembro. Você não vai querer perder, né?

Começamos o mês com um evento para os moradores de Florianópolis, Brasília e Manaus, a editora Arqueiro anda promovendo eventos sobre Literatura Policial por todo o Brasil e dia 6 agora o evento irá ocorrer simultaneamente nessas cidades. Confirme presença aqui em baixo:
Florianópolis:

https://www.facebook.com/events/766150276760857/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming
Brasília:

https://www.facebook.com/events/292213740957861/?ref=5
Manaus:

https://www.facebook.com/events/1447532375517141/?ref=5
P.S: O evento de Florianópolis ocorrerá às 13h.

 

Moradores de Recife se programem, pois haverá o I Encontro Distópico 2014. O evento será às 15h na Livraria Saraiva Rio-Mar.
Confirme presença:

 https://www.facebook.com/events/1499891940282477/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming

 

Fãs de Maze Runner que moram no Rio de Janeiro fiquem ligados, pois dia 7, domingo, irá acontecer um encontro de fãs na Quinta da Boa Vista. O evento terá início às 10h.
Confirme presença:

https://www.facebook.com/events/1440520362874127/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming

 

Leitores do interior do Rio Grande do Sul ai? Dia 7, domingo, irá rolar um evento mega bacana sobre diversas sagas literárias. O evento será no Parque do Imigrante e terá início às 13:30. Não percam!
Confirme presença: 

https://www.facebook.com/events/647261435327976/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming

 

No domingo também haverá o evento Epidemia Zumbi em São Paulo. O evento será na Livraria Martins Fontes e irá começar às 15h. Imperdível!
Confirme presença:

https://www.facebook.com/events/1514108785470591/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming

 

Também no domingo, Raphael Dracon estará autografando e divulgando seu novo livro no Rio de Janeiro. A sessão de autógrafos será na Livraria Travessa do Shopping Leblon e começará às 15h. Para mais informações clique no link do evento.
Confirme presença:

 https://www.facebook.com/events/723627044386220/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming

 

Alguém de Fortaleza fã de Maze Runner? Fiquem ligados, pois dia 13 de setembro irá acontecer um evento sobre a saga na Livraria Cultura às 13h. Não percam!
Confirme presença: 

https://www.facebook.com/events/491161844353472/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming

 

No dia 14 haverá um evento sobre os livros da autora Nora Roberts na Livraria Saraiva do Shopping Rio Sul no Rio de Janeiro. Começará às 15h.
Confirme presença:

https://www.facebook.com/events/1447001505574664/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming

 

Para quem curte os livros da Dark Side, haverá um evento sobre o livro “A Menina Submersa” em Fortaleza. Acontecerá dia 19 na Livraria Cultura, terá início às 19:30.
Confirme presença:

https://www.facebook.com/events/729411760428176/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming

 

Curte Percy Jackson? Em Fortaleza haverá um encontro de fãs da saga dia 20, a realização do evento será no Parque Adahil Barreto e irá começar às 10h. Para mais informações, confira o link do evento.
Confirme presença:

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Para os residentes do Rio de Janeiro, dia 27, sábado, irá acontecer a reunião do Clube do Livro. O encontro será na Livraria Saraiva do Shopping Rio Sul às 15h.
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Potterheads do Rio de Janeiro? Dia 28 acontecerá o Potter Day na Quinta da Boa Vista. O evento começará às 10h.

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Para os amantes e fãs de Tolkien, dia 28, domingo, acontecerá um seminário sobre o autor na Livraria Cultura a partir das 15:30.
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Fica a dica. Abraços. 😀

Colunas, Cultura

Experiência: Bienal Internacional do Livro de São Paulo (23/08/14)

O segundo dia da Bienal Internacional do Livro de São Paulo foi bastante agitado e um tanto polêmico. Uma parte da equipe do Beco Literário esteve lá, inclusive prometemos cobertura em tempo real no Twitter, o que não deu muito certo e vocês entenderão o porquê. A experiência que relatarei aqui, será aquela que eu tive com meus amigos, pode ser que você concorde ou não, os comentários estão abertos e você pode respeitosamente expor a sua opinião também!

Bom, eu moro no interior de São Paulo, São José dos Campos, para ser mais exato, e a viagem para a capital geralmente leva uma hora e meia/duas horas, levando em consideração o trânsito. Acordei as quatro da manhã, e saí de casa pouco antes das seis. A viagem foi tranquila, sem muito congestionamento, o que foi um milagre, cheguei no Anhembi pouco depois das sete e a fila já saía dos portões em direção a calçada.

