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Ana Rita Monteiro

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Daniel Sharman pode participar de 'Shadowhunters'

Com a confirmação feita pela ABC Family sobre a nova série baseada em Os Instrumentos Mortais, começam a surgir rumores na rede sobre a escalação do elenco. A série será um reboot dos livros, que recomeçará a contar a história a partir de Cidade dos Ossos, ou seja, não levará em conta o filme de 2013, que foi estrelado por Lily Collins e Jamie Campbell Bower.

O que está sendo cogitada é a participação do ator Daniel Sharman na série. Conhecido por seu papel como Isaac em Teen Wolf e atualmente como Kol, em The Originals, o ator já foi narrador do audiobook de Princesa Mecânica, em inglês, e se declarou fã do universo criado por Cassandra Clare.

O que gerou toda essa discussão sobre sua entrada foi uma mensagem escrita por ele via Twitter, que dizia: “Parabéns Cassandra Clare. Que ótima notícia”. Já se cogita que ele possa interpretar Simon ou Jace.

Shadowhunters” terá 13 episódios de 1 hora de duração e um enredo direcionado para espectadores mais velhos e famílias. A série ainda não tem data de estreia, mas suas gravações começam em maio.

Fonte: Sobre Sagas.

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Filmagens de 'Inferno' começam esse mês

As filmagens de Inferno, baseado no best-seller de Dan Brown, terão início no final de abril e continuarão até meados de maio em Florença, na Itália. Após esse período, a produção segue para locações em Istambul e Veneza.

Felicity Jones, Irrfan Khan, Omar Sy, Sidse Babett Knudsen e Ben Foster estrelarão ao lado de Tom Hanks, que já interpretou Langdon em O Código Da Vinci e Anjos e Demônios. Em Inferno, numa corrida contra o tempo, Langdon luta contra um adversário assustador e enfrenta um enigma engenhoso que o arrasta para uma clássica paisagem de arte, passagens secretas e ciência futurística. Tendo como pano de fundo o sombrio poema A Divina Comédia, de Dante Alighieri, o simbologista mergulha numa caçada frenética para encontrar respostas e decidir em quem confiar, antes que o mundo que conhecemos seja destruído.

Com produção da Imagine Entertainment e roteiro de David Koepp, o filme está previsto para ser lançado pela Columbia Pictures em 14 de outubro de 2016. Os produtores executivos do projeto incluem Dan Brown, Anna Culp, Bill Connor e David Householter .

As duas primeiras adaptações para o cinema das obras de Dan Brown foram um grande sucesso de público. O Código Da Vinci, lançado em 2006, arrecadou aproximadamente US$ 600 milhões em todo o mundo, enquanto Anjos e Demônios, que estreou em 2009, arrecadou US$ 486 milhões em bilheteria.

Fonte: Coming Soon.

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Shrek pode aparecer em 'Gato de Botas 2'

Enfrentando uma série de problemas ao longo dos últimos anos, a Dreamworks Animation pode ter que usar a sua maior arma para salvar o dia. Em entrevista à Empire, Antonio Banderas deu a entender que Shrek irá participar de Puss in Boots 2: Nine Lives & 40 Thieves (Gato de Botas 2: Nove Vidas e 40 Ladrões, em tradução livre).

“Eu ouvi alguns rumores de que Shrek pode voltar”, disse Banderas. “Isso seria ótimo. Shrek fazendo uma participação… No MEU filme? Sim, eu gosto disso.”

A sequência de Gato de Botas (2011), spin-off de Shrek, foi originalmente programada para lançamento no dia 21 de dezembro de 2018, sob direção de Chris Miller. Mas uma importante iniciativa de reestruturação de toda a empresa (que incluiu 500 demissões) adiou seu desenvolvimento.

“Eles estão reestruturando o roteiro agora”, Banderas acrescentou. “Começamos … mas existe todo um processo. Um monte de pessoas participam da criação do roteiro, da história, da narrativa, tudo isso. E eles incluem você! Eles o levam para a Califórnia e você lê o roteiro com eles, dá suas ideias, e alguns meses depois você verá um novo roteiro, onde tudo foi retocado”.

