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Let’s talk about… Phillip Phillips!

2012 foi o ano em que tudo mudou para Phillip. Mais precisamente no dia 23 de maio de 2012. Dia em que ele se tornou campeão da décima edição do American Idol.

O menino de 25 anos apresentou várias músicas durante o programa, mas o ponto alto foi o lançamento do seu álbum, ainda em 2012, chamado “The world from the side of the moon”. Nesse álbum duas canções tiveram destaque e foram as responsáveis pelo sucesso do cantor: “Home” e “Gone, Gone, Gone”.

Além do American Idol, Phillip também concorreu no World Music Awards de 2012, como melhor música com “Home” e melhor artista e, o Billboard Awards, no qual concorreu como melhor música com “Home” e melhor álbum.

O cantor tem como principais influencias Dave Matthews, Tool, Jonny Lang e Mumford & Sons.

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The Epic Battle: Roubaram minha paciência

Brasileiro é espécie prática, sabe fazer as coisas com uma rapidez sem tamanho. Pode conferir isso em qualquer esquina por ai, pergunte: O que nós fazemos pra resolver isso tudo? Simples, pequeno gafanhoto, saca as panelas, pede para as madames baterem bem forte e enxota a presidente para Cuba. É simples ou não é? Rápido, prático e sem todo esse estresse. E quem assume a coisa toda sou eu que falo, que bato panela, que digo o que bem desejo com quem me interessar. Petista, de Direta, de Esquerda, Comunista, Ista, Alquimista, tudo se resume a rótulos. Temos esse vício também, de definir as pessoas, dizer seus limites e o que devem fazer em nossa exemplar sociedade. Mas me responde, amigo que rotula, que destitui, que interpreta a constituição como se fosse a bíblia que você usa todos os dias em teus cultos para disseminar ódio, me diz, isso não cansa?

Me responde quando puder. Quando não estiver tão ocupado em olhar para o lado, não para si, de se importar com o que ocorre dentro das mansões ou nas favelas, quando tu conseguires parar de interferir onde não és chamado, só ai me responde e olhe lá, porque mesmo perguntando não garanto que esteja pronto para ouvir mais absurdos.

Suíça. Lugar bonito. Lugar bom para se visitar. Lugar excelente para se esconder dinheiro, não é verdade, camarada Cunha? Acho que não. Brasil, cheio de seu sincretismo, mas na mente de alguns amigos é o território excelente para uma reforma religiosa, cultural e social, mas o interessante, a reforma quem dita são eles e só. Que bela bancada, que belo monstro críamos. Não cito os defensores da ressurreição ditatorial ou os descendentes de Pedro, não cito porque roubaram minha paciência. Meu sono.

Vou contar o que ocorreu para que minha enorme calma partisse para outra. Não é de hoje, nada disso, é coisa antiga, coisa de mais de séculos. De lá de Boa Vista, até quem sabe Porto Alegre e para bem além, alguns morreram, alguns sumiram (Sim, puf), outros até hoje não conseguem assimilar o que é verdade, o que é medo, o que é terror, tudo isso por conta de uma tal liberdade, por conta de um terço de voz. Bem antes outros nem se importavam de sofrer dia após noite, tudo por conta dessa menina, bem mais bonita que Suíças e Franças, isso está enraizado desde quando pisaram “intrusos” em nosso litoral, mas pisaram e assim se fez Brasil. Brasil consciente de seu lugar e de onde consegue se erguer, país com um potencial fora do comum. Agora me diga, tudo isso para o que temos hoje? Para que homens que gritam por morte e intolerância fiquem desfilando, bancando vícios, furtando a sua, a nossa, a paciência de qualquer ser humano que bem pense? Faça-me o favor, paneleiro, monarquista, amigo de Médici, eu não sou pago para isso, e nem se fosse. Não aprendi a escrever para ficar calado frente a tais absurdos. Não jogue pedra no passado, nem manche o presente que trilho junto a tantos outros racionais. Não me venha com devaneios políticos que de nada ajudam a democracia. Juro que não queria citar “democracia” neste texto, pois é palavra que machuca o ego de certas pessoas, é palavra que não pode ser usada pois parece clichê, chiclete há eras mastigado. Democracia é tão mal usada que entrou no desuso.

Sem essa de solução prática, não existe, ficou claro entre os tempos, não criou-se um método para atingir milhões de uma hora para outra. Pensemos em projetos, algo que perdure e que mude não só as estruturas superficialmente, mas que afete as mentalidades. Parece que o gps foi desativado, ou gasolina acabou, vai saber, mas não saímos do lugar pois não temos nem motivação nem caminho para ir. Não se pode é querer regressar, quem isso desejar, volte sozinho, enfrente o passado, leve seus esforços e seus belos discursos para o escuro do passado e por lá fique, só assim recupero paciência, um pouco de alegria e quem sabe, por não ter que me estressar mais, deixo de escrever.

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Let’s talk about… Bastille!

