Eu poderia dizer que a culpa é da astrologia, como sempre. Poderia culpar os signos ou a Vênus retrógrada, como sempre faço. É mais fácil culpar os outros, mas não quando nos deitamos no travesseiro e aquele fardo cai sobre nós. Porque é isso. A culpa é minha, não dos signos retrógrados em alguma casa zodiacal. É minha, só minha.
“Food you saved for later, in my refrigerator, it’s been too long since later never came.”
Leia ouvindo: In Case, Demi Lovato
Se não fosse eu, não daria tão errado assim.
Talvez a vida seja uma loteria e alguns são os premiados. Sim, aqueles prêmios que são mais difíceis de ganhar que um raio cair na sua cabeça. Cadê meu raio, então? Porque acho que ganhei. Ou será que devo dizer que perdi? Porque se esse é o prêmio de quem venceu, o que ganha quem perde? Que devaneio complicado.
Mas não, a vida não é uma loteria. É você quem faz, quem erra e sim, você é o culpado. Sempre você, não é?
Talvez eu me pergunte o que devo fazer agora. Nada. Não há absolutamente nada a ser feito, essa é a realidade. Temos que lidar com isso, lidar com o peso das nossas próprias escolhas porque, assim como na academia, nós pegamos coisas mais pesadas para que possamos ficar cada vez mais fortes. Bom, de forte eu não tenho nada, mas ainda posso colocar uma armadura e fingir que sim. Podemos fingir que somos fortes, apesar de tudo. Porque eu sei como é, ser um caco por dentro e inteiro por fora.
Dói, sabe. Aquele tipo de dor que congestiona o rosto e dá sinusite. Que escorre dolorosamente. Mas a gente lida, supera… respira e chora. Caso tudo isso passe uma hora. Sei que deve, sei que passará….
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