Mike Meyers dublou o ogro verde Shrek em uma série de quatro filmes que arrecadaram mais de três bilhões de dólares em todo o mundo, enquanto Gato de Botas arrecadou, sozinho, 555 milhões.

Shrek Para Sempre (2010) foi apresentado como o “filme final” da série, embora o CEO da Dreamworks Animation tenha sugerido no ano passado que um quinto filme poderia estar em planos futuros.

“Nós gostamos de deixar que eles tenham um pouco de tempo para descansar”, disse ele. “Mas eu acho que você pode ter certeza de que vamos ter mais um capítulo da série Shrek. Nós não terminamos ainda, e o mais importante, nem ele.”

Fonte: Coming Soon.

Reviews de Séries

Review: Better Call Saul 1×09 – Pimento

CONTÉM SPOILERS

O que parecia um episódio regular terminou como um divisor de águas na série. A revelação no ponto alto de Pimento foi a melhor até agora e abriu um leque de possibilidades no caminho de James para se transformar em Saul Goodman.

A repentina “cura” de Chucky não passou de momentânea (como já era esperado de uma doença psicossomática). Apesar de ter aliviado os sintomas e dado margem a uma ressocialização, uma mente frágil como a dele pode voltar a se desestabilizar a qualquer momento. O trabalho pode distraí-lo por um tempo, mas foi trabalhando que a doença começou a se desenvolver. E com os acontecimentos do final, sua melhora se tornará ainda mais difícil.

Mike mostrou mais uma vez seu valor e já fica claro que suas cenas no submundo do crime garantirão um tom diferente à série. O que vimos foi aquele cara que conhecíamos desde Breaking Bad em ação: frio e calculista, mostrando que entende muito bem o funcionamento de mentes criminosas. Aliás, nada mais nostálgico que uma negociação em um local abandonado, repleto de capangas e Mike no controle de tudo. Better Call Saul nos permite relembrar sua série-mãe e, o mais importante de tudo, faz isso sem perder sua identidade.

James continua se dedicando para seu novo projeto: o caso que conseguiu na Sandpiper. E isso aparentemente exige sacrifícios. É um caso muito grande e que pode demorar anos para ser concluído. Apenas James e Chuck não dariam conta de lidar com algo assim. Por isso Chuck propõe que o caso seja levado para a HHM (Hamlim, Hamlim & McGill).

Até aí tudo bem. Essa nova situação inclusive reacende a esperança de James de entrar para a firma e ter um escritório ao lado do irmão. Mas já sabemos que nada vem fácil para ele. A HHM pegaria o caso e daria parte dos lucros a James, mas contratá-lo não está nos planos da empresa. E aqui, mais uma vez, projetamos em Hamlin a culpa da não contratação do advogado. Só que toda nossa crença e grande parte das interpretações que construímos até agora começam a desmoronar depois disso. Hamlim é apenas uma peça nos planos de outra pessoa.

Já havia questionado a atitude (ou falta dela) por parte de Chuck na primeira vez que James foi recusado na HHM. Perguntei-me inclusive se não teria sido o próprio Chuck quem impediu a entrada do irmão no passado, levando em conta sua falta de experiência. Minhas desconfianças estavam certas, mas nem de longe imaginava algo parecido com a realidade.

O embate entre os irmãos revelou Chuck como o grande sabotador da carreira de James. E tudo se encaixa perfeitamente, agora olhando em retrospecto. Enganando e mentindo para James, Chuck passa do cara doente e inocente que dependia do irmão para esse grande traidor calculista. Uma reviravolta e tanto para aquele que achávamos ser um exemplo de honestidade na série.