Provavelmente você já ouviu falar dessa banda. Eles foram uma das revelações de 2013 e ganharam meu coração rapidamente. Então hoje Let’s talk about… BASTILLE!

Como todo mundo que já ouve a banda, eu conheci a banda pela música Pompeii e logo de cara já me apaixonei. Fui procurar saber mais sobre a banda e quando vi, já havia baixado o álbum Bad Blood inteiro!

Mas… que tipo de música eles tocam? Bastille toca eletro-indie. Formada em 2010, começou sendo um projeto solo de Dan Smith que acabou virando um quarteto com a entrada de Kyle Simmons, Chris Wood e Will Farquarson. O nome é vem do aniversário de Dan, que é o mesmo dia da Queda da Bastilha. Já em 2010 a banda assinou contrato coma Virgin Records e em 2012 lançaram Overjoyed como single, que foi sucesso absoluto. Ainda em 2012 a banda saiu em sua primeira turnê solo e participaram de grandes festivais no Reino Unido.

Mas foi em 2013 que a banda estourou no Brasil com o single Pompeii. Nesse mesmo ano eles lançaram o CD Bad Blood, que mais tarde ganhou uma versão estendida denominada All This Bad Blood.

Para quem gosta de Foster The People e Imagine Dragons eu só posso dizer uma coisa: vai amar Bastille. Entendo que não é um estilo de música que muitas pessoas gostem, mas vale muito a pena dar uma chance. As músicas deles são para todo e qualquer tipo de momento que você esteja passando na sua vida e isso é um diferencial imenso nesse ramo tão competitivo.

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Let’s talk about… Mumford & Sons!

Na “Let’s talk about…” de hoje vamos falar sobre uma banda que já está confirmadíssima no Lollapalooza 2016 e que ganhou meu coração há alguns anos. Estou falando dos lindos (e incríveis) da Mumford & Sons!

A banda formada por Marcus Mumford (vocal, violão e bateria – sim, porque baterista pode sim ser vocalista), Ben Lovett (acordeão, teclado e violão), Winston Marshall (vocal, banjo e violão) e Ted Dwane (vocal, baixo, bateria e violão) – muitos talentos pra uma banda só – surgiu no movimento folk de Londres em 2007. Em 2010 foi indicado a dois Grammys (artista revelação e melhor música de rock). Mumford já tem três álbuns lançados, mas meu preferido é – sem sombra alguma de dúvidas – o álbum Sigh No More. O terceiro, Wilder Mind, foi lançado nesse ano.

Eu, sinceramente, não sei o que me encanta mais na banda… é impossível escolher apenas uma coisa, sabe? As letras são tocantes, a melodia é incrível, o ritmo contagiante e no palco eles são sensacionais! Existem bandas que você gosta por um ou outro motivo, porém Mumford é aquela banda especial que você gosta pelo conjunto completo da obra. É impossível não se apaixonar.

Little lion man é minha música preferida deles e tem uma das letras mais tocantes que eu conheço.

I will wait é uma das músicas que eu mais ouço da banda, ela é incrível em todos os sentidos possíveis.

Babel foi a primeira música que eu ouvi da banda… e foi através dela que me apaixonei por eles!

 

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Autoria: Ascendências

Dizem que encontrar o amor verdadeiro nos dias de hoje é mais difícil que encontrar magia. É mais fácil encontrar a rota para Hogwarts do que obter reciprocidade. Não discordo. Sabe, tenho dezessete anos, menos experiência que a maioria dos garotos da minha idade, óbvio. Não estou dizendo que sou inocente, porque não sou. Só digo que não estava preparado para tantas pancadas que a vida podia dar.

Sempre vi casais se dando bem. Sempre vi felicidade e eletricidade nos seus olhares, mas jamais pensei sobre os labirínticos problemas que cada sorriso esconde. Mas quem sorri quando se está triste, não é?

Eu.

Eu, Troye Noah Scott, sorrio quando estou triste. E isso significa quase todos os momentos.

Apesar de não parecer, eu não sou superficial. Mas não era isso que qualquer um pensava ao me ver, bêbado, dançando loucamente naquela pista de dança, beijando qualquer alma que viesse me dar um oi. Independente do sexo.

Eu não estava vendo nada ao meu redor. Minha cabeça eram luzes florescentes, meus olhos caçavam vorazmente qualquer coisa para se apoiar. O copo vermelho pendia da minha mão direita, a vodka pura estourando como refrigerante nos meus lábios.

Bitch the end of your live are near
This shit been mine, mine
What you gone do when I appear?
W-when I premier?
Bitch the end of your live are near
This shit been mine, mine

Eu dançava como se o mundo fosse acabar, ali, com a minha melhor amiga, Savannah Lee Johnson. 212 era definitivamente a nossa música, e a pista era nossa. E por alguns momentos, não estávamos na nossa pacata cidade. Estávamos na mais populosa balada de Los Angeles. A música tomava conta de nós. A dança, que devia ser ridícula ao ver de um sóbrio, era nossa. O mundo era nosso naquela noite. Nossa vida acabaria nos próximos segundos.

