Meu grito de revolta é este. Esse pequeno texto que o faço sem mais nem menos, sem programação mental ou roteiro pré-estabelecido. É apenas isso que me vem, resultado de dias com falta de ar, produto de toda uma vida sem alegria ou motivação. Minha revolta pensada por eras, tenho medo de quase tudo. De ter, de perder, de conquistar, de fazer, lutar, ir contra a maré, esperar, tenho medo disto tudo e muito mais. Ah, mas não se sabe o tamanho do medo, ninguém conhece seus medos, fingimos conhecer, mas é pura hipocrisia, só se sabe o medo no momento em que ele é exigido. A vida para e fala: E agora, José? E você tem que correr para provar o contrário, dizer que é forte e inabalável, manter as aparências. É mentira. É falsidade. É uma enxurrada de desastres nesta tentativa de ser dono de si. Certo dia escutei uma bela canção, de Caetano, da Bahia, bela como o dia chegando ao fim entre São Lourenço da Mata e o comecinho do Recife. Um Índio, é o título da canção. E nela Caetano, filho de Canô e irmão de Bethânia, fala: “Virá que eu vi, apaixonadamente como Peri”. Ele fala isto do índio, mas fico me perguntando, que Peri? Que infeliz música é essa Caetano, que fala de aberração, plenitude e fim do mundo. VIRÁ, O Índio virá. E fico nesta, sem saber o que a música fala, mesmo tendo em mente o significado de cada verso, mas a mente acusa e diz: Não, você não sabe dizer o que está escrito ali. É coisa grande. Gonzaguinha falara “Coisa mais maior que grande”. Belo álbum por sinal. Esse texto é inútil, é uma mensagem subliminar para pessoas, para bichos e lugares, mas com toda a certeza não chegará até eles. Minha revolta aumenta a partir daí. Que vontade de descontar nas paredes, nas janelas, explodir e amaldiçoar o mundo inteiro com palavras fortes e nutridas de ódio. Mas não podemos, certo? O que será de mim, ser temente e fiel a um Deus soberano. Pois bem, Deus, vamos conversar. O que faço em momentos como este? Como lido com colapsos e vontades sanguinárias de vingança? Me diga, Deus, pois nem tão cedo terei essa resposta facilmente. Ah, esqueci que o senhor não gosta das coisas fáceis. Vai trabalhar, vagabundo. O Índio virá. Tudo me causa ânsia de vômito. Erro de português (principalmente os meus), pessoa que fala demais, homofobia, calor, zunido de lâmpada, cantor que não desafina, criança sem curiosidade, filme sem fim, série boa cancelada, guerra mundial. Tudo isso me é a gota d’água. Ah, traição. A pior de todas, ai está, é a traição, independente da forma. Tudo isso me incomoda e me deixa a ponto de se transformar em dois, apenas para a cópia dizer: Te cala. Mas é algo fora, algo bem longe do que sou e do que somos, é algo que vem de cima, desse Deus que admira as dificuldades. Porque? Pra que? Vem de lá do alto essa história de conhecer a si mesmo e conhecer a verdade. Eventos sobrenaturais. Mesas que giram, já observara Kardec. Quanto trabalho, não foi, Kardec. Quantas tarefas Deus te deu e você venceu, Allan, meus parabéns, pela codificação, pelo pseudônimo e pela paciência. Gigantesca paciência. Me revolto só de pensar em como as coisas são difíceis, isso causa uma preguiça tão imensa que me causa raiva. Raiva e ódio. Palavras que combinam perfeitamente com amor e solidão. Pausa. Peço uma pausa se quer. Consegui descobrir o motivo disso tudo e ele está incrustado em cada frase. Mil desculpas, Deus, pela blasfêmia e pela incredulidade, são motivos que não devem lhe incomodar. Chulos, desnecessários, idiotas e inúteis para o progresso. Consegui oferecer uma resposta temporária para a minha pergunta, mas ate quando ficarei satisfeito com ela? Ouço lá no fundo um piano, Nina Simone o comanda, ela canta Sinnerman, não canta, derrama sobre toda a plateia. A plateia sou eu, Miss Simone, apenas eu e ninguém mais. Essa é a resposta, por hora, eu e ninguém mais.
