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Gabu Camacho

Review: Match nas estrelas (Episódio 1)
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Review: Match nas estrelas (Episódio 1)

Match nas Estrelas é um reality show que une relacionamentos e astrologia. Em cada episódio, o público conhece um participante que representa um dos signos do zodíaco e que sai em encontros com quatro pretendentes de diferentes signos, escolhidos por Ingrid Guimarães, para se conhecerem e entenderem se existe química. Em seguida, eles têm suas sinastrias – a análise da compatibilidade dos mapas astrais – feitas por Papisa (Tati Lisbon, astróloga). Durante a análise, os participantes não sabem quem são os pretendentes por trás das previsões astrais. No momento decisivo, com a ajuda de Ingrid Guimarães, eles precisam optar por ouvir ou não os astros e escolher com quem ficarão.

+ Match nas Estrelas, Dating Show Apresentado por Ingrid Guimarães e Papisa, Estreia Amanhã (15) no Prime Video

Assisti ao primeiro episódio ontem, um pouquinho antes da estreia que aconteceu hoje, 15, em que conhecemos a primeira participante, do signo de Virgem. A dinâmica é simples: Ingrid Guimarães bate um papo inicial com a participante, entende qual é o seu nível de conhecimento de astrologia, quais signos ela prefere (com base em relacionamentos passados) e escolhe quatro pretendentes. Nesse primeiro episódio, dois eram de Virgem, do mesmo signo solar dela, um era de Câncer, que ela disse que não gostava e oposto complementar de Virgem e o quarto era de Áries, do oposto psicológico de Virgem.

A virginiana então tem a chance de sair em um date com cada participante. Durante os encontros, conversa vai, conversa vem, ela aproveita para perguntar o restante do mapa astral e para sentir com qual ela teve mais química. Nos dates, pode rolar o que eles quiserem: desde simples conversas, até beijos. Enquanto isso, as apresentadoras assistem tudo fazendo relações astrológicas.

Depois de conhecer os quatro pretendentes, a participante precisa escolher um para eliminar, logo de cara. A virginiana elimina outro virginiano. Com isso, ela vai para a sinastria, momento em que a Papisa combina os mapas astrais do pretendente com o mapa dela, ressaltando pontos positivos, pontos negativos e finalizando com uma porcentagem de compatibilidade. O menos compatível é eliminado pelos astros, em Match nas estrelas, sobrando apenas dois pretendentes. No caso da nossa virginiana, o segundo nativo de virgem foi eliminado pelos astros pela baixa compatibilidade astrológica.

Vale a pena ressaltar que, durante a sinastria, ela não sabe de quem a Papisa está falando, só vindo a descobrir quando sai o segundo pretendente, eliminado pelos astros. Com isso, Ingrid Guimarães revela a compatibilidade entre os dois restantes – o Ariano e o Canceriano – e ela precisa escolher: ouvir a sinastria e escolher o que tem maior compatibilidade ou ouvir o coração e escolher o que tem menos compatibilidade.

No caso da nossa virginiana, ela escolhe o canceriano, surpreendendo só ela mesma porque a química do casal foi incrível durante o encontro, apesar da compatibilidade na sinastria ser um pouco menos que com o Ariano. Nesse caso, ela escolheu o coração e não ouviu a sinastria completamente.

Match nas estrelas é um programa leve, rápido e bem animado. Ingrid Guimarães a Papisa conseguem fazer uma dupla dinâmica em que uma fala astrologuês e a outra traduz para o português com bastante humor e jogo de cintura. Tem momentos cômicos e tem momentos educativos. Para quem quer aprender um pouco mais sobre astrologia e ainda dar pitaco na vida dos outros é uma boa escolha.

O que mais me chamou a atenção foi o minuto final, em que vemos Papisa explicar o mapa astral para um dos produtores do programa, nos bastidores, enquanto Ingrid, com seu humor divertido faz traduções em um papel, dando sinais ao moço. Os posicionamentos astrais viram palavras como chato, bom de cama e outros.

Vale a pena ressaltar, antes que venham os chatos, que é um programa de entretenimento astrológico e jamais substituirá uma análise completa de mapa astral, mas vale a pena para dar umas risadas.

TOP 10 autores nas provas de Literatura do Enem
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TOP 10 autores nas provas de Literatura do Enem

Embora a organização do Enem não divulgue uma lista de leitura obrigatória, existem alguns autores e obras que costumam aparecer com frequência em todas as edições do exame nacional. São escritores considerados “queridinhos” pela equipe que elabora as provas de Literatura, devido à relevância na história literária brasileira.

+ 115 Anos da morte de Machado de Assis: relembre as obras do escritor

A abordagem dos organizadores do exame é ampla, incluindo questões que englobam movimentos literários. Portanto, o estudante deve se preparar lendo o maior número possível de obras e autores que são presença constante no Enem“, orienta a professora de Literatura do Colégio Passo Certo, de Cascavel (PR), Karen Nakano. Para ajudar os candidatos da próxima edição do exame, a professora indica uma lista de leituras essenciais para a fase de preparação.

Machado de Assis

Obras: A mão e a luva; Memórias Póstumas de Brás Cubas 

A literatura machadiana apresenta ironia, crítica moral e social, análise psicológica e objetividade. “Machado de Assis continua a impressionar por retratar criticamente a sociedade de seu tempo e antecipar questões que permanecem relevantes até hoje“, destaca a professora. Segundo ela, é importante conhecer bem o estilo da escrita desse autor, pois as questões podem abordar as características distintivas de Machado de Assis.

Clarice Lispector 

Obras: A hora da estrela; Perto do Coração Selvagem

A escrita intimista de Clarice Lispector a diferencia de outros escritores. Ela utiliza o fluxo de consciência para que o leitor mergulhe nos pensamentos de seus personagens. As questões costumam explorar essa peculiaridade em suas narrativas intimistas, relacionando-a ao enredo das obras.

Carlos Drummond de Andrade 

Poemas: No meio do caminho; Poema de sete faces; Quadrilha

A obra de Carlos Drummond de Andrade abrange uma grande multiplicidade de temas e situações cotidianas. Segundo a professora, os textos do autor provocam reflexões de natureza existencial. “Drummond é um poeta versátil e é importante fazer interpretações prévias, já que as provas frequentemente incluem análises de poemas“, adverte.

Cecília Meireles 

Obras: Espectros; Romanceiro da Inconfidência

Cecília Meireles é conhecida pela poesia intimista, que explora conflitos internos, envolvendo temas psicológicos, espirituais e metafísicos. “Algumas questões podem abordar o caráter simbolista de sua obra e sua conexão com aspectos reflexivos“, sugere Karen.

Guimarães Rosa 

Obras: Grande Sertão Veredas; Sagarana

Guimarães Rosa é um dos escritores mais reconhecidos da terceira fase do Modernismo. “As obras desse autor apresentam uma construção linguística peculiar, com muitos neologismos. Esse elemento é frequentemente explorado nas questões do Enem“, revela a professora.

