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Redação

Novo livro de Ricardo Martins enfatiza patrimônio cultural e história da Itália
Ricardo Martins
Cultura, Livros, Lugares, Novidades

Novo livro de Ricardo Martins enfatiza patrimônio cultural e história da Itália

Um motorhome com três pessoas durante 30 dias na Itália. Essa foi a rotina do fotógrafo e apresentador Ricardo Martins enquanto produzia seu novo e 12º livro, “Itália, redescobrindo as influências culturais do Brasil”, que acompanha os registros pela Península Itálica, dos Pré-Alpes no extremo norte, aos mares do sul. O lançamento será dia 14 de setembro em São José dos Campos às 18h, no Espaço Acqua na Av. Possidônio José de Freitas Urbanova.

+ Ricardo Martins lança Pantanal em São José

As cidades, os povoados e até mesmo as pequenas vilas revelam cenários criados numa combinação de tempo, de povos e de grandes ciclos que mudaram a história tanto da Itália como de diversas partes do mundo. É ali onde construções milenares convivem com situações da modernidade.

Na companhia do diretor de cinema Fabio Tanaka, que registrou os momentos em vídeo,  transformando os bastidores da viagem toda em uma série de quatro episódios pela RM produções, Ricardo também dividiu o motorhome com Sam, um italiano próximo de um amigo pessoal do fotógrafo, que os guiou Itália à dentro durante um mês.

Dentre as fotos selecionadas para “Itália, redescobrindo as influências culturais do Brasil”, a que mais gostou retrata o canal principal de Veneza. Ricardo conta que a cidade sempre fez parte de seu imaginário devido à filmes como “O Conde de Monte Cristo”: “Sempre tive um fascínio pelo lado romântico, mágico e cinematográfico de Veneza. Quando cheguei lá, era muito mais do que imaginava, e isso foi encantador para mim,” explica ao relembrar como a cidade superou suas expectativas.

No mundo das imagens, Ricardo conta que não procurou nenhuma inspiração para as fotos e buscou ser totalmente autoral para evitar comparações. A viagem ocorreu em 2022 e já no mesmo ano o livro estava pronto. Todo ano o fotógrafo costuma estar com um novo projeto para ser lançado, sendo os próximos em formato de livro e série “Amazônia: Cultura e Tradição” , “Litoral Brasileiro” e “Os Últimos Filhos da Floresta” ainda sem data de lançamento.

Ricardo Martins é jornalista, fotógrafo, apresentador e sócio-fundador da RM Produções, produtora e editora pela qual lança seus projetos.

Considerado um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do país na atualidade, é autor e editor de 12 livros, apresentou e produziu quatro séries passando pelo Pantanal, Amazônia, Itália e litoral brasileiro, onde mostra os bastidores de suas expedições.

Em 2012, foi honrado com um dos maiores prêmios da literatura brasileira, o Prêmio Jabuti, na categoria de melhor fotografia pela obra A Riqueza de um Vale.

Ricardo Martins promove exposições fotográficas divulgando a cultura e as belezas brasileiras no Brasil e no mundo; a última, intitulada  “Uma língua de várias faces”,  aconteceu em Paris na sede da Unesco, em comemoração ao dia da língua portuguesa.

Sesc Taubaté apresenta “Sertões do Vale e da Mantiqueira” - mostra de iniciativas socioambientais, culturais e artísticas do Vale do Paraíba
André Yamamoto
Cultura, Teatro & Exposições

Sesc Taubaté apresenta “Sertões do Vale e da Mantiqueira”

Entre os dias 14 e 17 de setembro, acontece no Sesc Taubaté a mostra “Sertões do Vale e da Mantiqueira”, que traz o patrimônio socioambiental, cultural e artístico do Vale do Paraíba.

Com o tema “Sementes da Mantiqueira”, o projeto Sertões do Vale e da Mantiqueira sela a entrada do florescimento de muitas espécies que germinam a vida.

As sementes guardam a principal base genética da resiliência que o mundo precisa. Possuem a cultura da fartura, da criação, do cuidar e da manutenção da diversidade biológica.

Assim como as sementes, surgem novas ideias e se fortalecem algumas antigas.

A partir de critérios socioambientais, fortalecidos por meio do diálogo com organizações coletivas e de base econômica familiar, foram mapeadas as 31 iniciativas que participam desta segunda edição da mostra Sertões, envolvendo aproximadamente 300 famílias, com visitas ao reconhecimento de processos ligados à produção de alimentos, a agroecologia e aos sistemas agroflorestais, que se apresentaram como potência convergente e estratégica de regeneração e manutenção de floresta.

Para estimular o reconhecimento dos impactos de escolhas feitas no dia a dia, faz-se necessário que a alimentação seja ferramenta de transformação não apenas de quem planta, mas também de quem come. Assim como na natureza existe uma interação fascinante que ocorre no ambiente de floresta, ao fortalecer o vínculo entre produtores e consumidores é objetivo desta mostra aproximar práticas ancestrais, tradicionais e saberes de ofícios artesanais, da cultura das sutilezas.

A mostra Sertões do Vale e da Mantiqueira tem o intuito de apresentar um conjunto de iniciativas socioambientais, culturais e artísticas do Vale do Paraíba, que atuam com produtos agroecológicos, orgânicos, sustentáveis e artesanais. Essas características marcam a diferença nas relações humanas, nas práticas sustentáveis e no reconhecimento das temporalidades, dos saberes e da criatividade.

A programação conta com diálogo de abertura, feira, shows, oficinas e vivências.

Confira a programação dos Sertões do Vale e da Mantiqueira:

DIÁLOGO DE ABERTURA
SEMENTES DA MANTIQUEIRA, E A FLORESTA QUE SOMOS
Com Aline Rochedo Pachamama (Puri), Simey Thury Vieira Fisch. Mediação de Cristina Fongaro Peres (Sesc SP).
Dia 14, quinta, às 18h. Livre. Grátis. Espaço Vida

FEIRA
A mostra Sertões do Vale e da Mantiqueira conta com 31 iniciativas sociais, que trabalham com ações e produtos agroecológicos, orgânicos, sustentáveis e artesanais.

