Artigos assinados por

Sabrina Melchíades

Atualizações, Livros, Resenhas

Resenha: Sombrio, Luke Delaney

“Quando um corpo é encontrado na floresta com sinais de tortura e sadismo, o detetive Sean Corrigan entra na investigação. Ele sabe que está atrás de alguém que tem o estranho prazer de sequestrar as mulheres e as manter em cativeiro, antes de matá-las.
O assassino, um homem obcecado, busca em cada mulher que sequestra ao menos uma sombra da ‘garota de seus sonhos’. Mas parece que nenhuma delas chega aos pés da mulher perfeita que ele almeja. No dia que ele a encontrar, será para sempre. Mesmo que ela não queira.”

Nunca senti tanto medo e fiquei tão angustiada ao ler um livro, como fiquei com Sombrio. Embora o título em português ter sido traduzido de modo diferente (em inglês se chama “The Keeper”), o nome é perfeito para representar o tom pesado do livro. Sombrio é o segundo livro da série do Detetive- Inspetor Sean Corrigan, devo confessar que não li o primeiro, Brutal, mas agora estou super curiosa para conhecer um pouco mais das histórias do escritor Luke Delaney.

Sean Corrigan trabalha no departamento de investigação de homicídios em Londres, mesmo não sendo de sua responsabilidade, ele e sua equipe são designados a investigar um misterioso caso de desaparecimento.

A desaparecida é Louise Russel, uma jovem de 30 anos, sequestrada em sua própria casa, lá há vestígios de clorofórmio no chão, seu carro foi deixado numa floresta e as pistas que levam ao culpado são escassas, mas as investigações se iniciam e eles correm contra o tempo, antes que o desaparecimento se torne um caso de homicídio.

O sequestrador, Thomas Keller, viveu uma infância muito difícil e traumática, na sua infância se apaixonou por uma colega de escola, chamada Sam, porém não teve seu amor correspondido, por esse motivo começa a procurar uma substituta para ela, que vai amá-lo do jeito que ele sempre sonhou.

Ele procura mulheres – todas jovens, altas, de cabelos castanhos e curtos e olhos verdes, parecidas com Sam – que irão satisfazer suas fantasias. É movido pela sua obsessão, portanto não tem o menor cuidado em não deixar vestígios de seus crimes, que acontecem em ciclos planejados ou não.

Primeiro, descobre tudo que puder sobre sua futura Sam, usando de um artifício ( que não posso contar, porque é spoiler), entra na casa da vítima, sequestra, leva até o porão de sua casa e a mantém por alguns dias trancada em uma gaiola. No começo a trata muito bem, porque não tem a menor dúvida que a mulher realmente é sua amada, mas logo sua fantasia não é o bastante, ele precisa de outra substituta. Então vem o terror, os estupros, a violência, os abusos físicos e psicológicos, ele mata a vítima e vai atrás de outra.

Quando o corpo de Karen Green é achado completamente machucado e violado, com as marcas do DNA do sequestrador de Louise, Sean entra na mente de Thomas e percebe o ciclo de suas fantasias, ele sabe que Louise tem pouco tempo e que outra garota será sequestrada. A partir de então, começa uma corrida contra o tempo para encontrar Louise e, impedir que ela seja a próxima a ser assassinada cruelmente.

Sombrio prende o leitor do começo ao fim, a narrativa em 3ª pessoa, varia entre o ponto de vista dos principais personagens, é possível saber o que ele estão sentindo e pensando, algumas vezes isso é um pouco perturbador

Eu nunca senti tanto ódio a um personagem quanto senti por Thomas Keller (até mais do que meu ódio por Dolores Umbridge, de Harry Potter, o que eu achava impossível). Quando a narrativa focava nele, eu me sentia mal. Sua mente é doentia, obsessiva, seus pensamentos e suas ações são sujas e você acaba se sentindo suja também. Traumas e sofrimentos moldaram sua personalidade, desde a infância ele é desprezado e humilhado pelos outros. Mas isso não é justificativa, ele é um ser humano que dá nojo.

