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Ficção científica Máquina do Tempo estreia nesta quinta-feira (13)
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Ficção científica Máquina do Tempo estreia nesta quinta-feira (13) nos cinemas

Em Máquina do Tempo, as irmãs Thomasina e Martha desenvolvem uma criação inovadora: um aparelho capaz de captar transmissões de rádio e televisão vindas do futuro. A invenção abre caminho para descobertas culturais – como a antecipação do movimento punk – mas logo se revela útil em outro contexto. Durante a Segunda Guerra Mundial, o equipamento é usado para fins táticos, alterando o curso dos acontecimentos. Máquina do Tempo chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 13 de março, com distribuição da Pandora Filmes.

+ Sete produções cinematográficas para visibilidade do Norte brasileiro

Produzido com câmeras e lentes originais dos anos 1930 e revelado em um tanque soviético de 16mm, o filme adota o estilo found-footage – termo que designa obras que simulam imagens gravadas pelos próprios personagens – conferindo ao público a sensação de estar diante de registros reais da época. A trilha sonora assinada por Neil Hannon (líder da banda The Divine Comedy) traz faixas de David Bowie, The Kinks e composições clássicas do britânico Edward Elgar.

A ficção científica é uma coprodução entre Irlanda e Reino Unido, estrelada por Stefanie Martini e Emma Appleton (conhecida pela série “Tudo o que Sei sobre o Amor”, de 2022). O longa marca a estreia de Andrew Legge na direção e foi indicado ao prêmio Swatch de Melhor Primeiro Filme no Festival de Locarno, em 2022.

Máquina do Tempo é distribuído pela Pandora Filmes.

Sinopse
Inglaterra, 1941. As irmãs Thomasina e Martha criaram uma máquina que pode interceptar transmissões do futuro. Esse aparelho encantador permite que elas explorem seu punk interior uma geração antes de o movimento começar a existir. Mas, com a escalada da Segunda Guerra Mundial, as irmãs decidem usar a máquina como uma arma de inteligência, com consequências que alteram o mundo.

Sete produções cinematográficas para visibilidade do Norte brasileiro
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Sete produções cinematográficas para visibilidade do Norte brasileiro

O cinema brasileiro está cada vez mais em foco. Com as indicações de “Ainda estou aqui” no Oscar e as grandes chances de vitória, as produções nacionais tem se destacado e chamado cada vez mais atenção e atraído mais público para as salas de cinema no país. Entretanto, ainda existe uma lacuna na representatividade do Brasil como um todo, e uma busca por visibilidade a ser evidenciada para todos os cantos do país.

+ 5 curtas-metragens brasileiros disponíveis no Vimeo

Pensando nisso, o diretor paraense San Marcelo, que atualmente produz um documentário sobre o músico multi-instrumentista Manoel Cordeiro e a criação de seu manifesto sobre a música popular feita na Amazônia, selecionou sete filmes do Norte do Brasil.

“Eu acho importante você consumir esse tipo de filme pelo simples fato de conhecer outras narrativas e formas de apresentar o Brasil. Uma boa parcela dos brasileiros não conhece a outra metade do país, e ainda são cheios de estereótipos e preconceitos, mas o Brasil não é apenas a metade para baixo. Esses filmes acabam preenchendo essa lacuna na formação, educação e compreensão do país como um todo. Por muito tempo, essas histórias foram contadas por um olhar estrangeiro de como acham que seja a realidade do Norte, então o diferencial é que somos nós mesmos contando nossas histórias”, comenta o diretor.

“O Barco e o Rio”

Com direção de Bernardo Ale Abinader, encontramos Vera, uma mulher religiosa que cuida de um barco no porto de Manaus, precisando lidar com sua irmã Josi, com quem diverge tanto sobre como cuidar do barco quanto como viver a vida. O curta-metragem foi gravado no Amazonas e estrela Isabela Catão e Caroline Nunes.

Assista em https://cardume.tv.br/catalogo/?year_filter=2020

“Solitude”

Sol, na Amazônia, encara a solidão e carência depois de um relacionamento, enquanto uma Sombra busca independência, mas começa a desaparecer lentamente. A animação tem direção da amapaense Tami Martins.

Assista em https://portacurtas.org.br/filme/?name=solitude

“Aqui en la Frontera”’

O documentário, dirigido por Marcela Ulhoa e Daniel Tancrendi, retrata a crise migratória na América Latina partindo da história de três venezuelanos. O filme foi filmado na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.