Separe a sua sacola ecológica e venha fazer a feira!

DE 14 A 17 DE SETEMBRO. Livre. Grátis
Quinta e sexta, das 16h às 21h
Sábado e domingo, das 11h às 17h

Produtores convidados: 

AKARUI
De São Luiz do Paraitinga
Dias 16/09, sábado e 17/09, domingo.

ALDEIA BOA VISTA (TEKOA JAEXE PORÃ)
De Ubatuba
Dias 15/09, sexta e 16/09, sábado.

ARTES DIVINAS PAPÉIS ESPECIAIS
De São José dos Campos
Dias 14/09, quinta e 16/09, sábado. 

ASMUSSEN PICOLÉS ORGÂNICOS DE FRUTAS NATIVAS DA MATA ATLÂNTICA
De Natividade da Serra
Dias 14/09, quinta, 16/09, sábado e 17/09, domingo.

ASSOCIAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NOVA ESSÊNCIA
De Pindamonhangaba
Dia 15/09, sexta.

ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE SÃO FRANCISCO XAVIER
De São Francisco Xavier (São José dos Campos)
Dias 14/09, quinta e 15/09, sexta.

ASSOCIAÇÃO MINHOCA
De São Luiz do Paraitinga
Dias 16/09, sábado e 17/09, domingo.

CASA DO FIGUREIRO MARIA DA CONCEIÇÃO FRUTUOSO BARBOSA
De Taubaté
Dia 14/09, quinta. 

CERÂMICA DA VARGEM DO TANQUE
De Cunha
Dias 15/09, sexta e 16/09, sábado 

COLETORES DE SEMENTES DO VALE DO PARAÍBA
De Cidades do Vale do Paraíba
Dias 14/09, quinta, 15/09, sexta, 16/09, sábado e 17/09, domingo.

COMUNIDADE QUE SUSTENTA A AGRICULTURA CSA DA MONTANHA
De Monteiro Lobato
Dias 15/09, sexta e 16/09, sábado.

COMUNIDADE QUE SUSTENTA A AGRICULTURA – CSA TAUBATÉ
De Taubaté
Dia 15/09, sexta. 

COOMATRE
De Tremembé, Lagoinha e Pindamonhangaba
Dias 15/09, sexta, 16/09, sábado e 17/09, domingo. 

DIVINO ALIMENTO
De São Luiz do Paraitinga
Dias 16/09, sábado e 17/09, domingo.

EUNICE COPPI MEMÓRIA E EMPAPELAMENTO
De São José dos Campos
Dia 17/09, domingo.

FAZENDA SANTA VITÓRIA E LUZEIRO
De Queluz
Dia 16/09, sábado.

KOBASHI ARTS
De Jambeiro
Dias 16/09, sábado e 17/09, domingo.

NÚCLEO FAMILIAR LILI FIGUREIRA
De São José dos Campos
Dia 14/09, quinta.

MORROS VERDES
De Ubatuba – Sertão do Ubatumirim
Dia 15/09, sexta.

QUILOMBO DA FAZENDA
De Ubatuba
Dia 17/09, domingo.

RAÍZES DA MANTIQUEIRA
De Santo Antônio do Pinhal
Dias 14/09, quinta, 15/09, sexta e 17/09, domingo.

REDE AGROFLORESTAL DO VALE DO PARAÍBA
De Cidades do Vale do Paraíba
Dias 14/09, quinta, 16/09, sábado e 17/09, domingo.

REJANE ALEIXO DO LIXO AO LUXO
De São José dos Campos
Dia 15/09, sexta.

SERRA ACIMA ASSOCIAÇÃO DE CULTURA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL AMPRASP – APAC
De Cunha
Dias 15/09, sexta e 17/09, domingo.

SÍTIO ECOLÓGICO
De São José dos Campos
Dias 14/09, quinta e 17/09, domingo.

SÍTIO ACALANTO, PROJETO AGREGA E ARTESÃS DE SÃO SILVESTRE
De Jacareí
Dias 14/09, quinta, 15/09, sexta e 17/09, domingo.

 SÍTIO MINHA ESTÂNCIA CSA TAUBATÉ
De Taubaté
Dias 14/09, quinta e 16/09, sábado 

OFICINAS, VIVÊNCIAS E RODAS DE CONVERSA

(Inscrições no local, com 30 minutos de antecedência)

 

PROGRAMAÇÃO ARTÍSTICA

Oficinas

CESTARIA GUARANI MBYA
Com Madalena da Silva Santos

A cestaria guarani é conhecida pela habilidade e primor de seus artesãos, que modulam a palha de taquara ou o cipó imbé, por vezes coloridas artificialmente ou pela variação dos tons naturais das fibras. Nesta oficina, sentiremos o desafio de manobrar o trançado da taquara para criar um pequeno cesto, enquanto Madalena da Silva Santos nos convida a percorrer o complexo enredo cultural que dá origem a todas essas formas e grafismos.

Dia 15/09, sexta, as 17h30. Circo. Livre. Grátis. Vagas limitadas

 

CULINÁRIA A SEMENTE DA MANTIQUEIRA NA GASTRONOMIA
Com Chef João Izar

O chef do restaurante Puriman, de Campos do Jordão, apresenta diferentes possibilidades de preparação com a semente mais emblemática da Serra da Mantiqueira: o pinhão. João Izar é um apaixonado por arte e encontrou-se profissionalmente com a gastronomia aos 16 anos, graduou-se pelo Senac e atuou nos restaurantes Evvai, Tuju, Loup, Corrutela e Dinner in the Sky, na capital paulista.

Dia 15/09, sexta, as 19h. Espaço Vida Livre. Grátis. Vagas limitadas.

