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Rodrigo Batista

Livros, Resenhas

Resenha: Garoto Encontra Garoto, David Levithan

Nesta mais que uma comédia romântica, Paul estuda em uma escola nada convencional. Líderes de torcida andam de moto, a rainha do baile é uma quarterback drag-queen, e a aliança entre gays e héteros ajudou os garotos héteros a aprenderem a dançar. Paul conhece Noah, o cara dos seus sonhos, mas estraga tudo de forma espetacular. E agora precisa vencer alguns desafios antes de reconquistá-lo: ajudar seu melhor amigo a lidar com os pais ultrarreligiosos que desaprovam sua orientação sexual, lidar com o fato de a sua melhor amiga estar namorando o maior babaca da escola… E, enfim, acreditar no amor o bastante para recuperar Noah!

Garoto Encontra Garoto é um romance escrito por David Levithan.

Paul é um garoto gay que cursa o ensino médio em uma escola meio fora do normal (?). Um colégio onde um quarterback é uma drag queen e, olhem só, há um clube que é uma Aliança entre gays e héteros, onde ensinam os garotos a dançar.

Ok, até aí, tudo bem. Sendo que, certo dia, Paul encontra um garoto chamado Noah e aí começa uma história de amor e amizade.

AI MEU DEUS! Quem acompanha o site há um tempo, viu o quanto fui pego de surpresa por Will&Will e logo após a leitura de tal, já ansiava por algo do gênero escrito por Levithan. Eis que, assim que a Galera Record comunicou que ia publicar, ele já estava na minha lista. O livro saiu, passou mais de meses e tcharam, vim ler agora e, óbvio, passar minha impressão para vocês.

Tem como não amar o Levithan? O cara escreve histórias sobre pessoas normais em situações normais mas, claro, com toda aquela paixão que arranca suspiros e me faz sentir vivo. É como se apaixonar. Sentir borboletas na barriga e ai… Não tinha se passado nenhum capítulo inteiro e eu já estava delirando e sonhando, pensando em como tudo se desenrolaria e querendo saber quais rumos a história de Paul iria tomar.

A história é basicamente um romance clichê, porém, há momentos na vida que é preciso de um clichê como este. Geralmente, romances/dramas adolescentes são sempre aqueles temas bem batidos dos quais já sei todos os passos que os protagonistas vão tomar, neste, apesar de saber como iria acabar, não esperava as atitudes, situações e momentos que iriam levar ao desfecho. E isso foi uma grande surpresa, porque além de ser surpreendido, também fiquei extasiado com os fatos que aconteceram.

Os personagens… Ah, os personagens! Tão humanos, tão únicos, tão peculiares, tão amáveis. Outra característica que eu gosto bastante na escrita do David é a construção do elenco de suas tramas. Eles são bem elaborados e ficam longe de estereótipos. Isso é algo que deve ser levado em conta, pois é muito difícil ver personagens bem construídos e únicos. Não preciso nem falar da escrita e da narrativa, né? Levithan dá um show único! Com uma prosa totalmente fluida, é impossível deixar de lado a vida de Paul. O mundo literário precisa de mais autores como David Levithan.

Eu só tenho a falar que se você ainda não conhece o trabalho deste autor, dê uma chance. Vale a pena. Garoto Encontra Garoto me surpreendeu mais do que eu esperava, foi lindo e também foi uma lição. Levithan prometeu, fez e cumpriu com êxito. Não vejo a hora de ler outra obra do autor.

Resenhas

Resenha: Perfeitos, Scott Westerfeld

Tally finalmente é perfeita. Agora seu rosto está lindo, as roupas são maravilhosas e ela é muito popular. Mas por trás de tanta diversão – festas que nunca terminam, luxo e tecnologia, e muita liberdade – há uma incômoda sensação de que algo importante está errado.

Então Tally recebe uma mensagem, vinda do seu passado, que a faz se lembrar qual é o problema na sua vida perfeita. Agora ela precisará esquecer o que sabe ou lutar para sobreviver – as autoridades não pretendem deixar que alguém espalhe esse tipo de informação.

Perfeitos é o segundo volume da série Feios, escrita por Scott Westerfeld.