Assista em https://play.ecofalante.org.br/

“Ela mora logo ali”

Com direção de Rafael Rogante e Fábio Barroso, o filme traz uma humilde ambulante de uma cidade da região da Floresta Amazônica que tem sua rotina alterada ao conhecer uma jovem leitora no ônibus no caminho de volta para casa. A partir desse momento, a vendedora inicia uma nova jornada de descobertas, sonhos e o desafio de encontrar o livro preferido de seu filho.

Assista em https://www.itauculturalplay.com.br/

“Noites Alienígenas”

Três amigos de infância e da periferia se reencontram na cidade de Rio Branco, Acre (Norte), em um contexto trágico de chegada de facções criminosas do sudeste do Brasil para a Amazônia. O drama policial tem direção de Sérgio de Carvalho. O filme está disponível no Globoplay.

“O Barulho da Noite”

Maria Luíza é uma criança de sete anos que leva uma vida feliz com sua família, mas sua ingenuidade é golpeada quando ela descobre que sua mãe é apaixonada pelo sobrinho, que é ajudante da roça do pai. O possível desmonte de sua família a coloca em um estado de melancolia e medo, conforme o intruso vai se aproximando do núcleo e as estruturas familiares vão se dissolvendo.

“Terruá Pará”

Com direção de Jorane de Castro, somos conduzidos a um profundo mergulho na diversidade da música amazônica, com momentos de encantamento e emoção a partir de depoimentos de Dona Onete, Manoel Cordeiro, Pio Lobato e outros.

Projeto leva jovens da periferia para a produção cinematográfica e tem filme selecionado para festival
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Projeto leva jovens da periferia para a produção cinematográfica e tem filme selecionado para festival

O projeto “Estudos, Câmera e Ação”, parceria da Asbrinc (Associação Brincar e Crescer) com a Sociedade Brasileira das Religiosas do Sagrado Coração de Jesus, surge com o propósito de continuar o legado pedagógico e social da instituição no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Com foco na justiça social, igualdade e no bem comum, a iniciativa atua com um olhar integral sobre as necessidades dos adolescentes da região, superando barreiras educacionais e sociais, e oferecendo apoio essencial para a formação cidadã e o fortalecimento dos direitos humanos.

A proposta abrange o reforço escolar, a formação sociocultural e o apoio em aspectos psicológicos, físicos e nutricionais, sempre com a missão de melhorar a qualidade de vida e as condições de aprendizagem de jovens da comunidade. As atividades do projeto não apenas buscam reverter a defasagem escolar, mas também oferecer uma formação de base que capacite os participantes a transformar sua realidade e atuar como agentes de mudança.

As dinâmicas incluem aulas de reforço escolar em Matemática e Português de maneira prática e interativa para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II, integradas a Oficinas de Audiovisual e Novas Tecnologias, realizadas com foco no desenvolvimento da comunicação, compreensão crítica e na criação de narrativas sociais.

A Oficina de Audiovisual e Novas Tecnologias tem como objetivo capacitar os jovens a criar suas próprias narrativas audiovisuais, utilizando ferramentas simples como celulares e softwares de edição. Os alunos abordam temas sociais como desigualdade, homofobia e violência infantil, e desenvolvem campanhas de conscientização sobre o aquecimento global e o combate à exploração sexual infantil. Além da produção de vídeos e campanhas, as oficinas promovem debates sobre o uso responsável das redes sociais, a saúde mental e a importância da comunicação na sociedade contemporânea.

Já as Oficinas Culturais oferecem módulos de fotografia e cinema, permitindo aos alunos explorarem a história da fotografia e sua relação com o mundo moderno, e entenderem o audiovisual como uma ferramenta para a expressão cultural e a reflexão crítica. O trabalho prático inclui atividades no território local e tem como base a metodologia freiriana, promovendo o pensamento crítico e a construção coletiva de saberes.

Desafios

O Alto da Boa Vista enfrenta carências históricas em áreas essenciais, como educação, lazer, cultura e segurança pública, com instituições de ensino em condições precárias. Além disso, o aumento da violência social, o agravamento da fome e a ascensão do crime organizado são desafios que afetam diretamente as crianças e adolescentes da região.

No entanto, o “Estudos, Câmera e Ação” atua para transformar esse cenário, utilizando a educação e a cultura como ferramentas de empoderamento e inclusão social. O projeto oferece suporte a adolescentes das escolas municipais para que eles possam superar as dificuldades de aprendizagem e adquirir novas habilidades.

– O objetivo central do “Estudos, Câmera e Ação” é a formação integral de jovens cidadãos, capacitados não apenas academicamente, mas também em aspectos sociais e culturais, estimulando a reflexão crítica e a compreensão do seu papel na sociedade – explica Daniel Paes, presidente da Asbrinc e um dos responsáveis pelo projeto.