Ele nem considera James como um advogado de verdade, muito menos acredita que ele deixou de ser o velho Jimmy delinquente. Ironicamente, as atitudes que Chuck despreza em James, ele colocou em prática aqui. Vem enganando o irmão todo esse tempo e ainda conseguiu “roubar” o caso para a HHM, tirando James da jogada. Tudo isso sobre o pretexto de que as pessoas não mudam. Mas nós sabemos que, por mais que o passado de Jimmy seja obscuro, sua busca para se tornar uma pessoa melhor é real, mesmo com alguns deslizes no caminho. O mínimo que se poderia esperar de Chuck era o benefício da dúvida e um pouco de apoio.

Naquela conversa não houve apenas o rompimento de um laço entre irmãos, mas também o rompimento de um laço moral. Chuck era a única pessoa que fazia James se conter e buscar ser alguém melhor. Tudo que ele queria era deixar o irmão orgulhoso. E agora ele descobre que foi tudo em vão. Só nos resta saber o que ele fará nessa nova condição. Seria a hora de dar vida a Saul Goodman?

Quando se trata de Better Call Saul, é melhor não tentar prever o que vem pela frente.

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Novo roteirista é anunciado para o reboot de Sexta-feira 13

Embora ainda não esteja exatamente claro como será o próximo filme da franquia Sexta-feira 13 (seja sequência, prequel, refilmagem ou não), o The Hollywood Reporter anunciou a entrada de um novo roteirista para o filme: Nick Antosca, coprodutor de “Hannibal”. Seus créditos também incluem a série “Last Resort” e “Believe”. Antosca irá reescrever o atual projeto do filme, anteriormente roteirizado por Richard Naing e Ian Goldberg. O lançamento está previsto para o dia 13 de maio de 2016. Essa data, por sinal, é a única sexta-feira 13 em 2016 e também a única no verão até 2018.

Uma das entradas mais populares do gênero slasher, o primeiro Sexta-feira 13 foi lançado em 1980 e mostrou uma série de assassinatos brutais no acampamento Crystal Lake. O assassino foi finalmente revelado como sendo Pamela Voorhees, uma mãe cujo filho, Jason, se afogou no lago nos anos anteriores, devido à negligência do pessoal do acampamento. Como a série cinematográfica progrediu, o próprio Jason se tornou o ícone da franquia, vestindo máscara de hóquei e empunhando um facão para assassinar as vítimas.

A franquia atualmente possui dez filmes originais “solo”, um crossover de 2003 (Freddy vs. Jason), e, mais recentemente, um reboot de 2009. Houve também uma série de televisão de curta duração que, apesar do título, foi alheio à trama da franquia de filmes.

Previsto para ser dirigido por David Bruckner (V/H/S), existem rumores de que o novo Sexta-Feira 13 terá algum nível de “found footage” em seu enredo, assim como uma possível explicação sobre a origem das habilidades sobrenaturais de Voorhees.

Michael Bay, Andrew Form e Brad Fuller estão produzindo o novo filme através da Platinum Dunes, que também produziu o filme de 2009.

Fonte: Coming Soon.

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Anunciada a produção de mais um filme LEGO

Outro filme LEGO está a caminho! O The Hollywood Reporter publicou que o desenvolvimento de uma nova aventura LEGO para as telonas teve início, além dos três projetos previamente anunciados. O novo filme, intitulado The Billion Brick Race, será escrito e dirigido pela estrela de Os Muppets e Sex Tape, Jason Segel, ao lado de Drew Pearce.

Os detalhes do enredo sobre The Billion Brick Race são praticamente nulos. Ele se junta a LEGO’s Ninjago, com lançamento previsto para 23 de setembro de 2016, The LEGO Batman Movie, planejado para 26 de maio de 2017, e The LEGO Movie Sequel, que chegará em 25 de maio de 2018.

Phil Lord, Chris Miller, Dan Lin e Roy Lee estão definidos para produzir The Billion Brick Race com Courtenay Valenti supervisionando para a Warner Bros.

O original Uma Aventura LEGO, lançado no ano passado, foi dirigido por Lord e Miller ao lado de Chris McKay e arrecadou impressionantes 468 milhões de dólares em bilheteria.