Então, depois de muito, mas muito tempo, li a continuação do maravilhoso Feios. Confesso que estava bem ansioso para esse tomo da jornada de Tally, mas como se diz, nunca vá ao pote com tanta sede. Quanta decepção que eu tive com esse livro…

Tudo bem, tinha tudo para ser perfeito como o título, mas Westerfeld acabou perdendo o fôlego do primeiro volume. Sim, a premissa deste estava ótima. Esperava uma Tally como símbolo de uma “rebelião”, mas o que vi foi uma garota estúpida, sim, estou usando este adjetivo porque não vejo outro melhor para a protagonista. Mas aí, a garotinha encontra a cura para as lesões e mesmo assim fica com os mesmos sentimentos fúteis e isso, para mim, foi inaceitável.

Como falei anteriormente, tinha tudo para ser bom. As decisões que Westerfeld tomou para os diversos rumos da história não me agradaram nem um pouco, tanto quanto as personalidades dos personagens. Outra coisa que não me agradou foram os acontecimentos do clímax e do final. Isso foi o maior deslize e burrice que vi um personagem fazer. Não tem como aceitar.

Bem, o romance, ah, o romance… Até agora estou me perguntando o que diabos deu para Scott Westerfeld ter colocado aquela relação do Zane com a Tally. O pior, a garota ainda menospreza David, sua paixão na fumaça. Já vi várias personagens prepotentes, mas Youngblood se supera…

Enfim, não sei falar o quanto estou decepcionado com os rumos que a jornada escrita por Westerfeld tomou, porém, como sou teimoso, vou ler Especiais para saber como a história termina e assim ter uma opinião melhor sobre toda a jornada. Nunca se sabe o que pode ser explicado em último livro. Por hora, vou dar um tempo nessa trilogia que me arrancou sorrisos em sua primeira parte e me deixou bravo na segunda. Quem sabe eu não apareça fazendo elogios rasgados ao fechamento? Pode ocorrer também de a decepção aumentar ainda mais, se é que isso é possível.

Você pode ler a resenha de Feios clicando aqui.

Resenhas

Resenha: Psicose, Roberth Bloch

Psicose, o clássico de Robert Bloch, foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas femininas. Em Psicose, sem edição no Brasil há 50 anos, Bloch antecipou e prenunciou a explosão do fenômeno serial killer do final dos anos 1980 e começo dos 1990. O livro, assim com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror, inspirando um número sem fim de imitações inferiores, assim como a criação de Bloch, o esquizofrênico violento e travestido Bate tornou-se um arquétipo do horror incorporado à cultura pop.

Psicose é um suspense escrito por Robert Bloch.

Em um hotel na beira de uma rodovia, uma mulher se hospeda para passar a noite. Até então, é bem acolhida, mas sua estada por lá não dura muito. A hóspede acaba sendo assassinada e aí vários segredos do hotel e da jovem morta começam a ser descobertos.

É bem difícil resenhar um livro como Psicose. Bem, para quem não sabe, existe um clássico do cinema que é inspirado na obra de Bloch. O filme tem o mesmo nome e conta com a direção do mestre Hitchcock. Como vi a adaptação há um tempão, não me lembrava mais de muitas coisas e fui surpreendido (novamente!). Confesso que, o início é bem chatinho, porém quando fui avançando e adentrando mais no mistério, fiquei totalmente enrolado na teia que Robert criou. Sério, a apreensão tomou conta! Não tem como não ficar absorto na trama.

O modo como vai se desenrolando, que as descobertas são feitas, que os pontos se ligam e principalmente quando estamos próximos de desvendar o grande mistério que envolve os Bates. É o tipo de narrativa que evolui, e o autor, que começa tímido, vai se mostrando voraz com o decorrer de sua narrativa. Isso é tão bom, pois me pegou de surpresa quando as coisas explodiram e só lendo para saber o quão impressionante é!

Se você já assistiu ao filme, sabe que Norman Bates, o protagonista e gerente/dono do hotel, é um dos personagens mais complexos e – diga-se de passagem – bem construídos da história. Sua personalidade misteriosa chega a ser insana! O homem é simplesmente uma caixinha de surpresa que vai se abrindo durante as páginas. Gostei bastante da relação dele com sua mãe. O tema que envolve os dois é bem elaborado e a forma como Bloch tratou, a meticulosidade de todo o assunto, foi incrível.

