Categorias

Reviews de Séries

Reviews de Séries

Review: Grey’s Anatomy 12×02 – Walking Tall

Na semana passada vimos que ainda podemos acreditar em Grey’s Anatomy. Em um episódio leve, foi possível dar uma respirada e avaliar os rumos que a série está tomando. O resultado disso pôde tranquilizar, ao menos momentaneamente, aqueles que estavam torcendo o nariz para o novo ano da série. E com “Walking Tall” não foi diferente.

Comecemos por Bailey. É o seu primeiro dia como chefe de cirurgia. O nervosismo fala mais alto e tudo que ela quer é mostrar que foi a escolha certa para o cargo. Mas, mesmo que sua ascensão tenha se tornado inevitável ao longo dos anos, nada a preparou para lidar com tanto poder. De repente, toda a equipe anunciava o retorno da “Nazi”.

Sabemos, claro, que todas as suas atitudes foram fruto da inexperiência. Não se aprende a liderar da noite para o dia. Em vez de inspirar os cirurgiões a realizar o impossível, suas condições foram impostas arbitrariamente. Sem falar na enorme quantidade de trabalho repassada para Meredith. Seu maior erro, entretanto, talvez tenha sido o de não procurar Webber. Sejamos francos, foi Richard quem previu e acreditou há anos que esse cargo seria dela. E como foi revelado mais tarde, suas dicas eram valiosíssimas. Pena que a conversa entre os dois não tenha acontecido mais cedo. Portanto, foi sim um péssimo primeiro dia para a nova chefe. Mesmo assim, apesar de questionar se foi mesmo a escolha ideal, Miranda assumiu seu erro. E, se a conhecemos bem, é fácil dizer que ela irá melhorar. Disso não há dúvidas.

Como se já não tivesse problemas suficientes para resolver, April precisou ser isolada com uma doença suspeita. E ainda teve que lidar com os dilemas de todo mundo enquanto seu (ex?) marido a ignorava. A verdade é que, para Jackson, não havia o que discutir. April selou o futuro de seu casamento ao viajar. E o mesmo impasse continua agora que voltou. Seu marido não a perdoa por tê-lo deixado sozinho, por fugir, e não acredita que essa relação cheia de ultimatos tenha um futuro. Já April acha que estava fazendo a coisa certa naquele momento. E decide se empenhar para recuperar o marido. Sabemos o quanto ela pode ser insistente, mas Avery parecia decidido. Vai ser difícil fazê-lo mudar de ideia.

Callie, por sua vez, vive aquele momento de início de relação, onde tudo é novo, mágico e excitante. Mas isso já podíamos esperar dela. Ficar sozinha não é algo que ela aprecia. O que nos leva a Arizona, que tenta lidar com a situação da melhor maneira possível. Mas o que ela realmente precisa é fazer o mesmo que sua ex: procurar alguém novo e voltar a sair em encontros. Enfim, não ficar parada no tempo.

Enquanto isso, Jo começa a perceber que pode estar ficando para trás. Edwards vem se destacando entre os atendentes, e a concorrência é grande. Chegou a hora de correr atrás do prejuízo. Não há espaço para acomodação no programa de cirurgia. É preciso mostrar empenho.

Meredith passou todo o episódio sofrendo nas mãos de Miranda. Mesmo atolada de trabalho, cumpriu seu dever (com a ajuda de Edwards). E acabou descobrindo a intenção de Bailey de torná-la chefe de Cirurgia Geral. Da mesma maneira que Miranda era o braço direito de Webber, Meredith se tornará o braço direito da nova chefe. Como já previsto, essa temporada promete trazer grandes conquistas para a carreira de Grey. E essa é uma ótima maneira de começar.

Quanto a Owen e Amelia, parece que o relacionamento entre os dois prosseguirá sem problemas. E quer saber? Já não era sem tempo.

Fique agora com a promo do próximo episódio, intitulado I Choose You. Parece que teremos uma resposta sobre o futuro de April e Jackson e uma grande surpresa para Alex.