“Sav, preciso de mais.” Eu disse, no pé do seu ouvido,

“Let’s go to the bar!” Ela retornara há pouco do seu intercâmbio na Inglaterra, e falava inglês quando bebia. A sorte era que eu entendia.

Ainda dançando, jogando meu cabelo escorrido para o lado, coloquei minha mão em seu ombro e fomos para a fila do bar. Fila que jamais seguimos.

“Duas catuabas, por favor.” Eu disse.

“Roy, isso vai acabar com a gente!” Savannah odiava.

“É o que temos dinheiro.”

O moço colocou os dois copos vermelhos no balcão. Pegamos e voltamos para a pista, de mãos dadas. É inegável como catuaba é ruim. O gosto de vinho barato misturado com gelo não me agradava em nada, mas me deixava louco. Nunca liguei muito para a opinião alheia, então, no meu estado de bêbado irremediável, dancei como se ninguém tivesse me olhando.

Mas alguém estava me olhando.

E esse alguém, era o garoto pelo qual eu estaria condenado a amar pelo resto dos meus dias.

(…)

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Let’s talk about… Tove Lo!

E aí, como estão aproveitando seu sábado?

Venho aqui hoje trazer para vocês a mais nova coluna do Beco Literário, que vai ao ar todo sábado. Let’s talk about… é uma coluna de música onde vou abordar os mais variados estilos e artistas, tanto nacionais quanto internacionais. Logo de inicio já aviso que aceito sugestões, então se você quer que eu fale do seu artista favorito, ou deseja que todo mundo conheça uma banda que você gosta mas ainda não ganhou seu espaço, é só entrar em contato comigo por qualquer rede social, e-mail ou pelos comentários. Você pode também pedir através da hashtag #becoliterario, vou adorar atender seu pedido

Mas vamos falar da musa inspiradora de hoje?

Para iniciar essa coluna com o pé direito, a escolhida foi Tove Lo!

Essa linda nasceu em Estocolmo e começou a chamar atenção e se destacar quando “Habits” estourou na Suécia. Antes de Tove lançar seu EP, sua música já havia ganhado um remix (não oficial) feito pelos americanos Hippie Sabotage.

Tove lançou então “Truth Serum” com Habits e seu remix junto com quatro outras músicas, foi assim que ela chegou no Hot 100 da Billboard, no 66º lugar. A cantora também já dividiu estúdio com Adam Lambert que esteve no Brasil se apresentando com o Queen recentemente.

 

Aos poucos a sueca conquista seu espaço no cenário musical, e uma coisa eu posso garantir para você: ela é muito mais que um rostinho bonito. Quer conhecer um pouco mais sobre o trabalho dela? Confere aqui embaixo minhas músicas preferidas da cantora!

Not On Drugs é minha preferida, sem sombra alguma de dúvidas

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The Epic Battle: O identitário de um homem sem lembranças

Um questionamento surgiu em meio à aula, qual a necessidade de um mártir? Porque um povo se apega tanto a dados históricos que de nada parecem servir, que só são informações adicionais em pesquisas? A resposta é simples: Porque sim.

O zumbar de tambores, o bradar de espadas, o registro apressado de um qualquer que tornou-se grande, é assim que se constrói o panorama suficiente para ao menos resguardar pessoas ao redor. Tudo influencia nas questões políticas, tudo converge para esse ponto, não me diga que existem esferas singulares, existe sim uma rede de informações, a qual estamos inseridos e sem ela não conseguimos achar significância na existência. Veja bem, existiu uma época em que foi necessário captar a essência de um Jesus mineiro, foi preciso construir essa imagem de um mártir surreal, um homem que nunca existiu, para que no fim se justificasse uma causa, para que tivéssemos o que outros tem. Transformaram pessoas escravizadas em guerreiros estupendos, que se pudessem usariam até armaduras, ergueram-se monumentos em prol destes homens e mulheres, mas me diga, para que? Isso na mente do desavisado não influencia em nada, o presente aparente ser intocado por tais fatos, de nada serve, a política não usa essas justificativas, a economia não funciona por conta desses heróis e deuses, a educação não é guiada por tais premissas. O inocente assim pensa.

Para que existisse uma revolta, criou-se o centro motivador, para que chamassem esse território de república, convocaram Marianes, para que a monarquia caísse tiveram que se apoiar em teorias de outros. Somos a cópia, não é agradável ser a cópia. Por esse motivo e nenhum outro o homem deseja ser a primazia, deseja ser o primeiro a habitar este território, deseja ser o inventor do avião, de tal religião, da poesia, deste tipo de poesia. Se não temos lembranças, por mais que sejam falsas, não temos nada no que se apoiar. Ao falar em política, falasse com toda a vontade que inconfidentes já tiveram, usa-se todo o sangue derramado por filhos de Olindas, se resguarda em qualquer resquício de tupi guerreiro, de Xavante indominável. Percebeu? A memória é essencial em qualquer situação, se não existe um ideário, uma referência, não se existe.