Não tenho nem palavras que exprimam completamente minha opinião sobre esta obra! É fantástica! Não foi à toa que um grande cineasta tenha usado o livro como inspiração para um filme magistral. Não é todo dia que o mundo literário é agraciado com uma história como esta. Precisamos de mais autores com a genialidade de Robert Bloch! Além de possuir tudo isto, ainda fui agraciado com uma edição fantástica. DarkSide com as melhores edições, sempre!

Resenhas

Resenha: Devastadoras, Sara Shepard

Décimo segundo volume da série de sucesso internacional Pretty Little Liars, Devastadoras traz as quatro belas mentirosas de Rosewood em alto-mar. Afinal, nada como férias em um cruzeiro luxuoso para esquecer os problemas dos últimos tempos e as perseguições de A. Mas parece que a maré não está muito favorável para o quarteto, pois quanto mais tentam esquecer o passado e viver novas histórias, mais Emily, Aria, Spencer e Hanna se afundam num mar de segredos e perigos, sempre sob o olhar atento e misterioso de A. Será que o tão sonhado cruzeiro levará as jovens para o naufrágio definitivo?

Devastadoras é o décimo segundo volume da série Pretty Little Liars, escrita por Sara Shepard.

Hora de pegar as malas, pois um cruzeiro vem aí e Hanna, Emily, Aria e Spencer não vão perder a chance de viajar e ver se podem se livrar de A. Só que o mandante das mensagens não descansa nunca! Os segredos e os fatos irão se conectar.

Peguem os botes salva-vidas pois Devastadoras é um livro daqueles…

Quem acompanha o site sabe que a cada livro que se passa, eu fico impressionado com a genialidade de Sara Shepard. Com este não foi diferente. Apesar de o volume anterior ter sido bem morno, este é uma labareda! Depois de doze livros, já sei que nenhuma viagem durante a história acaba bem. As garotas têm um psicopata atrás delas, logo não teriam sossego.

O que mais gosto nessa série é o modo como as tudo se conecta, as pessoas, os acontecimentos… É tudo tão bem bolado que em diversos momentos tenho medo da autora.

As personagens, como sempre, estão assustadas, mas não deixam de fazer burrada. E acaba que elas mesmas se ferram. Isso é engraçado pois é exatamente isso que A quer. Gosto bastante da construção do misterioso A. Acho incrível o modo como ele domina as mentirosas.

A única coisa que não me agradou muito foi que eu pensava que este livro seria o fechamento do terceiro arco, porém, não foi. Sendo assim, ainda vou ter muito no que pensar para desvendar sobre o assassinato de Tabitha Clark.

Enfim, depois de 12 livros fica difícil resenhar a série sem soltar muitos spoilers, mas estou tentando. Então, se você aguentou até Estonteantes, dê uma chance para Devastadoras. Vale a pena. Gostaria de lembrar que, é bom se segurar bem pois este volume é que nem o Titanic. Um toque no iceberg e puf!

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Resenha: Sob a Redoma, Stephen King

O suspense está no ar. A luta pela sobrevivência dos habitantes de uma pequena cidade vai te prender do começo ao fim em Sob a Redoma, de Stephen King. Em 960 páginas, você verá uma pacata cidade interiorana ser misteriosamente isolada do restante do mundo por meio de um campo de força invisível. Nada pode ser aproximar dos limites dessa barreira e não há nenhum tipo de comunicação possível com o mundo lá fora.

Mistério, suspense, política, mortes, medo, angústia, consequências ecológicas desastrosas. Qual será o desenrolar dessa trama?

Até agora não caiu a ficha de que eu acabei este livro! De início, parece ser enorme, porém quando vamos começando a ficar enclausurados junto com os moradores da cidade em formato de bota, começamos a viver suas vidas, sentir seus medos e, claro, suas aflições em relação ao confinamento. Sério, são 960 páginas que mais parecem 400. Foi impossível não ficar sob a redoma!

Tenho que confessar que era louco para ler este livro desde 2012 e só agora, em 2015, tive a oportunidade de adentrar na vida dos cidadãos da pacata Chester’s Mill, e foi uma aventura alucinante e ao mesmo tempo agoniante. Alucinante pois nunca havia lido algo de tamanha complexidade, e agoniante porque entramos na vida de pessoas tão distintas e vemos até onde elas vão para poder sobreviver. Essa mistura foi algo que casou perfeitamente bem. Mas também porque temos na direção do futuro da cidade nada mais nada menos que Stephen King, um autor cultuado, renomado, incrivelmente criativo e inteligente.