Quando Keller estupra as vítimas (o que é descrito de maneira bastante explícita), ele coloca toda sua frustação e ódio nas mulheres. Mantê-las submissas e indefesas lhe traz satisfação. Como todo estuprador, submeter sua vítima a esse tipo de humilhação e violência é uma demonstração de poder e superioridade, que ele não encontra em outro lugar. É muito difícil ler essa parte da história, fiquei revoltada com o que ele fazia, minha vontade era de entrar no livro e tirar as mulheres daquela situação. O pior é pensar que isso realmente acontece com milhares de meninas e mulheres no mundo todo.

Sean Corrigan é um personagem singular. É muito dedicado a seu trabalho, vive e respira o trabalho 24h por dia. Sean tem um dom muito especial que o ajuda a solucionar os crimes, combinado com situações traumáticas de seu passado e uma imaginação fértil, ele consegue recriar os crimes em sua mente, entrar na cabeça do criminoso e ver com muita nitidez como os casos ocorreram, de forma quase mediúnica (o livro deixa claro que ele não é médium, mas eu ainda acho ele é sim!). Acho até um pouco exagerado, pequenas pistas já fazem com que ele descubra muito mais do que elas mostram, em muitos momentos achei seus dons um tanto forçados, a não ser que ele seja médium mesmo, só assim faz sentido.

Enfim, Sombrio é um livro que eu indico para todos aqueles que gostam de mistério e investigação policial. Mostra bem o cotidiano dos detetives e policiais, é muito interessante conhecer como os crimes são investigados. Mas já te aviso, você vai ficar angustiado. Toda vez em que ouvir os passos de Keller descendo as escadas que levam ao porão, seu coração vai disparar, sua respiração vai ficar acelerada, vai ter medo pelas mulheres aprisionadas, vai chorar quando forem violentadas e vai desejar mais que tudo que Sean encontre esse maluco.

Ps. Te odeio Thomas Keller!!! Se eu te encontrar um dia, não respondo pelos meus atos.

Atualizações

Série de textos “Magia na América do Norte” será publicada no Pottermore

Este ano está sendo ótimo para os fãs de Harry Potter, é notícia boa atrás da outra. A Entertainment Weekly divulgou hoje (07), um vídeo maravilhoso em que anuncia uma série de textos escritos por J.K.Rowling, que serão publicados nos próximos dias no Pottermore.

Os textos da “Magia na América do Norte” trarão novidades sobre o mundo bruxo na América do Norte, local em que se passa “Animais fantásticos e onde habitam” e, serão publicados ao longo dessa semana, todos os dias às 11h.

Confira abaixo o vídeo:

Tia Jo bem que poderia se interessar em escrever sobre o Brasil,né?

Atualizações, Filmes

Próximo episódio de “The Walking Dead” pode trazer Negan

Quem assiste The Walking Dead sabe que quando tudo parece calmo demais, é porque vem problema por aí. No último episódio, vimos Rick e seus amigos irem até a comunidade de Hilltop, e as coisas ficaram um pouco tensas por lá (vou tentar ser o mais vaga possível para não dar spoiler), e Rick se comprometeu em fazer uma “visitinha” à gangue de Negan.

Era esperado que Negan (Jeffrey Dean Morgan) aparecesse no último episódio da temporada, mas não é bem isso que o produtor Scott Gimple afirmou:

“Tem surgido artigos indicando exatamente quando Negan aparecerá e isso é meio desapontador, pois podem não ser totalmente verdade. Há todo um desenvolvimento. Mas você talvez o veja até mesmo no próximo episódio. Absolutamente. Bem, algo assim. Bem, definitivamente. Bem, talvez. Talvez não. Mas é possível.”

