Categorias

Histórias

Livros, Novidades, Talks

Entrevista com JackMichel, autora de “Arco-Jesus-Íris”

Na colorida época do Flower Power, Satanás decide visitar o arco-íris psicodélico de Jesus Cristo e, lá chegando, o louro e jovem Jesus hippie, vestido de jeans, conta a ele como faz para fazer o bem vencer o mal. Essa é uma parte do livro Arco-Jesus-Íris, da autora JackMichel, que nos últimos dias, cedeu uma entrevista exclusiva ao Beco Literário, que você pode conferir agora:

Beco Literário: Quando você começou a escrever? Teve incentivo de algum parente próximo ou veio de repente?

JackMichel: Bem… eu despertei para este velho universo “novo” quando passava para a minha fase de adolescência, com uns 12 anos de idade, talvez. Digo universo novo, entre aspas, porque creio que as aptidões que cada ser humano traz em si, sejam dons inatos adquiridos antes do berço e que levamos além do túmulo. Quando comecei a escrever textos de minha autoria tive o apoio entusiástico de Jack, minha irmã e parceira literária. Ela já escrevia antes de mim e, algum tempo depois, nós duas decidimos misturar a purpurina de nossas ideias para dar vida a uma terceira pessoa: a autora JackMichel.

BL: Monteiro Lobato dizia que “Um país se faz com homens e livros”. Você concorda com isso? Acha que o Brasil está incluído nessa concepção, de um país que lê?

JM: Concordo. E, como não, se este pensamento tem um timing incrível? Não é a toa que o Brasil é a pátria de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac! Todos os três integrantes da Tríade Parnasiana liam e eram lidos. Porém o nosso país, hoje mais do que nunca, passa por um processo de retardamento enorme no que concerne a ler livros; processo este que vem do social, passa pelo econômico e descamba no cultural que acaba por destruir o mito do culto às belas-letras. Mas acho mesmo que o hábito da pouca leitura, não é um apanágio só do brasileiro, pois a truculência do mundo atual causa o alheamento que atrofia, atropela e deforma as boas qualidades das pessoas que, ao invés de preferirem segurar um livro entre as mãos, optam por ter um revólver ou uma faca afiada.

BL: Você sempre gostou de ler? Acha que a leitura te ajudou na escrita?

JM: Oh, sim! Gosto de ler como gosto de comer. Brincadeira! As duas palavras são parecidas na fonética, mas o que eu quero dizer de fato é que ambas estas atividades são necessárias a vida do ser humano: uma, nutre o corpo, tornando-o loução… a outra, aprimora a alma, produzindo apuro no intelecto e dando-lhe suportes de finura e saber. Absolutamente, não acho que o apreciável hábito da leitura tenha contribuído no processo de escrita de JackMichel; penso que ler apenas possa mostrar ao escritor o caminho da pena. Se assim não fosse, todos os leitores ávidos seriam escritores de mão cheia.

BL: Você tem uma opinião formada sobre adaptações de livros para o cinema? Alguns gostam, outros não. O que você acha?

JM: Tenho. E, mesmo não agradando a gregos e troianos, vou falar. Acho tal providência muito acertada, se o livro escolhido for fantástico. Na verdade, todas as expressões de arte estão muito próximas umas das outras e não é a toa que as musas da dança, da música, da tragédia e da comédia viviam juntas no monte Olimpo, segundo a mitologia clássica. Com a escrita e o cinema, não é diferente. Alguns dos mais afamados cineastas conheceram seus triunfos servindo-se do conteúdo de obras literárias. Para ilustrar a questão, cito o icônico “O Bebê de Rosemary”, um romance de Ira Levin, publicado em 1967, que teve roteiro escrito pelo seu diretor Roman Polanskyi e é considerado um clássico dos filmes de terror da década de 1960.

BL: Você tem algum livro preferido? Algum que você queira indicar para os leitores do Beco Literário, além dos seus?

JM: Devo dizer que não é fácil preferir um livro a outro, visto que muitos são os volumes de poemas maravilhosos… de romances históricos… de biografias fortes… que deixam marcas fundas em quem os leu. Para quem possui senso artístico apurado, uma obra literária pode significar muito em muitíssimos aspectos da vida. Aos leitores amáveis do Beco Literário, tenho o grato prazer de indicar um livro de contos muito especial chamado Scomparsa D’Angela, de Alessandro Pavolini.

BL: O que você sentiu quando publicou “Arco-Jesus-Íris”?