PREPARAÇÃO CASEIRA: XAROPES
Com Iracélis Moraes

A preparação de remédios caseiros faz parte do conhecimento popular e auxilia no tratamento de várias enfermidades. Na oficina, será apresentada uma preparação caseira de xarope, garantindo a identificação correta da planta e as boas práticas de manipulação. Iracélis Moraes é graduada em Serviço Social, com especialização e experiência de 30 anos em plantas medicinais e fundadora da Associação de Plantas Medicinais Nova Essência. Terapeuta comunitária em florais de Bach e facilitadora em cinesiologia.

Dia 16/09, sábado, 12h. Espaço Vida Livre. Grátis. Vagas limitadas

Vivências

CONTEMPLAÇÃO DA PAISAGEM PELA OBSERVAÇÃO DE AVES
Com Vagner Luís Camilotti, médico veterinário

Mais de 70% das espécies vegetais que produzem flores dependem de aves para dispersar suas sementes. Com o olhar atento e um par de binóculos, é possível mergulhar no mundo da diversidade aviária. O médico veterinário, mestre em ecologia e doutor em Ciências do Sistema Terrestre, Vagner Luís Camilotti, conduz a observação de aves nas áreas de bosques do Sesc Taubaté, sensibilizando os participantes sobre a biodiversidade existente nas cidades e a importância das aves na construção da paisagem.

Dia 16/09, sábado, 15h. Espaço Vida Livre. Grátis. Vagas limitadas

FEIRA DE TROCA DE SEMENTES CRIOULAS E AGROFLORESTAIS

Após a roda de conversa sobre a guarda de sementes, estará aberta a feira de troca de sementes crioulas e agroflorestais. Prática de impulsionamento e valorização dos saberes de agricultores locais, que fortalecem as ações voltadas à conservação da biodiversidade. São consideradas sementes crioulas – ou sementes tradicionais – as sementes de variedades locais, que foram utilizadas e guardadas por agricultores, durante um longo período. São caracterizadas por serem adaptadas às condições ambientais do local onde surgiram. Já as sementes agroflorestais são sementes utilizadas na restauração florestal. Traga suas sementes identificadas, para facilitar a troca com outros participantes.

Dia 17/09, domingo, 16h. Espaço Vida Livre. Grátis. Vagas limitadas

Rodas de Conversa

CASAS DE SEMENTES: DESCOBRINDO OS TESOUROS QUE GUARDIÃS E GUARDIÕES CONSERVAM E MULTIPLICAM
Com produtores e produtoras rurais

O cultivo de sementes crioulas é seguido por uma prática comum de se armazenar as sementes de suas lavouras para o cultivo do ano seguinte. Esse tipo de prática promove a seleção natural de plantas com características diferentes. Uma variedade crioula pode produzir plantas com características altamente variáveis na aparência, o que resulta em alto nível de diversidade. Por esse motivo, essas plantas se tornaram um recurso genético valioso para as gerações futuras. Neste encontro, produtores e produtoras rurais falam sobre o incentivo à guarda e maneiras adequadas de conservação das sementes crioulas. Será apresentado um tipo de catalogação de sementes criado a partir de visitas às propriedades de São Luiz do Paraitinga.

Dia 17/09, domingo, 15h. Espaço Vida Livre. Grátis. Vagas limitadas

O OFÍCIO DE FERREIRO
Com João Batista, o Bigode de Ouro

João Batista de Carvalho, mais conhecido como “Bigode de Ouro” aprendeu o ofício de ferreiro de forma autodidata, com base na observação, no erro e no acerto. Hoje é um dos poucos profissionais da região que detém esse conhecimento tão específico e desafiador. Venha conhecer suas histórias, compartilhar a sua experiência e apreciar a variedade de ferramentas executadas com originalidade e maestria: facas, machados, enxadas, punhais, espadas, entre outras.

Dia 17/09, domingo, 12h. Espaço Vida Livre. Grátis. Vagas limitadas

MÚSICA

Shows
CANÁRIAS E PINTASSILGAS
Com Banda Sianinhas
Dia 14, quinta, 20h. Circo. Grátis. 16 anos

PONTEADOS E CAUSOS, VIOLEIROS DOS SERTÕES
Com Paulo Freire e Levi Ramiro
Dia 15, sexta, 20h. Circo. Grátis. 16 anos

LAMPIÃO E LAMPARINA
Com Amanda Cursino e Leandro Barbosa
Dia 16, sábado, 17h. Circo. Grátis. Livre

FOGO NO PAIOL
Com compositores luizenses
Dia 17, domingo, 17h. Circo. Grátis. Livre

Livro de estreia de Bia Crespo traz humor, amor e corações partidos
Mauro Figa
Livros, Novidades

Livro de estreia de Bia Crespo traz humor, amor e corações partidos

Romance sáfico, namoro de mentira, amadurecimento, situações hilárias e um pôster falante. Esses são os elementos que, combinados, dão vida a “Eu, Minha crush e minha irmã” livro de estreia da escritora e roteirista Bia Crespo, recém lançado pela editora Seguinte. A autora nos presenteia com uma história hilária e cativante sobre primeiros amores, o amor entre irmãs e o amor-próprio.

+ Bienal do Livro Rio bate recordes e se consolida como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país

A trama é protagonizada por um trio de garotas: Tamires, Antônia e Júlia.

Tamires é uma jovem inteligente, bonita e popular — principalmente entre as meninas. Ela está sempre com uma ficante diferente, mas é tão gente boa que, mesmo depois de dispensadas, suas ex acabam virando suas amigas. Tamires com certeza é a protagonista da própria vida… só não é a protagonista deste livro.

Antônia, sua irmã caçula, que sente que não passa de uma versão sem graça da mais velha. As duas dividem um apartamento em São Paulo, onde fazem faculdade, mas enquanto Tami leva uma vida social pra lá de agitada, Tônia prefere ficar em casa assistindo séries. No curso de cinema, Antônia também não se encaixa muito bem: seus amigos só querem saber de filmes cult, mas ela prefere comédias e sucessos de bilheteria.