Mário de Andrade 

Obras: Paulicéia Desvairada; Macunaíma; Poesias Completas

Mário de Andrade desafia os paradigmas da poesia acadêmica e se volta para uma exploração intensa do ritmo e temas vinculados ao folclore brasileiro. Por todos esses aspectos, Mário é considerado uma das figuras mais importantes da literatura“, sugere a professora. Ela ressalta que as questões do Enem sobre ele costumam abordar a oralidade relacionada aos temas das obras.

Entrevista: Ricardo Martins nos leva em uma jornada pela Itália de norte a sul
Cleverson Nunes
Histórias, Livros, Novidades, Talks

Entrevista: Ricardo Martins nos leva em uma jornada pela Itália de norte a sul

Novo livro do fotógrafo e apresentador Ricardo Martins acompanha os registros pela Península Itálica, dos Pré-Alpes no extremo norte, aos mares do sul

A Itália, uma terra onde o passado e o presente se entrelaçam de maneira fascinante, é um verdadeiro palco de história e cultura que ecoa por todo o mundo. Suas cidades, povoados e vilas, repletos de construções milenares, testemunham a evolução de civilizações ao longo do tempo, deixando uma marca indelével na história não apenas da região, mas também de muitas partes do globo. 

+ Novo livro de Ricardo Martins enfatiza patrimônio cultural e história da Itália

Neste cenário único, onde a tradição e a modernidade coexistem harmoniosamente, encontramos narrativas cativantes, como a aventura do fotógrafo Ricardo Martins que transformou sua viagem pela Itália em um projeto fascinante. Acompanhado pelo diretor de cinema Fabio Tanaka e por Sam, um italiano que se tornou um guia especial durante um mês de exploração, eles mergulharam nas riquezas culturais e paisagens deslumbrantes deste país, capturando momentos que agora fazem parte do projeto “Itália, redescobrindo as influências culturais do Brasil”. 

Beco Literário: Como surgiu a ideia de viajar de motorhome pela Itália e transformar essa experiência em um livro?

Ricardo Martins: A ideia veio de um interesse particular que eu tinha em fotografar a Itália e que meu patrocinador, o grupo italiano Comolatti, apoiou desde o início. Com isso, o motorhome foi estratégico. Com ele, conseguiríamos aproveitar melhor o tempo em cada lugar e nos deslocarmos com mais facilidade, por isso, virou nossa casa móvel por 25 dias.

BL: Como aconteceu a escolha das cidades e lugares que você visitou na Itália durante a viagem?

Ricardo: Montei todo o roteiro e os lugares que eu gostaria de conhecer com um amigo italiano, o Luciano. Depois, o Sam, um amigo de infância dele, se tornou nosso guia e condutor do motorhome. Foi o Sam que inventou estratégias novas para descobrirmos novos lugares, como a cidade de Matera, que não estava no roteiro inicial.

BL: Como foi a experiência de viajar com o diretor de cinema Fabio Tanaka e transformar os bastidores da viagem em uma série de episódios? 

Ricardo: Foi uma experiência fantástica. O Tanaka hoje se tornou um grande amigo e juntos transformamos a viagem em uma série de quatro episódios, algo que eu já queria fazer desde o meu segundo livro. Essa foi a terceira série que eu apresentei e a segunda que eu produzi. Hoje, no total, já temos cinco séries produzidas, duas que já foram lançadas e três que estão vindo por aí… Por isso, hoje vejo a série como um novo produto e foi dessa forma que surgiu a RM Produções, minha editora e produtora.

BL: Você mencionou que a foto do canal principal de Veneza foi uma das suas favoritas. Pode compartilhar mais detalhes sobre essa imagem e por que ela é tão especial para você?

Ricardo: Veneza sempre fez parte do meu imaginário pelos filmes que assistia e matérias na televisão e nas revistas. Quando cheguei, vi que era muito mais do que eu sonhava e foi mágico fotografar ali, com aquela atmosfera e aquela energia.

Entrevista: Ricardo Martins nos leva em uma jornada pela Itália de norte a sul

Ricardo Martins

BL: Tem uma pergunta que sempre faço para todos os entrevistados – o que você sempre quis responder mas ninguém nunca te perguntou?

Ricardo: Tem uma muito íntima minha que é qual é o meu maior medo… E já respondendo, meu maior medo é perder aquela empolgação, aquela magia da fotografia que eu sempre tive, desde criança. Desde que tirei aquela minha primeira fotografia com 10 anos de idade, que apertei aquele botão e aquela felicidade explodiu… Tenho medo de perder isso, perder com o ritmo de trabalho, com a quantidade de trabalho, que isso se torne algo comum e não se torne mais mágico.

BL: No processo de criação das imagens para o livro, você mencionou que buscou ser totalmente autoral. De onde vem as suas influências criativas? Pode explicar como isso influenciou o resultado final?

Ricardo: Sempre fui autodidata, procuro aprender com muita observação e experiências de erros e acertos, sejam eles meus ou de outras pessoas. Minha fotografia é muito instintiva, eu fotografo o que me salta os olhos com emoção e tento levar isso para as páginas dos meus livros e agora, para as séries de TV.

BL: Além de seus livros, você também promove exposições fotográficas. Pode nos contar sobre sua experiência mais recente, a exposição “Uma língua de várias faces” na sede da Unesco em Paris?

Ricardo: Sim, adoro fazer exposições e interagir com o público tentando entender o meu olhar! Essa última aconteceu na sede da Unesco, em Paris, a convite do embaixador Santiago Mourão. Certo dia, acordei às 6h com meu telefone tocando e era o Santiago, dizendo que gostaria do meu trabalho exposto em Paris no dia da comemoração da Língua Portuguesa. Para mim, foi uma honra e um grande reconhecimento.

BL: Você já tem planos para novos projetos após o lançamento deste livro? Pode compartilhar algumas informações sobre eles?

Ricardo: Planos não faltam! Com alguns erros que cometi sendo empresário, entendi que a engrenagem nunca pode parar, então já estou pensando em 2024 e 2025. Os próximos projetos que já estão confirmados e com patrocinadores fechados são: “Amazônia”, “Litoral Brasileiro” e “Os Últimos Filhos da Floresta”, mas ainda não posso dar muitos detalhes sobre eles.

Entrevista: Ricardo Martins nos leva em uma jornada pela Itália de norte a sul

Ricardo Martins

Considerado um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do país na atualidade, Ricardo Martins é autor e editor de 12 livros, já apresentou e produziu quatro séries passando pelo Pantanal, Amazônia, Itália e litoral brasileiro, onde mostra os bastidores de suas expedições. Desta vez, percorreu toda a Península Itálica, dos Pré-Alpes no extremo norte, aos mares do sul mostrando os contrastes das construções milenares que convivem com situações da modernidade. 

Em 2012, foi honrado com um dos maiores prêmios da literatura brasileira, o Prêmio Jabuti, na categoria de melhor fotografia pela obra A Riqueza de um Vale. Ricardo Martins promove exposições fotográficas divulgando a cultura e as belezas brasileiras no Brasil e no mundo; a última, intitulada  “Uma língua de várias faces”,  aconteceu em Paris na sede da Unesco, em comemoração ao dia da língua portuguesa.