JM: Provavelmente um misto de satisfação completa pelo fato de publicar meu primeiro livro e pelo fato de sentir que, publicando-o, eu lançava boas sementes no solo arenoso do mundo que tanto carece de bons exemplos para seguir e avistar um prodigioso porvir no seu distante horizonte. Mas, do ponto de vista prático, os elementos corrosivos do mal ainda dão as cartas em detrimento do bem, que é o calcanhar de Aquiles deste planeta que passa por um louco momento de transição.

BL: Do que fala o livro e que tipo de pessoa você buscou atingir?  

JM: Esta obra magnífica de gênio e grandessíssima em concepção textual trata particularmente do perdão exercido entre pessoas que causaram o bem e o mal à humanidade. A parte a extensa dedicatória que permite ao leitor confrontar vultos célebres como Carlos Marighella, Janusz Korczak, Lampião, Chico Xavier… e ver nomes de sicários ao lado de benfeitores que salvaram milhões de vidas: Caryl Chessman, Enriqueta Martí, Alexander Fleming, Howard Florey e Ernst Chain… ou tragédias sinistras entre datas que assinalaram glórias humanas: os incêndios dos edifícios Andraus e Joelma, o sequestro do bebê Lindbergh, a fundação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, etc. Os leitores de mais idade certamente lembrarão dos casos Araceli, Carlinhos e Cláudia Lessin; bem como dos horrendos Assassinatos Mouros. Os mais jovens, por sua vez, poderão tomar conhecimento que tudo isso existiu. Com a criação de “Arco-Jesus-Íris” JackMichel buscou atingir a todos os seres que são humanos, estejam eles no Brasil ou em qualquer parte do mundo.

BL: De onde surgem as histórias de seus livros? Alguns autores dizem que elas simplesmente aparecem, outros sonham com a história, como é com você?

As inspirações para a composição das obras de JackMichel provém de uma faúlha etérea do criador do Universo que, fazendo reverberar o ouro do sol e a prata da lua, também potencializa minha imaginação e a de Jack. Sem dúvida alguma, o estro chega para cada artista das mais diferentes formas, visto que parece sempre ficar pairando no ar; e, quando sente afinidade com a mente de alguém, a penetra. Mais ou menos como a luz, que só precisa atravessar o prisma para formar um feixe multicolorido.

BL: O que você diria para aqueles que querem tentar a carreira de escritor?

JM: Que escrevam seus rascunhos valiosos com a convicção que eles têm valor, e, lembrem-se de que o mundo não se fez do dia para a noite. Paciência é a palavra chave para se alcançar um sonho! Para uma obra literária ser efetivamente grande e vir à tona, antes são necessários muitos aprimoramentos em prol dela. Afinal de contas, não vale a pena correr atrás da borboleta azul que voa a nossa frente, para capturá-la?

BL: O que você pode dizer sobre projetos futuros?

JM: Em termos de projetos para o futuro, JackMichel tem os mais alvissareiros possíveis haja vista os acenos positivos de editoras do exterior para a publicação de suas obras. Partindo desse princípio, as expectativas galopantes para a divulgação e a fama da escritora se ampliam cada vez mais dentro e fora de seu país. Porém, ela não se ufana de tais coisas: quer dar orgulho ao Brasil, por ser brasileira; levando em conta (é claro!) que a pátria de todo artista é o mundo e que, suas obras, são patrimônios da humanidade.

Você pode conferir mais informações sobre “Arco-Íris Jesus” clicando aqui, ou em uma das redes sociais abaixo!

Facebook | Twitter | Instagram | Google + |Tumblr | Pinterest

Colunas

O mundo não gosta dos introvertidos

Sempre tive uma mania de prestar atenção em mim mesma e nas pessoas ao meu redor, no modo que elas falam, que agem e se comportam. Tenho curiosidade em entender as pessoas, achar diferenças e semelhanças entre nós. E foi ao analisar a mim mesma e aos outros que tirei a inspiração para escrever esse texto, meu título pode ter sido um pouco dramático. “O mundo não gosta dos introvertidos” soa um tanto pesado, mas definitivamente, o mundo não faz da vida dos introvertidos uma tarefa fácil, já sofri e já vi muitos amigos sofrendo com isso e é em nome dessas pessoas que eu quero falar.

Eu me considero uma pessoa introvertida e desde que me lembro, sempre fui assim. Se você também é, sabe que pode ser bem complicado. Todo tímido tende a ser introvertido, mas se engana quem acha que todo introvertido é tímido. Temos nosso grupo de amigos e nos sentimos muito confortáveis com ele, podemos conversar sobre tudo, saímos e nos divertimos, mas diferente das pessoas extrovertidas, gostamos muito de ficar sozinhos, passar um tempo em casa, vendo filmes, séries e lendo um bom livro, não precisamos estar fora de casa e na presença de pessoas para se sentir bem.