Num esforço para fazer a irmã se enturmar, Tami dá uma festa no apê das duas, e é aí que surge o terceiro elemento desta história: Júlia. Assim que vê a garota, Antônia fica encantada. Ela nunca beijou uma menina antes, mas suas experiências com garotos só confirmaram o que ela já sabia: ela é definitivamente lésbica, assim como a irmã. Num primeiro momento, Júlia corresponde o interesse de Antônia, mas tudo vai por água abaixo quando Tamires entra em cena.

Júlia, que adora um desafio, decide conquistar Tamires e se tornar a primeira a ter um relacionamento sério com a garota mais desejada da universidade. Para isso, recorre a Antônia: se as duas fingirem um breve romance, Júlia poderá se aproximar de Tami e mostrar o que ela está perdendo. A contragosto, Antônia acaba concordando com esse plano mirabolante só para passar mais tempo com Júlia. Mas quando sentimentos de mentira se confundem com sentimentos muito reais, alguém vai acabar de coração partido.

Bia sabe, como poucas, extrair da literatura LGBT+ um misto de risadas, lágrimas e fortes emoções. Seu dom para escrever deixa de ganhar vida somente nas páginas de roteiros e passa a viver no imaginário de suas milhares de leitoras fãs de “Eu, Minha Crush e Minha Irmã” e da autora.

“Minha missão como escritora é tentar mudar essa visão que vários jovens têm do que é ser LGBTQIAP+. É importante dar aos jovens a esperança de que o mundo pode ser um lugar agradável, dar exemplos de famílias homoafetivas felizes, e mostrar que o futuro tem tudo para ser melhor do que o presente.” – Bia Crespo, escritora

'O Beijo da Neve', décimo livro da escritora Babi A. Sette, chega às livrarias em setembro
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Livros, Novidades

‘O Beijo da Neve’, décimo livro da escritora Babi A. Sette, chega às livrarias em setembro

Depois de 2 anos de seu último lançamento, a escritora Babi A Sette apresenta seu novo livro: “O Beijo da Neve”, décima obra de sua autoria chega às livrarias por meio da Verus Editora, selo romântico do Grupo Editorial Record, por onde publica seus livros desde 2017. A obra, um romance adolescente mesclado a temas atuais, devolve a autora à prateleira Young Adult após 5 anos se dedicando aos romances de época, marca registrada da escritora.

“O Beijo da Neve” conta a história de dois patinadores, sendo ela, Nina, filha de indianos e ele, Elyan, inglês. Porém, mais do que somente diferentes na nacionalidade, há um abismo emocional entre eles. Ela, uma jovem solar, alegre, e ele, um rapaz frio e introspectivo. Mas a paixão que brota dessa mistura é capaz de derreter qualquer chance desse amor não prosperar.

“O livro traz elementos atuais e relevantes, como cyberbullying, relacionamento entre pessoas de culturas diferentes e questões imigratórias. Além disso, dois casais LGBT’s engrossam o caldo e trazem pluralidade à narrativa” – Babi A Sette, escritora

Nina é uma jovem patinadora que ficou afastada das pistas por questões familiares. Agora, ela se vê diante do desafio de retornar às competições, dividindo seu tempo entre treinos intensos e trabalhos que paguem as contas. As coisas ficam ainda mais complicadas quando o patinador olímpico Elyan Kane — um cara frio e intenso, que desapareceu por cinco anos, após a morte trágica de sua parceira no esporte —, surge com uma proposta irrecusável para Nina. O que Elyan não sabe — e, se depender de Nina e dos deuses hindus e irlandeses de suas avós, nunca saberá — é que na adolescência ela nutria uma paixão platônica por ele.

Apesar das emoções conflitantes, Nina não pode perder a oportunidade de perseguir seus sonhos na patinação, mesmo que isso signifique lidar com a presença irritante de Elyan e com aqueles olhares longos e penetrantes, que vêm fazendo uma bagunça em seu coração. Entre as fascinantes auroras boreais do Canadá, um castelo com fama de mal-assombrado e as pistas de patinação, eles enfrentarão obstáculos, medos e sentimentos contraditórios. E tentarão provar que a paixão — pela patinação e talvez por alguém que está bem ao lado — pode superar qualquer adversidade.

“O Beijo da Neve” chega como uma ficção rica em lições sobre diversidade, amor e relacionamento. Um prato cheio para a Geração Z de leitores que tanto amam o trabalho de Babi e a forma como ela cria uma história cheia de amor, nuances, interrogações e, quem sabe um final feliz.

Elogios ao livro:

“Envolvente do começo ao fim, O beijo da neve vai te levar numa trajetória intensa e emocionante, daquelas que não tem como parar de acompanhar. (…)”  ― Bruna Calazans, repórter com passagem pela Atrevida, Yahoo Brasil e UOL

“Sensível, delicado e arrebatador. Não se surpreenda se você for de sorrisos a lágrimas em uma virada de página. Babi A. Sette segue escrevendo romances que nos fazem suspirar do início ao fim. (…)” ― Daniela Porazza, da página Meu Romeo

“O clássico clichê de inimigos a amantes é acompanhado de uma surpreendente profundidade, trazendo diversas referências ao mundo pop e nos apresentando o universo mágico da patinação artística. Elyan e Nina vão te deixar com o coração quentinho!” ― Ju Barcellos, da página Desaniversários

Guia da Bienal 2023: mapa, como chegar, o que levar e mais
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Cultura, Livros

Autores de periferia celebram virada através da literatura e lançam livros na Bienal do Livro Rio

Ex-moradora de rua, influenciador literário, morador do Complexo do Alemão e atendente de lanchonete usam suas histórias para inspirar na Bienal

Quem hoje vê a trajetória do escritor Henrique Rodrigues, com 24 livros publicados, não imagina tudo o que passou. Nascido em uma família com poucos recursos, ele cresceu em Seropédica, na região metropolitana do Rio, enfrentando diversas dificuldades. Na juventude, conciliou os estudos com o trabalho no balcão de uma videolocadora e como atendente numa lanchonete, para ajudar à família, mas nunca desistiu dos seus sonhos e rascunhava desde então algumas linhas que se tornaram publicações de poesia, crônica, romance e obras para crianças e jovens.