5 livros para formar jovens cidadãos
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5 livros sobre democracia para formar jovens cidadãos

O Dia Internacional da Democracia, comemorado em 15 de setembro, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007. A data foi criada para celebrar os dez anos da Declaração Universal da Democracia — assinada em 16 de setembro de 1997, que tem como um de seus princípios, válidos até hoje, a defesa de que “a democracia é um direito básico de cidadania, a ser exercido em condições de liberdade, igualdade, transparência e responsabilidade, com o devido respeito à pluralidade de pontos de vista, no interesse da comunidade.”

+ 50 anos do golpe militar: ação que mergulhou o Brasil em 21 anos de ditadura

De origem grega a palavra “democracia” vem da junção de “demos” e “kratos”, traduzindo-se como “poder do povo”. Na antiguidade clássica, os atenienses reuniam-se na ágora para debater assuntos da polis, de forma que todos os cidadãos pudessem participar das tomadas de decisão. De lá para cá, a implementação de regimes democráticos variou de acordo com os lugares do mundo e os diferentes momentos da história, permanecendo um assunto relevante para ser discutido, inclusive entre os jovens.

Uma das formas de introduzir essa discussão é por meio dos livros. A partir de conteúdos literários e informativos, é possível apresentar às crianças e aos adolescentes a importância da empatia, do respeito ao outro e da preservação de direitos, da igualdade e da liberdade para a cidadania. Seja em casa ou na sala de aula, conhecer histórias que valorizam o protagonismo do povo contribui para a formação de jovens cidadãos.

Dentre os clássicos que há décadas geram reflexões em jovens leitores fazendo-os estabelecer relações entre ficção e vida real está a obra 1984, de George Orwell. Considerado um marco da literatura distópica, o livro narra criticamente uma sociedade totalitária governada pelo Partido, organização comandada pelo Grande Irmão.

Nesse mundo, vive o protagonista Winston Smith, que vai lutar contra esse regime autoritário e vigilante. Para além de sua influência na criação do reality show Big Brother, a obra de Orwell é um constante lembrete sobre a importância de se refletir e instigar a mudança por uma sociedade verdadeiramente democrática. A edição da Ática tem tradução do professor e linguista Fábio Delano e conta com a apresentação do jornalista e escritor Lira Neto, além de ilustrações de Amanda Miranda.

Para além desse clássico global, existem inúmeros livros nacionais que também podem ser apresentados para o público jovem a fim de promover reflexões sociais importantes. Pensando nisso, a SOMOS Literatura, em parceria com o Beco Literário, selecionou outros quatro livros de autoria brasileira que servem como porta de entrada para o tema. Confira!

Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada (Edição Comemorativa), de Carolina Maria de Jesus — Editora Ática
Autor: Carolina Maria de Jesus
Páginas: 264

Carolina Maria de Jesus foi uma escritora e catadora de papel da favela do Canindé, em São Paulo. Em forma de diário pessoal, em Quarto de Despejo a autora narra sua luta contra a miséria e a fome em um ambiente extremamente desigual, tornando-se um símbolo de resistência. Originalmente publicado em 1960, o livro permanece atual e por isso é considerado um clássico da literatura brasileira. A história de Carolina reflete uma das diversas realidades do país, trazendo à tona o debate sobre questões de classe, raça e gênero — essenciais para a democracia.

Carapintada – Uma Viagem pela Resistência Estudantil, de Renato Tapajós — Editora Ática
Autor: Renato Tapajós
Páginas: 16

Renato Tapajós retrata a história e a importância sócio-política do movimento estudantil por meio da história de Rodrigo, um jovem estudante que, ao participar de um protesto pelo impeachment do presidente Fernando Collor de Mello na década de 1990, se transporta para os anos rebeldes. Perdido no Brasil da década de 1960, durante a Ditadura Militar, Rodrigo se envolve na luta pela redemocratização do país. Contando com o Guia do Professor, a obra é uma ótima ferramenta para se trabalhar a história de dois dos principais movimentos populares brasileiros.

A Democracia Grega, de Martin Cezar Feijó — Editora Ática
Autor: Martin Cezar Feijó
Páginas: 40 

A obra de Martin Cezar Feijó narra a trajetória de Glauce e Teodoro, dois curiosos irmãos que decidem investigar por conta própria a morte do filósofo Sócrates. De forma cativante, o livro apresenta aos jovens leitores a história grega ao decorrer da narrativa, descrevendo o período em que Atenas reintegra sua democracia e apresentando os conceitos desse regime político. 

Entre neste livro – A Constituição para Crianças, de Liliana Iacocca — Editora Ática
Autora: Liliana Iacocca
Páginas: 48

Com ilustrações e diálogos simplificados, Liliana Iacocca apresenta às crianças para que serve o código de leis e qual o papel do Estado, debatendo, também, sobre os direitos das crianças e dos adolescentes e a importância da preservação do meio ambiente. Destinadas a jovens do primeiro ao quinto ano do fundamental, o livro serve como porta de entrada para o debate democrático.

Review: Drag Race Brasil (Episódios 1 e 2)
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Review: Drag Race Brasil (Episódios 1 e 2)

Assisti aos dois primeiros episódios de Drag Race Brasil. Como alguém que é fã de RuPaul’s Drag Race desde o início e fazia apostas na faculdade sobre as participantes, minhas expectativas estavam bem altas para a versão brasileira desde que saíam rumores de quem apresentaria.

+ Paulo Gustavo ou Pabllo Vittar: Quem vai apresentar o Drag Race do Brasil?

Primeiro, quero falar de cenário e produção, que estão impecáveis. A cenografia da Werk Rook e da Runway não deixam a desejar em nada quando comparadas à versão original do reality. Achei que por ser primeira temporada, talvez o orçamento fosse um pouco mais baixo ou algumas coisas pudessem ser menos sofisticadas e neste ponto, me surpreendi para melhor.

Grag Queen é uma fofa como apresentadora. Drag queen de renome, de porte e de presença. Mas aqui, começo a fazer algumas ressalvas e não acho que sejam culpa da apresentadora, mas sim, do formato e da produção. Sei que o programa é derivado de RuPaul, mas queria ver um pouco mais da personalidade da Grag e não uma tentativa dela de forçar os trejeitos da apresentadora original.

Não me entenda mal, ela ainda mostra suas autenticidades, mas elas ficam em segundo plano pelo o que parece ser uma exigência da produção em forçar trejeitos da RuPaul. No momento em que ela aparece na televisão, por exemplo, na Werk Room, poderia ser algo mais da personalidade da Grag do que uma tentativa de deboche que a RuPaul faz na versão original do reality.

E aqui, também vejo uma outra ressalva: a falta de mais brasilidade na produção. Por que não chamar a werk room de sala de trabalho, sala de trampo ou algo em português? Por que não simplesmente chamar a runway de passarela? Desfile? Assim como no final o can I get an Amen up in here virou um posso ouvir um axé? Creio que são pontos a se pensar.

Na primeira leva de participantes, do primeiro episódio, também senti falta da diversidade. Todos pareciam gringos. Na segunda leva, a diversidade apareceu um pouco mais e equilibrou a gangorra.