É totalmente possível que o introvertido participe de atividades com grande interação social, como fazer palestras, dar aulas, fazer uma apresentação de teatro, pois como eu disse, introspecção não é sinônimo de timidez, o problema maior é conhecer gente nova, manter uma conversa com alguém desconhecido ou pior, puxar assunto (o que pode ser bem estressante).

Normalmente não somos o tipo de pessoa que fala alto, ri alto e gosta de chamar atenção (não tem problema nenhum se você for assim), mas por favor, não nos faça se sentir mal se não agirmos assim, nem nos force a fazer algo que não queremos.

Há momentos que não temos muita vontade de conversar, não por sermos anti-sociais, por estarmos tristes, nem estressados, simplesmente por essa ser uma característica nossa. Também temos a necessidade de agradar as pessoas, tentamos ser educados e gentis sempre, jamais queremos criar um clima ruim. Muitos aproveitam dessa situação, sendo grosseiros ou intimidadores, exatamente por saber que não vamos responder.

Outra característica que todos precisam saber é que quando ficamos um longo período expostos a estímulos externos, ou seja, se ficamos o dia todo tendo que interagir ou em um lugar lotado, nos cansamos muito e meio que nos “desligamos”, paramos de responder a todos os estímulos, você já deve ter ouvido sua mãe falar: “Melhora essa cara!”, acham que somos pessoas sérias, porque não sorrimos o tempo todo, ou que estamos emburrados, quando na verdade entramos em “stand-by” por assim dizer, não é tristeza, nem raiva, só cansaço mesmo.

Mas o mundo entende isso? Não. Desde pequenos somos estimulados a fazer tarefas em grupo, comunicar-se com as pessoas, fazer apresentações em público, expor suas ideias e sentimentos, como se todos nós fôssemos iguais, mas não somos. Na televisão, na internet, vemos pessoas extrovertidas, engraçadas, comunicativas e elas são extramente valorizadas por essas características.

Há pessoas que se sentem muito confortáveis com isso, outras não. É claro, que o ser humano é um ser social, precisamos viver em grupo para nossa própria sobrevivência e a escola, os pais, não estão errados em estimular isso. Porém, é necessário que se saiba os limites de cada um.

Ser introvertido, muitas vezes, faz com que a pessoa seja insegura e ansiosa (não são todos, como já disse, todos nós somos diferentes). Quando estamos em um grupo no qual não estamos familiarizados, agir “naturalmente” pode ser um desafio. Você pensa onde colocar as mãos, se sorri ou se fica sério, se fala ou se fica quieto e o pior, quando fala, 3 situações desagradáveis podem acontecer: primeiro, alguém fala algo do tipo, “Olha, fulano tá falando!”; segundo, tiram sarro de você; terceiro, sequer prestam atenção no que você disse, é ignorado e interrompido. O introvertido vai se sentir muito estimulado a falar de novo, pode ter certeza!

Enfim, ser introvertido não é fácil, as relações sociais não são tão simples, mas não precisa se preocupar, é muito normal, muita gente é assim e se isso não atrapalha sua vida e impede que você faça alguma coisa, não é de modo algum, um problema.

Agora um recadinho do coração para os extrovertidos, o seu modo de viver, comportar-se e até mesmo o modo em que você se diverte não são os únicos no mundo, por exemplo, ir a uma festa pode ser super legal para você, mas tem gente que realmente não gosta (por mais estranho que pareça, é verdade), ou seja, o que serve para você, não serve para todos.

Para o extrovertido não é problema nenhum falar com os mais variados tipos de pessoas o que der vontade, expressar suas opiniões e ideias, mas pode acontecer de você não prestar atenção ao introvertido do seu grupo e apagar completamente a presença dele. Quando ele falar, ouça, pode ter sido um esforço para ele, não tente desmerecer o que ele disse, não faça “brincadeiras” chatas e opressivas com ele, principalmente em público, por saber que ele não vai responder, não vai brigar. Pode parecer esquisito, mas eu já vi isso acontecer várias vezes e sim, isso é bullying, não é legal.

Enfim, espero que você introvertido tenha se identificado com o texto. Saiba que você não está sozinho e que sua maneira de ser feliz é tão válida quanto a de qualquer outra pessoa. Para quem não é, espero que tenha entendido melhor sobre o assunto e que comece a ter mais empatia a partir de agora. Lembrando que é importantíssimo respeitar as pessoas por mais diferentes que elas sejam de você.

Atualizações, Colunas

Data do ENEM 2016 divulgada!