+ Guia da Bienal 2023: mapa, como chegar, o que levar e mais

“Fui aluno de um Ciep e ganhei um concurso de frases em 1989. Ali tive o incentivo de uma professora e descobri que escrever era o que queria fazer da minha vida. Continuei trabalhando, mas não desisti de ser escritor”, lembra o autor, que é doutor em Letras e trabalha como gestor cultural na área da literatura. Henrique já teve um romance adotado em escolas de todo o país e traduzido na França e foi finalista do Prêmio Jabuti com “Rua do Escritor: crônicas sobre leitura. Este ano, ele lança “Áurea” na Bienal do Livro do Rio, que celebra 40 anos com uma programação intensa e que promete guardar lugar na memória afetiva das pessoas.

Até o próximo domingo, cerca de 600 mil pessoas devem passar pelos pavilhões do Riocentro, na Barra da Tijuca. São mais de 200 horas de programação e a participação de 380 autores, além de 300 editoras. Entre os presentes, o influenciador literário Adriel Bispo, de 16 anos, nascido e criado na periferia de Salvador, que criou o perfil no Instagram —@livrosdodrii —, para falar de livros e compartilhar suas leituras. Neste processo, sofreu um episódio de racismo nas redes sociais, o que o transformou em um escritor. Hoje, com 442 mil seguidores, ele está lançando seu primeiro livro, “Voando entre sonhos”, ressignificando o que que aconteceu e inspirando outros jovens por meio da literatura e de sua voz.

“Eu tinha um trato com a minha mãe que a cada livro que eu lia, ganhava um brinquedo. Foi assim que comecei a gostar de ler. Quando tinha 11 anos, li meu primeiro livro por espontânea vontade, que foi “O Pequeno Príncipe”. Escrevendo, eu posso atingir muitas pessoas e isso que me motiva. Minha vida mudou muito desde que comecei a escrever. Já fui em várias escolas e espero que esteja influenciando as crianças”, diz Adriel, que já está escrevendo seu segundo livro pela editora Record.

De moradora de rua à professora universitária com livro na Bienal

Clarice Fortunato é uma mulher negra, professora, pesquisadora, feminista e doutora em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina, que passou fome e viveu na rua. Suas histórias e dores são inspiração para o livro “Da vida nas ruas ao teto dos livros”, uma autobiografia, que virou romance pela editora Pallas e está sendo vendido na Bienal do Livro Rio.

“Eu sou de uma família de origem humilde. Meu pai morreu quando eu tinha 5 anos e minha mãe ficou cega. Passamos a morar na rua e a vida foi assim por quatro anos. Passamos fome, mas a fome que mais me doía era do conhecimento porque não ia para a escola. Aos treze anos, perdi minha mãe e fui morar na casa de uma família. Decidi contar a minha história porque queria discutir questões como os danos causados pelo racismo e machismo e as questões de desigualdade social”, conta Clarice.

Já o escritor e contador de histórias Otávio Júnior, morador do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, conta que o primeiro livro que teve acesso na vida estava no chão da favela. Ali ele se fez uma promessa de que as crianças na região teriam um contato diferente com a literatura. Pela terceira vez na Bienal o Livro Rio, ele distribui autógrafos e participa de atividades no Espaço Infantil.

“A literatura me ajudou bastante para que meus sonhos ganhassem corpo. Hoje faço uma retrospectiva e lembro de mim há 20 anos, um menino sonhador, que via na literatura uma grande possibilidade de mudança de chave na vida. Eu me preparei ao longo dos anos pra fazer a promoção de literatura nos complexos da Penha e Alemão e ganhei o apelido de Livreiro do Alemão”, conta Otávio Júnior, que é autor de 18 livros publicados como “Da minha janela”, de 2019, e “De passinho em passinho”, de 2021, ambos pela editora Companhia das Letras.

Setembro Amarelo: campanha de prevenção do suicídio é objeto de conscientização coletiva
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Atualizações, Cultura

Setembro Amarelo: campanha de prevenção do suicídio é objeto de conscientização coletiva

Cada vida perdida representa o amor e a importância que essa pessoa tinha para alguém. Mais do que alertar sobre o suicídio, a campanha “Setembro Amarelo”, que no Brasil é realizada desde 2014, busca estimular a participação e atenção coletiva sobre o tema. Para o psiquiatra Lucas Benevides, professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), o olhar para aqueles que estão próximos é fundamental para salvar vidas, começando pela diferenciação entre a tristeza passageira e a aflição mental séria.

As campanhas de conscientização desempenham papel importante na redução do estigma associado à saúde mental, explica Para Lucas Benevides: “Ao longo do tempo, testemunhamos um aumento significativo no número de pessoas que se sentem à vontade para buscar ajuda e compartilhar abertamente suas experiências íntimas”. O psiquiatra enfatiza a importância de reconhecer os sinais de alerta relacionados à depressão, como mudanças de humor repentinas, isolamento social, expressão do desejo de morrer e comportamento impulsivo.

“A tristeza geralmente tem um gatilho específico e tende a melhorar com o tempo ou com mudanças nas circunstâncias, enquanto o sofrimento mental pode persistir e afetar a qualidade de vida de maneira mais abrangente”, acrescenta o professor. Para o psiquiatra do CEUB, conversas abertas e sem julgamentos são o melhor caminho para auxiliar aqueles que enfrentam desafios emocionais. “O suporte emocional e o encaminhamento para ajuda profissional muitas vezes começam por meio de familiares e amigos”, ressalta.