Muitos podem pensar que, o foco do livro é a ficção, porém, o grande trunfo é o fato de termos pouca coisa fictícia e termos um banquete de realidade. A grande jogada de King nesta trama é o convívio das pessoas em situações extremas. É impressionante o modo como Stephen trata a sociedade. Ele não mede palavras e cenas. As coisas beiram a realidade, o que chega a ser assustador.

Ainda falando em King, uma coisa que eu simplesmente adorei foi que tive a chance de ver o ponto de vista de todo o elenco. Isso foi incrível! Além disso, o regionalismo é bem pesado e, diga-se de passagem, bem trabalhado.

O livro em si é muito bom, porém, há um problema. O desfecho. Bem, é bem triste um enredo tão bom e tão rico acabar tendo um desfecho tão mísero. Assim, o clímax foi bom mas a resolução foi bem mediana. Depois de 900 páginas majestosas, as 60 que eram para ser as mais importantes acabaram me decepcionando. Mas não desanimem, isso não tira o brilho de Sob a Redoma.

É uma experiência fantástica e única. Só tenho uma recomendação: prepare-se para grandes emoções.

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Resenha: Delírio, Lauren Oliver

Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos.

Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas.

Delírio é o primeiro volume da trilogia homônima.

Agora, nos Estados Unidos existe a cura para o amor. Aos dezoito anos, todos passam por uma cirurgia para retirar o amor. Lena é uma garota prestes a fazer o procedimento, só que, como todos sabemos, ela vai se apaixonar e aí começa uma “resistência” contra o processo. Em suma, é isso.

Bem, todas as distopias que li tinham um clima muito tenso, porém Delírio, não. Em vários momentos pensava que estava lendo uma história que se passasse nos dias atuais e não em um futuro distante. Eu achei isso um jogada legal de Oliver, pois consegui me conectar melhor com a história.

Caso você não goste de romance, nem pegue este livro. É romance puro! Apesar de ter algumas críticas sociais, o foco é no relacionamento proibido da protagonista. Por incrível que pareça, o fato de a narrativa ser tão romântica é o grande trunfo da história. Outra coisa que achei fantástica foi a reflexão que vem com a questão de proibirem o amor, Lauren presenteia o leitor com vários trechos e frases de efeito sobre sentimento e afeto.

Hum, os personagens… Considero Lena uma protagonista que começa sem nenhum potencial mas que com decorrer da narrativa vai crescendo e se tornando “forte”. Temos Hana, a melhor amiga de Lena, que considero uma personagem forte e creio que vai se destacar bastante nos próximos volumes. Em relação ao casal principal, gostei bastante da forma como a relação deles foi construída. Não foi algo rápido e nem sem sentido.

Ah, não sei mais o que falar sobre este livro. Só posso dizer que se você tiver a oportunidade de ler, leia. É uma história leve e fofa. Gostaria de destacar que o final é de tirar o fôlego e faz com que o leitor queira saber imediatamente o que vai acontecer. Recomendado!

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Resenha: O Retorno da Feiticeira, Chris Colfer

A Terra de Histórias não é mais o lugar que os irmãos Alex e Conner Bailey conheceram há um ano quando vivenciaram emocionantes aventuras para completar o Feitiço do Desejo. Agora, a malvada Feiticeira, a mesma que condenou Bela Adormecida a anos de sono profundo, está de volta e quer vingança, e o mundo dos contos de fadas vive sob uma atmosfera de medo.

Quando o poder da Feiticeira atinge também o outro mundo e Charlotte, mãe dos gêmeos, desaparece misteriosamente, Alex e Conner desafiam as ordens da avó e encontram um jeito de voltar ao mundo mágico para resgatar a mãe. Para isso, contam com uma ajudinha da relutante Rainha Chapeuzinho Vermelho, dos foras da lei Cachinhos Dourados e João e do homem-sapo Froggy.

O Retorno da Feiticeira é o segundo volume da série Terra de Histórias, escrita por Chris Colfer.

Passou um tempo desde que Alex e Conner voltaram da Terra de Histórias, os irmãos Bailey continuam vivendo as suas vidas pacatas até que sua avó deixa de visitá-los, porém, isso não é o pior. Certo dia, a mãe dos jovens some e restará a eles resgatá-la na Terra de Histórias.