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) teve suas datas de prova divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC), nesta quinta-feira (14). As provas vão ser aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro.

Fique atento as inscrições para o ENEM: 9 até 20 de maio.

Outra novidade para esse ano, não tão boa é que a taxa de inscrição subiu de R$65 para R$68 reais e só pode ser paga até dia 21 de maio.

Como a maioria sabe, o exame normalmente é aplicado no mês de outubro, mas com advento das eleições municipais foi adiado para primeira semana de novembro.

EM 2015 5,7 milhões de candidatos realizaram a prova para disputar vagas para o Ensino Público e Privado, através do Programa Universidade para Todos (ProUni) e o principal de todos, Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Lembrando que o ENEM agora é exigido para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o programa Ciência sem Fronteiras.

Colunas, Filmes, Livros

Livros & filmes : Comer, Rezar e Amar

Fazendo um tour pelos livros de auto-ajuda, me deparei com um que li há algum tempo e gostei muito. Estou falando de “Comer, Rezar e Amar” lançado em 2006, foi um mega sucesso vendendo mais de 8 milhões de cópias no mundo todo. Acho que ele é aquele tipo de livro que precisamos ter na estante, aquele que passa uma mensagem mas também conta uma história real.

Obs: pra quem ainda não percebeu, sou fã de carteirinha do famoso “baseado em histórias reais”. Acho que elas trazem um que de “sonhos que se tornam realidade” ou “isso pode acontecer na sua vida também”. Isso faz a gente refletir querendo ou não.

Sinopse : Em torno dos 30 anos, Elizabeth Gilbert enfrentou uma crise da meia-idade precoce. Tinha tudo que uma americana instruída e ambiciosa teoricamente poderia querer – um marido, uma casa, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, foi tomada pelo pânico, pela tristeza e pela confusão. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado, até que se viu tomada por um sentimento de liberdade que ainda não conhecia. Foi quando tomou uma decisão radical – livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo – sozinha.

 

O livro: Escrito em primeira pessoa, conta o relato de Elizabeth Gilbert que, após um conturbado divórcio, resolve viajar pelo mundo em busca de uma resposta para seus problemas. Com uma narrativa simples e engraçada fica fácil de se identificar com cada atitude, pensamento e dúvida de Liz. Ela resolve partir e em busca do seu verdadeiro eu, ela segue viagem para: Itália, Índia e Indonésia. 

Curiosamente, os três países começam com a letra I, que em inglês significa a palavra “eu” e esse é o exato motivo de sua viagem. A cada página o livro fica mais entusiasmante, A autora não poupa detalhes para narrar a sua experiência “em busca de todas as coisas da vida”.

portada-comer-rezar-amar

 

   “A gente precisa ter o coração partido algumas vezes. Isso é um bom sinal, ter o coração partido. Quer dizer que a gente tentou alguma coisa.”

O filme: Em 2010 o best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert acabou rendendo um filme bem água-com-açúcar. Não posso dizer que ele foi bem sucedido, ainda que tenha lá alguns bons momentos. Vale pelas locações maravilhosas, como Índia, Itália e Bali, que trazem pra nossa imaginação um toque maior de realidade. Perde-se pela atuação mediana de Julia Roberts, que poderia ter construído um personagem mais complexo. Alguns personagens bem importantes ficaram de fora, ou tiveram participações bem secundárias. E pecou principalmente (na minha opinião) na falta de alguns contextos emblemáticos, que fazem toda diferença no livro.

 

 

“O importante é viver e ser feliz mesmo que isso signifique deixar tudo pra trás e recomeçar, pois na vida e no amor as conquistas são feitas todos os dias.”

 

O que eu aprendi: A autora em suas entrevistas fala sobre a sua intenção com o livro, que é “despertar nas pessoas a vontade de mudar aquilo que não está legal.” Não necessariamente indo à Índia ou à Itália, mas acreditar que é possível ir atrás da própria felicidade. Por mais difícil que possa parecer uma situação, sempre podemos dar um basta, seguir em frente e dar a volta por cima. Nunca é tarde ou cedo demais para correr atrás dos seus sonhos e é sempre gratificante saber que por mais que a vida possa parecer difícil, dura e pesada, o seu maior sentido está na fé (seja ela em Deus ou no amor) como um sentimento puro e verdadeiro.