O primeiro passo para tratar problemas de desordens mentais envolve uma avaliação profissional para determinar o melhor plano de tratamento, que pode incluir psicoterapia, medicação antidepressiva ou estabilizadores de humor. “Terapia e medicação frequentemente funcionam melhor em conjunto, proporcionando estratégias de enfrentamento e correção de desequilíbrios químicos”, considera o especialista.

Já nos casos de suicídio, a terapia de luto, grupos de apoio e aconselhamento familiar são recursos importantes para lidar com as complexidades e sensibilidades dessas situações. “É fundamental que continuemos a multiplicar essas iniciativas e a fornecer ajuda e compreensão a quem precisa. O Estado também precisa aprimorar o seu papel, garantindo um financiamento adequado para saúde mental e legislação que apoie o tratamento e a prevenção”, reivindica o especialista.

Suicídio no Brasil
Desafios também quanto aos protocolos de atendimentos de saúde mental, na hora de avaliar corretamente o nível de risco e garantir a aderência ao tratamento de cada paciente. Nesse sentido, a intervenção multidisciplinar com outros profissionais da saúde e o contato com familiares são peças-chave. “Capacitações e locais de trabalho podem contribuir fornecendo treinamento específico para identificar sinais de alerta e disponibilizar recursos de saúde mental aos profissionais de saúde”, destaca Benevides.

Segundo levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, mais de 700 mil vidas são perdidas devido à problemas de saúde mental, o que representa uma morte a cada 100 registros de óbito. Entre jovens com idades entre 15 e 29 anos, o suicídio ocupa o 4º lugar como causa mais frequente de óbito, ficando atrás apenas de acidentes de trânsito, doenças e violência.

Fazer, escrever, fantasias: 8 livros sobre sexo na Bienal do Livro Rio
Livros, Novidades

Fazer, escrever, fantasias: 8 livros sobre sexo na Bienal do Livro Rio

Algumas histórias nos ajudam a liberar a imaginação e a apimentar as relações. Certas conversas, inclusive, permitem abrir o jogo a respeito do que gostamos e queremos fazer. Nos livros hot, entre desafios da vida de solteira, memórias e informações sobre saúde e prevenção, mulheres falam cada vez mais sobre sexo e prazer sem a menor vergonha. Para celebrar o dia do Sexo, a Bienal do Livro Rio indica 8 títulos que estão à venda no Riocentro até o próximo domingo, dia 10 de setembro:

1. “Da dor ao prazer” (Editora Agir), de Márcia Oliveira
A proposta do livro é quebrar o silêncio sobre a sexualidade feminina e construir uma sexualidade saudável em uma sociedade onde o sexo é muitas vezes estigmatizado. O livro tem como objetivo explorar a jornada da superação da dor sexual feminina até alcançar o prazer, celebrando o orgasmo como uma manifestação natural e autêntica do corpo humano.

2. “Sexo na vitrine” (Editora Record), de Regina Navarro Lins
Quem tem medo de falar sobre sexo? O que é tabu? Existe uma maneira correta para se tratar do assunto? A autora best-seller e psicanalista mostra o caminho das pedras neste livro, partindo do momento em que o sistema patriarcal foi estabelecido e dos desdobramentos socioculturais vistos até hoje. A autora dá continuidade ao seu projeto literário de mapear as tendências que se desenhavam e se concretizaram em torno do amor e do sexo, os dois grandes temas de sua especialidade.

3. “A arte de gozar” (Editora Record), de Mirian Goldenberg
Inspirada na célebre frase de Simone de Beauvoir em O segundo sexo, “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”, a especialista em estudos de gênero e envelhecimento, propõe uma nova formulação: “Nenhuma mulher nasce livre: torna-se livre!” A partir do desejo de compartilhar as lições que aprendeu com grandes mulheres, entre tantas, Simone de Beauvoir e Leila Diniz, Mirian escreve sobre amor, sexo, tesão, (in)fidelidade, intimidade, amizade, casamento, borogodó, corpo, envelhecimento e, sobretudo, liberdade. Para escrever o título, a autora entrevistou mais de 5 mil mulheres e homens.

4. “Sexo segundo Maïa” (Oficina Raquel), de Maïa Mazaurette
A jornalista francesa faz jus ao título de sexpert, que adquiriu escrevendo crônicas sobre sexo e tudo mais que se relaciona a esta que é a substância literária primordial da autora. Na coluna que mantém no prestigiado jornal francês Le Monde desde 2015, Mazaurette frequenta constantemente a lista dos espaços mais comentados pelos leitores, causando frisson. Em textos espirituosos e cheios de referências, Mazaurette dá dicas, apresenta novidades, explica detalhes corpóreos e culturais ligados ao sexo, além de desvendar tabus e dissecar modas e preferências em torno do tema. Uma seleção desses textos virou livro e chega ao Brasil pela editora Oficina Raquel, em tradução do francês por Thereza Christina Rocque da Motta, marcando a estreia de Mazaurette no país.

5. “O lado bom de ser traída” (Harlequin), de Sue Hecker
Bárbara é bonita, jovem, profissionalmente bem-sucedida e apaixonada por Caio, seu noivo. A vida de Bárbara é completa e plena, mas tudo muda no dia em que vê uma foto de Caio ao lado de uma mulher que também se intitula sua noiva. Em um piscar de olhos, o mundo de Bárbara desmorona. Decidida a não se entregar à derrota, ela resolve dar a volta por cima. Renova o visual e começa a adotar posturas mais positivas para afastar de vez a depressão. Durante esse processo, o destino coloca em seu caminho Marco, um juiz extremamente sexy. Basta um olhar para ambos serem tomados por uma tensão sexual alucinante. Resta saber se, de fato, Bárbara mudou o suficiente para se entregar sem amarras.