O romantismo usado nas diversas obras atuais é tremendo, ele está revestido por diversas camadas de contemporaneidade mas ainda resiste em qualquer história. Das sagas internacionais até os livros, os novatos, de nosso país. Não se escreve uma palavra bem dita sem um pingo de amor e ódio no coração, nem que seja um resquício, lá está presente na produção literária, fale-se de tragédia, alegria ou desprezo, é intrínseco e muitas vezes não percebido, digamos que a maioria dos escritores não desejam passar tal imagem, mas passam, só basta um olhar específico, um olhar não traumatizado ou enjaulado pela máquina internacional. Não se constrói boas obras ao se limitar à fronteiras, isso é óbvio, não se faz uma história convincente se ficarmos brincando de admirar Clarices ou Vinicius e apenas esses, se entrincheiramos o conhecimento ele acaba por não servir de nada, é necessário sim uma visão geral das coisas, um tatear abrangente ao procurar escrever, mas existe um porém, nesse porém vive a balança cultural de muitos. Quando está pende para o de fora um problema pode sair das páginas, devorar o leitor e transforma-lo em só mais um no meio de tantos, persuadidos por uma política de que não é necessário ser o primeiro ao habitar o continente, que isso de encarar o histórico não é primordial para se entender, que conceitos de nação e país são apenas conceitos e de nada influenciam. É perigoso transmitir ideias, principalmente quando nessas ideias prevalecem uma síndrome de vira-lata, de tolo desinteressado.

Não somos os coitados, os bestializados, nunca fomos. O problema não está em ser ou não ser, mas em querer transformar-se, em desejar ter aquela face. Não se engane, deixe de ilusões, você nunca terá um sangue uno, nunca será alvo como seu consciente, poluído de névoa impenetrável, você é o aglomerado de idades, de tragédias, você, ao tomar a verdade para si acabara percebendo que sempre foi a vitória. O resultado de construções que despencam mas que emergem por serem o que são, o que sempre foram. Você vive a memória, aceite.

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Autoria: As crianças não estão bem

Amor, corre. Corre rápido, chama ajuda. Corre, mesmo. As crianças não estão bem. Já pensam sozinhas, já discordam das minhas ideias. Achava que você era meu melhor amigo. Corre, por favor. As crianças não estão bem, não.

Vem pra casa, por favor. Acho que tem algo fora do lugar aqui. Acho que eu também não estou muito bem, não. Tá tudo bem confuso por aqui.

Em julho éramos fogos de artifício que se apagaram de maneira precoce. Ainda éramos, até você sair pela porta da frente… E nunca mais voltar, nem mesmo ao meu chamado de que as crianças não estão bem. Desculpa, tive um pesadelo. Arrumei a cama, então. Poli a maçaneta da porta que você saiu. Arrumei a cama de novo. As crianças não estão bem.

Você achava fofo o meu transtorno, quando disse que precisava escovar os dentes antes de te beijar pela manhã. Ou passar álcool gel na minha mão antes de segurar na tua. Ou ainda, quando levantei quatorze vezes da cama para checar se a porta estava trancada. Era fofa a minha preocupação com a sua proteção, não era?

Não sei quando a fofura passou a te amedrontar. Você disse que eu te sufocava, não. Não, não, não. Não era sufoco as minhas sete mensagens de bom dia. Juro que não. Só queria continuar minha proteção, então sempre checava se a porta estava mesmo trancada e se os dois certinhos indicavam mensagem recebida.

Mas então, os certos não surgiram mais. Tudo ficou mal, amor. As crianças não estão bem. Os certos não estão mais ficando azuis quando te mando bom dia. Mas a porta? Nunca mais conferi para ver se estava trancada na esperança de que um dia você voltasse.

 

Texto baseado no poema OCD, de Neil Hilborn.

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Experiência: Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro (05/09/15)

Toda a minha vida, sempre fui nas bienais do livro de São Paulo (leia minha última experiência aqui). Jamais havia ido ao Rio de Janeiro, sequer. Então, alguns dias antes do evento, surgiu a oportunidade de ir. Fui, sem nem conseguir uma credencial de blogueiro como sempre faço em SP. Comprei meu ingresso, e entrei normalmente, como não fazia há séculos. É engraçado como a gente se acostuma com a vida boa de ter credencial e não enfrentar fila embaixo de chuva. Mas é bom voltar a ser fanboy.

Moro em São José dos Campos, interior de São Paulo. Fui para o Rio de Janeiro de carro. Saí daqui as quatro da manhã, e cheguei no local as nove e meia. Antes disso, não havia dormido uma hora sequer. Fui para a casa da minha amiga Mariana lá pelas nove, porque sairíamos de lá. E você sabe o que acontece quando vamos dormir em casas de amigos, não é? Sempre tem mais um vídeo para mostrar no Youtube, mais um episódio de seriado, mais um assunto para colocar em dia… Não dormimos e embarcamos virados, mesmo, com nossas mochilas cheias de lanche. Era a primeira vez das minhas amigas em bienal, e eu recomendei que levássemos comida, porque comprar lá é bem caro.