Reconhecimento

 “Pátria Amada”, filme desenvolvido pela turma do projeto, foi selecionado para a 18ª edição do Festival Visões Periféricas, que acontecerá de forma online entre os dias 12 e 18 de março no Rio de Janeiro. O curta-metragem aborda a fome e a desigualdade social no Brasil e foi realizada na oficina de Audiovisual e Novas Tecnologias, ministrada pela professora Paula Marques, que dirige o filme com João Gabriel Prado. A produção contou com suporte e parceria da Asbrinc com o Ponto de Cultura Cine Floresta Nossa.

O filme será exibido na “Mostra Visorama” do festival, entre os dias 14 e 16 de março.

– O projeto se revela como um agente de transformação social, proporcionando ferramentas para a construção de um futuro mais justo e igualitário. Por meio de uma abordagem integral que combina reforço escolar, cultura, tecnologia e direitos humanos, seguimos empenhados em proporcionar uma educação transformadora, comprometida com a cidadania e com o desenvolvimento integral dos jovens, como protagonistas do futuro que desejam construir para si mesmos e para sua comunidade – destaca Paula Marques, que também é coordenadora de projetos e educadora da Asbrinc.

Bienal do Livro Rio 2025: conceito de Book Park reforça presença de marcas não endêmicas
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Bienal do Livro Rio 2025: conceito de Book Park reforça presença de marcas não endêmicas

Potente plataforma de conexão com a memória afetiva das pessoas, a Bienal do Livro Rio vem despertando a atenção de muitas marcas que querem se apropriar desse espaço de interação genuína e enxergam uma oportunidade única de troca com o público. O maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país arrasta multidões e mobiliza gerações a partir de sentimentos muito particulares, além da imaginação, do sonho e da criatividade. Nesta edição, no ano em que a cidade do Rio de Janeiro é consagrada como ‘Capital Mundial do Livro’ pela Unesco, a Bienal vai extrapolar o diálogo entre as diferentes narrativas, trazendo as histórias embaladas por um novo conceito de Book Park, que amplia ainda mais as possibilidades de ativação para marcas não endêmicas ao mercado editorial. E o livro, claro, permanece como protagonista deste parque de diversões literário.

Assim como a Shell Brasil – que abraça a cota ‘Apresenta’ –, grandes marcas de diferentes segmentos renovam sua presença no festival, como Itaú, Suzano e BIC, comprovando a relevância da Bienal do Livro Rio e retorno sobre a participação. Além disso, empresas como Faber-Castell, Grupo Cataratas, Paper Excellence, o app de livros Skeelo e o operador portuário MultiRio se juntam ao time de apoiadores, conquistando visibilidade e conhecimento de marca para os fãs da Bienal de todas as idades – um público amplo e diverso. Muitos dos patrocinadores também participarão deste evento tão efervescente oferecendo experiências aos visitantes.

Espaços como o “Palco Apoteose”, que terá uma curadoria conjunta formada por Thalita Rebouças, Clara Alves, Rosane Svartman e Clélia Bessa, e a “Praça Além da Página” – um ponto de encontro para leitores compartilharem histórias, viverem desafios literários e explorarem a literatura de forma imersiva e interativa –terão os naming rights da Shell Brasil, que também assina a Cota ‘Sustentabilidade’, cuja missão é a neutralização de carbono e descarte responsável de resíduos.

A Suzano, por exemplo, volta à Bienal, desta vez festejando os 25 anos do Café Literário, que tradicionalmente concentra as discussões mais profundas, com curadoria composta por nomes de peso como Lázaro Ramos, Flávia Oliveira, Luiz Antônio Simas, Pedro Pacífico (Bookster) e Bianca Ramoneda.

Já a Paper Excellence está patrocinando a Praça de Autógrafos e uma das grandes novidades desta edição: o Labirinto de Histórias, espaço interativo onde os livros ganham vida de forma lúdica. Além disso, ainda haverá um “Escape Room” temático patrocinado pelas editoras, oferecendo uma experiência imersiva inédita. Há ainda finalização de contratos com uma concessionária de energia e uma empresa de telefonia.