6. “Senta que nem moça – um guia descomplicado sobre sexualidade e prazer” (Companhia Editora Nacional), de Marcela McGowan
A ginecologista, obstetra e ex-Big Brother propõe uma espécie de bate-papo acolhedor e informativo sobre sexualidade e prazer. Abordando desde reflexões acerca de conceitos sociais opressores como virgindade e padrões estéticos até temas mais técnicos como os detalhes da anatomia das pessoas com vulva e o que acontece fisiologicamente com nosso corpo quando está diante de um estímulo sexual, a autora tem como objetivo criar um canal de autoconhecimento e de aprendizado, em linguagem acessível e totalmente livre de julgamentos.

7. “Eros – A redenção do milionário” (Fruto Proibido), Maeve Sahad
Eros é um bilionário que não se preocupa com nada além do seu poder, conhecido por muitas coisas, menos como um bom partido para se casar. Isso porque os seus relacionamentos têm prazo de validade: uma noite. Seria ele a reencarnação de Eros, o deus do amor? A autora desta ficção erótica está entre os mais vendidos no ranking da Amazon Kindle e a editora é especializada na temática.

8. “Exposed” (Afeto Editorial), de Roberta de Souza
O título, que está sendo lançado na Bienal do Livro Rio, narra a história de um casal que viu o seu conteúdo íntimo vazar na Internet. A influenciadora Cassiana Costa e o seu marido, Tulio, mantêm um estilo de vida autêntico e liberal. Fazendo dos seus muitos limões uma grande limonada, o casal conta sua verdadeira história, aquela que o mundo preferiu ignorar para julgar, achincalhar e jogar na lama apenas o nome da mulher.

Entre os dias 1º e 10 de setembro, a Bienal do Livro Rio oferece uma programação especial em comemoração aos seus 40 anos. O evento conta com a parceria da Colgate-Palmolive
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Bienal do Livro Rio terá foco especial em inclusão e ações sociais

Entre os dias 1º e 10 de setembro, a Bienal do Livro Rio oferece uma programação especial em comemoração aos seus 40 anos. O evento conta com a parceria da Colgate-Palmolive, que patrocina ações sociais como o programa de Visitação Escolar, que tem como objetivo aproximar crianças e jovens do universo dos livros, estimulando a criatividade e a consciência crítica. Ao todo, o evento deve receber mais de 100 mil alunos do Estado do Rio de Janeiro.

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“A Bienal do Livro do Rio é um dos maiores eventos de cultura do nosso país e estamos muito felizes em apoiar essa edição especial de 40 anos com tantas ações sociais. Um dos nossos principais valores é a inclusão e acreditamos na construção de um futuro melhor para todas as pessoas por meio da cultura, educação e diversidade”, diz  Adriana Anido, VP de Marketing da Colgate-Palmolive no Brasil.

Painéis terão tradução simultânea

Acessível para todos os públicos, a Bienal do Livro Rio fará tradução simultânea em Libras de todas as sessões da programação oficial, democratizando ainda mais o acesso ao conhecimento. Ao todo, o evento contará com mais de 200 horas de conteúdo.

Pessoas com deficiência visual poderão fazer uma visita guiada e imersiva ao Espaço Infantil, um pavilhão dedicado às experiências de construção e incentivo à paixão pelas histórias, que resgata grandes nomes da literatura responsável pela formação de leitores. Interessados devem chegar 15 minutos antes da abertura do evento e dirigir-se ao balcão Visitação Guiada, localizado próximo ao Pavilhão Laranja.

“Essas ações sociais, de cuidado com a comunidade e inclusão de todos os públicos são muito importantes para nós. No caso da Visitação Escolar, uma agenda que integra a Bienal desde o início dos anos 2000, a grande intenção é cativar o público infantil e fazer do Brasil um país de leitores. Por isso, é uma grande satisfação para nós trabalhar com a Colgate-Palmolive, uma parceira tão alinhada às nossas premissas”, diz Tatiana Zaccaro, diretora de Negócios da GL events Brasil.

Além disso, o evento vem capacitando um time de atendimento ao público, que estará responsável por receber e orientar visitantes idosos, pessoas com qualquer deficiência ou alguma outra necessidade.

​​A parceria da Colgate-Palmolive com a Bienal vai se estender para depois do evento. A marca fará a doação de livros e kits de higiene para crianças em uma ação numa biblioteca pública no Rio Comprido.

Escritor denuncia uso de religião para disseminar discurso de ódio em livro de poemas
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Escritor denuncia uso de religião para disseminar discurso de ódio em livro de poemas

Em 10 de julho, a Justiça determinou a retirada das redes sociais de um vídeo com conteúdo discriminatório contra a população LGBTQIA+, que incitava a violência física contra esse grupo, proferido por um pastor nacionalmente conhecido durante um culto transmitido pela internet. A Justiça entendeu, em sua decisão, que o que se via na pregação divulgada nas redes sociais ultrapassava em muito a liberdade de religião e de expressão.

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Em poemas de seu livro recém-lançado, “O poeta toma a pólis” (Editora Patuá), o poeta e escritor Teofilo Tostes Daniel aborda o uso da religião como escudo para quem dissemina discursos de ódio. No poema que encerra a primeira parte do livro, intitulado “Se eu acreditasse num deus”, o autor fala da incapacidade de crer num Deus “que é menos capaz / de acolher o múltiplo e o diverso / do que a própria humanidade”, afirmando por fim que se fosse tocado pela graça de crer, sua divindade seria “mais amor // do que o amor condicional / dos deuses / em que jamais fui capaz de crer”.

Mais adiante no livro, o tema dos usos da crença é abordado em poemas como “Inverdades não digo”, no qual Teofilo versifica “O contrário do sagrado / não é o profano, / mas a ignomínia // cometida em nome da faca amolada / que é a fé / cega”. E volta com força no último poema do livro. Espelhado na estrutura da oração do “Pai nosso”, o poeta faz uma oração à incerteza, pedindo aos deuses e às deusas de todas as crenças que “santifiquem minhas dúvidas, / e multipliquem em meus olhos / perguntas e questionamentos”.