Reviews de Séries

Review: Grey's Anatomy 12×01 – Sledgehammer (Season Premiere)

A estreia da 12ª temporada de Grey’s Anatomy foi sobre novos começos. Sobre mudanças. Os executivos já haviam prometido um ano mais leve, e assim foi ‘Sledgehammer’, com aquele toque familiar e a expectativa de que as histórias caminhem na direção certa. Afinal, uma série que já dura tantos anos deve sempre provar que há algo novo a ser explorado.

Os pacientes e suas dificuldades, como sempre, encaixaram-se perfeitamente com o tema. Os danos causados pelo preconceito nas duas garotas foram tão extremos que ambas tentaram se matar para continuar juntas. E os pais, mesmo após o acidente da filha, continuaram nutrindo o mesmo pensamento que quase tirou a vida dela. É algo tão horrível de se imaginar, mas na vida real não faltam pessoas com esse mesmo comportamento.

É claro que um caso assim permitiu bons momentos de interação entre os personagens. Para Callie, é algo pessoal. Seu pai conseguiu aceita-la, mesmo depois de vários episódios de intolerância, mas sua mãe deixou bem claro que a escolha da filha era abominável. Maggie, por sua vez, foi vítima de bullying enquanto crescia. Por mais que tenha conseguido superar, as marcas e traumas daquela época nunca serão esquecidas. Já Alex revelou um pouco mais do seu passado traumático. Além do que passava com a mãe e o pai, o cara que poderia muito bem ser um babaca na escola, na verdade não passava de uma vítima. Aquela fachada que sempre conhecemos do personagem, a agressividade, tudo faz parte de um mecanismo de defesa decorrente dessa infância terrível.

Na disputa pela chefia, Bailey tem uma forte candidata para enfrentar. Chefe de cardiologia, a Dra. McConnell é bastante competente em tudo que faz. Seria perfeita para o cargo, e Bailey sabe disso, o que a faz desistir antes mesmo da escolha. Não foi a primeira vez que ela precisou ser encorajada quando a situação parecia perdida. Na segunda temporada, se não fosse por George, ela poderia muito bem ter perdido o filho depois do acidente de Tucker. E, sejamos sinceros, ninguém conhece o Grey Sloan Memorial melhor que Bailey. Grande parte de sua vida ela passou entre aquelas paredes, permitindo um conhecimento sobre as verdadeiras necessidades do hospital e sua equipe. Trazer alguém de fora poderia ser um grande erro. Torço para que seja uma boa chefia, tão longa quanto a de Webber.

Meredith e Amelia enfrentam as dificuldades da nova convivência. Mas ambas já passaram por muitas dificuldades na vida para serem abatidas por algo tão pequeno. O que a irmã de Derek precisa é resolver de uma vez sua situação com Owen. Quanto a Grey, agora é o momento de sua carreira dar um salto. Já sabemos do que ela foi capaz no tempo em que o marido estava em Washington. Com cirurgias perfeitas, provou que pode chegar até mais longe que a mãe. Assim como diz o cartaz promocional dessa nova temporada, chegou a hora de deixar o sol brilhar. Vamos esperar que isso seja feito.

Para finalizar, vejo muitas possibilidades nesse retorno da série: Meredith se conectando mais com Maggie e Amelia, Arizona e Andrew provando que todos estão errados a respeito deles, Bailey lidando com as inúmeras dificuldades do novo cargo, Callie descobrindo um novo amor e Alex e Jo amadurecendo esse relacionamento. O futuro que mais parece incerto por enquanto é o de April e Jackson. O que parecia definitivo pode ser consertado. Façam suas apostas.

Extra – Assista agora a promo do próximo episódio:

Reviews de Séries

Review: Sense8 (1ª Temporada)

Ser um e apenas um é pouco, mas muito pouco para mentes criadas não para o presente, mas para um futuro, um distante futuro que tornou-se atual, que tornou-se o passado de muitos. Não existe cronologia ou lógica, não existe razão ou sentimento, nada existe ao mesmo tempo que tudo se restringe à existência, às existências. É uma constante de pensamentos, uma mistura de atitudes, uma junção de vidas e vidas. Uma criação que resultou em diversas. Não, não é uma série normal, não falamos de algo comum, é peculiar em todos os sentidos, fogo de nosso entendimento.