“A Bienal do Livro Rio é um grande momento de celebração da experiência leitora e traz um impacto muito significativo para o mercado literário, mas também já o transcende. Assim como outros grandes festivais relacionados à música, geek e games, estamos cada vez mais nos posicionando como plataforma valiosa de associação e valorização de marcas. A diferença muito especial aqui é que nossos produtos são o livro, as histórias e narrativas, a cultura e a relação das pessoas com esse universo literário”, destaca Bruno Henrique, diretor de Marketing e BI da GL events Exhibitions, organizadora da Bienal em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

Apresentada pelo Ministério da Cultura e Shell Brasil, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Bienal do Livro Rio 2025 vai acontecer de 13 a 22 de junho de 2025, no Riocentro, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Além das marcas já confirmadas, outras negociações estão em andamento e prometem trazer ainda mais novidades para o evento, ampliando o impacto e a diversidade de ativações no Book Park. A expectativa é de que novos patrocinadores e apoiadores sejam anunciados nos próximos meses.

Girassol Vermelho, filme de abertura da Mostra de Cinema de Tiradentes 2025, estreia em 20/03 nos cinemas
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Girassol Vermelho, filme de abertura da Mostra de Cinema de Tiradentes 2025, estreia em 20/03 nos cinemas

Girassol Vermelho, novo longa-metragem do multiartista mineiro Eder Santos e co-dirigido por Thiago Villas Boas, estreia em 20 de março nos cinemas, com distribuição da Pandora Filmes. Selecionado para abrir a Mostra de Cinema de Tiradentes de 2025, o filme é inspirado na obra do escritor Murilo Rubião, mestre do realismo fantástico. A trama acompanha Romeu (Chico Diaz), um homem que, ao tentar fugir do passado em busca de liberdade, acaba sendo preso e torturado numa estranha cidade onde fazer perguntas é proibido.

Selecionado para abrir a Mostra de Cinema de Tiradentes de 2025, Girassol Vermelho marca o início de uma trilogia intitulada “RGB” — sigla que faz referência às cores vermelho, verde e azul, fundamentais na formação das imagens digitais. Além do filme em questão, a trilogia inclui Deserto Azul (2014) e um terceiro título em desenvolvimento. Esse conceito cromático reflete a própria trajetória de Eder Santos, reconhecido por sua experimentação visual e pela fusão entre imagem eletrônica e narrativa cinematográfica. Desde os anos 1980, o diretor consolidou-se como um dos pioneiros da videoarte no Brasil, com suas obras exibidas em festivais internacionais e integradas aos acervos de instituições como o MoMA, em Nova York, e o Centre Pompidou, em Paris.

Filmado em uma fábrica de cimento desativada, Girassol Vermelho se destaca pela ambientação bruta e distópica. A direção de arte, assinada por Laura Vinci e Joana Porto, traz a experiência do teatro para a construção dos cenários, enquanto a fotografia é conduzida por Stefan Ciupek, que também assinou Deserto Azul (2014) e tem no currículo trabalhos em produções internacionais como “Quem Quer ser um Milionário” (2008), “Anticristo” (2009), “Armas em Jogo” (2020) e o documentário “Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou” (2019).

Este último filme também estabelece uma conexão com o elenco de Girassol Vermelho, que conta com a participação de Bárbara Paz, diretora do documentário sobre Babenco. Além dela e de Chico Diaz, que também é co-produtor do projeto, o elenco reúne atores da Mundana Companhia, grupo teatral de São Paulo com o qual Eder Santos colaborou por quatro anos: Aurí Porto, Vinícius Meloni, Mariano Mattos Martins e Luísa Lemmertz. Já na reta final da produção, o diretor decidiu incluir um novo personagem para amarrar melhor a narrativa. Interpretado por Daniel de Oliveira, ele foi filmado em dezembro de 2023, poucos meses antes da estreia do longa nos festivais.

Girassol Vermelho é inspirado em dois contos de Murilo Rubião: “A Cidade” e “Os Comensais”. A relação de Eder Santos com o escritor remonta aos tempos de faculdade, em Belo Horizonte, quando o diretor, então envolvido com teatro, conheceu Rubião pessoalmente e chegou a ter reuniões com ele para planejar uma peça baseada em seus contos. O resultado é um filme que mistura o absurdo e o onírico, típicos do universo rubiano, com a estética única de Santos, que transita entre o cinema e as artes plásticas.

O longa explora a violência institucionalizada e a alienação em um sistema que oprime e tortura seus indivíduos. Os temas centrais da obra – repressão, abuso de poder e impossibilidade de questionar – ressoam de forma crítica no cenário atual do Brasil e do mundo, marcado por ameaças à democracia.

Girassol Vermelho é um lançamento Pandora Filmes.

Sinopse
Girassol Vermelho é um filme inspirado em Murilo Rubião, mestre do realismo fantástico brasileiro, sobre a jornada de Romeu, um homem que deixa seu passado, numa busca pela liberdade.  Por acaso, ele chega a uma estranha cidade onde um sistema opressor e patético, que não permite questionamentos, o arrasta para uma sequência de interrogatórios e torturas. Nesse mundo absurdo, Romeu percebe que perdeu seu maior valor: a liberdade. Cheio de dor e fúria, Romeu, delirante, se entrega a uma nova e ainda mais estranha viagem.