Segui para o final dela, rezando para encontrar algum conhecido na metade do caminho, nada. Fiquei lá por uns bons dez minutos, esperando minha prima chegar, de Osasco, até que encontrei com a Beatrice – por quem estou eternamente grato por isso, e por ser a única que, junto comigo, não aplaudiu quando falaram do Will Herondale – e ficamos com ela na fila, depois de negociar com o pessoal ao redor, bom, já estávamos pra dentro dos portões e a frente de umas cem ou duzentas pessoas. Nesse meio tempo, a fila cresceu três quarteirões fora do Anhembi. O negócio estava sério, e agora, já sabia que não conseguiria autografo da Cassandra Clare.

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Ah, a fila!

Conforme os portões abriram, antes das dez, o aglomerado de pessoas desordenadas que estavam próximas a entrada enlouqueceu e correu, assim como as pessoas folgadas e ignorantes que não sabiam o que é respeitar o espaço de alguém. Não vou ser hipócrita de dizer que é ridículo cortar fila, já que eu mesmo cortei, de certo modo. Até treta teve, e eu filmei, só não sei onde está agora.  Seguimos no sol por um bom tempo, e ao nos aproximarmos da entrada, ainda antes das dez, o caos estava instalado. Pessoas correndo, gritando, entrando. Entrei no meio, e corri para as roletas. Uma vez dentro,  disparei em direção a fila da Kiera Cass, afinal nem tentaria mais Cassandra, mesmo com a mulher da organização berrando atrás de mim dizendo que não haviam mais senhas. E realmente, não havia. A fila da Kiera estava enorme. Desistimos, nos reencontramos e fomos para o estande da Novo Século, onde garantimos nossos exemplares de A Arma EscarlateA Comissão Chapeleira, com a Renata Ventura, que foi extremamente simpática e atenciosa conosco, assim como seu pai, que estava nos fotografando. Pra mim, só esse encontro já valeu a pena todo o evento, que até então estava normal, exceto o fato do nosso atraso na fila, porque estávamos nos recusando a cortar mais uma vez, na entrada, o que foi necessário depois, de qualquer jeito. Enfim, esta é a minha foto com a Renata, ignorem minha cara, eu estava bem nervoso, risos.

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Depois disso, fomos explorar os estandes, o local estava cheio, claro, mas tudo dentro dos conformes. Andamos por um bom tempo, e depois seguimos para o almoço, sem paciência para as filas que se formavam do lado de fora dos mesmos, só para entrar! Visitei o estande da Intrínseca, que estava maravilhoso, e apesar dos preços bem altos, consegui descolar uma grande quantidade de brindes que futuramente serão sorteados para vocês! Ah, quase ia me esquecendo: antes disso, passei também na Novo Conceito, que publicará Magisterium de Cassandra Clare e Holly Black no Brasil, e um organizador nos presenteou com alguns bottons, por sermos um dos primeiros a visitá-los. Foi bem legal.

De volta ao almoço: não havia mesas disponíveis, comemos a maior parte do tempo no chão. Filas enormes, preços maiores ainda. Paguei treze reais em um pequeno cone com batata frita e uma latinha de refrigerante. Não valia isso, mas a fome era maior e eles sabem que nós cederemos, certo? Agora, a Bienal já estava caótica, com pessoas deitadas por todo o canto. Já havia visitado o estande da Editora Leya também, e garantido minha foto no Trono de Ferro, de Game Of Thrones. As promoções de lá estão bem legais, e com relação aos brindes, se querem uma dica, tenham cara de pau para pedir. Eles sempre cedem.