Achei que as competidoras mostraram autenticidade e versatilidade, mas também achei um pouco forçado os roteiros criados para a interação delas com as apresentadoras e jurados.

Falando em jurados, gostei de ver Bruna Braga e Dudu Bertholini junto com Grag, mas ainda preciso de mais episódios para saber e conseguir tecer uma opinião sobre a participação deles na competição.

Grag é uma ótima apresentadora, tem potencial de ser original. E é isso que a gente quer ver, mais Grag Queen e menos RuPaul wannabe ou será que devo dizer mustbe?

Kate J. Armstrong denuncia sistema patriarcal em fantasia best-seller
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Kate J. Armstrong denuncia sistema patriarcal em fantasia best-seller

Na cidade de Simta, as Aves Noturnas são os segredos mais bem guardados pela sociedade da Grande Casa: elas são garotas capazes de compartilhar magia através de beijos e escondem dons poderosos que podem mudar destinos. Porém, em um mundo comandado pelos homens, passar o poder para eles – por tempo indeterminado – é que o resta às mulheres que possuem magia nas veias, mas são proibidas de utilizá-la em benefício próprio.

É com essa premissa que a ex-editora da revista National Geographic e autora best-seller do New York Times, Kate J Armstrong presenteia os leitores de Aves Noturnas, publicada no Brasil pela Plataforma21. Nesta obra, a escritora apresenta Matilde, Æsa e Sayer, três poderosas jovens da estação, que passam a noite concedendo seus dons para clientes em troca de bons pagamentos e possível proteção. Assim que este período acabar, elas precisam casar-se com um senhor da Grande Casa e assegurar a nova geração de Aves Noturnas.

Rodeadas de pessoas que matariam para possuí-las ou as queimaria por bruxaria, o futuro das moças se torna incerto quando se veem no centro de um sórdido esquema político. As protagonistas descobrem que há outras garotas como elas e, juntas, são muito mais poderosas do que o sistema patriarcal alegava. Unidas pelo desejo de mudança, as jovens compreendem que a irmandade pode ser a chave para quebrar as gaiolas usadas para aprisioná-las e, por isso, precisam escolher: permanecer como pássaros cativos ou assumir o controle e reconstruir a cidade que ousou cortar suas asas.

Para além da fantasia Young Adult, narrada em terceira pessoa de forma caleidoscópica, Kate J Armstrong debate a misoginia, reitera a importância da luta feminina contra os males do patriarcado e sobre os direitos das pessoas LGBTQIAPN+. Aves Noturnas também é uma história de recomeços, laços familiares, primeiro amor, feminismo e embates políticos e sociais.

As palavras da dama daquela tarde ainda a envolvem. ‘Você não pode voar livre para sempre. Em algum momento você vai precisar sossegar e construir um ninho.’ Matilde não quer se aninhar com alguém que só a quer por sua magia. Ela quer a liberdade de escolher um futuro para si mesma.
(Aves Noturnas, p. 23)

Ficha técnica:
Título: Aves Noturnas
Título original: Nightbirds
Autora: Kate J. Armstrong
Selo: Plataforma21
Gênero: fantasia
Série/Coleção: Aves Noturnas – Volume 1
Edição: 1ª ed./2023
ISBN do livro físico: 978-65-88343-60-9
ISBN do e-book: 978-65-88343-59-3
Formato: 14 x 21 cm
Número de páginas: 496
Classificação indicativa: 14+
Preço: R$ 89,90

OLDBOY reestreia nos cinemas brasileiros nesta quinta, 14 de setembro
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OLDBOY reestreia nos cinemas brasileiros nesta quinta, 14 de setembro

Um dos filmes importantes do XXI, o coreano OLDBOY reestreia nos cinemas de todo o país a partir de amanhã, 14 de setembro, com distribuição da Pandora Filmes. Com classificação indicativa de 16 anos, a nova versão, supervisionada pelo seu diretor Park Chan-wook, que acompanhou todo o trabalho feito a partir do negativo original em 35mm, pode ser assistida em São Paulo, Rio de Janeiro, Aracaju, Balneário Camboriú, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Cotia, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goias, Londrina, Maceió, Manaus, Maringá, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Salvador, Santos, São José dos Campos e Vitória.

A seguir, uma lista de salas que exibirão OLDBOY:

Petra Belas Artes – São Paulo
Cinemark Metrô Santa Cruz – São Paulo
Cinemark Market Place – São Paulo
Cine LT3 – São Paulo
Cinesesc – São Paulo
Cinépolis Jardim Pamplona – São Paulo
Cinesystem Morumbi Town – São Paulo
Espaço Itaú de Cinema Augusta – São Paulo
Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca – São Paulo
Espaço Itaú de Cinema Pompeia – São Paulo
Cine Sala – São Paulo
Estação NET Rio – Rio de Janeiro
Estação NET Botafogo – Rio de Janeiro
Estação NET Gávea – Rio de Janeiro
Cinemark Downtown – Rio de Janeiro
Cine Santa – Rio de Janeiro
UCI Kinoplex Norte Shopping – Rio de Janeiro
UCI NY City Center – Rio de Janeiro
Kinoplex São Luiz – Rio de Janeiro
Espaço Itaú de Cinema Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Cinemark Pier 21 – Brasília
Espaço Itaú de Cinema Brasília – Brasília
Minas Tênis Clube – Belo Horizonte
Cineart Cidade – Belo Horizonte
Una Belas Artes – Belo Horizonte
Cinemark BH Shopping – Belo Horizonte
SaladeArte – Cinema da UFBA – Salvador
Cine Metha Glauber Rocha – Salvador
Cinemateca Paulo Amorim – Porto Alegre
Espaço de Cinema Bourbon Country – Porto Alegre
Cinemark Shopping Wallig – Porto Alegre
Cine Passeio – Curitiba
Cinemark Shopping Mueller – Curitiba
Cinépolis Pátio Batel – Curitiba
Paradigma Cine Arte – Florianópolis
Cinesystem Villa Romana Florianópolis – Florianópolis
Centro Cultural Arte Pajuçara – Maceió
Cinesystem Parque Shopping Maceió – Maceió
UCI Kinoplex Iguatemi Fortaleza – Fortaleza
Cinema do Dragão – Fortaleza
Cinépolis Natal Shopping – Natal
Fundação Joaquim Nabuco – Cinema do Derby – Recife
Cine Jardins – Vitória
Cine Casarão – Manaus
Cine Teatro Recreio – Rio Branco
Cine Vitória – Aracaju
Cine Cultura Goiânia – Goiania
Cinemark Colinas Shopping – São Jose dos Campos
CineramaBC – Balneário Camboriu
Cineflix Miramar Santos – Santos
Cineflix Maringá Park – Maringá
Cineflix Aurora Shopping – Londrina
Cineflix Granja Viana – Cotia
Cinépolis Galleria – Campinas
Kinoplex Dom Pedro – Campinas
Casa Belas Artes – Ribeirão Preto

O filme, que comerciou sua trajetória no Festival de Cannes de 2004, já foi lançado em diversos países em sua versão restaurada, que ficou entre os 10 mais vistos no EUA, na reestreia, fazendo uma média de público por sessão que perdeu apenas para “Barbie”.