A poesia de Edimilson de Almeida Pereira: BibliON promove palestra gratuita com transmissão ao vivo
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A poesia de Edimilson de Almeida Pereira: BibliON promove palestra gratuita com transmissão ao vivo

A BibliON (Biblioteca digital gratuita de São Paulo), equipamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e gerida pela SP Leituras, promove no dia 13 de março, das 19h30 às 21h, a palestra “A poesia Edimilson de Almeida Pereira”. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da BibliON e contará com tradução em Libras.

No encontro, o autor compartilhará sua trajetória no universo literário, abordando os elementos que marcam sua obra e visão sobre a poesia. Em seus livros, retrata a relação com a cultura afro-brasileira, a oralidade e a tradição popular. Os versos exploram temas como identidade, memória, território e diáspora africana, resultando em textos de forte impacto cultural. Além disso, a escrita dialoga com a musicalidade, incorporando ritmos e rimas que transformam os poemas em experiências sonoras e visuais.

A participação na palestra é gratuita, e as inscrições podem ser feitas pelo link: https://cadastro.siseb.org.br/biblion/inscrito/novo, os participantes inscritos recebem certificado. O evento também será transmitido pelo YouTube da BibliON: https://www.youtube.com/@biblionsp.

Palestra online – “A poesia de Edimilson de Almeida Pereira”
Data: 13 de março
Horário: 19h30 às 21h
Transmissão: YouTube da BibliON – https://www.youtube.com/@biblionsp
Acessibilidade: Tradução em Libras
Inscrição: https://cadastro.siseb.org.br/biblion/inscrito/novo

Sobre o autor: Edimilson de Almeida Pereira é poeta, ensaísta, autor de literatura infantojuvenil e professor colaborador da Pós-graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Juiz de Fora. Sua vasta produção literária inclui títulos premiados como O Ausente (Prêmio Oceanos, 2021), Front (Prêmio São Paulo de Literatura, 2021) e Poesia+ Antologia 1985-2019.

Se você deseja se aprofundar na obra do autor, a BibliON disponibiliza em seu acervo digital os livros O Som Vertebrado e Front, que podem ser acessados gratuitamente por meio dos links:

  • O Som Vertebrado – Edimilson de Almeida Pereira estreia na Editora José Olympio com O som vertebrado, um livro de poemas dedicado a Milton Nascimento, que completa 80 anos. A obra, organizada em quatro partes, traz 45 poemas inéditos que exploram forças naturais, humanas, maquínicas e espirituais, inspiradas pelos mais de quatrocentos anos de história de Minas Gerais. Conforme destacado no texto de orelha por Evando Nascimento, a poesia de Edimilson transita entre o individual e o coletivo, unindo humanos, minerais, plantas e animais em uma reflexão profunda sobre a vida.
  • Front – Numa prosa poética arrebatadora, Edimilson de Almeida Pereira narra neste romance a trajetória de um homem que se constitui a partir dos escombros de uma cidade hostil e monta, peça por peça, o mosaico da sua subjetividade com os estilhaços de uma vivência de violência, abandono e desigualdade. A estreia do poeta e ensaísta no romance se dá como explosão poética pós-apocalíptica.
Velhice Radical propõe envelhecer sem perder o espírito aventureiro
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“Velhice Radical” propõe envelhecer sem perder o espírito aventureiro

O jornalista Antoninho Rossini lançará seu livro, o Velhice Radical, no dia 18 de março de 2025, em um evento na Agência Rino & Partners, em São Paulo, às 19h. Este é o 16º livro autoral do jornalista e propõe ao leitor uma reflexão sobre a forma de enxergar a vida, mostrando que a idade não deve ser uma barreira para alcançar seus sonhos. Além da edição física, o livro será comercializado em versão digital por meio das plataformas Amazon KDP e pelo Google Book. De espírito aventureiro, com saltos de paraquedas, tirolesa, rapel, caminhadas e trilhas de longa distância, sempre foram prazeres que o mantém com preparo físico e disposição, apesar dos seus mais de 82 anos.