Fonte: Coming Soon.

Reviews de Séries

Review: Grey's Anatomy 11×17 – With or Without You

CONTÉM SPOILERS

As expectativas para esse episódio de Grey’s Anatomy eram grandes. Mas não para todos os fãs. Sei que quando se trata do casal principal, as opiniões ficam muito divididas. Existem aqueles que não aguentam mais drama entre os dois e aqueles que estão sempre abertos a isso. Particularmente, encaixo-me na segunda categoria. O importante para mim é a maneira como a história é conduzida, e que faça sentido com tudo que vimos até hoje sem parecer forçado. E foi isso que aconteceu em With or Without You.

Mas antes vamos falar da surpresa de Hunt, que descobriu sobre o novo relacionamento da mãe. Sua primeira reação foi pensar o que grande parte das pessoas pensa quando presencia algo assim: que a união é por interesse, pois não seria possível um homem tão jovem se apaixonar por alguém daquela idade se não fosse por dinheiro. Mais uma vez, a série traz uma questão polêmica que é muito bem discutida.

Owen comete o erro de não tentar compreender de nenhuma forma a situação da mãe e ainda fazê-la acreditar que tudo era uma farsa, causando o término da relação. Felizmente, ele se dá conta de seu erro a tempo de consertar as coisas. Depois de vários anos sozinha, sua mãe finalmente estava feliz e isso bastava. A diferença de idade para um casal como eles não existe. E a maneira como o amor entre os dois é mostrado vai de encontro a qualquer tipo de preconceito que ainda possa existir em uma questão como essa.

Ao contrário do esperado, o foco do episódio não foi exclusivamente no problema de Grey e Shepherd. Temos apenas duas cenas entre eles, abrindo e fechando o episódio. A história em Washington vai sendo revelada aos poucos em flashbacks. Gostei da maneira que isso foi feito, mostrando cenas da história de “MerDer” antes da possibilidade de traição. Porém, como ponto negativo, esse recurso não foi algo novo. Ficava recordando a toda hora o episódio em que Owen narra para Cristina sobre sua traição, e tudo vai sendo mostrado aos poucos assim como aqui.

Em seu novo dark place, Meredith vai para o hospital e, como já é típico, não fala sobre seus problemas e foca no trabalho. Participa de um caso com Alex e os dois acabam não se entendendo sobre o tratamento. Coincidentemente, com o retorno de Derek, a maré de sorte da cirurgiã acaba e o paciente não sobrevive. E é Alex quem está lá para apoiar a amiga e falar algumas verdades. Ele é um dos personagens que mais cresceu nessas 11 temporadas, e ver seu amadurecimento refletindo em seu relacionamento com Grey é muito bom. Principalmente agora que são os únicos restantes do time original de internos.

Os flashbacks demonstram uma sucessão de situações que podem ter mandado a mensagem errada para Renée, colega de pesquisa de Derek. Mas foi o próprio neurocirurgião o culpado por isso. Ele que começou a se aproximar dela e definitivamente alguns olhares indicavam algo mais. Ele inclusive retribuiu o beijo no início. Mas felizmente resistiu à tentação.

Como falei no início, os acontecimentos do episódio fizeram sentido com tudo que vimos até hoje. Não foi à toa que várias cenas do que Meredith e Derek viveram foram mostradas antes dos acontecimentos na capital americana. Trair Grey era destruir tudo que os dois passaram juntos e, por mais que o casamento esteja fragilizado, a verdade é que essa história os une de maneira única, mesmo estando em situações diferentes.

E foi isso que a última cena ilustrou. As diferentes percepções dos dois após esse tempo separados. Shepherd assumiu que o que realmente importa para ele são seus filhos e sua esposa, que ele ama. Por outro lado, Meredith teve uma experiência bem diferente com a viagem do marido. Tornou-se uma médica melhor em sua ausência e descobriu que poderia viver muito bem sem ele. A grande questão aqui é que ela não quer fazer isso.