Em contraponto ao discurso dogmático que cria condenações, “O poeta toma a pólis” exalta a necessidade da exaltação do amor em todas as formas, aliando-se à tão atacada comunidade LGBTQIA+. Esse tema está presente já no poema de abertura do livro, intitulado “É urgente espalhar amor”, que chama a atenção para o fato de que “são tempos miseráveis / aqueles em que o amor / é motivo de escândalo e perplexidade, / e o ódio, / aplaudido de pé, / se alastra como uma praga / na boca e nas mãos de tantos / e na morte e no massacre / de quem ousa ser, / mesmo que involuntariamente, // o Outro.”

Num momento histórico repleto de desafios e urgências, após uma pandemia planetária de consequências catastróficas – em especial no nosso país – e com a humanidade tentando adiar o fim do mundo, por que a poesia ainda importa?

É a partir dessa pergunta central que nasce “O poeta toma a pólis”, obra em que a poesia ocupa um lugar de resistência e testemunho, além de servir de matéria essencial para sonhar um mundo onde a diversidade humana é celebrada.

115 Anos da morte de Machado de Assis: relembre as obras do escritor
Jornal do Brasil
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115 Anos da morte de Machado de Assis: relembre as obras do escritor

É evidente que Machado de Assis é um dos maiores nomes da literatura brasileira, mesmo 115 anos após a sua morte em 1908. Entre suas obras mais conhecidas estão: Dom Casmurro, Quincas Borba, Memórias Póstumas de Brás Cubas e contos famosos, como O Alienista.

Neto de pessoas escravizadas que foram alforriadas, Joaquim Maria Machado de Assis foi criado numa família pobre e não teve uma instrução regular, porém, devido ao seu interesse pela literatura, conseguiu se instruir por conta própria.

Em 1860, passou a colaborar para o “Diário do Rio de Janeiro” e é dessa década que datam quase todas suas comédias teatrais e “Crisálidas”, um livro de poemas. Em seguida, Machado de Assis teve acesso à literatura portuguesa e inglesa e, na década seguinte, publicou uma série de romances, sendo reconhecido pelo público e crítica.

Até então a produção literária do escritor era marcadamente romântica, mas na década seguinte sofreu uma grande mudança estilística e temática, iniciando o movimento realista no Brasil com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e as obras Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1899), este considerado como a sua obra-prima. Nesse período, a ironia, o pessimismo, o espírito crítico e uma profunda reflexão sobre a sociedade tornam-se as principais características da escrita do autor, que também abrange poemas, contos, traduções e peças teatrais.

No início do século XX, após fundar a Academia Brasileira de Letras e perder a esposa Carolina (com quem se casou em 1869), passou a isolar-se e a sua saúde se deteriorou. Dessa época, datam os seus dois últimos romances: “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires”.

Machado de Assis morreu em sua casa no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908 e o seu enterro foi acompanhado por uma multidão. Mesmo após um século, o escritor segue sendo admirado não apenas pelos brasileiros, tendo edições de Memórias Póstumas de Brás Cubas publicadas em alemão, castelhano e inglês.

No Brasil, a Editora Landmark possui livros em capa dura e edições requintadas de Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba. Além de ser a primeira editora a lançar edições bilíngues (Português-Inglês) das obras Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas e Machado de Assis no país.

Abaixo, relembre algumas obras de um dos maiores escritores do Brasil:

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Publicado pela primeira vez entre março e dezembro de 1881 numa revista brasileira, no formato de folhetim, a história de Brás Cubas revolucionou a literatura brasileira através da subversão dos padrões literários da época. Com a adoção de um número grande de capítulos, muitos deles curtos, e uma linguagem própria que o aproxima das primeiras manifestações modernistas do século seguinte.

O livro tem como marcas um tom cáustico e é o primeiro de um novo estilo dentro da obra de Machado de Assis, apresentando audácia e inovação temática dentro do cenário literário nacional. Além de apresentar uma crítica sobre a sociedade burguesa do Rio de Janeiro do século XIX, Brás Cubas reconta e reconstrói a sua vida, os seus amores e os seus fracassos, ao mesmo tempo em que revela os labirintos da alma humana.

Dom Casmurro

Esse é um dos livros mais conhecidos do autor e foi escrito de modo que admite sentidos diversos – mesmo incompatíveis entre si –, uma vez que o narrador pode ou não estar deturpando os acontecimentos de sua vida. Devido a presença de um narrador que não é confiável, a conclusão final sobre a história de Bentinho e Capitu fica a cargo do leitor. Capitu realmente traiu Bentinho com Escobar ou Bento Santiago estava imaginando coisas?

O livro confirma o olhar crítico que o autor estendia sobre toda a sociedade. Trazendo a temática do ciúme, o livro provoca polêmica em torno do caráter de uma das principais personagens femininas da literatura brasileira. Essa ambiguidade é uma das características marcantes de Machado de Assis, que explora as contradições da mente humana e a subjetividade da realidade.

Quincas Borba

Parte do movimento literário intitulado realismo – que se propõe a analisar as relações humanas de forma mais real –, o livro conta a história de Rubião, um professor de matemática que herda toda a fortuna de seu amigo, o excêntrico filósofo Quincas Borba. Após a morte do amigo, Rubião passa a viver uma realidade completamente diferente, cercado de luxo, e se torna objeto de manipulação por parte de seus “amigos”.

Por meio de personagens e diálogos complexos, o autor questiona a noção de progresso e de sucesso material, levando o leitor a refletir sobre a natureza humana e as consequências de nossas ações. Essa é uma obra que mescla drama, sátira e ironia, características marcantes do estilo literário de Machado de Assis.