“Esse livro é resultado de uma experiência mal sucedida ocorrida comigo em julho do ano passado quando praticava trilha na Serra da Canastra, no interior de Minas Gerais. Foi escrito em menos de um mês enquanto me recuperava de um grave acidente, tendo que passar por cirurgia, colocação de placas, pinos e parafuso na perna direita, convivendo com dores atrozes. Meu tratamento ainda se encontra em curso, mas em fase de franca recuperação”, diz Rossini. Embora afastado de suas atividades por quase sete meses, considerou que deveria, com esse livro, alertar que as pessoas devem manter seus sonhos, apesar da idade e outras barreiras sociais ou preconceituosas.

Velhice Radical reúne relatos pessoais e emocionantes da vida do jornalista, além de fotos de suas “aventuras”, desde sua atuação como repórter nos tempos da ditadura militar até o acidente.

Rossini é jornalista, bacharel em Direito e administrador de empresas. Foi diretor de redação do caderno Propaganda & Marketing e atualmente atua como membro do Conselho Executivo do site Adnews. Além disso, dirige a Editora Tag & Line e, como escritor e editor, tem dezenas de obras publicadas, incluindo biografias, perfis empresariais, romances e traduções de obras internacionais. O comunicador destaca uma novidade sobre a sua nova publicação. “É o meu primeiro livro que recebeu tratamento de arte para diagramação e capa por meio de processo digital”, revela o autor.

Antoninho ainda atuou como repórter do jornal “O Combate Democrático”, que foi fechado durante a ditadura militar. Integrou o time de profissionais do jornal “Última Hora”, um dos principais jornais do Brasil, e também fez parte do seleto grupo de jornalistas que inauguraram a revista “Veja”, em setembro de 1968, além de ter atuado em emissoras de rádio como Bandeirantes e CBN.

Ele conta: “O que eu mais gosto? Se é da aventura, ou da escrita? Eu acho que em algum momento elas se confundem, só não sei em que altura”. E completa, “Eu não posso parar. Já estou criando novos planos para as minhas peraltices de aventureiro”, afirma. “Tenho 82 anos. Pretendo ser a melhor versão de mim mesmo”, finaliza.

Livro Profissões para mulheres, de Virginia Woolf, ganha vida com ilustrações de Marilda Castanha
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Livro Profissões para mulheres, de Virginia Woolf, ganha vida com ilustrações de Marilda Castanha

A Editora Maralto apresenta uma edição singular do ensaio Profissões para mulheres, de Virginia Woolf, enriquecida pelas ilustrações da premiada artista Marilda Castanha e com tradução de Adriana Lisboa. Publicado postumamente, o texto lido por Woolf em 1931 durante uma palestra é uma reflexão poderosa e atemporal sobre as barreiras enfrentadas pelas mulheres no mundo profissional e intelectual, bem como a necessidade de desafiar o ideal opressor da feminilidade consagrada no Anjo do Lar, expressão cunhada por Coventry Patmore em seu poema The Angel in the House.

Para ilustrar o texto, Marilda Castanha fez uma profunda imersão na obra e na vida de Virginia Woolf. Suas pesquisas abrangeram desde citações do próprio ensaio – incluindo autoras mencionadas por Woolf – até elementos biográficos e culturais que pudessem ampliar o entendimento visual e simbólico da narrativa. Marilda explorou fotos de uma das casas onde Woolf viveu, seu estilo de vestir e as pessoas com quem convivia, registrando até mesmo seus gostos literários.

“Foi especialmente inspirador descobrir que Woolf amava Alice no País das Maravilhas e que, certa vez, em um baile à fantasia, vestiu-se como a Lebre de Março”, explica Marilda. “Essa descoberta resultou em uma das imagens do livro. A leitura de Orlando – cuja personagem desafia o tempo, vivendo trezentos anos e passando pela experiência de mudar de gênero, também teve um impacto significativo, inclusive para minha decisão de usar imagens de relógios”.

Todas as referências coletadas por Marilda a orientaram na escolha de elementos que compõem as ilustrações, como pedras, xícaras, gaiolas, sapatos, etc., todos cuidadosamente integrados à técnica mista empregada por ela. Utilizando colagens, tinta acrílica, aquarela, gesso, estêncil e lápis, a artista criou uma paleta restrita e simbólica: cinzas, azuis-escuros, preto e sépia, com toques de ocre e vermelho para acentuar elementos específicos.

Entre as representações mais marcantes está a figura surreal de uma mulher com rosto de relógio, segurando um guarda-chuva para proteger um peixe – uma metáfora para a constante necessidade de inventar formas de resistência e sobrevivência. Rostos masculinos vendados em grupos de três, como uma muralha, aparecem como outra maneira de ilustrar a opressão, dominação e sujeição histórica a que as mulheres foram (e infelizmente ainda são) submetidas.