As promessas no post-it não foram escritas à toa.

OBS1: Hilário o sermão de Bailey sobre o suborno.

OBS2: Finalmente Hunt e Amelia conseguiram ficar juntos.

OBS3: Em 27 de março de 2005, 10 anos atrás, era transmitido o primeiro episódio de Grey’s Anatomy. E não há nada melhor do que relembrar os momentos que passamos com Meredith, Izzie, George, Alex e Cristina.

Extra: Veja a promo do próximo episódio, When I Grow Up.

Resenhas

Resenha: Orange is the New Black, Piper Kerman

Quando era jovem, tudo o que Piper Kerman queria era viver novas experiências, conhecer pessoas diferentes e descobrir o que fazer com o diploma recém-adquirido da prestigiosa Smith College. Anos depois, com um bom emprego e prestes a se casar, ela recebe uma visita inesperada: a polícia. Piper estava sendo intimada para responder por envolvimento com o tráfico internacional de drogas. A acusação era verdadeira: recém-formada, Piper teve um caso com uma traficante glamorosa que a convenceu a levar uma maleta de dinheiro para a Europa. Piper é condenada a quinze meses de detenção numa penitenciária feminina no meio do nada. Em Orange Is the New Black, Piper apresenta casos curiosos, perturbadores, comoventes e divertidos do dia a dia no presídio. Cercada de criminosas, logo percebe que aquelas mulheres são muito mais complexas do que ela imaginava.”

Orange is the New Black é uma autobiografia feita por Piper Kerman sobre seu envolvimento no mundo do crime e seus dias como prisioneira. O livro serviu de inspiração para a excelente série da Netflix. Então imagine minha surpresa ao descobrir que as duas obras são bem diferentes.

Sim, a essência ainda está lá. Mas, enquanto o livro é exclusivamente sobre Piper, a série expande todo o universo da história para torná-la mais dinâmica e dramática, o que é compreensível, afinal é preciso ter material para várias temporadas. A capa da edição brasileira pode deixar alguns fãs confusos por isso. Se você se interessar pela leitura para descobrir o rumo que a série vai tomar, não se iluda. A narrativa do seriado já chegou a ultrapassar partes do final do livro e é independente.

Alguns acontecimentos foram adaptados com fidelidade, mas alterações drásticas também foram feitas. Vários personagens tiveram sua importância e personalidade alteradas. Se você assistiu, é inevitável não tentar identificar quem é quem, e alguns personagens são fáceis de reconhecer. Entretanto, com a grande quantidade de pessoas apresentadas, fica impossível continuar tentando fazer associações.

Portanto, conhecer a série prejudica apenas em parte a leitura do livro. Claro, alguns acontecimentos da história já serão conhecidos, assim como seus desfechos. Mas as diferenças entre as obras compensam o que já sabemos. Além disso, o livro é cheio de informações mais detalhadas sobre o sistema penitenciário americano, com reflexões sobre o mesmo. E, por focar exclusivamente em Piper, seus sentimentos e emoções são bem mais trabalhados.

A narrativa funciona quase como um diário, usando uma linguagem bem simples. Porém, não é uma leitura rápida. Tudo é bem detalhado e, por mais que não seja um livro grande, com pouco mais de 300 páginas, sua leitura pode ser maçante. Uma dica, principalmente se você não é acostumado ou não tem preferência por obras biográficas, é lê-lo em doses homeopáticas, alternando com outros livros para que não fique tão cansativo.

A construção do ambiente prisional, por sua vez, é muito bem feita. Conseguimos compreender as diferentes angústias e dificuldades que essas mulheres enfrentam em um local tão inóspito, onde não possuem voz e são sempre oprimidas.

“Aqueles homens [agentes penitenciários] detinham o poder não apenas de pôr um fim nas nossas visitas, mas também de me colocar na solitária sempre que quisessem; minha palavra não valeria contra a deles.”