Histórias
O compositor e cantor, Chico Buarque de Holanda, junto a um grupo de amigos, fora surpreendido em uma rua do Rio de Janeiro por senhores bem vestidos e encharcados de sarcasmo barato. Sim, você pode conferir esse vídeo no youtube ou no próprio facebook, está circulando há alguns dias. Chico Buarque, com dezenas de discos e livros nas costas, esse Chico que contribuiu e contribui para a identidade cultural do país, fora agredido verbalmente por conta de suas atitudes e escolhas políticas. Pararam Chico Buarque em uma esquina qualquer, lhe chamaram de santo e ainda por cima se acham no direito de se autonomearem “salvação do Brasil”. Tudo isso porque Chico é apoiador fiel do Partido dos Trabalhadores, filiado e membro ativo da instituição. Chico foi chacoteado em via pública porque não apresenta opinião semelhante a daqueles senhores de bem. Vou lhe dizer o que está acontecendo: É um sentimento fascista que se disfarça na democracia que por tanto tempo fora cultivada. Fascistas sim, esses que defendem uma unificação da ideologia. Eu sou de esquerda, e digo mais, não teria toda a paciência que Chico Buarque teve.
Para começo de conversa, está estampado em todas as vias, em qualquer placa de bom senso, de lei, que intolerância é crime. Agredir pessoas verbalmente e fisicamente por conta de suas escolhas políticas (ou por qualquer motivo) é algo inaceitável e não pode ficar impune por que fulano é filho de tal juiz, ou de um empresário com suas diversas posses. Tenhamos em mente que o exemplo dado aqui, o de Chico Buarque, não é caso isolado, isso ocorre diariamente. Certa vez vi um vídeo de um ato parecido (de proporção gigantesca) no centro do Recife. Um senhor, com camisa vermelha, com a foice e o martelo estampados nesta mesma camisa, foi perseguido por bem mais de cem pessoas. Ele corria enquanto dezenas de pessoas lhe xingavam de “Ladrão” “Comunista safado” “Vai pra Cuba” entre outros adjetivos criados por aqueles que se acham “a direita que vai endireitar” o Brasil. Após esse vídeo tive medo de sair na rua com qualquer que seja o artefato referente ao meu partido (Que faço questão de divulgar aqui, pois não preciso me esconder sob máscaras, assim como o partido do qual faço parte também não precisa. O “Rede Sustentabilidade” sempre buscou o diálogo, divulga diariamente essa fusão de ideias, sejam elas de esquerda ou direta. Mas hoje vou contra à ideologia do Partido, vou porque se faz necessário e digo: Sou de Esquerda sim). Em épocas como essa que vivemos é obrigação de todos defenderem suas bandeiras, dizerem sim: Eu sou de Direita. Eu sou de Esquerda. Mas antes de tudo, essas pessoas devem saber que o respeito entre os lados não machuca, não denigre, não é falta de coragem. Cordialidade na política é algo que está faltando, não só nas ruas, mas até no próprio Congresso.
Você, meu caro leitor, pode ligar a qualquer hora do dia na “TV Câmara” e esperar alguns minutos e verá nem que seja uma ofensa direcionada a qualquer que seja o parlamentar. Não digo que isso seja o fim do mundo, claro que não, as pessoas se exaltam e muitas vezes soltam palavras que naquele momento parecem ser convenientes, mas são essas mesmas palavras que se transformam em discurso de ódio nas ruas (Claro, existe, e como existe, discurso de ódio explícito no senado e na câmara, esses já vão pré-fabricados para a população). O que se deve praticar é o respeito e nada além disso, se encararmos a opinião alheia, opinião essa que não vá de contra à Constituição, com respeito teremos um avanço na política. Como disse, todo esse respeito está para as ideias que buscam o fortalecimento da democracia, que tentam criar um estado de segurança e dignidade. Agora para com os discursos que denigrem as correntes políticas, para os ideais que defendem extermínio, intolerância e soberania de uma determinada classe, bem, para esse tipo de pensamento devemos responder com a lei e a justiça que durante esses vinte e quatro anos de democracia tentamos deixar estável. Para essas pessoas que dizem “Eu sou de Esquerda” e buscam o ódio, respondamos com o que já está escrito, o que consta na legislação. Para os que falam “Eu sou de Direita” e saem nas ruas para ridicularizar os outros, respondamos com esse mesmo peso e medida. Para a intolerância não revidamos, apenas aplicamos a lei e essa irá resolver o problema. Agora fica a pergunta: Qual a eficácia desta tão falada “Lei”? Será que os homens que a representam também não servem à intolerância e ao ódio?