A confusão criada na mente do telespectador no primeiro episódio é proposital, é claro que seria, somos jogados para os diversos universos mentais dos personagens. Para resumir a introdução da série: A história acompanha outras oito, segue o rastro de oito seres, esses espalhados por todo mundo, mais precisamente em: Londres, Seul, Mumbai, Nairóbi, Berlim, Cidade do México, São Francisco e Chicago. Nessas cidades temos os respectivos personagens: Riley, Sun, Kala, Capheus, Wolfgang, Lito, Nomi e Will. Você pode conferir essa lista abaixo:

sense8-cast-characters

Ao decorrer dos episódios eles descobrem, ou pelo menos começam a notar as conexões que existem com outras pessoas. Muitos sentem frio quando o clima, o seu clima, o do lugar onde o corpo físico realmente está, exala um calor infernal. Sensações e mais sensações invadem as mentes dos sensates. Até que chega um momento onde a confusão criada no psíquico de cada um torna-se algo proveitoso. Eles, assim como os pensamentos, herdam certas habilidades, uma hora eu sou você, outra hora você consegue ser cada parte de meu corpo, é uma dança de cortes, imagens, ações. Os oito personagens claramente se unem para formar um ser indestrutível, nutrido das diversas qualidades, sendo hábil quando é preciso usar a inteligência e mais eficiente ainda quando é necessário usar a força.  Tudo isso não passa de um plano de fundo, um proposito para a história existir, se não fosse pelo “fenômeno sensate”, onde pessoas podem se conectar apenas telepaticamente com outras, a série não passaria de uma história maçante, sem nexo. Mas o impressionante é isso, o que mais nos impacta não é o “dom”, e nem essa evolução humana. O que nos deixa boquiabertos é a humanidade exposta. É impactante como a ficção de Sense8 só relata bruscamente o real.

Sense8-Official-Trailer-Netflix-AUS-1080p00063218-17-27

Por se tratar de vários ângulos, de várias pessoas, podemos ter diversas experiências de vida. Comecemos por Capheus, meu segundo personagem predileto. Capheus mora na capital do Quênia, Nairobi. A cidade nos é apresentada em um misto de alegria e balburdia, todo aquele espírito cansativo e acolhedor que uma capital pode proporcionar, mas com um ponto a mais, a pobreza do país consegue passar despercebida diversas vezes, até que chegamos à mãe de Capheus. A mulher está infectada com AIDS e Capheus, filho de uma classe pobre, sem ter onde apelar, vive um drama psicológico, mas sua sorte muda, ou melhor dizendo, o azar bate em sua porta. O motorista do “Van Damme” acaba parando onde não deveria estacionar e recebe um soco do destino. A partir dai, graças às habilidades de Sun (A nossa personagem favorita, sim, você irá ama-la), e sua vontade de vencer, Capheus entra em uma montanha russa. Mas vamos, enfim, até Sun.

]c

Chegamos em Seoul com toda a desconfiança do mundo, sem saber realmente quem é aquela mulher, sem saber se podemos admira-lá por fazer tudo aquilo ou teme-lá. Mas eis que em um belo dia, onde nada teria acontecido, onde Sun continuava a ser quem era, mudamos de opinião. Ela só se estressou um pouco, tinha sido ignorada pelo próprio pai, dono da transnacional onde trabalha, tinha ficado aborrecida por instantes, poucos segundos esses que a fizeram apunhalar a mesa de uma secretária desavisada como se fosse uma bolacha e ali, sem mais nem menos, partir um pedaço do móvel fora. Sim, essa é a melhor personagem de Sense8. Olhamos para Sun com outros olhos, lhe admiramos e será assim por toda temporada, a cada atitude que tomar, a cada rasteira que der no predestinado. Sun fora criado para algo que nunca desejou, fora obrigada a dar passos que não eram seus. Assim como Kala em seu casamento. A garota de Mumbai vive um dilema: Casar para ajudar sua família ou rejeitar a oferta por não amar a pessoa que lhe pedira tal coisa? Kala nos apresenta a Índia religiosa, a Índia de uma cultura vulcânica onde a cada segundo jatos de lava são expurgados por diversas montanhas humanas.