 

Minha recomendação: Comer, Rezar e Amar é um livro de leitura simples, mas a mensagem que ele passa é atemporal, importante e indispensável para quem ainda não conseguiu acreditar nos seus sonhos ou simplesmente quer dar mais um empurrão sobre todas as coisas que a vida pode dar. O foco da história é todo sobre a compaixão: seja pelo outro ou por você mesmo. Pode ter certeza que mesmo depois de dez anos ainda é uma boa pedida. O filme vale para você tirar suas próprias conclusões e fazer suas críticas. Mas se me pedissem pra escolher, nesse caso, com certeza eu diria o livro, mil vezes.

Até o próximo … 

 

Autorais

Virei rotina

Quando eu estava no ensino médio, a professora de filosofia falou sobre o quão rotineira nossas vidas se tornavam ao longo dos tempos e que a cada dia que passava, e nossa maior idade chegava, a vida só tornava-se mais e mais coisa de rotina.

Lembro que na época ri por entre os dentes de sua observação e acrescentei um ‘’coitada’’ a sua situação, afinal, acho que vida de professor naquela época não tinha muitos avanços graças ao retorno financeiro – não que hoje tenha mudado muita coisa -, e prometi que nunca viveria assim. Eu seria feliz e a única rotina que iria criar era a de ser feliz cada dia mais. Para começar, eu seria uma jornalista, viajaria o mundo por atrás de notícias e lugares incríveis. A carreira de escritora também me levaria a países como Portugal – sempre sonhei ter um livro publicado lá! -, ou quem sabe traduziram uma das minhas obras para o espanhol e eu faria uma turnê pela América Latina e passaria pela Espanha.

Hoje, me encontro sentada nessa mesma escrivaninha branca, que comprei no terceiro período da faculdade com um dinheiro que recebi por um texto que havia vendido para essas revistas de adolescente, tentando terminar esta crônica. Daqui ouço o choro de Amora, minha filha, porque João, meu filho mais velho, não quer deixa-la ver seus desenhos. Também estou atenta a lasanha que está no forno, para que pelo menos desta vez ela não queime, afinal, meu marido não tem culpa se casou-se com uma zero a esquerda na cozinha.

Não viajei para lugar nenhum que não tenha sido a Disney, nos 2 anos da Amora. E o único livro que publiquei até hoje foi independente e não rodou nem minha cidade, quem dirá chegar na Europa. Eu acordo as seis, arrumo as crianças para a escola e vou trabalhar. Mesa, notebook, corrigir textos que irão para um jornal de circulação nacional. Às quatro da tarde busco as crianças, casa, deveres de casa, faxina e começar a janta. Meu marido chega e então tenha uma folga para terminar o trabalho que trouxe para casa.

É, eu não me tornei professora, mas acabei por virar rotina.

 

Autorais

Se o telefone não toca

Há uns dias atrás, com um milhão de coisas pra fazer mas sem vontade de fazer nenhuma delas, resolvi me render a preguiça e ficar em casa assistindo filmes. Passei pela lista dos meus preferidos no netflix e me deparei com um que chamou minha atenção “Ele não está tão afim de você”. O filme não é lançamento, mas me surpreendi por nunca ter prestado atenção nele. Ter assistido esse filme na minha adolescência teria me poupado algumas lágrimas e expectativas desnecessárias.

Vou exemplificar pra vocês o que estou querendo dizer, é mais ou menos assim: desde criança recebemos aquela informação de que se o amiguinho nos bate ou xinga é porque no fundo ele gosta da gente (senhoorrr!! Quem inventou isso merece um tapa na cara bem dado), se pararmos pra pensar é a mais pura verdade, crescemos com a ideia de que se o garoto não liga ou não aparece, alguma coisa aconteceu, o gato morreu, ele perdeu o celular, está no hospital em coma profundo, mas em hipótese nenhuma levamos em consideração que ele não quer nada com a gente, e por aí vai.

Assim se passa a história, uma garota louca para ter um relacionamento que procura incessantemente pela sua alma gêmea (quem nunca?!) e nesse tempo ela conhece um carinha que a ajuda a entender essa dinâmica.

Vai dizer que você não conhece a história da amiga de uma amiga que conheceu um carinha que no começo não queria nada com ela e depois de várias idas e vindas eles foram felizes para sempre?! Sinto informar que isso, no mundo real é raro, como no filme diz, é a exceção e nós amigas infelizmente somos a regra. Deixa eu explicar : se o cara no começo da relação é um babaca com certeza no durante e no depois ele vai ser um babaca. No nosso conto de fadas o sapo não se transforma no príncipe, quem tem que virar princesa  e mudar seu castelo é você.