Os personagens são muitos e dos mais variados o possível. Fica até difícil se conectar com alguns deles. A maioria aparece apenas em um capítulo ou é rapidamente citada. Mesmo assim, os que ficam mais próximos de Piper são mais desenvolvidos e já conseguem ilustrar essa variedade que existe no ambiente carcerário.

O mais interessante na leitura é acompanhar a transformação de Piper. O seu crescimento pessoal é quase palpável e é isso que torna o livro tão autêntico e válido para o leitor. Por mais que tenha tido a chance de se preparar antes do encarceramento, o que Piper encontra é uma realidade onde é obrigada a se adaptar, ou não conseguiria suportar o tempo de sua pena (mesmo que pequeno).

E a narrativa vai além das experiências e transformação de Kerman, possuindo também severas críticas ao sistema penitenciário americano. Principalmente no que se refere ao retorno das detentas à sociedade. Muito pouco é feito para que essas mulheres tenham oportunidades após seu tempo na prisão. E isso, sem dúvida, reflete no seu retorno à criminalidade, que acaba sendo a única alternativa possível.

“A lição que nosso sistema prisional ensina a seus residentes é como sobreviver como um prisioneiro, não como um cidadão.”

Ironicamente, por mais que seu relato seja bastante esclarecedor, Piper não passou pelas piores experiências que uma prisão pode oferecer. Pelo contrário, ela foi uma exceção à regra. Afinal, possuía todo apoio de familiares e amigos e nunca ficou desamparada. Além disso, tinha um lugar seguro e estável esperando quando saísse. Até mesmo a prisão onde Piper fica não é tão “barra pesada” como outras. E é exatamente um pouco disso que falta à história. Uma experiência do ponto de vista de quem realmente passou por todos os problemas citados, o que abrange a maioria da população prisional.

E parece que essa visão será possível em pouco tempo. Catherine Cleary Wolters, que foi responsável por introduzir Piper ao mundo do crime e por sua prisão, também assinou contrato para narrar sua experiência atrás das grades. Ela possui muito mais informações de como funciona o tráfico de drogas e foi para uma prisão diferente da de Kerman, onde passou seis anos. Talvez seu lado da história seja mais obscuro. Na série, ela é Alex Vause (Laura Prepon) e sua história é bem diferente da vida real. O novo livro, chamado Out of Orange, será lançado em maio nos Estados Unidos. Torçamos para que seja lançado também aqui no Brasil.

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Divulgadas informações sobre a sequência de O Chamado

Contradizendo os relatos que diziam que “Rings”, próximo filme da série O Chamado, seria um prelúdio, temos agora a confirmação do diretor F. Javier Gutierrez via Twitter de que o filme é, na verdade, uma continuação.

O cineasta também confirmou o início das filmagens em Atlanta e que a temível Samara estará presente na trama. A história envolve o personagem de Alex Roe, Holt, tornando-se distante de sua namorada (feita por Matilda Lutz) depois de assistir ao vídeo mortal pelo qual a série é conhecida.

Lançado em 2002, O Chamado foi uma refilmagem do thriller sobrenatural de 1998 de Hideo Nakata, ‘Ringu’, que contou a história de uma fita de vídeo de imagens fantasmagóricas que faz com que qualquer um que a assiste morra sete dias depois. Ringu foi seguido por três sequências japonesas, enquanto a versão de 2002 recebeu sua própria sequência em 2005 dirigida por Nakata, intitulado O Chamado 2.

O lançamento está previsto para 13 de novembro de 2015.

Reviews de Séries

Review: Better Call Saul 1×08 – Rico

CONTÉM SPOILERS

Better Call Saul começa a se aproximar do final da temporada surpreendendo a cada episódio. Rico trouxe elementos de uma tradicional história envolvendo advocacia. Não que isso não tivesse sido explorado antes, mas aqui acompanhamos um caso se desenvolver desde o início junto com todo o esforço de James para fazer o seu melhor.