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Derrotados na van, mas comendo muito pão com patê.

Dormimos quase que a viagem toda nas posições mais tortas possíveis. Um em cima do outro, com malas, mochilas, equipamentos… Mal cabíamos dentro do veículo. Mas chegamos bem no Rio, onde o tempo estava fechado, com uma garoa fina. Entramos na fila quilométrica. Confesso que senti falta, e muita, da minha credencial nessa hora. Desculpem-me, mas jamais gostei de filas grandes e esperas infinitas. Mas foi legal, porque logo na fila, conheci vários leitores do site, distribuí muitos marcadores e filmei os Jogos Vorazes que foi a entrada. Que caótico!

Entramos e tudo o que eu conseguia pensar era: UAU! Três pavilhões de evento, três vezes maior que a Bienal de São Paulo. Talvez estivesse mais lotada, apesar de não parecer. O espaço é realmente enorme e aconchegante. Já garantimos nosso mapa e fomos até o pavilhão azul, onde estava a alma do evento. Tão vazio, tão cheiroso, dava até desespero! Mesmo sem credencial, fomos os primeiros a entrar.

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Ah, a fila! Mirella, eu e Mariana, da esquerda para a direita.

O primeiro estande que fomos, como mostrei no daily vlog que deixarei incorporado no final do texto, foi o da Intrínseca porque como eu disse, geralmente é o mais lotado depois de algumas horas. Faz até fila pra entrar depois, e geralmente não conseguimos comprar nada ou já está tudo esgotado pelo dia. Éramos os únicos nele, parecia até um sonho. Pegamos muitos marcadores, dos mais variados livros, deixei vários marcadores do site e finalmente adquiri meus exemplares de Não se apega, não Não se iluda, não da Isabela Freitas. Mirella e eu surtamos de uma maneira jamais vista anteriormente porque estava muito barato. Ela pagou cerca de cinco reais no exemplar de Círculo (veja a resenha aqui e a entrevista com os autores aqui!), e eu paguei mais de quarenta, no mesmo livro há algum tempo pela internet.

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O estande da Intrínseca, ô coisa linda e cheirosa!

Ok, todo mundo sabe que só pegamos mapas caso algo dê ruim. Ninguém realmente pega um mapa e o segue à risca com um itinerário pronto. Então saímos meio sem rumo, procurando o próximo estande legal para se visitar. Chegamos no compartilhado da Arqueiro com a Sextante. Estávamos hanging around quando de repente eu pego o braço da Mariana e tudo o que eu sei dizer é “Julia Quinn!”. Ela me olha meio qual a sua doença? Eu só aponto para o crachá da gringa do meu lado e para a pilha de livros na frente dela. A autora estava do meu lado, e então, tudo foi um borrão. Tudo o que eu lembro é de dizer “Can we take a picture?” e dela respondendo da maneira mais amável possível “Sure”. Eu estava tremendo bastante e por isso, a moça da editora se ofereceu para tirar. Lembro-me também de ter dado um marcador e falado algo do tipo “Please, visit my website.” porque nem pra pedir um autógrafo eu servi. Ok, a gente supera com o tempo.

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Julia Quinn e eu (tremendo muito!) no estante da Arqueiro

Só sei que demorei um pouco para superar o fato de que eu havia acabado de conhecer Julia Quinn. Fui então até o caixa com os livros dela na mão e paguei. Ainda não sei porque não pedi pra ela autografar. Os livros estavam na mão e ela do meu lado. Só precisava falar “Write something in here, please!”. Mas não foi dessa vez, mesmo.

Não me lembro muito da ordem dos estantes que seguimos além disso. A bienal foi lotando aos poucos, mas nada tão insuportável como chegou a ser em São Paulo, porque lá, muitas vezes eu cheguei a me sentir realmente mal. No Rio, além de ter uma organização parecida, apesar de levemente melhor, a lotação é totalmente suportável. Não colocam mais pessoas que o suportável. Lotou sim, bastante, peguei filas enormes, mas era totalmente compreensível e frequentável. Nada muito absurdo.

Como se não bastasse o grande tiro que levei na cara ao encontrar com Julia Quinn, encontro – de longe – com o grande mito Maurício de Souza. Ok, não dava pra perder a oportunidade de me aproximar do mestre. Não consegui uma foto com ele, nem um autógrafo porque não deixaram, mas cheguei na multidão igual um cortador de gramas, câmera em mãos e sou jornalista, licença por favor! E as pessoas acreditaram.

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Obrigado, ser que colocou o cotovelo no canto da minha foto!