Um pouco confuso, não? Mas vamos aguardar ansiosamente, o próximo episódio de “The Walking Dead” desse domingo e descobrir se o misterioso Negan vai aparecer ou não.

Atualizações, Filmes

Disney está em busca de atores para High School Musical 4

Ótima notícia para os fãs de High School Musical, ontem (01), o Disney Channel confirmou em seu twitter oficial a produção de High School Musical 4, depois de 10 anos do último filme.

Além disso, eles já estão a procura de atores para o elenco principal, mas se você ficou interessado em ser a nova Gabriella ou o novo Troy, tenho que te decepcionar.É necessário ser residente dos Estados Unidos para participar da seleção e se cadastrar no site do canal.

Vamos aguardar novas informações!

high

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Spotlight – Segredos Revelados

Em tempos de mídias golpistas e parciais, que fazem de tudo por uma boa história, que aliás, nem precisa ser boa, ou mesmo verídica, mas precisa render. Spotlight traz uma visão do que o jornalismo realmente deveria ser: ético, justo, que expõe ao público informações verdadeiras, crimes que ficaram impunes e que não tenta manipular o leitor. O jornalismo que trabalha para o bem da sociedade.

“Spotlight” é a equipe de investigação do Jornal “The Boston Globe”, formada por Michael Rezendes (Mark Ruffalo), Sasha Pfeiffer (Rachel McAdams), Matty Carroll (Brian D´Arcy James) e chefiada por Walter Robinson (Michael Keaton). A equipe descobre casos isolados de padres da Igreja Católica da arquidiocese de Boston que abusaram sexualmente de crianças e, como esses casos, mesmo sendo de conhecimento de vários líderes religiosos e de outros setores da sociedade, foram encobertos e permaneceram impunes por um longo tempo.

Eles resolvem então, fazer uma investigação a fundo, entrevistam adultos que foram abusados por padres quando eram crianças, advogados e o próprio cardeal. Acabam se deparando com uma realidade grotesca e repugnante, casos de pedofilia são muito mais numerosos do que eles podiam imaginar, é um problema enorme dentro da Igreja Católica, que com seu poder gigantesco, conseguiu abafar os escândalos. Em momento algum o filme critica a religião católica, mas sim, a instituição, que como toda instituição formada por homens, é falha.

Os jornalistas conforme prosseguiam em suas investigações, viram que os padres, geralmente abusavam de crianças de classes mais baixas, em situação de grande vulnerabilidade, cativavam-nas e depois as abusavam, roubando a infância delas, a dignidade e a fé. A Igreja, quando tinha ciência dos casos, fazia de tudo para acobertar os criminosos, mudando eles de paróquia, diocese ou simplesmente, afastando-os por “problemas de saúde”.

A história de “Spotlight – Segredos revelados” é baseada em fatos reais. Boston tem uma das maiores comunidades católicas dos Estados Unidos, mais de 70 padres foram acusados de pedofilia, tornando o escândalo mundial e trazendo muita dor de cabeça ao Vaticano. É comovente ver como os jornalistas se envolveram pessoalmente com o caso, principalmente Mike Rezendes, interpretado brilhantemente por Mark Ruffalo, sendo ele português, tem uma relação mais forte com o catolicismo, então fica extremamente decepcionado e horrorizado com o que descobre.

Tom McCarthy, o diretor do longa, coloca-nos dentro da redação do jornal, é possível ver como as coisas funcionam lá e como os repórteres vão a campo atrás de informações e documentos. A Igreja possui um esquema obscuro, dificulta burocraticamente o acesso a documentos com informações ruins sobre seus sacerdotes, faz um jogo sujo e vai contra os dogmas dela mesma.