No fim, te respondo: Do jeito que está, do modo que vemos as coisas, ou se defende o seu, ou nada resta. Ou abandonamos esse estado de inércia ou nada acontece, não, pior, acontece sim, mas não quer dizer que seja algo de bom. Acontece, mas não se evolui.
Foi quando Iracema teve sua primeira face pintada, foi lá, que ela nasceu. Rebentou como faz menino que não avisa à genitora que está por vir, vem de lá seu rosto de índia, seu olho e pele de índia. Nativa de terras estranhas, filha de deuses desconhecidos por todos e por ela mesma, Deuses vingativos e carniceiros, esgotados de paixão e raça nas tintas e penas que se vestem. Gentios para os crentes em um só, mas guerreiros e sábios para os que em tudo acreditam. Índia que provoca guerra entre tribos e homens que qualquer pingo de honra almejam. Guerreira por ter nascido onde nascera, brotado entre as vitórias-régias que por sorte lá estavam, é uma mistura de América do Sul com Europa transcendente, trás consigo a delicadeza de Parisienses, mas quando mexem com os seus, transforma-se em onça que cruza Amazônia, Sertão, Rio e Mar. Mulher dos deuses, não, mulher sobre todos esses.
É mania sua escrever o que sente e o que não conhece, mas conhece por que acusa saber, nem que seja de um modo supérfluo, mas conhece porque afirma: Eu sei. E sabe, que de longe, entre Palmeira e Pau-Brasil, está seu sangue, cunhado de tristeza e raiva. Ódio da existência que lhe propiciou tanta maldade e rancor. Filha do fogo de Ogum, é cicatriz na história de todo um povo, vem banhada das águas de Janaína, emergindo no mar de ouro, é rainha de corações que nem ela mesmo tem conhecimento. Entre tantos reinos, os menos valiosos são seus, mas ela é flecha certeira, sabe bem o que deseja e o que lhe motiva é nada mais que o melhor entre todos.
Quando pisaram os primeiros aqui na costa, como caranguejos sedentos de água e lama, lá estava, sobre o monte, derrubando cruz e sacerdote, lhe jogando de volta para o inferno de onde viera. Ela é problema, é mistério a ser decifrado. Mulata que aguenta meses no tronco de qualquer senhor, porque é forte como nenhum homem consegue ser. Despejo tudo que conheço sobre ela e ela repudia, menospreza o pouco saber que obtive neste tempo que Deus deu, para ela é pouco, e sabemos, é pouquíssimo para tamanha beleza, tamanha mente maquiavélica e necessitada não de profetas e ciências, mas de amor e do mais bruto. Ela é bruta como aquela pedra desprezada por alguns, mas cobiçada por milhões, pedra escura e profunda, presente na mais afogadora lagoa de toda a Bahia.
Me incomoda saber que um ser desses caminha por ai, entre todos nós, como se fosse comum termos alguém assim respirando o mesmo ar, sentindo o mesmo odor que os esgotos expelem. Me incomoda pois tenho medo de topar com essa pessoa, temo seus movimentos e suas palavras. Ela é perigosa como os raios que pendem nas noites de verão, como o sol escaldante guiado por Carcarás nos dias de inverno. Maltrata saber que ela vive por viver, desde que viera para este lugar. Não é que os compositores sejam tolos, longe disso, mas é que ela sintetiza todas as letras, transformando-se em sinfonias e xotes do mais talentoso sanfoneiro de meu Pernambuco. Ninguém consegue definir quem seja a Índia dos olhos de Índia. Olhos que reúnem paixão e desprezo, quando ela se move a terra entra em transe apenas para observar cada traço de seu corpo, moldado perfeitamente por uma natureza que não erra. Se a natureza errasse, ela seria o único acerto. Mas não, ela não consegue falhar, e toda a perfeição, todo o sincretismo de meu povo, toda a mística de São Luís até Salvador vive em seu trejeito. Meu cérebro cultiva tumores só ao primeiro rastro de sua lembrança, é devastadora como um mar de gente.