Bom, foi incrível “conhecer” Maurício de Souza, mesmo que de maneira indireta. Ele fez parte da minha infância, assim como de muita gente que acompanha o site, tenho certeza. Gostaria de ter dado o marcador pra ele, mas estavam realmente com uma marcação muito cerrada com relação a quem se aproximava dele. E minha cota de sorte do século acabou naquele encontro com a Julia Quinn, né?

Estava rolando também, uma pequena homenagem comemorando os oitenta anos do criador da Turma da Mônica, com um mural de post its de recados de fãs, e uma exposição exclusiva com ilustrações lindas de todos os personagens do autor. Veja no slideshow abaixo todos os registros que fiz dessa seção (que ocupava uma grande parte do terceiro pavilhão):

Nessa altura, já tínhamos comprado pelo menos uns cinco livros cada um e estávamos todos com os braços cortados de tanto carregar sacola. Mas é uma dor boa, afinal, a ansiedade pra chegar em casa e ver os novos filhos é cada vez maior né? Seguimos então para o estande da Novo Século, onde conversamos com mais alguns autores, distribuímos mais marcadores, conversei com vários membros da Armada Escarlate e claro, tirei uma foto nova com a Renata Ventura, uma das minhas escritoras preferidas e ambos de chapéu coco:

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Grande Renata! Sempre uma honra trocar mesmo que poucas palavras com ela…

Fiquei o dia todo na Bienal, mas são tantos lugares para visitar, tantos estandes para ver, tanta gente pra conhecer, que o dia acaba por passar muito rápido. O legal foi que conheci muitos leitores do site, tirei foto com vários deles (se você tem alguma inclusive, me manda!) e quando foi umas duas da tarde, não aguentávamos mais. Então sentamos em um canto e dormimos, literalmente. Sei que amarrei minha câmera, mochila e abracei meus livros e dormi ali no chão mesmo. Micão total, mas o que não faz o cansaço, não é mesmo?

Acordamos uma hora e meia depois, aproximadamente e fomos até o estande da Novo Conceito para a sessão de autógrafos do Pedro Chagas Freitas, autor de Prometo Falhar. Mas antes, deixei minha amiga na fila um pouco para conhecer Renan Carvalho, autor de Supernova: O Encantador de Flechas. E o que seria de mim sem um pequeno mico perante meus autores preferidos? No emaranhado de sacolas, mochila, câmera, acabei por tropeçar e cair antes de pegar o autógrafo. Obrigado. Eis a foto:

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Vamos tirar uma foto sorrindo, fingindo que o leitor não pagou micão perto do autor preferido… (logo tem resenha!)

Feito isso, voltei então para a fila do Pedro Chagas, que não estava tão grande, apesar de que odeio esperar. Enquanto isso, fui ver como estava a vida nas redes sociais, fazer uma pequena cobertura no Twitter e coisas assim. Eis que chega uma avalanche de mensagens no meu celular assim que ligo o 3G. “Isabela Freitas postou sua foto.” Fiquei totalmente sem entender o que estava acontecendo, achei que todos estavam enlouquecidos, mas só para confirmar, abri o Instagram. E isso tinha acontecido:

O quão legal é uma das suas autoras preferidas postar sua foto no Instagram? E há quem tenha dito que eu estava pagando o maior mico da minha vida ao tirar essa foto. Ok, né. Mas quem está no Insta da Isa mesmo? Ah tá!

Chegou minha vez de ser atendido pelo autor de Prometo Falhar, e olha, sem palavras. Além de escrever uma dedicatória especial para cada leitor, ele ainda bate um papo com cada um deles. E foi nessa que ele disse que gostaria de ler meu livro que lançarei em breve, e para eu nunca desistir dos meus sonhos. Engraçado porque, era justamente o que eu precisava ouvir no momento. Essas coisas acontecem né?

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“Você é um sonhador, como eu? Continue assim.”

Saímos todos realizados da Bienal. Com muitos livros que nem sabíamos como levaríamos embora, alguns autógrafos e com certeza, ótimas lembranças. Arrisco dizer que gostei mais dessa do que a do ano passado, em São Paulo. Tanto no quesito organização, quando no quesito preço, presenças ilustres, infraestrutura… Tudo magnífico! Parabéns para a organização. Se na última postagem de experiência eu falei mal dela, deixo aqui meus mais sinceros elogios.

E você, o que achou da Bienal do Livro do Rio de Janeiro? Conta pra gente nos comentários!

Veja também, o daily vlog que gravei enquanto estava lá:

E o vídeo especial mostrando tudo o que comprei e ainda dando breves comentários sobre o que escrevi acima:

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10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio

Países do mundo inteiro têm utilizado o dia 10 de setembro como dia de combate e prevenção ao suicídio. A importância da data se deve a estimativa da OMS – Organização Mundial da Saúde de que nos últimos 45 anos a taxa de suicídio cresceu 60% no mundo. A cada ano, 1 milhão de pessoas tiram a própria vida, o que corresponde a uma taxa de mortalidade de 16 por 100 mil habitantes, o mesmo que uma morte a cada 40 segundos, número que pode dobrar até 2020.