Com júri presidido por Quentin Tarantino, que se tornou um grande fã de OLDBOY, Cannes concedeu-lhe o Grande Prêmio do Júri, e, além desse, também foi premiado em Hong Kong, Coreia, Inglaterra, Itália e no português Fantasporto, entre outros. Na Coreia do Sul, foi o filme mais visto no ano de seu lançamento original, em 2003.

Na época do lançamento do filme nos EUA, em 2005, Park disse ao Seattle Times, que Tarantino o procurou pessoalmente para conversar sobre o longa. “Ele era capaz de descrever cada cena do filme. Ele lembrava de todos os detalhes sobre enquadramento e montagem, que até eu mesmo havia esquecido. Ele estava tão empolgado que parecia estar falando de um filme que nem era meu. Ele me fez querer rever meu filme”, se diverte o diretor relembrando a ocasião.

Protagonizado por Choi Min-sik, no papel de Oh Dae-su, o filme acompanha um homem que foi misteriosamente encarcerado por 15 anos. Logo descobre que sua mulher foi assassinada, e ele é o principal suspeito. Quando é, finalmente, libertado, Dae-su tem cinco dias para descobrir seu raptor, e descobrir o que aconteceu de verdade, e realizar sua vingança.

Adaptado de um mangá de Garon Tsuchiya e Nobuaki Minegishi, Park disse numa entrevista de 2022 à Entertainment Weekly que OLDBOY é seu filme favorito de sua própria filmografia.

“Obviamente, tudo é exagerado em OLDBOY, porque é uma fábula, mas o que realmente me interessa é como as pessoas hoje lidam com a consciência pesada. Meus personagens não são maus, eles são basicamente pessoas boas que se veem incapazes de viver com suas emoções mais sombrias e sofrem uma tragédia como resultado”, explicou o cineasta na entrevista ao Seattle Times.

Park, cuja carreira começou em 1992, já era um cineasta sul-coreano de certo prestígio, mas pouco conhecido fora de seu país quando OLDBOY estourou no mundo todo, depois de Cannes. Desde então, o diretor já fez diversos filmes e séries como “Sede de Sangue”, “Segredos de Sangue”, “Decisão de Partir” e a minissérie “The Little Drummer Girl”, além de conquistar dezenas de prêmios pelo mundo, como o BAFTA, por “A Criada”; em Cannes ele ganhou o prêmio de Melhor Diretor por “Decisão de Partir” mais o Prêmio do Júri por “Sede de Sangue”; e o prêmio Alfred Bauer de Contribuição Artística, no Festival de Berlim, por “Eu Sou um Cyborg, e Daí?”.

Seu estilo é marcado por uma beleza estética muito forte, mas também pela violência brutal – especialmente em filmes como OLDBOY, “Lady Vingança” e “Mister Vingança”, que juntos compõem o que o diretor chama de sua Trilogia da Vingança. Quando perguntado sobre isso, o cineasta respondeu:

“Acho que é mais fácil ser muito individual porque cada pessoa vem de origens diferentes, e as influências que afetam uma pessoa serão diferentes da próxima. Portanto, você não pode deixar de ser diferente e individual, mas é tudo uma questão de ser honesto consigo mesmo e, se você for capaz de fazer isso, a individualidade aparecerá naturalmente. Mas você pode se perguntar, então, ‘por que existem tantos filmes por aí que você não consegue distinguir, não consegue ver nenhum traço de individualidade?’ Minha resposta para isso seria simplesmente, os cineastas não estavam sendo honestos com eles mesmos.”

Com aprovação de 82%, no Rotten Tomatoes, o longa tem colecionado críticas entusiasmadas e apaixonadas desde sua estreia em Cannes. “Um passeio selvagem e intensamente cinematográfico sobre o desejo ardente de dois homens de se vingar”, escreveu Derek Elley, na Variety. “Quando o filme for assimilado por Hollywood, poderá se tornar tão influente quanto os filmes de John Woo”, disse Glenn Kenny, na revista Première. OLDBOY evoca imagens de pesadelo de isolamento espiritual e físico, que são dignas de Samuel Beckett ou Dostoiévski”, apontou Joe Morgenstern, no Wall Street Journal.

A nova cópia de OLDBOY já foi lançada nos EUA, Itália, Hong Kong, Singapura, Portugal, Rússia, Indonésia, Japão, Canadá, Austrália e Romênia e em breve chegará a países como Alemanha, França e África do Sul.

 

Sinopse
Oh Dae-Su (Choi Min-sik), um bêbado que foi preso e depois libertado por um amigo, acaba sequestrado em uma noite chuvosa, e acorda em um estranho quarto de hotel sem janelas. Mantido em cativeiro por uma razão desconhecida, seus captores invisíveis o alimentam e o mantêm sistematicamente sedado para evitar o suicídio, fornecendo apenas uma TV colorida para lhe fazer companhia. Depois de 15 longos anos, ele ganha a liberdade. Agora, seus sequestradores impiedosos o encorajam a rastrear o responsável pelo misterioso sequestro e, finalmente, se vingar do algoz desconhecido. No entanto, quem odiaria tanto Oh Dae-Su a ponto de negar-lhe uma morte rápida e limpa?

Solimões viraliza na web com flagra ao assistir pela primeira vez novo clipe de Gabeu
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Solimões viraliza na web com flagra ao assistir pela primeira vez novo clipe de Gabeu

Gabeu, filho do renomado cantor Solimões, da icônica dupla Rionegro e Solimões, está se preparando para lançar seu mais recente trabalho, que é a música  “Colo da Tropa”, marcado para o dia 14 de setembro de 2023 (quinta), às 21h e o clipe, no dia seguinte, 15/09 (sexta), às 12h.

Mas, o que chamou a atenção foi o flagra do momento em que Gabeu mostrou o clipe para Solimões. A repercussão nas redes sociais foi imediata, com o vídeo se tornando viral em pouco tempo.

No vídeo, Solimões está com fones de ouvido e  assiste o clipe da música  “Colo da Tropa” na tela de um celular, deitado em um sofá. As reações são inusitadas, hora soltando um “tá diferente”, hora fazendo batuques com as mãos. Uma risadinha cheia de orgulho também não faltou.

Em determinado momento, o cantor arregala os olhos se mostrando um pouco espantado e em seguida, os fecha tapando com as mãos. No final, não segurou a emoção e orgulho do seu filho dizendo: “Achou o caminho. Esse é meu filho”. “Tudo bem produzido. Que maravilha. Agora o povo vai dar a nota”.

Nos comentários do post, os internautas expressaram admiração pelo afetuoso apoio do pai ao filho. Um seguidor escreveu: “Para mim, a maior surpresa foi descobrir que Solimões é um pai tão acolhedor. Amo essa família“. Esse gesto caloroso da família Solimões emocionou os fãs e declarou o apoio mútuo dentro da família.

Gabeu é o mais novo contratado da Mega Produções Artísticas, é representante da cultura pop contemporânea, um artista que incorpora a autenticidade e a diversidade do Brasil. 