Seu rastro tem cada mulher que por aqui passou, seu passado é nutrido de histórias e histórias, não apenas suas, mas de todos, pois é seu rosto um emblema para cada Capitu. Capitu, ah, cigana dos sonhos, você é a realidade que duela com essa, você se transformou em personagem da vida, Capitu, e deixou, o pobre escritor, o desolado escritor sem reação. Cada sorriso seu brilha como os símbolos de minha bandeira, você é o Recife beijando Olinda, é a estrela que do mar nasceu, dançando entre os corais de Iemanjá, é o que de mais belo existe e que venha a existir.
Completando 53 anos, hoje é aniversário do nosso querido Lord Voldemort, Ralph Fiennes.
Além de Harry Potter, o ator atuou em vários outros grandes filmes, como A Lista de Schindler, Dragão Vermelho, Fúria de Titãs, entre tantos outros.
É através dessa postagem que nós do Beco desejamos a ele todas as felicitações, e que ele possa continuar nos encantando com suas atuações por muitos e muitos anos. Parabéns!
A vida é frágil. Não só no sentido de morte. Aliás, existem várias maneiras de se morrer. A que lido hoje é a morte camuflada. A morte cuja investida vem da pessoa a qual você menos espera.
A falta de capacidade de seguir em frente parece algo comum, mas se tem uma coisa que aprendi, é que atraímos para nós mesmos o que nós já temos. Não atraímos amor com amargura. Não atraímos amor desacreditando nele.
Foi ali, naquele corredor rodeado de livros estrangeiros, ao som de Owl City que conheci o amor da minha vida entre minha abundância de infinitos numerados e interminados, entre livros do Stephen King e fugas sagazes dos meus próprios eus.
Todo mundo tem medo de alguma coisa. Exceto que o maior dos meus medos era eu mesmo. Prazer, me chamo Otávio. Assumi-me gay em um turbilhão de acontecimentos, litros de lágrimas e misto de sentimentos. Na época, fui tratado bem pelo meu pai. Minha mãe ficou sem falar comigo e me tratou como lixo por alguns dias. Ela dizia que eu era egoísta o suficiente pra não querer a felicidade dela. A felicidade de ter um filho hétero, talvez. Mas a verdade é que eu não podia mais me privar da minha própria felicidade.
As pessoas, na verdade, não se importam com você.
É tudo sobre elas.
Depois de certo tempo, a poeira abaixou. Tudo estava bem, e como o final de Harry Potter, a cicatriz não me incomodava mais. Mas claro, as pessoas vivem de camuflagens. Era tudo uma mentira. A minha vida, por mais autêntica que eu seguisse, era uma mentira pelas minhas costas.
Os seres humanos tem mania de controle.
Cortam as asas dos seus pássaros assim como escondem o lado mais sombrio e vergonhoso de si mesmos.
Talvez você, que me cortou, devesse ter um pingo de amor próprio.
Sem amor próprio você é assim, exatamente como é.
Sim.
Um nada.
Sabe, existe um clichê que diz que não podemos voltar atrás das palavras ditas. Mas graças ao cosmos, eu nunca deixei nada que você disse chegar perto da minha bolha. Porque coisas ruins são inúteis para mim. Você pode alegar que disse sem pensar, mas não pode ir atrás.
Sabe outro clichê que diz isso e você mesmo já me citou ele? Quebre um vaso. Peça desculpas. O dia que ele voltar intacto, você pode ter o mínimo de direito de se arrepender.