O filme prende nossa atenção do começo ao fim, ficamos motivados em saber mais e mais sobre a história. O que também achei interessante foi como cada jornalista da equipe foi afetado com o caso, Matty, por exemplo, fica assustado ao saber que um dos pedófilos é seu vizinho e alerta aos seus filhos evitar passar perto da casa do padre. Sasha, que costumava ir a igreja com sua avó, não consegue mais ir, não consegue esquecer das entrevistas emocionadas que fez com as vítimas. Cada um deles sabe a enorme responsabilidade que eles têm de trazer a verdade a tona.

A atuação de todos é muito boa, segura e precisa. Mas quem se destacou foi, sem dúvida, Mark Ruffalo. Ele incorporou o jornalista de uma tal maneira que nos faz esquecer que é apenas um filme. Trouxe toda a paixão que Mike tem por sua profissão e em fazer o bem para os outros. Todos os personagens são trabalhados de forma bastante realista e fiel à história verdadeira. O filme se concentrou na vida dos personagens enquanto profissionais, não sabemos muito do lado pessoal de cada um.

Spotlight tem um ritmo lento e rápido ao mesmo tempo, lento pois não possui clímax, momentos dramáticos, nesse sentido o filme é bastante morno e, rápido, pois é fácil ficar perdido em meio a tantas informações e descobertas, é necessário estar atento a tudo o que eles falam.

O diretor inseriu em diversas cenas uma monumental Igreja no plano de fundo e à frente uma escola ou parquinho, onde seria um lugar de acolhimento e amor, passa a ser assustador e opressor. O interior da igreja também é caracterizado de forma em que ficasse um clima pesado. Boston é sempre mostrada de maneira fria e escura.

O ambiente do “The Boston Globe” é claro, limpo e usa tonalidades de branco e cinza, trazendo um aspecto higiênico e frio. A sala de Spotlight tem um acesso mais difícil dentro do prédio do Jornal,fica “escondida”, reclusa, afastada de todo resto, podemos entender isso como uma referência aos segredos que essa sala guarda.

A trilha sonora é muitas vezes melancólica, aumenta a tensão e a dramaticidade de certos momentos. Para mim, foi muito bem pensada a cena em que a matéria, finalmente, está sendo escrita e ao fundo temos crianças de um coral da igreja cantando “Noite Feliz”, o que seria algo bonito e puro, enche-nos de horror ao pensar o que poderia ter acontecido com uma dessas crianças dentro da própria instituição religiosa.

Spotlight mostrou de forma realista, que a sociedade se cala diante de crimes sexuais e, principalmente, quando quem sofre vem de uma classe mais baixa. É mais fácil ignorar a dor e os traumas alheios. Fingir que esses abusos não acontecem dentro da própria Igreja Católica foi a opção de muitos e o filme deixa isso bastante claro.

Atualizações, Filmes, Música

“Alice através do espelho” tem música com P!nk

A cantora P!nk estará na trilha sonora de “Alice através do espelho”, continuação de “Alice no País das Maravilhas”.Um novo trailer foi divulgado na segunda-feira (15) e podemos ouvir a música ao fundo e a voz insubstituível de Alan Rickman.

Em vídeo dos bastidores, P!nk aparece gravando a faixa “White Rabbit” no estúdio, disse que está muito feliz em estar fazendo parte da trilha sonora e que é uma das coisas mais legais que ela já fez.

“Alice através do espelho” chega ao Brasil em 26 de Maio.

Atualizações, Música

“O Dia em que Beyoncé virou negra”

Parece que a música “Formation” de Beyoncé e sua performance no Super Bowl geraram muita polêmica. Abraçando seu lado político, Beyoncé se engajou na campanha americana “Black Lives Matter”, seu clipe fez uma crítica merecida ao preconceito racial nos Estados Unidos e a forma como a polícia é violenta e injusta com os negros (Onde eu já vi isso acontecendo? Ah é, no Brasil!)