“Traduzir Virginia Woolf é um desafio, porque seu texto é tão sofisticado quanto preciso”, reflete a escritora e tradutora Adriana Lisboa. “Como mulher, é comovente encontrar ali um texto que inclui, que não se vale da autoridade da oradora que foi convidada a dar uma palestra sobre o papel da mulher na sociedade, mas que propõe que as próprias mulheres tenham curiosidade, criatividade e ousadia para fazer a si mesmas essa pergunta. Seria fácil, para a autora, abraçar esse lugar de poder, o que em suma não questionaria nenhuma estrutura, mas o que ela faz é se irmanar às outras mulheres, suas ouvintes e hoje leitoras, desbancando assim do modo mais cabal a hierarquização do mundo proposta e sustentada pela ordem patriarcal”.

Virginia Woolf escreveu sobre o árduo processo de libertar-se do “Anjo do Lar”, ao mesmo tempo que reconhecia como esse ideal vitoriano estava profundamente arraigado na mente das mulheres e na cultura de sua época. Apesar de escrito há quase um século, Profissões para mulheres permanece assustadoramente atual. O ensaio é uma reflexão não apenas sobre as desigualdades enfrentadas pelas mulheres – incluindo questões como misoginia e disparidade salarial –, mas também sobre o poder de quem se posiciona como detentor do saber e impõe sua visão ao outro.

“É triste concluir que, sim, ainda andamos, esbarramos e tropeçamos em ‘anjos do lar’”, explica a ilustradora. “Fomos, somos cercadas por avós, mães e tias, muito abnegadas, que encarnavam o anjo do lar. Mas, ao mesmo tempo, em algum momento de suas vidas, essas mulheres também reagiram, e deram testemunhos de extrema coragem. Acho que as últimas frases do ensaio ‘eu ficaria aqui de bom grado para discutir essas perguntas e respostas, mas não hoje. Meu tempo acabou, e devo parar por aqui’ finalizam de uma forma genial o livro, pois ela afirma que o tempo – dela e de certa forma de cada uma de nós (de pensar, de questionar, de refletir) – uma hora termina. Mas virão outras. Outras mulheres que continuarão essa tarefa de questionar, criticar e enfrentar todos esses fantasmas. Uma forma, também, de afirmar que há sempre esperança!”, finaliza Marilda Castanha.

“No caso de Profissões para mulheres, seria interessante ressaltar ainda que a estratégia retórica de Virginia Woolf é, de certa maneira, abdicar de seu lugar de poder como oradora e entregar a autoridade sobre o assunto em questão a suas ouvintes – aquelas mulheres que darão a resposta final às próprias perguntas. O que ela faz, em última instância, é questionar o lugar da mulher na sociedade moderna”, conclui Adriana Lisboa.

Essa edição, com estrutura luxuosa e em capa dura, com texto e ilustrações que se complementam de forma visceral, é mais do que um livro: é um convite à reflexão e ao debate sobre os desafios que as mulheres ainda enfrentam no século XXI. A obra já está disponível nas livrarias parceiras e faz parte do Programa de Formação Leitora Maralto, uma iniciativa voltada para escolas de todo o país.

A hora e a vez delas: mulheres escrevem poesia com Suzana Costa Longo
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A hora e a vez delas: mulheres escrevem poesia com Suzana Costa Longo

De 18 a 21 de março, no Sesc 24 de Maio, o curso A hora e a vez delas: mulheres escrevem poesia convida mulheres interessadas na escrita, com ou sem experiência, a explorarem a criação literária. Com quatro encontros de 180 minutos, a atividade combina exercícios práticos, leituras de referência e discussões sobre estratégias para a produção literária na contemporaneidade. A programação inclui experimentação em diferentes formatos e culmina em um sarau de encerramento.

Embora a produção literária feminina tenha ganhado espaço nos últimos anos, a publicação de livros no Brasil ainda é majoritariamente assinada por homens cisgêneros brancos – cerca de 75% das obras publicadas nas últimas quatro décadas, segundo o Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da UnB (GELBC). O curso reforça a importância da escrita como ferramenta de expressão e resistência, contribuindo para ampliar as vozes de mulheres, pessoas LGBTQIA+, negras e indígenas no cenário literário.