Honre cada uma das suas ações.
Um pingo de decência e dignidade, às vezes vem a calhar.
Para de se camuflar, porque você não pode voltar atrás de nada disso mais. Você já machucou tanta gente. Mas continua machucando.
Porque é egoísta o suficiente para achar que o sol é o seu umbigo.
Mas posso te contar um segredinho, aqui?
Ele não é.
Você é um grão de poeira.
Então, se ainda me permite, o que eu duvido, deixo aqui um último conselho:
Vá se amar.
Hoje faz sete anos desde quando Poncho, Any, Christian, Christopher, Dulce e Maite, após anunciarem a resolução de seguir seus caminhos sozinhos, colocaram fim então, a toda uma geração, que tenho certeza que marcou a vida de muita gente, inclusive a minha.
Rebelde e o posterior grupo RBD foi a infância de muitos que leem este texto agora, assim como foi a minha. Nossos primeiros ídolos, primeiras músicas de outra língua que sabíamos de cabeça… E quantos de nós não tirou boas notas em espanhol só por acompanhar a banda e tentar entender as entrevistas sem precisar das legendas? Era uma conquista.
E hoje, há exatos sete anos, ainda sabemos seus nomes, ainda lembramos suas músicas e tenho certeza, ainda acompanhamos, meio que de longe, a carreira solo de cada um deles. Ainda temos nossas revistas, CDs ou DVDs… Surtamos com o último encontro, e surtaremos caso algo parecido venha a acontecer no futuro, não importa nossa idade.
Porque, contradizendo o que eu disse acima, RBD se separou, mas a geração criada por eles ainda continua vivíssima na memória de cada um de nós. E não importa se são sete ou setenta anos, ainda continuará por toda a eternidade.
RBD 7 AÑOS DEL ADIÓS
O AMOR VERDADEIRO E O VERDADEIRO AMOR É O QUE MAIS QUEREMOS ENCONTRAR.
Os finais de ano para Derek eram sempre iguais, fugia nas madrugadas frias com cobertores e agasalhos que arrecadava para distribuir para aqueles que tinham a infelicidade de enfrentar o frio como ele é. Sua mãe mal imaginava que ele já fazia isso há dois anos, já que tudo era muito bem planejado. Nos meses anteriores ele conseguia doações com amigos e em bairros afastados de sua casa, para que ninguém o reconhecesse, pois se sua mãe soubesse de suas aventuras noturnas seria quase impossível que ele saísse de casa novamente para esses fins. Não que a mãe dele seja egoísta, ela simplesmente é super protetora.
Todas as doações eram guardadas no sótão de sua casa só esperando o momento que ele sairia para as ruas novamente.
. . .
Era sua primeira noite na madrugada fria daquele ano, ele se agasalhou e recolheu tudo que iria entregar, era tudo sempre incerto, mas ele acreditava na possibilidade de ajudar os outros. Ele abre a porta de sua casa e o frio grita fazendo todo seu corpo tremer e sendo um incentivo maior para ele sair de sua casa e levar tudo que havia conseguido.
Derek decidiu ir a um posto abandonado, que não ficava tão longe de sua casa, lá famílias inteiras se espremiam para tentar suportar a dor que as frias noites de Campos do Jordão ocasionavam. As ruas estavam desertas, mesmo sendo véspera da véspera de natal, eram poucas as pessoas que tinham coragem de sair com tamanho frio.
Algumas pessoas se assustavam quando Derek aparecia com aqueles sacos no meio da madrugada. Um menino branco, não muito alto e com sardas na cara, era difícil entender o que ele estava fazendo ali sozinho. No ano passado uma senhora chegou a perguntar se ele era filho do prefeito fazendo campanha para as próximas eleições, outra perguntou se era um anjo e uma criança chegou a pedir para ele nunca ir embora. A comoção tomava seu coração nesses momentos e sem saber o que responder, ele dizia que sempre voltaria.
O coração de Derek nunca teve dona, porque ele não procurava por uma, tudo era confuso na cabeça dele, nunca havia se apaixonado por ninguém, pensava somente em ajudar as pessoas e torcer para quem sabe um dia ser presenteado com o amor de sua vida.