Eu não sei como me expressar sobre esse livro… Não consigo! Depois de ter sido surpreendido pela capacidade de Colfer no primeiro volume, este tomo me fez ficar ainda mais maravilhado com a história e o mundo que o autor criou. É simplesmente fantástico! Não tem como não gostar, não ficar absorto, não sentir a aura fantástica que a jornada pela Terra de Histórias traz. Quando embarquei de novo no mundo dos contos de fadas, eu realmente queria poder estar em corpo e não só em mente, mas tive que me contentar em ficar só observando. Creio eu que, se realmente existisse esse mundo, eu gostaria de morar lá! É mágico, é impressionante e ao mesmo tempo é triste pois não existe! Não me conformo de ter isso só na minha mente!

O mundo nem sempre nos retribui.

Passado meu momento de lamentação, poderei agora falar das maravilhas que esse livro trouxe para mim durante a leitura. Primeiro, logo em seu início já temos aquele clima tenso que me deixou ansioso para saber como as coisas iriam se desenrolar. Segundo, quando fui apresentado à situação em que a Terra de Histórias estava, fui diretamente transportado a uma das maiores aventuras da minha vida! Acreditem, eu realmente achei que estava junto dos irmãos Bailey! Terceiro, a escrita de Colfer e seus carismáticos personagens estão mais amáveis e engraçados do que nunca.

… eu sempre terei a mágica mais poderosa de todas dentro de mim: compaixão. 

Se o primeiro livro havia sido maravilhoso, esse foi espetacular! Não existe coisa mais gratificante para mim do que uma continuação conseguir ser tão boa (ou melhor!) quanto o seu antecessor. Eu não sei como elogiar mais essa série. Sou imensamente grato por Chris Colfer escrever uma história que eu sempre quis ler! Mesmo eu sendo adolescente, o meu lado criança tomou conta de mim durante a leitura e fiquei meio triste de não ter tido a oportunidade de ler esses livros quando eu era mais novo. Mas acho que a sensação seria a mesma: completa alegria e satisfação de poder se deliciar e aproveitar um mundo fantástico.

Eu só tenho a a agradecer à editora Benvirá por trazer esse livro estupendo para o Brasil e não é só isso, a edição MARAVILHOSA é o fechamento de ouro! Os mapas, a diagramação, a capa e a forma como foi impresso tornam a leitura ainda mais incrível. De longe, uma das melhores edições que tenho em minha estante!

Enfim, sem mais delongas, O Retorno da Feiticeira é fantástico, não só por sua história mas também pelos ensinamentos que traz. É tocante, emocionante e incrivelmente mágico. Não hesite, leia Terra de Histórias, não se arrependerá!

Ninguém vence quando há morte.

Resenhas

Resenha: After, Anna Todd

No primeiro livro, Tessa, de 18 anos, sai de casa, onde morava com a mãe, para ir para a faculdade. Até então sua vida se resumia a estudar e ir ao cinema com o doce namorado que conheceu ainda criança.

No primeiro dia na faculdade, quando passa a dividir o quarto com uma amiga que adora festas, Tessa conhece Hardin, um jovem rude, tatuado e com piercings que implica com seu jeito de garota certinha. Logo, no entanto, os dois se envolvem e Tessa, que era virgem, vê sua sexualidade aflorar. Hardin é inspirado em Harry Styles, um dos membros do One Direction. Os outros quatro músicos da banda(Zayn, Niall, Louis e Liam) também viraram personagens na trama.

Tessa logo descobre que Hardin possui um passado cheio de fantasmas e os dois começam um relacionamento intenso e turbulento. Depois dele, ela nunca mais será a mesma.

After é o primeiro romance de Anna Todd, uma autora sensação na rede de leitura Wattpad.

No livro de estreia de Todd, temos a história de Tessa, uma garota de dezoito anos que está ingressando na faculdade. A garota é o que se pode chamar de “comum”, têm boas notas e um namorado apaixonado, só que, ela ainda é virgem, ou seja, na faculdade isso é um caso raro. Até esse ponto, tudo bem, mas as coisas mudam quando ela conhece Hardin, amigo de Steph, a sua companheira de quarto. Hardin é o que chamam de bad boy; aquele garoto todo cheio de piercings e tatuagens, e claro, aquele cara que pega a garota que quiser. Tessa e Hardin são completamente diferentes, mas os opostos se atraem… Como cão e gato, os dois vão acabar criando um relacionamento complicado e com uma tensão sexual que só lendo.