Meio dia, eu já estava quebrado, e fui para a Arena Cultural, onde a Cassandra daria uma palestra as duas horas. Fiquei com uns amigos na grade exterior, não conseguimos entrar e sentar, o que foi extremamente desgastante. Fomos prensados e ficamos na mesma posição até por volta de duas e vinte, quando a Cassie finalmente entrou, causando o maior tumulto que eu já vi na vida. Entrou com seu marido, Joshua Lewis, filmando todos que estavam ali, linda como sempre. Derrubamos a grade, mas não ultrapassamos os limites por razões óbvias. Gritamos muito, xingamos, ficamos em êxtase com as respostas e spoilers que a autora nos dava. Ela estava surpresa conosco, a segurança, extremamente falha. Tirei muitas fotos, poucas ficaram boas e aproveitáveis, da distância que a vi, já que não tinha senha, nem acesso a sala de imprensa como alguns fã-sites tiveram e pasmem, alguns até reclamaram dos fãs histéricos que os atrapalharam. Não citarei nomes, mas… Vejam umas fotos que consegui da Cassie:

Não foi perto, utilizei o zoom na maioria delas, mas essa foi a realidade da maioria dos fãs lá presentes. Alguns ainda só acompanharam pelo telão. A desorganização na distribuição das senhas foi tremenda, mas temos como maiores culpados, aqueles que mais uma vez, não sabiam respeitar o espaço alheio e não a própria editora. Mil senhas foram entregues e nós não conseguimos nenhuma delas, mesmo depois. Não posso apontar somente um culpado nesse frisson, mas editora, leitor e organização tiveram grande parcela nisso, dificultando tudo. A Cassie foi extremamente fofa e atenciosa com todos que perguntaram pra ela, e até revelou que o vilão de sua nova série, The Dark Artifices, é alguém que já conhecemos! Teorias?

Ao fim da palestra, fui andar pela bienal, para comprar os livros que até então não tinham saído da minha lista. Desisti logo no primeiro corredor, estava impossível de andar. Era tumulto em todo lugar, empurra-empurra, enfim, totalmente IMPOSSÍVEL de se locomover. Espero que dá próxima, limitem os ingressos, porque vender mais do que o local comporta, é complicado. Também sei que só aprendem com os erros, mas quem pagou por eles, foram nós, fãs, que viemos de longe, acordamos cedo e enfrentamos filas enormes, com pessoas ignorantes e que perdemos a que pode ser nossa única chance de ter um contato real com nossa autora preferida.

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As compras!

Mais tarde, fomos em busca de água, o calor estava insuportável e a refrigeração do lugar, uma bosta. Estava em falta. Sim, a água estava em falta e onde tinha, custava mais de cinco reais com filas enormes. Acabamos por pagar mais caro, porque estava impossível. A infraestrutura não comporta autores internacionais em peso, como teve neste sábado, nem de longe. Ah, e não comentei sobre o Harlan Coben, que nunca li nenhum livro, mas estou tentado a ler devido ao seu carinho por todos os fãs, depois que acabou sua sessão, ele desceu e tirou foto com todos que ficaram ali assistindo, tendo senha ou não.

Não assisti a palestra da Kiera Cass, já estava há muito tempo em pé, cansado, e então só a vi pelo telão, rapidamente. Para vocês terem uma ideia da lotação, além de mim, mais quatro pessoas da nossa equipe estava lá. Só me encontrei com duas, a Letícia, que foi comigo, e a Isabelle, e foi bem rápido.

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Minha credencial de blogueiro, que só consegui pegar no final do evento

A experiência Bienal foi bem legal, apesar de deixar a desejar em muitos aspectos. O dia foi ótimo, mas quem o fez assim foram as pessoas que estavam comigo, além do encontro com a Renata Ventura, e não o evento em si, como eu esperava que fosse. Não realizamos a cobertura em tempo real no Twitter por uma série de motivos, entre eles, a falta de cobertura das operadoras lá dentro, além do 3G que nem ousava ligar. As redes WIFI disponíveis estavam saturadas com a quantidade de gente usando ao mesmo tempo. Enfim, ocorreu muita roubalheira pelo o que eu soube, mas não comentarei aqui, é desgastante. Mas afinal, o que não há roubalheira em nosso país, né? Espero que dá próxima, melhorem, e muito, a organização do evento, para que seja uma experiência ótima por si só para todos que visitem. E uma dica para as editoras: cobrar o dobro do preço das livrarias só faz a marca de vocês se sujar cada vez mais perante a mídia.

Apesar de todo o sofrimento, o dia ficou marcado para sempre para mim, e sei que também ficou para todos que conseguiram contornar todos os empecilhos com uma boa risada. E a sua experiência, como foi? Conte para nós!

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Foto com maior quantidade de gente da equipe que conseguimos: Isa (Escritora e Redatora), Julia (minha prima – sigam ela!), Eu e a Letícia (Colunista da Armada de Potter – que foi parada por várias pessoas por estar com vestes da Sonserina).