Antes disso, porém, mais uma cena reveladora em flashback é mostrada. James trabalha fazendo entrega de correspondências na Hamlin, Hamlin & McGill quando descobre que passou no exame para se tornar advogado. Feliz, fala com o irmão sobre ser contratado na empresa. Mas Howard Hamlin não concorda com essa ideia. Em uma conversa onde escutamos apenas o som da copiadora, Howard dispensa James. Ao sair, promete reavaliar a situação após seis meses. E a decepção fica estampada no rosto do futuro advogado.

Bom, já sabemos da aversão de Jimmy por Howard e agora percebemos que motivos não faltam. O que deixou a conversa intrigante foi não saber o que foi dito para descartar James. Ok, talvez ele tenha sonhado grande demais, pois sua situação não era nada ideal. Fez faculdade de direito por correspondência e não tinha nenhuma experiência para já entrar diretamente como um dos advogados da firma. Mas ele sem dúvida contava com a ajuda do irmão para facilitar sua entrada. Será que a decisão de Hamlin teve o aval de Chuck? Ou não houve nenhuma participação dele na decisão? É difícil dizer. Porém, já conhecemos Howard para saber o quanto não é fácil convencê-lo de algo e que quase sempre ele consegue o que quer.

Voltando ao presente, James descobre, sem querer, um caso que pode se tornar grande. Em uma visita a Sandpiper, onde vivem idosos, percebe que vários itens pessoais cobrados estão superfaturados e são descontados diretamente do dinheiro dos clientes. É o próprio local que cuida das finanças de quem vive lá.

Então, imagine que você não é bem sucedido em sua carreira e tudo que tenta para melhorá-la acaba falhando. E que, de repente, uma oportunidade de conseguir algo grande que trará benefícios à sua profissão aparece. O que você faria? Definitivamente, aproveitaria essa chance. E é exatamente o que James faz. Seu esforço em busca de montar o caso ilustra toda a determinação que ele tem para melhorar. E que ele faria de tudo para isso. Inclusive entrar numa lixeira procurando evidências.

O novo caso também proporcionou que os irmãos McGill trabalhassem juntos. Os dois constroem um caso sólido a ponto de assustar os advogados da Sandpiper. A reunião com eles acontece na casa de Chuck e é conduzida quase que inteiramente por James. O valor de 100.000 dólares é oferecido para que o caso não continue. E Chuck, surpreendendo até mesmo Jimmy, pede 20 milhões. Parece que, no final das contas, o advogado não está tão fora de forma assim. Ele enxerga na conversa uma grande oportunidade e a aproveita.

De tão envolvido com o caso, o irmão de James nem nota quando sai de casa para ir até o carro. Quando percebe que está fora de casa sem nenhum sintoma, se espanta e solta a caixa que carregava. Parece que a única coisa que ele precisava era ver Jimmy na linha e voltar ao trabalho para que sua doença desaparecesse. A fama de Chuck como advogado é grande e espero vê-lo realmente em ação nos tribunais.

Quanto a Mike, sua situação começa a se complicar. Sua nora pergunta se a grana ‘suja’ que o marido havia recebido podia ser usada. E fala como se sua necessidade de dinheiro fosse grande. Isso o leva de volta ao veterinário que cuidou do seu ferimento quando chegou à cidade. Naquela ocasião, já havia sido insinuada a existência de alguns serviços para Mike caso ele quisesse. E nós já sabemos no que isso vai dar. Mike deverá fazer alguns trabalhos no submundo do crime em busca de dinheiro para a nora e a neta.

Não poderia terminar essa review sem falar um pouco de Kim. A personagem, no início da série, parecia ser promissora. Havia todo o mistério sobre sua real relação com James e o que aconteceu entre eles. Agora, vimos um beijo entre os dois no flashback, mas nada muito revelador. Enfim, o que quero dizer é que ela está sendo muito pouco aproveitada até agora e se tornando apenas um quebra-galho de James. Sim, sua história com o advogado ainda me intriga. O problema é que não passa disso. Quando olho para ela como um personagem individual, vejo alguém descartável. Espero que isso comece a mudar daqui em diante.