Claro que existem exceções, mas vamos ser sinceras, você vai perder seu tempo pagando pra ver?  Depois de muito quebrar a cara nessa vida sou adepta da seguinte filosofia pra tudo : quem quer dá um jeito, sempre! Vamos pensar assim, lembra quando você era adolescente e tinha aquela festa que você não estava muito afim de ir mas sua amiga estava louca pra ir? Qual foi a sua desculpa? Minha mãe não deixou, minha mesada não dá, blá blá blá.  Agora lembra daquela, que você queria muito e não tinha como ir? Você deu um jeito não foi? Tenho certeza absoluta! É isso, quando queremos não tem jeito, fazemos acontecer e os homens nesse quesitos não são diferentes em nada de nós.

tumblr_mfv88kogZ21qbwxizo1_500

 

Então, o filme  mostrou algumas coisas novas além de reforçar minha teoria que não tem fórmula, regra ou dica que te faça fisgar aquela gatinho se ele não quiser. O melhor a fazer é fechar essa porta e abrir outra. Não vamos criar expectativas em cima de quem não merece e lembre-se: se tá difícil ou você está correndo atrás, é porque ele está correndo de você.

Super recomendo ele e não vou contar o final do filme pra não estragar a surpresa. Mas tenha certeza de uma coisa, ficar sozinha, ter um tempo pra você, ao invés de ficar correndo atrás de caras babacas é o melhor que você pode fazer. E finalmente, parece clichê, mas o carinha perfeito pra você tá logo ali, vai ser fácil e bom. Tenho certeza!

 

 

Colunas, Filmes

Spoilers: Saiba quem NÃO morre em “Capitão América: Guerra Civil”

O final de Os Vingadores: Era de Ultron gerou um debate bem peculiar entre os fãs de super-heróis da Marvel: Quem morrerá no ápice do conflito da Guerra Civil? Ou melhor, quem sobreviverá até o terceiro filme dos Vingadores, A Guerra Infinita? Confira a lista abaixo dos personagens que continuarão vivíssimos após a batalha, e também, uma especulação fortíssima de quem deve morrer:

CONTÉM SPOILERS A PARTIR DESTE PONTO, LEIA POR CONTA E RISCO.

1. Visão

Visão

O filho do Ultron não será descartado agora pela Marvel por conta da Jóia do Infinito. Sim, aquela pedra no meio da testa do Visão, que é um elemento especial nos próximos capítulos dos Vingadores, contra o novo vilão Thanos, que os levará até a Guerra Infinita.

2. Pantera Negra


Sendo um dos favoritos para liderar uma nova geração de Vingadores e com um filme no gatilho, obviamente que o Pantera Negra não seria dispensado a essa altura do campeonato. Portanto, mais um que podemos excluir da nossa lista e começar a ansiar pelo filme que tem estréia para fevereiro de 2018.

3. Soldado Invernal


Apesar de ser principal alvo de uma conspiração e ex-vilão, Bucky Barnes se tornou bastante popular após o segundo filme do Capitão América e sé um candidato fortíssimo a Vingador da nova geração, devido a renovação recente do seu contrato. Será?

4. Homem-Formiga


Considerando que a Marvel já tem planos maiores para o pequeno herói, como uma colega de luta e uma continuação, Scott Lang seria uma eliminação pouco provável. Ainda mais após o sucesso do seu filme, que tinha baixas pretensões no início.

5. Feiticeira Escarlate


Bom, após o trauma do último “Vingadores”, a Marvel resolveu tranquilizar os fãs e anunciou que Wanda Maximoff continua em mais filmes e ainda terá uma grande importância até a Guerra Infinita. Ou seja, o poder feminino crescerá ainda mais em meio aos Vingadores. \o/

6. Homem-Aranha


Peter Park continua vivíssimo enquanto a participação do herói em Guerra Civil e em todo o universo cinematográfico da Marvel permanece sendo uma incógnita, já que os direitos para filmes do personagem continuam pertencentes à Sony. Porém, ainda temos um filme programado para 2018, com Tom Holland dando vida ao nosso herói preferido!

7. Homem de Ferro (affs!)


Tony Stark leva umas boas (e merecidas) surras mas permanece vivíssimo até a Guerra Infinita. Robert Downey Jr. assinou contratos longos com a Marvel, o que nos leva a crer que o Homem de Ferro ainda continuará a ser explorado por muitos outros filmes. Uma notícia ruim, para nós que somos Time Capitão América, já que o título do filme nos leva a crer que um morrerá. Se não é o Homem de Ferro…

A possibilidade do Capitão América morrer é bem grande e abre portas para a troca de liderança dos Vingadores e até mesmo a de uma volta triunfal na Guerra Infinita, com a Joia do Infinito. Melhor nos prepararmos porque Capitão América: Guerra Civil tem estreia prevista para 28 de abril em todo o Brasil e seus ingressos começarão a ser vendidos nas próximas semanas.