Ao começar a leitura desse livro, já estava consciente de seu conteúdo e de sua trama. Aliás, pra quem não sabe, After era uma fanfic (erótica) de One Direction, ou seja, já sabia dos riscos que eu corria ao ler. Primeiro, o único livro com essa temática de romance adolescente erótico que eu tinha lido era Belo Desastre, então foi impossível não ver várias semelhanças entre as duas obras, porém, After tem o seu próprio charme. Mas tal charme não foi o suficiente para elevar a história a um patamar mais elevado, apesar de ter tudo para subir de nível na minha concepção.

Um dos fatores que fizeram o livro permanecer no seu “estágio inicial” foi o fato de o casal principal ser muito, mas MUITO chato. Sério, foi o par mais irritante que tive o desprazer de ler. Começando por Tessa namorar, trair seu namorado e ainda querer se passar de coitadinha, ninguém merece isso. Temos Hardin, aquele cara que tem seu ego mais inflado que airbag de carro caro, não dá pra suportar pessoas assim. Os dois possuem uma relação complicada, onde nenhum sabe o que o quer, o que irrita bastante, pois ficam em um vai e vem, e eu odeio isso.

Apesar dessa relação ser o centro da história, por incrível que pareça, tive uma leitura que fluiu bem, só tive vários momentos de estresse com o casal, mas a narrativa de Todd é ágil e rápida. O fato de os capítulos serem pequenos também colaborou bastante. Acho que quando se tem capítulos com poucas páginas a leitura fica mais dinâmica.

Acho que um dos grandes problemas do livro foi o fato de a história não ser tão bem trabalhada, pois só ficamos naquele mesmo ponto durante maior parte do livro e só no final temos aquela surpresa que é o gancho para os próximo volume (sim, é uma trilogia). Poderia ter feito mais algumas coisas no decorrer do livro para não ficar uma coisa tão forçada.

Tenho que admitir que After é sexy e possui cenas turbinadas de sensualidade e paixão. Para os leitores ávidos de romances do gênero, o livro é simplesmente um banquete. Para mim, que não sou acostumado a ler coisas do tipo, até que foi uma leitura não tão desagradável.

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Resenha: Os Garotos Corvos, Maggie Stiefvater

Todo ano, na véspera do Dia de São Marcos, Blue Sargent vai com sua mãe clarividente até uma igreja abandonada para ver os espíritos daqueles que vão morrer em breve. Blue nunca consegue vê-los – até este ano, quando um garoto emerge da escuridão e fala diretamente com ela.

Seu nome Gansey, e ela logo descobre que ele é um estudante rico da Academia Aglionby, a escola particular da cidade. Mas Blue se impôs uma regra: ficar longe dos garotos da Aglionby. Conhecidos como garotos corvos, eles só podem significar encrenca.

Gansey tem tudo – dinheiro, boa aparência, amigos leais -, mas deseja muito mais. Ele está em uma missão com outros três garotos corvos: Adam, o aluno pobre que se ressente de toda a riqueza ao seu redor; Ronan, a alma pertubada que varia da raiva ao desespero; e Noah, o observador taciturno, que percebe muitas coisas, mas fala pouco.

Os Garotos Corvos é o primeiro volume da Saga dos Corvos, escrita por Maggie Stiefvater.

O livro é bem peculiar, acreditem. Tem toda uma aura meio sombria , porém, no decorrer, acabamos vendo que não há muitas diferenças comparado a outras obras do gênero. Mas não se engane, como uma boa fantasia, Stiefvater nos traz uma mitologia própria e única. Devido ao fato de trazer toda uma cultura incrementada em sua narrativa, Maggie pecou no fato de não se aprofundar naquilo que criou. Demorou algumas boas longas páginas para que pudéssemos chegar ao ponto, poderia ter encurtado um pouco. Sei que é uma introdução, mas não precisava de duzentas páginas para mostrar o propósito da trama.

Eis que chegamos ao ponto que vai fazer a trama se desenrolar e aí, tudo melhora. Conseguimos adentrar um pouco mais no mistério que circunda a história, podemos entender melhor porque os personagens estão procurando o que desejam e isso foi bacana, pois essa busca foi o que diferenciou o livro de certo modo, achei que deu um tom único. Então, para quem curte mistérios e jornadas – não tão longas – vai adorar Garotos Corvos.