Derek se aproxima do posto e já sabe que está sendo visto pela maioria das pessoas que ali estavam, porque dormir exposto naquele frio era praticamente impossível, ele vislumbra cerca de doze pessoas e uma lamparina acesa. Um garoto estava ajoelhado em frente a uma caixa e perto de uma senhora que estava deitada em um fino papelão, ele claramente não era dali, suas vestes diziam isso. O garoto olha na direção de Derek, ao escutar os passos dele em sua direção.
Os olhos de Derek se aqueceram ao fitar aquela pessoa. Nunca tinha conhecido alguém que a feição lhe chamasse tanta atenção, era tudo harmônico. A sensação foi tão estranha que ele sentiu seu corpo se aquecendo entrando em contato com o frio do momento, o que deixava tudo mais quente.
— Você pode me ajudar aqui? — dispara o garoto.
Derek fica sem entender nada e se aproxima ainda mais.
— Ela está muito mal, me ajude a encontrar um remédio que trouxe para tentar melhorar essa tosse — aquiesce Derek.
Ele vasculha a caixa enquanto o garoto que aparenta ter a mesma idade de Derek pega uma garrafa e um copo, colocando um pouco de água nele. Derek acha uma cartela de comprimidos, o garoto vê que ele encontrou e destaca um e entrega para a senhora deitada no papelão.
— Vai te ajudar, tome — o garoto diz.
A senhora bebe o comprimido, mas o garoto ainda não estava satisfeito e Derek envolvido e encantado com a solidariedade dele.
— O que você trouxe nessas sacolas?
— Cobertores e agasalhos.
— Você é um anjo? É exatamente que essa senhora precisa urgentemente… Prazer, Théo.
— Derek — ele diz enquanto começa a abrir as sacolas com a ajuda de Théo.
Théo era alto e realmente chamava atenção, seus olhos claros que contrastavam com seu cabelo escuro e liso, faziam dele uma peça única e Derek já havia reparado nisso.
As mãos dos dois se chocam quando estão tirando o conteúdo das sacolas, fazendo os dois olharem face a face, algo aconteceu ali.
Eles se levantam e levam primeiramente para a senhora que estava doente um agasalho e dois cobertores, um para forrar o papelão e outro para ela se cobrir, os dois partem para auxiliar outras pessoas que ali estavam presentes, todas se mostram muito agradecidas e Théo que trouxe em sua caixa alguns mantimentos e remédios pede novamente a ajuda de Derek para distribuir entre os presentes.
A sintonia dos dois era clara, eles se completavam, o coração de Derek batia depressa e sua mão estava tão quente que poderia ajudar a aquecer qualquer pessoa com frio.
Tudo entregue, a missão daquela noite estava realizada, os dois se despedem de todos no posto e são muito elogiados e agradecidos pelo ato que fizeram. Os dois partem juntos e perguntas começam a ser feitas.
CONFIRA A PARTE II EM BREVE AQUI NO BECO LITERÁRIO.
Hoje, nessa sexta-feira ensolarada, nossa sagitariana, deus que me perdoe linda Thais Pizzinatto faz aniversário, e claro, que tínhamos que prestar essa singela homenagem para alguém que sempre deu 110% de si para o crescimento do Beco!
A Thaís entrou para o site há mais de um ano, com a proposta de cuidar apenas da parte de marketing e divulgação. Tempo vai, tempo vem, e agora ela é responsável por nada mais, nada menos que todas as nossas parcerias com editoras, toda a parte de recursos humanos e muito mais! E devo dizer, não é fácil, não…
Mas além disso, a Thais se tornou uma grande amiga pessoal, compartilhadora de segredos na madrugada no Clube dos Sluts, devedora de trufas e comidas gostosas… Ainda estou esperando sua visita, viu?
Enfim, esperamos que você esteja tendo um dia maravilhoso, mas não confunda isso como uma folga, tá? Aqui não tem isso, não, queridinha! Brincadeira.