“Colo Da Tropa” é a trilha sonora perfeita para aqueles que buscam uma experiência musical genuína, dinâmica e vanguardista. O clipe oficial, programado para 15 de setembro de 2023 (sexta), às 12h, promete ser uma explosão de criatividade visual que complementa perfeitamente a energia contagiante da música. Fãs e espectadores podem esperar uma experiência audiovisual que se iguala à excelência artística de Gabeu.

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Sobre Gabeu:

Gabeu é um cantor e compositor da cultura pop brasileira. Com seu estilo autêntico e letras envolventes, ele tem conquistado fãs de todas as idades e consolidado seu lugar como um dos artistas mais inovadores do Brasil. Com “Colo Da Tropa”, Gabeu mais uma vez prova sua capacidade de transcender gêneros musicais e emocionar o público com sua arte única e apaixonante.

Gabeu, filho do icônico sertanejo Solimões da Rionegro e Solimões, trilhou um caminho único e revolucionário em sua carreira musical. Desde o início, ele soube incorporar sua identidade e quebrar barreiras na indústria da música. Com sua autenticidade e talento, Gabeu se destacou como um dos primeiros artistas abertamente LGBTQIAP+ no cenário sertanejo brasileiro, desafiando estereótipos e abrindo portas para a diversidade.

Seu estilo musical, conhecido como “pocnejo”, combina elementos do sertanejo tradicional com letras que exploram temas relacionados à sua própria jornada no interior. Gabeu conquistou uma base de fãs dedicada e crítica positiva por suas músicas cativantes e letras que abordam questões sociais e de identidade. Sua coragem e autenticidade inspiraram muitos a serem verdadeiros consigo mesmos, independentemente de preconceitos.

Gabeu também demonstrou seu talento versátil como cantor, compositor e produtor, colaborando com diversos artistas e lançando músicas que ecoam as experiências e sentimentos da juventude contemporânea. Com uma carreira promissora pela frente, Gabeu continua a ser um farol de diversidade e inclusão na indústria da música brasileira, deixando sua marca indelével no sertanejo e além.

As músicas de Gabeu têm conquistado um público crescente e fiel, refletindo sua habilidade em criar faixas que ressoam com uma ampla gama de ouvintes. No YouTube, algumas de suas canções mais populares, como“Amor Rural” e “Sugar Daddy”, alcançaram números impressionantes de visualizações, com milhões de cliques em seus videoclipes. Essas músicas não só demonstram seu talento como cantor e compositor, mas também a capacidade de Gabeu de criar narrativas cativantes que misturam o sertanejo tradicional com elementos contemporâneos.

No Spotify, Gabeu também tem obtido sucesso notável, com suas músicas frequentemente figurando em playlists populares e acumulando milhares de streams. Suas letras honestas e emotivas ressoam com uma audiência diversificada, enquanto sua representação aberta como um artista LGBTQIAP+ no gênero sertanejo tem ampliado os horizontes musicais e culturais. O cantor continua a crescer em popularidade, ganhando reconhecimento tanto pela qualidade de sua música quanto pelo impacto que ele está causando na cena musical brasileira.

Educação e arte na periferia: 9ª Feira Literária da Zona Sul acontece entre os dias 18 e 23 de setembro
Divulgação
Cultura, Livros

Educação e arte na periferia: 9ª Feira Literária da Zona Sul acontece entre os dias 18 e 23 de setembro

Entre os dias 18 e 23 de setembro, São Paulo receberá a 9ª edição da Feira Literária da Zona Sul (FELIZS). As atividades serão realizadas em espaços educacionais e culturais nas regiões de Campo Limpo, Jardim São Luís e Capão Redondo. A entrada é gratuita. Este ano, o evento tem como tema “Arte e educação – travessias e outras margens”. “Nosso objetivo é evidenciar a potência do encontro entre expressões artísticas e a educação escolar, para além da visão tradicional de formação de público. Reconhecer as subjetividades que estão lá, no cotidiano, pode ser uma via para transformar a escola em lugar de encontro com a diversidade ”, afirma Thania Rocha, atriz, terapeuta e integrante da produção da Feira Literária da Zona Sul.

Entre os princípios que a feira pretende debater, está a necessidade de as escolas e outros espaços educativos periféricos abrirem portões e quebrarem muros (literal ou metaforicamente) para seu entorno, e considerar os fazedores de cultura como parceiros e aliados na promoção de uma escuta dos sujeitos que lá estão presentes. “Isso envolve conhecer o território e suas expressões, investigar as mestras e mestres presentes na comunidade escolar, incentivar as manifestações de crianças, jovens e adultos e posicionar-se contra o racismo, o machismo, a LGBTQIA+fobia e outras opressões estruturais que aparecem na escola por estarem difundidas na sociedade”, ressalta Thania.

Entre os destaques da programação está a feira literária que reunirá mais de 60 editoras independentes de todo o Brasil no dia 23 de setembro, na Praça do Campo Limpo (Rua Aroldo de Azevedo, 100), em um dia com várias atrações para todos os públicos, da música ao teatro, distribuição e troca de livros, e participação das escolas. As escolas que levarem seus estudantes à Praça receberão a “moeda literária”, um crédito para que os alunos comprem livros dos autores que estarão na Feira. Além disso, as atrações da Feira Literária da Zona Sul acontecerão durante toda a semana,  em espaços culturais e educacionais, como escolas, Centros de Educação Infantil, bibliotecas comunitárias etc. A expectativa da organização é receber um público de 10 mil pessoas durante a semana.

Em sua 9ª edição, a Feira Literária da Zona Sul é uma das feiras pioneiras na valorização de autores da periferia. Para Silvia Tavares, que integra a equipe de produção e também é educadora na Zona Sul, a aposta nas linguagens artísticas, e especialmente na literatura periférica, acena com a possibilidade de transformação do currículo escolar em direção à consideração da diversidade: “Quando começamos a trazer os saraus, slams e literaturas periféricas para as vivências com crianças e jovens, vemos os cabelos mais livres, os corpos mais altivos e o interesse por leitura e escrita se torna voraz, pois é da vida delas e deles que passamos a falar. Isso provoca inclusive os educadores e educadoras a também terem contato com a expressão poética, e muda a qualidade da experiência de ser educador/a”.

“Mulheragem”  às educadoras Marilu Cardoso e Solange Amorim

Este ano, a FELIZS irá homenagear duas personalidades da Zona Sul, as educadoras Marilu Cardoso e Solange Amorim.

Marilu foi aluna das escolas públicas da região de M’boi Mirim, é professora de História e foi Diretora da Divisão Pedagógica da Diretoria de Educação do Campo Limpo, promovendo formações de professores e encontros com arte-educadores durante sua permanência nesse posto. Doutorou-se com um trabalho sobre a transição entre campo e cidade na obra de grandes autores da música brasileira dos anos sessenta. Solange Amorim também é uma “cria” da periferia da Zona Sul. Ativista da educação desde os anos 90, foi diretora da EMEF Sócrates Brasileiro, no território de Campo Limpo, e durante este período promoveu a articulação dos setores de cultura da região para a construção da proposta pedagógica “Território do Povo”, com forte presença dos equipamentos e grupos de cultura no cotidiano da escola. Também poeta e frequentadora dos saraus da região, Solange apoiou a fundação do Coletivo Territorialidades, de educadores articulados ao território da Zona Sul, e a jornada-manifesto “Ocupa a Cidade” (2020) defendendo um currículo escolar autoral e emancipador, contextualizado nos territórios paulistanos no auge da pandemia. Hoje atua como supervisora escolar na rede municipal e faz Mestrado na USP, além de movimentar um terreiro de umbanda e candomblé, dirigido por sua mãe, no município de Embu das Artes, como ẹ̀gbọ́n de Oxumarê.