Como uma forma de sátira ao comportamento de certas pessoas brancas e conservadoras (e racistas), que se sentiram desconfortáveis com esse novo lado de Beyoncé, o programa Saturday Live Night fez uma sátira com a situação, destacando a reação dos brancos vendo o clipe de Beyoncé e entrando em pânico por perceber que ela é negra.

Atualizações, Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Mad Max – Estrada da Fúria (2015)

Quando terminei de assistir Mad Max, tive plena convicção que nunca assisti nada parecido em toda minha vida. George Miller voltou 30 anos depois da primeira trilogia com uma originalidade impressionante. Embora seja uma continuação, distanciou-se de seus antigos filmes, trouxe novas ideias, críticas sociais pesadas e muita, mas muita ação.

No longa, Immortan Joe (Hugh Kneays) é um ditador cruel, um mito, praticamente um Deus na Terra. Em um mundo pós apocalíptico, em que a água e o combustível são recursos escassos e motivo de guerra, quem os possui em abundância exerce dominação sob aqueles que não os possuem, e é exatamente assim que Immortan Joe exerce seu poder. Ele é dono de tecnologia capaz de captar água e cultivar em solo estéril.

O tirano tem tudo sob seu controle, mantém escravas sexuais, com a única função de procriar. Outras mulheres são usadas para produzir leite e são ordenhadas como se fossem vacas, é horrível de se ver a objetificação dessas mulheres e como a situação retratada não está tão distante da realidade.

Aliás, a objetificação do ser humano é um tema bastante abordado pelo filme, quando Max (Tom Hardy) é capturado no início do filme, ele é usado como bolsa de sangue para Nux (Nicholas Hoult), um jovem de meia-vida, dos chamados War Boys, soldados de Immortan, que o veneram como um Deus e que estão dispostos a morrer por ele.

A Imperatriz Furiosa (Charlize Teron) é motorista de um caminhão de combustível e é mandada ao Vale da Gasolina por Immortan. Mal sabia ele, que Furiosa havia libertado as escravas e fugia com elas na esperança de encontrar o Vale Verde. O tirano, quando percebe que foi enganado, manda um exército de peso atrás dela, é nas cenas de perseguição que o filme se concentra e onde Max encontra Furiosa e passa a ajudá-la em sua fuga.

A perseguição é completamente surreal, o caminhão de Furiosa é seguido por carros híbridos, caminhões, War Boys suicidas, fogo, explosivos, tudo ao som de uma guitarra elétrica flamejante tocada em um caminhão lotado de amplificadores. É uma maluquice enorme, você fica sem fôlego de assistir à quase 2h de pura ação. O diretor quis usar o mínimo possível de efeitos especiais, então tudo é retratado de maneira muito realista.

O filme tem poucos diálogos, isso é verdade. Mas a interpretação dos atores foi maravilhosa, suas ações e olhares supriram a falta de falas de maneira impressionante e transmitiram com eficácia a mensagem que o longa quis transmitir.

Furiosa é uma personagem grandiosa. A maneira como as mulheres foram representadas no filme, romperam com o clichê da frágil mulher que precisa ser salva por um homem. Ela não é masculinizada, é apenas uma mulher querendo mais do que tudo salvar outras mulheres que precisam dela, o empoderamento feminino é enorme.

Nesse novo filme, Max não é mais aquele “machão” autossuficiente. Ele, como todo ser humano, possui suas fraquezas, suas dores e traumas, quebrando o estereótipo da masculinidade. Os homens não são super heróis, também precisam de ajuda. A relação de Max e Furiosa é de parceria e companheirismo, um homem e uma mulher se ajudando com igualdade, ela o salvando em várias ocasiões e ele a salvando também, um não é melhor do que outro. Traz uma lição de que homens e mulheres devem trabalhar juntos.

Outra atuação impressionante foi de Nicholas Hoult, que trabalha para Immortan Joe e possui uma vida curta, pois está repleto de tumores por conta da radiação a que foi exposto. Ele é enérgico, insano, suicida, daria sua vida com prazer pelo tirano, mas depois se decepciona com ele e o enxerga como realmente é, por isso muda de lado e ajuda as meninas a fugir.