Que você consiga realizar todos os seus sonhos, e seja a pessoa mais feliz do mundo, porque eu, além de muitas outras pessoas aqui, sabemos que você só merece o melhor. E saiba que, apesar das nossas tretas quase diárias por assuntos profissionais, estarei sempre aqui por você!
Feliz aniversário, idosa!
PS.: Relembrar, é viver!
O que mudou? – Conheça o Beco Literário 4.0!
Olá, #BecoLovers, como estão?
Nos últimos dias tiramos o site do ar para passar pela nossa maior e melhor reformulação até o momento. Instigamos vocês ao máximo pelas redes sociais e enfim chegou a hora de lhes apresentar o Beco Literário 4.0!
O Layout
Optamos por não fazer mudanças drásticas no layout, uma vez que elas já estariam presentes no conteúdo. Então, em uma reunião com toda a equipe, que conta com designers, jornalistas, publicitários e outras pessoas do ramo, mantemos o mesmo estilo, modificando apenas poucos detalhes. Foi o que chamamos de releitura da nossa versão 3.0, uma vez que melhoramos, consertamos erros e mantemos o mesmo formato que já era ótimo para todos nós.
Novas Seções
Talvez essa tenha sido a maior bomba da versão 4.0, mas o que seria do Beco só mudando o layout, não é mesmo? Mas Gabu, o site não chama Beco LITERÁRIO? Sim, precisamente. No entanto, sentimos a necessidade de expansão, assim como surgiu demanda do público e esperamos que tenha uma boa aceitação. Então agora, além de Literário, somos Lifestyle, Gourmet, Gossip…
O que esperar?
Bom, cada seção nova tem sua proposta única:
– Literatura: A literatura sempre foi nosso carro-chefe e portanto, não mudaremos isso. O foco principal do Beco, continuará sendo nela, para sempre! Aqui você verá sempre as novidades sobre seus livros preferidos e claro, nossas resenhas, autorias e crônicas de sempre.
– Cinema e TV: Mantendo os padrões, continuaremos a informar vocês sobre tudo o que acontece no mundo do cinema e da televisão, incluindo seriados e Netflix! O que antes era exclusivo para adaptações literárias, agora se expande para novas vertentes.
– Música: Quem vive sem música? Ninguém! As boas e velhas notícias sobre o mundo musical, nossas indicações de playlist, e as opiniões no formato fucking de sempre.
– Colunas: Aqui nós falamos de tudo, sem tabus ou qualquer tipo de bloqueio. Opiniões sobre diretores, filmes, política, história… O que der na telha, tem coluna sobre!
– Eventos: Presente nas versões anteriores, apesar de inativa, a seção de eventos agora contará com coberturas mais periódicas de tudo o que acontece na mídia, e claro, que o Beco participou!
– Lifestyle: Inspirações para fotografias, dicas de todos os tipos, coisas aleatórias… Nisso consiste o Beco Lifestyle. Tudo para os mais variados estilos de vida, num lugar só.
– Mundi: Quer viajar mas está com dúvidas? Você está no lugar certo. Dicas de viagens e o que fazer nelas, orçamentos, fotos, hotéis…
– Gourmet: Sábado a tarde, sozinho em casa. Nada melhor que preparar aquele brigadeiro. Mas que tal conhecer novas receitas tão simples e saborosas quanto? Além, é claro, de saber como se manter na dieta!
– Gossip: Tudo sobre o mundo dos famosos e seus bastidores! Porque no final das contas, todos nós queremos saber o que acontece quando as cortinas se fecham.
– Tech: Últimas novidades sobre tecnologia, reviews de aparelhos eletrônicos e a parte mais nerd do novo Beco!
– College: Dúvidas sobre o que fazer após o ensino médio? Quer saber como se portar na faculdade? Vem que nós ajudamos você, e compartilhamos experiências.
Esperamos que tenham gostado da nova apresentação do Beco Literário, e fiquem despreocupados: nosso foco jamais mudará, apenas se ampliará!
Sejam bem-vindos ao Beco Literário 4.0 e lembre-se: Qualquer coisa é possível se você tiver coragem!
Morra morra morra corra morra fuja