As educadoras farão parte de um mini-documentário sobre suas vidas e conduzirão uma conversa literária no encerramento da Feira, na Praça do Campo Limpo, dia 23 de setembro,  às 14 horas.

A Feira contará ainda com a participação de educadores em todas as conversas literárias e de convidados como o ativista e influenciador digital Thiago Torres, conhecido como Chavoso da USP, falando sobre arte e saúde mental na educação no SESC Campo Limpo (dia 19, às 19h).  Outros temas, como a linguagem poética, a pedagogia dos saraus e slams e a literatura para bebês e crianças farão parte do roteiro temático da semana, com a presença de autores e projetos premiados em eventos como o Prêmio Jabuti e Prêmio Paulo Freire. No dia 22,  a líder guarani Jerá e o pesquisador e professor Salloma Salomão debaterão no CEU Feitiço da Vila o papel da arte periférica nos vinte anos da lei que instituiu o ensino de história e cultura africana, afrobrasileira e indígena no currículo.

Confira a programação completa da Feira Literária da Zona Sul

18/09

9h – CEI Jd. São Joaquim

Vivência “ Lendo com Bebês” com Juliana da Paz e Potyra Paz

Endereço: R. Bacabinha, 1100 – Jardim São Joaquim

14h – Praça do Campo Limpo

Leitura Surpresa e Bicicloteca

Endereço: R. Dr. Joviano Pacheco de Aguirre, 30 – Jardim Bom Refugio

15h – CEU Cantos do Amanhecer

Show ABRAKBÇA – com Renan Inquérito

Endereço: Av. Cantos do Amanhecer, S/N – Jardim Eledy

15h30 –  Cieja Campo Limpo

Show Trio Porão

Endereço: R. Cabo Estácio da Conceição, 176 – Parque Maria Helena

20h – Espaço Clariô de Teatro

Sarau do Binho com participação da Banda Preto Soul

Endereço: R. Santa Luzia, 96 – Vila Santa Luzia, Taboão da Serra

19/09

10h – EMEF General De Gaulle

Teatro – “ O chão não tá pra urso”- Brava Cia

Endereço: R. Mourisca, 16 – Jardim Ibirapuera

11h – Biblioteca Comunitária Luiza Erundina

Nyangara Chena | Conto Xona: Contação de Histórias com

Cia Chaveiroeiro Contos do Mundo

Endereço: Rua Acédio José Fontanete, 86 – Viela Química – Jardim Ibirapuera

13h30 –  SESC Campo Limpo

Oficina de escrita criativa com Dinha

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel

14h – Biblioteca Marcos Rey

Conversa Literária: “Por uma Educação Libertadora: a poesia como um caminho dentro e fora da sala de aula”, com Lidiane Lima, Tawane Theodoro e Nicoly Soares

Intervenção poética de Ana Beatriz

Pocket Show de Potyra Paz e Dandara Pilar

Endereço: Av. Anacé, 92 – Jardim Umarizal

14h30 – SESC Campo Limpo

Oficina de Cordel com Varneci Nascimento

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel

14h30 – EMEI Janete Clair

Vivência de Dança Afro com Ermi Panzo

Endereço: R. Dr. Azevedo Sodré, 114 – Vila Santa Lúcia

19h30 – SESC Campo Limpo

Conversa Literária: “Ninguém liberta ninguém. As pessoas se libertam em comunhão: Arte, Educação e Cuidado em Saúde”, com Thiago Torres( Chavoso da USP ) e  Andrea Arruda (Mães de Maio). Mediação: Tatiana Minchoni (UFSC e FELIZS)

Intervenção Poética – Helena Silvestre (Sarau do Binho e Escola Feminista Abya Yala)

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel

20/09

10h – EMEF Ricardo Vitiello

Encontro com o autor Lucas Afonso

Endereço: R. da Solidariedade, 200 – COHAB INSTITUTO ADVENTISTA

13h30 – EMEF M’Boi II

Conversa Literária: “ Literatura do encantamento para a primeira infância”, com Viviane Vieira (Coletivo LINEBEIJU) e Nati Tazinazzo (CEI Jardim São Joaquim). Mediação de Elisângela Araújo (EMEF M´Boi Mirim II e mestre pelo DIVERSITAS/USP).

Intervenção Poética de Luan Luando

Endereço: R. José Manoel Camisa Nova, 552 – Parque Santo Antônio, São Paulo – SP, 05822-0

14h – EMEF Ricardo Vitiello

Teatro – Mamulengo da Folia – “Resenha de mamulengo”

Endereço: R. da Solidariedade, 200 – COHAB INSTITUTO ADVENTISTA

14h – E.E. Neide Aparecida Sollito

Show – Grupo Candearte – “Cocada do Candearte”

Endereço: Rua José Maria Pinto Zilli, 696 – Jardim das Palmas

14h30 – SESC Campo Limpo

Oficina de Cordel com Varneci Nascimento

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel

20h – E.E. Francisco D´Amico

Conversa com convidado surpresa. Intervenção poética de Guinão Oliveira e Nicoly Soares. Mediação de Serginho Poeta e Binho.

Endereço: Av. Arlíndo Genário de Freitas, 85 – Jardim Saporito, Taboão da Serra

21/09

10h – Sarau do Binho – Matéria Poética

EMEF Cel. Palimércio de Rezende

Endereço: R. Manuel Ribeiro de Azevedo, S/N – Jardim Catanduva

10h – EMEF Paulo Freire

Oficina de fanzine com Roger Beats

Endereço: Rua Melchior Giola, 296 – Paraisópolis

15h – Casa de Cultura do Campo Limpo – Dora Nascimento

Conversa Literária “Pedagogia dos Saraus e Slams : o que aportam para a educação?”, com Binho (Sarau do Binho), Cristina Assunção (Slam da Guilhermina) e Rodrigo Ciríaco (Sarau dos Mesquiteiros  ). Mediação de Lucía Tennina.