Fonte

Atualizações, Colunas, Livros

Livros & Filmes: O menino do pijama listrado

 

Olá pessoas, como prometido to aqui de novo com nosso querido: livros inspirados em filmes.

Hoje vou falar do O Menino do pijama listrado, livro que já vendeu mais de 5 milhões de cópias e chegou a ser traduzido para mais de 40 idiomas.

 

menino-pijama-listrado

“Sinopse : Alemanha, Segunda Guerra Mundial. O menino Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista (David Tewlis) que assume um cargo importante em um campo de concentração. Sem saber realmente o que seu pai faz, ele deixa Berlim e se muda com ele e a mãe (Vera Farmiga) para uma área isolada, onde não há muito o que fazer para uma criança com a idade dele. Os problemas começam quando ele decide explorar o local e acaba conhecendo Shmuel (Jack Scanlon), um garoto de idade parecida, que vive usando um pijama listrado e está sempre do outro lado de uma cerca eletrificada. A amizade cresce entre os dois e Bruno passa, cada vez mais, a visitá-lo, tornando essa relação mais perigosa do que eles imaginam.”

O livro : O menino do pijama listrado é uma narrativa que fala sobre amizade em tempos de guerra, e quando a inocência fica frente a frente com um monstro terrível e inacreditável. Apesar da história de fundo ser uma das mais tristes, John Boyne conta a história de uma maneira simples e bonita, e sua narração em terceira pessoa é extraordinária. Achei o livro tão bem escrito que me conquistou de primeira. Não tem como não se apaixonar, nem se envolver com a história dos dois meninos e a amizade que eles constroem, livre de intolerâncias, pura, que ultrapassa as diferenças mostrando o valor de um amigo verdadeiro.

Alguns detalhes achei similares ao livro A Menina que Roubava Livros, mas acredito que é pelo fato de ambos falarem da  Segunda Guerra, do nazismo e das crianças que viveram em meio a isso, mesmo sendo histórias diferentes.

As cenas, as ações, as atitudes dos personagem são bem fáceis de visualizar, todos os detalhes ficam na cabeça. Com isso você se envolve mais e acaba em lágrimas como eu. A história é triste e impactante, mas é uma ótima leitura para quem gosta de livros inspirados nessa época e finais triste (só isso que posso dizer sobre ele).

 

“Você é o meu melhor amigo. Meu melhor amigo para a vida toda.”

O filme:

Assim que o filme saiu corri pra assistir, precisava ver como os detalhes e narrativa ia ser inserida na versão cinematográfica. E resumindo, acho que o filme foi bem fiel ao livro, poucos detalhes que ficaram de fora, algumas falas foram idênticas ao livro (o que me conquistou de cara). Para tentar ser mais dinâmico o filme não introduz na história os pensamentos de Bruno, tornando ela mais fácil de ser intendida para quem não leu o livro. A única coisa que não gostei foi que ele fantasia um pouco a relação de Bruno e seu pai, no livro ele é um idiota completo e no filme ele é participativo e chega até parecer um pouco amoroso com o filho.

 

Segue o trailer :

 

“(…) em seu coração, ele sabia que não havia motivo para faltar com a educação a ninguém, mesmo que a pessoa trabalhasse para você.”

 

O que eu aprendi : de que são feitas as verdadeiras amizades. Como o ser humano pode ser desprendido de preconceitos e inocente, apesar de ser triste o filme renova minha fé no ser humano e seu bom coração.

Minha recomendação : acredito que vale a pena sempre ler o livro e assistir o filme. Mas nesse caso, não há regra de qual vai primeiro, os dois são bons, te comovem da mesma forma. Só separem os lenços, vocês vão precisar!

Até semana que vem …

 

E caso vocês tenham alguma dica ou filme pra me indicar deixem aqui.

Colunas, Filmes, Livros

Livros & Filmes : Um dia

Com essa onda de filmes baseados em livros, resolvi compartilhar com vocês o meu vício em “livros e filmes” (por isso o título do post). Gosto muito de ler (isso não é novidade!) mas gosto mais ainda de ver suas adaptações cinematográficas, aquela curiosidade de saber se aquela cena que eu tanto gostei vai estar lá ou se o cenário vai estar como  imaginei, me consome.

Não vou entrar no mérito “o livro sempre é melhor do que filme”, isso eu deixo para vocês decidirem!