No Brasil, casos equivalem a uma ocorrência por hora, chegando a 4,9 por 100 mil habitantes, segundo dados Mapa da Violência 2011 do Instituto Sangari, mas número real é ainda maior, visto que muitas vezes estes casos são relatados como mortes acidentais. Entre os anos 1998 e 2008, o total de suicídios no país teve um aumento de 33,5%, superior ao crescimento da própria população – 17,8%, do número de homicídios – 19,5% e dos óbitos por acidentes de transporte -26,5%. Por isso, o Ministério da Saúde considera o tema um problema de saúde pública.

Segundo dados da OMS, ao longo da vida, 17,1% dos brasileiros “pensaram seriamente em por fim à vida”, 4,8% chegaram a elaborar um plano para tanto, e 2,8% efetivamente tentaram o suicídio.

Criado há 50 anos com o objetivo de prevenir o suicídio, o Centro de Valorização da Vida – CVV, atualmente trabalha no apoio emocional a população em qualquer momento difícil, inclusive quando o suicídio parece ser a única opção. Hoje cerca de 2 mil voluntários atendem 24h por dia, por meio do telefone 141, chat, VoIP ou pessoalmente nos 70 postos existentes no Brasil.

O tema é uma preocupação global. No mundo inteiro existem ONGs que atuam na mesma linha do CVV, como os Samaritanos na Inglaterra, os Befrienders nos EUA, entre outros. No Brasil, este trabalho vem ganhando força e deve assumir papel importante perante a sociedade e as autoridades na medida em que aumentam os dados do impacto do suicídio na economia e crescem as evidências de que há como evitar essa enfermidade.

Momento de derrubar tabus

As razões podem ser bem diferentes, porém muito mais gente do que se imagina já teve uma intenção em comum. Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar a elaborar um plano para isso. Na maioria das vezes, no entanto, é possível evitar que esses pensamentos suicidas virem realidade. A primeira medida preventiva é a educação: é preciso deixar de ter medo de falar sobre o assunto, derrubar tabus e compartilhar informações ligadas ao tema. Como já aconteceu no passado, por exemplo, com doenças sexualmente transmissíveis ou câncer, a prevenção tornou-se realmente bem-sucedida quando as pessoas passaram a conhecer melhor esses problemas. Saber quais as principais causas e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas de suicídio no Brasil, onde hoje 32 pessoas por dia tiram a própria vida. Por isso, é essencial deixar os preconceitos de lado e conferir alguns dados básicos sobre o assunto.

Em uma sala com 30 pessoas, 5 delas já pensaram em suicídio.

Pensar em suicídio faz parte da natureza humana

COMO PODEMOS DEFINIR O SUICÍDIO?
Suicídio é um gesto de autodestruição, realização do desejo de morrer ou de dar fim à própria vida. É uma escolha ou ação que tem graves implicações sociais. Pessoas de todas as idades e classes sociais cometem suicídio. A cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo, totalizando quase um milhão de pessoas todos os anos. Estima-se que de 10 a 20 milhões de pessoas tentam o suicídio a cada ano. De cada suicídio, de seis a dez outras pessoas são diretamente impactadas, sofrendo sérias consequências difíceis de serem reparadas.

O QUE LEVA UMA PESSOA A SE MATAR?
Vários motivos podem levar alguém ao suicídio. Normalmente, a pessoa tem necessidade de aliviar pressões externas como cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação etc.

COMO SE SENTE QUEM QUER SE MATAR?
No momento em que tem ideias suicidas, a pessoa combina dois ou mais sentimentos ou ideias conflituosos. É um estado interior chamado de ambivalência. Ela busca atenção por se sentir esquecida ou ignorada e tem a sensação de estar só – uma solidão sentida como um isolamento insuportável. Muita gente tem um desejo de revide ou imposição do mesmo sentimento negativo aos outros, querendo que sintam o mesmo que ela. Outras pessoas sentem vontade de desaparecer, fugir ou de ir para um lugar ou situação melhor. Quase sempre, sentem uma necessidade de alcançar paz, descanso ou um final imediato aos tormentos que não terminam.

O SENTIMENTO E O IMPULSO SUICIDAS SÃO NORMAIS?
Pensar em suicídio é uma coisa que faz parte da natureza humana, e é estimulada pela possibilidade de escolha. O impulso também é uma reação natural, porém é mais comum nas pessoas que estão exaustas por dentro e emocionalmente fragilizadas diante de situações que despertam possibilidade de suicídio.

QUEM SE MATA MAIS: MENINOS OU MENINAS?
Os meninos normalmente se matam mais, embora elas tentem mais vezes do que os meninos. Essa tendência também acompanha os adultos, por causas culturais relacionadas a costumes e preconceitos sociais.

1 suicídio a cada 40 segundos.