A fotografia, o cenário, os objetos se encaixaram perfeitamente nesse universo apocalíptico e distópico. O clima desértico, quente, seco, há o uso de tons alaranjados e vermelhos. Tudo parece desgastado e sujo, os carros são formados por partes de diferentes automóveis. O figurino também ajudou muito na construção de personalidade dos personagens. A roupa de Immortan Joe é a mais assustadora, é quase como uma armadura para esconder seus defeitos físicos, a máscara com dentes animalescos é assustadora, admito que fiquei com um pouco de medo dele.

O que mais gostei da trama foram as diversas críticas realizadas. Temos a questão ambiental em pauta, a escassez de água, a infertilidade do solo, a radiação causada por guerras termonucleares. As mulheres questionam: “Quem destruiu o mundo?”.Homens gananciosos, que só pensam em si próprios e acabam prejudicando todo o planeta. É um drama real e que serve de alerta com o que estamos fazendo com o meio ambiente.

Outra crítica muito bem abordada foi a escravização de mulheres para fins sexuais. Gostaria de dizer que isso é história de filme, uma ficção distante e triste. Mas, não. Sabemos que essa é a realidade de milhares de mulheres, principalmente em áreas dominadas por terroristas, que adquirem territórios e estupram mulheres e meninas constantemente, para o prazer masculino ou mesmo para perpetuação de sua ideologia. A cena em que elas quebram uma calcinha de ferro que eram obrigadas a usar é um ótimo simbolismo da busca de liberdade, empoderamento e independência feminina em um mundo dominado por homens. Mulheres se unem para mudar o que está errado e gritam: “Nossos filhos não serão filhos da guerra.”

Ideologias doentias também são abordadas. A lavagem cerebral em jovens em nome de um Deus, de uma religião, fazem-os realizar atos horríveis e desumanos. Não preciso nem me alongar nesse assunto, basta ligar a televisão e ver todos os dias notícias de jovens recrutados por grupos jihadistas, esse futuro pós apocalíptico é muito mais plausível do que podemos imaginar.

Devo confessar que na primeira vez em que assisti ao filme não gostei muito, achei que tinha muita ação para pouco diálogo. Mas depois percebi a profundidade da história, que deve servir de modelo para os próximos filmes do gênero, pois não é ação pela ação. Mas é uma trama política, social e revolucionária, revolução essa, que deve partir das mulheres.

Atualizações, Filmes

Deadpool estreia hoje e já tem sequência em andamento

O sucesso do filme Deadpool, que como todos devem saber, estreia hoje no Brasil, é tão grande que um sequência já esta sendo planejada.

O Hollywood Reporter informou que a FOX já entrou em contato com os roteiristas, para que eles escrevam a história do próximo filme. Tim Limmer, que é o diretor, também foi escalado para a continuação, não se sabe se irá dirigir, mas é certeza que fará parte da criação.

Agora é só correr para o cinema e esperar ansiosamente por mais informações sobre o nosso querido anti-herói.

Atualizações, Filmes

Assista ao trailer do novo filme de Zac Efron e Anna Kendrick

Foi divulgado o trailer do próximo filme estrelado por Zac Efron, Anna Kendrick, Aubrey Plaza e Adam Devine, “Mike and Dave Need Wedding Dates”. O filme conta a história de dois irmãos, que por sempre estragarem as festas da família são obrigados a achar garotas, digamos assim, “comportadas” para levar como acompanhante no casamento da irmã deles no Havaí.

Eles então resolvem procurar por elas na televisão,e é aí que duas meninas, interpretadas por Aubrey e Anna, veem uma ótima oportunidade para viajar de graça.

Bom, o resto do filme parece ser bem maluco, vamos esperar ansiosamente pelo lançamento.