Mas na minha (humilde) opinião não dá pra comparar, porque o livro sempre vai ser mais detalhado e deixa margem para nossa imaginação. O filme pelo contrário, dá um rosto para os personagens, lugares e coisas que talvez você não tenha imaginado. Por isso, não digo que um seja melhor que o outro, acho que vale complementar os dois, que seja pelo seu lado crítico, pelo seu lado perfeccionista que vai conferir cada detalhe ou por qualquer outro, sempre vale o conhecimento.

Então, resolvi começar com um dos meus queridinhos e best-seller : “UM DIA” de David Nicholls.

 Imagem14

 

Sinopse :Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro.Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas – vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois.Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.

 

O livro : Gira em torno de Emma e Dexter (Em & Dex), que se conhecem no dia de sua formatura 15 de Julho, e como é de se esperar no dia seguinte eles seguem rumos diferentes mas sem esquecerem um do outro. A história segue narrando a vida de cada personagem ao longo de 20 anos sempre no dia 15 de Julho. Vemos o amadurecer, os erros e acertos de cada um e sua amizade ao longo dos anos. É estranho no começo pelo fato de você não saber o que acontece no dia seguinte já que cada capítulo começa com o 15 de julho de um ano diferente, mas isso que o torna tão peculiar e especial. O final, bem, não vou contar aqui mas vale dizer que é inesperado e bem “vida real” mesmo.

Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida seria este. Confiança. Seria o presente da Confiança.

Sobre o filme : O roteiro adaptado pelo próprio autor e tem como personagens principais Anne Hathaway como Emma e Jim Strugess como Dexter, que conseguiram personificar muito bem os personagens. Os cenários, as cidades, foram perfeitos, o que ajuda mais ainda a gostar do filme. O que pecou foi o tempo, 20 anos resumidos tornou o filme um pouco corrido o que não tira a essência mas o desenvolvimento gradual dos personagens  diminui um pouco. Como sempre faltam algumas cenas, mas isso é de se esperar levando em conta que nunca um livro todo irá caber em um filme, mas fora isso, o filme foi bem fiel desde os personagens, ao enredo e o final, o que era de se esperar tendo o escritor como roteirista do seu próprio filme.

Dá uma olhadinha aí no trailer :

Embora não fosse sentimental, havia ocasiões em que Dexter podia ficar quieto vendo Emma Morley rir ou contar uma história e saber com absoluta certeza que ela era a melhor pessoa que conhecia. Às vezes quase tinha até vontade de dizer isso em voz alta, interrompê-la para fazer essa afirmação. 

O que aprendi : Um Dia é aquele livro que você se encaixa perfeitamente, nas burradas, no amadurecimento, nas escolhas … ele é demasiadamente real e foi isso que eu gostei. Sem contar o tanto de citações que ele faz que acabei descobrindo mais alguns novos livros.

Minha recomendação : Leiam o livro primeiro (se puderem, mais de uma vez) e depois vejam o filme, vale muito à pena!

Espero que tenham gostado, semana que vem tem mais!

 

E caso vocês tenham alguma dica ou filme pra me indicar deixem aqui. 

Autorais

Autoria: Eu sou uma sobrevivente

Desde quando você se foi os dias ganharam mais cores e sabores. O Sol brilhou mais e a lua que antes iluminava apenas minha sacada, hoje ilumina todo meu quarto. O sorvete de flocos ficou mais doce e o churros de leite condensado mais gostoso. As árvores da cidade ficarem mais verdes e a brisa leve que embala as tardes do Arpoador agora leva junta meus fios negros.

Desde quando você foi embora eu conheci a Bruna, o João e a Ana. Eu saí por aí e experimentei novas bebidas e comidas. E que incrível, tudo era muito melhor, até mesmo aquele parque de diversões que fomos daquela vez ficou mais divertido agora que eu não tinha você para dizer que eu não podia ir a montanha russa sozinha. E eu fui, só para a sua informação, fui e quando cheguei lá em cima eu gritei bem alto para que o parque todo ouvisse: EU SOU UMA SOBREVIVENTE!

Isso mesmo, eu sou uma sobrevivente. Sobrevivi a essa vida pacata que você dedicava a minha existência, a este amor de raspa de panela que você me fazia engolir dia após dia, aos seus gritos só porque eu havia demorado mais do que normal para chegar em casa graças ao trânsito, aos seus momentos de desespero em que quebrava minha casa, mas principalmente o meu coração. Eu sobrevivi.

Eu sobrevivi a você e suas crises de nervos, aos seus ataques de desespero e as suas infelicidades com as quais me preenchia dia a dia. Eu sou uma sobrevivente. E diferente de você estou vivendo.

Neste momento, estou indo tomar aquele Sol em Copacabana e rir para o mar como se ele pudesse me abraçar e dizer: você sobreviveu, você vi-veu.