Bem, a escrita de Stiefvater foi uma surpresa bem agradável para mim. A forma como ela narra se assemelha bastante à de E. Lockhart, aquela coisa que lembra poesia. O legal também é o uso de palavras e expressões que são pouco utilizadas, isso foi um show à parte. Creio que, devido à escrita de Maggie, a leitura foi bem mais agradável e fluida. Pontos para ela.

Garotos Corvos é um livro bom, sim, apesar dos seus problemas de desenvolvimento. Vale a pena dar uma chance, porque, como falei anteriormente, é uma história com uma mitologia única e não existe nada melhor do que conhecer coisas novas. Sobre o clímax e o final, eu senti que houve aquele velho truque de que tudo foi empurrado para aquela parte só para deixar o leitor com vontade de ler o próximo volume. Não consegui gostar tanto disso, pois, se tais informações tivessem sido dadas no decorrer do volume, não haveria tantas partes “chatinhas” como houve. Apesar de tudo, o auge do livro me satisfez e me deixou com aquela curiosidade de saber as respostas para as perguntas que foram deixadas. Gostaria de acrescentar aqui os meus parabéns ao trabalho da Verus Editora. A capa é linda, e a textura é uma maravilha, além da ótima diagramação. Fico no aguardo do segundo tomo para ver tanto o trabalho da autora como o da editora.

Resenhas

Resenha: Mentirosos, E. Lockhart

Os Sinclair são uma família rica e renomada, que se recusa a admitir que está em decadência e se agarra a todo custo às tradições. Assim, todo ano eles passam as férias de verão numa ilha particular. Cadence, neta primogênita e principal herdeira, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat são inseparáveis desde pequenos, e juntos formam um grupo chamado Mentirosos. Cadence admira Gat por suas convicções políticas e, conforme os anos passam, a amizade com aquele garoto intenso evolui para algo mais. Mas tudo desmorona durante o verão de seus quinze anos, quando Cadence sofre um estranho acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, depressão, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos. Toda a família a trata com extremo cuidado e se recusa a dar mais detalhes sobre o ocorrido¿ até que Cadence finalmente volta à ilha para juntar as lembranças do que realmente aconteceu.

O livro conta a história de Cadence Sinclair, herdeira da família Sinclair. Durante o decorrer da narrativa, conhecemos cada personagem e temos a chance de entrar no mundo particular deles – a Ilha Beechwood. Dentre os Sinclairs, existem os Mentirosos, um grupo que é formado por Johnny, Mirren e Gat. Vemos os dramas, os problemas e os segredos de uma família tão perfeita…

Sabe aquele livro que te conquista pelo nome? Imagina aí quando um fã de Pretty Little Liars se depara com o título Mentirosos e  já o deseja loucamente: esse foi o meu caso. Porém, a minha reação com a história não foi a esperada. Primeiro, a protagonista me pareceu incrivelmente irritante e, segundo, não fiquei naquela vontade louca para saber o que iria acontecer. Entretanto, o livro traz uma trama bem construída e uma prosa fantástica!

O pano de fundo para a história de amor é estupendo, no entanto, o fato de a Cadence ser tão chata fez a coisa desandar. O par dela, Gat, é um garoto comum e sem muitos atributos. Acho que a ligação afetiva de uma garota psicótica e paranoica com um menino normal não combinou nada. Em relação aos outros personagens, o que se pode dizer é que eles são neutros. Acho que a única coisa que me irritou mesmo foi a personalidade da Cadence.

Gostaria de colocar aqui todos os meus elogios para Lockhart. Gente! Que escrita é essa?! Essa mulher é genial! A introdução poética no decorrer do livro é incrível. Nunca tinha visto nada do tipo. A escolha das palavras, dos momentos, tudo foi bem colocado e estruturado. O mundo literário precisa de mais autores que inovem em suas narrativas. De longe, E. Lockhart tem uma das escritas mais impressionantes da atualidade.

O livro tem suas falhas como todos os outros, mas, levando em consideração o todo da história, é um drama bem escrito e surpreendente no seu desfecho. É recomendado para passar o tempo e para admirá-lo na estante. A edição é impressionante: diagramação, edição, capa e, claro, os mapas incrementados. Leiam!