Cronograma das aulas

Aula 1 – Aquecendo as ideias: palavras disparadoras
Aula 2 – Exercícios de conexão e autoconexão
Aula 3 – Ler e escrever… apesar de tudo
Aula 4 – Escrevendo enorme: grandes formatos

Sobre Suzana Costa Longo

Escritora, poeta e arte-educadora formada pela USP, Suzana da Costa Longo escreve desde a infância. Publicou o livro Senta direito, querida (Editora Patuá, 2013) e venceu o Prêmio MinC de Literatura com o projeto Mulher, corpo e poesia, uma coletânea de poemas eróticos escritos exclusivamente por mulheres, hoje parte do acervo da Biblioteca Nacional. Já organizou e participou de diversos saraus, incluindo o I Festival Autônomo Feminista no Tendal da Lapa, a Tenda Ortega y Gasset na USP e o Festival Baixo Centro, na Praça Roosevelt. Atualmente, prepara seu segundo livro de poesias, previsto para 2025.

Serviço:

A hora e a vez delas: mulheres escrevem poesia
com Suzana Costa Longo
Data: de 18 a 21/3, terça a sexta, às 18h
Local: Sesc 24 de Maio – Rua 24 de Maio, 109 – República, São Paulo, SP – Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar)
Classificação: 16 anos
Inscrições: a partir do dia 4/3 através do app Credencial Sesc SP ou na Central Relacionamento Sesc: sescsp.org.br/24demaio
Duração: 180 minutos cada aula

Exposição na Biblioteca Parque Villa-Lobos celebra sonhos e trajetórias femininas no Dia Internacional da Mulher
Babi Otero
Cultura, Teatro & Exposições

Exposição na Biblioteca Parque Villa-Lobos celebra sonhos e trajetórias femininas no Dia Internacional da Mulher

Como traduzir sonhos em imagens, palavras e ações que encorajam mulheres e meninas a ocuparem seu lugar no mundo? A exposição Sonhe Como Uma Garota propõe essa reflexão ao levar ao público um percurso narrativo e visual onde arte, poesia, humor e ciência se encontram para ressignificar o papel das mulheres na sociedade. A mostra inaugura em 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, na Biblioteca Parque Villa-Lobos, equipamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela SP Leituras, como culminância de um projeto que já vem promovendo ateliês, rodas de leitura e pesquisas sobre os desejos femininos ao longo dos últimos meses.

Idealizado pela produtora cultural Camila Alves e viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com patrocínio da Siemens Energy por meio da Fundação Siemens, o projeto busca inspirar meninas e mulheres a acreditarem em suas próprias trajetórias. Sonhe Como Uma Garota apresenta histórias reais de 13 mulheres que fazem diferença em diversas áreas, desde a ciência e a educação até a arte e o ativismo social. Em um ambiente imersivo e sensorial, o público será convidado a conhecer essas trajetórias por meio de uma linguagem inspirada na estética circense, tornando a experiência envolvente, acessível e cheia de encantamento.

Histórias que inspiram, arte que transforma

Um dos destaques da exposição é a apresentação biográfica de mulheres extraordinárias, transformadas em ficção pelas escritoras Gabriela Romeu e Penélope Martins, e interpretadas por artistas da palhaçaria. Cada narrativa foi escrita de forma poética e lúdica, mesclando humor e profundidade para engajar o público e trazer leveza a temas relevantes. Dentre as personalidades homenageadas estão a arqueóloga paraense Edithe Pereira, a educadora paulistana Ketiene da Silva, a cientista baiana Jaqueline Goes de Jesus, a cordelista cearense Auritha Tabajara, a poeta carioca Roseana Murray e muitas outras mulheres que desafiaram barreiras e abriram caminhos para novas gerações.

Além da interpretação cênica das biografias, a exposição contará com uma série de instalações. O bordado fotográfico, por exemplo, será utilizado como forma de expressão e documentação, simbolizando a construção coletiva das memórias femininas. A estética circense, com suas cores vibrantes e atmosfera lúdica, ajudará a desmontar a ideia de que certas áreas do conhecimento ou do mercado de trabalho são inacessíveis para mulheres, incentivando a imaginação e a liberdade de escolha.

Dados de pesquisa

O projeto conta ainda com uma pesquisa intergeracional conduzida em parceria com a Think Olga, que analisa a evolução dos desejos femininos e o impacto da representatividade na construção da autoestima e das aspirações profissionais.

“Queremos criar um espaço onde meninas e jovens possam expressar seus sonhos e compreender que suas histórias têm um impacto poderoso. Por meio da arte e da interação, transformamos narrativas individuais em um movimento coletivo de inspiração”, afirma Camila Alves, da Vermelho Produções, idealizadora do projeto.

Serviço:
Exposição Sonhe Como Uma Garota
Inauguração: 8 de março de 2025
Local: Biblioteca Parque Villa-Lobos
Endereço: Av. Queiroz Filho, 1205 – Alto de Pinheiros, São Paulo – SP
Horário: 10h às 18h
Entrada gratuita