Quem tenta suicídio, pede ajuda

O SUICÍDIO ESTÁ VINCULADO A ALGUMA DOENÇA MENTAL?
O suicídio resulta de uma crise de duração maior ou menor, que varia de pessoa para pessoa. Não está necessariamente ligado a uma doença mental, mas sim a um momento crítico que pode ser superado. As pessoas correm menos risco de se matar quando aceitam ajuda.

PESSOAS QUE AMEAÇAM SE MATAR PODEM DESISTIR DA IDEIA?
Sim, podem. Ao receber ajuda preventiva ou oferta de socorro diante de uma crise, elas podem reverter a situação ao colocar para fora seus sentimentos, ideias e valores, alterando, assim, seu estado interior. Essa ajuda pode vir de pessoas comuns, ligadas a organizações voluntárias como o CVV, que se dedicam à prevenção do suicídio – são voluntários que têm um papel importante ao ouvir quem estiver passando por um momento de desespero. O apoio pode vir também de profissionais, contribuição muitas vezes indispensável, especialmente nos casos de descontrole. Essas duas possibilidades de ajuda são reconhecidas no mundo inteiro, pois apresentam bons resultados.

AS PESSOAS QUE TENTAM SUICÍDIO PEDEM SOCORRO?
Sim, é frequente pedir ajuda em momentos críticos, quando o suicídio parece uma saída. A vontade de viver aparece sempre, resistindo ao desejo de se autodestruir. De forma inesperada, as pessoas se veem diante de sentimentos opostos, o que faz com que considerem a possibilidade de lutar para continuar vivendo. Encontrar alguém que tenha disponibilidade para ouvir e compreender os sentimentos suicidas fortalece as intenções de viver.

QUEM ESTÁ POR PERTO PODE AJUDAR? COMO?
É preciso perder o medo de se aproximar das pessoas e oferecer ajuda. A pessoa que está numa crise suicida se percebe sozinha e isolada. Se um amigo se aproximar e perguntar “tem algo que eu possa fazer para te ajudar?”, a pessoa pode sentir abertura para desabafar. Nessa hora, ter alguém para ouvi-la pode fazer toda a diferença. E qualquer um pode ser esse “ombro amigo”, que ouve sem fazer críticas ou dar conselhos. Quem decide ajudar não deve se preocupar com o que vai falar. O importante é estar preparado para ouvir.

Tem algo que eu posso fazer para te ajudar?

COMO O SUICÍDIO É VISTO PELA SOCIEDADE?
O suicídio foi e continua sendo um tabu entre a maioria das pessoas. É um assunto proibido e que agride várias crenças religiosas. O tabu também se sustenta porque muitos veem o suicida como um fracassado. Por outro lado, os homens, por natureza, não se sentem confortáveis para falar da morte, pois isso expõe seus limites e suas fraquezas. Esse tabu piora a situação de muitos. Muitas vezes, mesmo aqueles que seguem religiões que condenam o suicídio não conseguem respeitar suas crenças e acabam dando fim à própria vida.

O MUNDO ATUAL TEM INFLUÊNCIA NO NÚMERO DE SUICÍDIOS?
As estatísticas mostram que o suicídio cresce não somente por questões demográficas e populacionais, mas também por problemas sociais que prejudicam o bem-estar de cada um e que estimulam a autodestruição. Nossa sociedade vive com diversas situações de agressão, competição e insensibilidade. Campo fértil para que transtornos emocionais se desenvolvam. O antídoto para combater essa situação limita-se, no momento, ao sentimento humanitário que algumas pessoas têm.

QUAIS AS ESTATÍSTICAS SOBRE SUICÍDIO NO BRASIL?
A média brasileira é de 6 a 7 mortes por 100 mil habitantes, bem abaixo da média mundial – entre 13 e 14 mortes por 100 mil pessoas. Mas o que preocupa é que, enquanto a média mundial permanece estável, esse número tem crescido no Brasil. E a maior porcentagem de suicídios é registrada entre jovens.

O SUICÍDIO PODE SER PREVENIDO?
Sim. Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional. No Brasil, o CVV – rede voluntária de prevenção – atua nesse sentido há mais de 50 anos. Recentemente, foi iniciado um movimento de políticas públicas para traçar planos integrados de prevenção.

QUEM OFERECE AJUDA PARA PESSOAS COM INTENÇÃO DE SE MATAR?
As pessoas que precisam de ajuda podem recorrer ao CVV, grupo de voluntários que oferecem apoio emocional gratuito. E já existem programas de saúde pública que oferecem esse serviço em algumas regiões do país. Há, portanto, uma ampla rede de apoio voluntário por meio de telefonia, internet e atendimento presencial. O CVV atende por telefone, chat, Skype, e-mail e pessoalmente, além de realizar atendimentos especiais em casos de eventos e catástrofes. Somos um grupo de 2.200 voluntários treinados para ouvir e compreender pessoas que estão abaladas emocionalmente e que correm sério risco de vida.

90% dos suicídios podem ser prevenidos.

Informações do Centro de Valorização da Vida, para saber mais, clique aqui.

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