Apresentação: Slam do 13

Endereço: R. Aroldo de Azevedo, 100 – Jardim Bom Refugio

19h30 – SESC Campo Limpo

Sarau Poesia de Todo Canto- com poetas de diferentes lugares

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120

22/09

10h – CEI Natália Rosemberg

Espetáculo Piorô Circo Show

Endereço: R. Aroldo de Azevedo, 50 – Jardim Bom Refugio

10h – Praça do Campo Limpo e entorno

Fuscalhaço com Deco Moraes

Endereço: R. Dr. Joviano Pacheco de Aguirre, 30 – Jardim Bom Refugio

14h – Fábrica de Cultura do Capão Redondo

Conversa com a autora Mídria

Intervenção Poética Zá Lacerda

Endereço: Rua Bacia de São Francisco, s/n – Conj. Hab. Jardim São Bento

16h – Biblioteca Comunitária Djeanne Firmino

Contação de Histórias com Will e Nati- Ateliê Afrocultural

Endereço: R. Carandazinho, 50 – Jardim Olinda

16h – CEU Feitiço da Vila

Conversa Literária: “Ensinar exige rejeição a qualquer forma de discriminação: Como a Literatura e a Arte podem contribuir com a Implementação efetiva da lei 10.639/03 e 11.645 nas escolas?”, com Jerá Guarani e Salloma Salomão.Mediação de Patrícia Cerqueira

Pocket Show de Fernanda Coimbra

Endereço: R. Feitiço da Vila, 399 – Chácara Santa Maria

17h – Praça do Campo Limpo

Cortejo na Praça: Leitura Surpresa- Bicicloteca, Homopoéticus, Verso Móvel Sound System, Grupo Candearte, Trupe Lona Preta, Sarau do Binho

Endereço: R. Dr. Joviano Pacheco de Aguirre, 30 – Jardim Bom Refugio

23/09

Palco

11h30 – Coco do Bonde Abya Yala

13h00 – Candongueiros do Campo Limpo

14h30 – Lona Preta

16h – Costela

17h – Sarau do Binho

18h – Encanto e Poesia

19h20 – Show Záfrica Brasil

20h50 – Show Clarianas

22h – Show RAPadura

Tenda das Crianças/Oficinas

11h30 – ” De Infâncias e Nuvens” – Contação de Histórias com Giba Pedrosa

13h – Contação de Histórias com  Giba Pedrosa

15h30 – Oficina “ A arte que vem Dulixo “ com Tubarão Dulixo

Tenda Literária

12h30 – 13h30 | Oficina de bonecos com meias, com Deco Moraes

14h – Conversa Literária: “Arte e educação: travessias e outras margens”

Solange Amorim, Marilu Cardoso

Mediação: Antônio Passaty

+

Performance poética – Dinho Lima Flor

Intervenções na praça

12h – 14h | Divertida kombi

Bruno Coqueiro

André Schule

13h – 15h | Praia Literária

Leitura Surpresa

Palhaços

12h30 | Oficina | Rager

Homopoeticus

Bicicloteca

Estátua Viva

13h – “Ester” com Odília Nunes

11h – 15h | Tranças Isabella

Grafitte com Carolzinha ITZA

Resenha: O príncipe cruel, Holly Black
Beco Literário
Livros, Resenhas

Resenha: O príncipe cruel, Holly Black

Eu gosto do trabalho da Holly Black há muito tempo. Desde criança. As crônicas de Spiderwick foi um dos primeiros livros que li na infância e sempre ficou intacto na minha memória o quanto eu amava a forma dela criar mundos mágicos. Quando saiu O príncipe cruel, fiquei meio relutante. Primeiro, porque ultimamente não me conecto tanto com livros de romance que não sejam LGBTQIAP+. Segundo, porque tinha medo de não gostar mais da escrita da Holly, levando em conta que hoje em dia sou um pouco mais crítico com isso (eu amo as histórias da Cassandra Clare, por exemplo, mas odeio a escrita dela).

+ Entrevista: Holly Black é a rainha de tudo e fala sobre seus gatinhos
+ Um oi da Holly Black!

Resolvi dar uma chance para O príncipe cruel na Bienal do Rio, quando descobri que ia entrevistar a Holly. E eu simplesmente devorei o livro em três dias. Voltei para a fase adolescente do Gabriel que deixa de comer, dormir e ir ao banheiro só para ler mais uma página e ainda, de quebra, me tirou de uma ressaca literária de ler ficção fantástica que eu estava há tempos.

“Nós somos filhos de tragédias.”

O príncipe cruel é um livro que conta a história de Jude, uma garota mortal, mudana, humana, que vê seus pais serem assassinados bem diante dos seus olhos e é levada junto com a irmã gêmea Taryn e a irmã mais velha Vivi ao Reino das Fadas. Quando a gente fala de fada, parece aquele mundo animado de fadinhas que voam e só fazem o bem. Se você espera isso, já vai tirando o cavalinho da chuva que o reino de Holly Black, chamado de Elfhame, é onde vive todo tipo de criatura feérica, cortes seelie e unseelie. E é justamente isso que eu mais gosto nas mitologias da Holly: ela brinca com cores de cabelo, cores de pele, características psicológicas e físicas… E isso é difícil de encontrar em livros que falam de seres feéricos.

“Se eu não puder ser melhor que eles, então vou ser muito pior.”

No mundo de Elfhame, Jude precisa entender que nunca será como os outros feéricos. Ela sempre será mortal e por isso, sempre mais fraca, sempre preterida… Mas ela quer conquistar o seu lugar na corte como guerreira. E é nessa jornada que a gente conhece o príncipe Cardan, perverso, otário, ridículo e que faz de tudo pra ela sofrer: desde palavras duras e vergonhosas até a obriga-la a se drogar com as comidas das fadas.

“Ele é uma faísca e você é altamente inflamável.”

O mais incrível da narrativa de O príncipe cruel é que os relacionamentos e afetos são tratados por uma ótica política. É um livro que tem romance, tem descoberta, tem vida, mas acima de tudo, é um livro que fala sobre relações políticas no reino das fadas e é isso que me deixou fascinado. Não preciso nem dizer que o plot twist de enemies-to-lovers de Jude e Cardan também me tirou alguns suspiros, mas isso só foi possível e eu só me conectei tanto com os personagens pela Holly saber manejar justamente as relações frias e superficiais, baseadas em interesses, que os seres feéricos estabelecem entre si e entre os mortais.

“O Reino das Fadas podia ser lindo, mas a beleza é comparável à carcaça de um corcel dourado cheio de larvas se contorcendo por baixo da pele, prontas para explodir.”

O livro tem capítulos curtos (eu amo!) e alguns mais longos que não ultrapassam as vinte páginas. Ele é escrito em primeira pessoa (exceto no prólogo), então conhecemos o mundo pelo ponto de vista da Jude. Apesar disso, não se torna cansativo de ler (como muitos em primeira pessoa). Ele é fluído. De início, você pode levar um tempo para engatar a leitura enquanto você se ambienta com Elfhame e os costumes de lá, mas depois de você passa da página trinta, você só consegue parar quando chega na 300.

“Você não é nada. A espécie humana finge ser tão resiliente. As vidas mortais são uma longa brincadeira de faz de conta. Se você não pudessem mentir para si mesmos, cortariam a própria garganta para acabar com sua infelicidade.”

Se eu já gostava da Holly Black na infância, agora na vida adulta parece que sua escrita e suas histórias me acompanharam. É um livro young adult, que não traz temas infantis como era em Spiderwick, mas também não deixa a desejar em nenhum momento quando o assunto é desenvolvimento de mundo e de personagem. Com certeza, uma leitura cinco estrelas.