Nesse contratempo que vive Kala, aparece Wolfgang, o alemão cresceu à sombra de um pai criminoso e por esse e outros motivos, tornara-se uma cópia.  Ao seu lado um fiel amigo, geralmente cada sensate terá um, seja ele uma namorada, como no caso de Nomi e Lito (Para Lito um namorado, e uma namorada, falsa, mas uma namorada, viva ao poliamor, não é o caso de Lito, ele é muito fiel por sinal, mas vamos lá, viva ao poliamor do mesmo jeito) ou um cachorro como acontece com Sun. É meio de praxe, seja para aliviar a barra, para reprimir aquela “loucura” que o personagem esteja vivendo ou para brigar por seus anseios. Com Will as coisas ocorrem de diversas formas, ele, por ser policial, não pode ficar avistando quem quer que seja do nada, ou conversar com pessoas que não estão ali, mas ele o faz e por isso reforça um drama interno. Will se envolve fortemente com Riley, que não apresenta muitas funções em toda a trama, mas seu papel é essencial para unir o grupo em torno de uma causa.

maxresdefault (1)

Eles estão espalhados por todo o mundo, vivendo suas vidas, transformando o dia após dia em algo mais que maçante, mas o acaso resolve bater na porta e quando a situação fica complicada eles se envolvem em torno de tudo aquilo, aceitam o que já deveriam ter aceito há muito tempo e transformam-se em um só. Isso não é spoiler para ninguém, longe disso, temos plena consciência que isso ocorreria cedo ou tarde, a série deixa explícito, mas diversos obstáculos são postos propositalmente caminho após caminho e nessa rede de mentes se cria pontos de confiança, pontos que os motivarão. Você ficará com essa frase pulsando em sua mente todo santo dia: “Eu sou nós”. Ou na melhor das hipóteses, “Somos um só”.

Reviews de Séries

Review: Game of Thrones 5×08 – Hardhome

Já declararam diversas vezes que o silêncio ecoa mais alto do que qualquer grito. Ontem confirmamos da melhor forma possível.

Game of Thrones corria, sem demonstrar direções satisfatórias, falava um “The north remembers” aqui e nisso nós nos apegávamos, pois pouco se via. Até que no episódio passado a mesmice dessa temporada trouxe, graças aos sete, a face da produção de volta.  GoT retornou com toda a força que um dia poderia ter, não falo aqui de uma adaptação, não, só iremos comentar sobre a televisão e o trabalho gigantesco que vem sendo construído nesses cinco anos.  Neste domingo, mais uma vez, Game of Thrones voltou a ser impiedosa, estratégica, maquiavélica. Sim, após sua repetição exaustiva, a frase que mais escutamos tornou-se realidade. Estamos no verdadeiro inverno.

Antes de chegarmos ao ápice do episódio, transitaremos por entre outros três focos. Cersei e seus amigos religiosos, a batalha ganha de Tyrion perante Daenerys e Arya, ou Lanna. Comecemos pela rainha-mãe.  O momento que mais esperávamos, chegou. A traiçoeira Cersei acurralada, sem esperanças, sem soluções para seus problemas. Mas a trama nos trai, ela nos leva para caminhos que nunca imaginávamos trilhar. Depois do que Cersei proporcionou a diversas pessoas (Principalmente a Ned) só poderíamos ter um sentimento e esse seria o ódio, mas estamos falando de Game of Thrones. Quem não vibrou com a prisão semana passada? Eu comemorei absurdamente, mas ontem as reações mudaram, no fundo queria que a Lannister fosse liberta, inconscientemente eu queria. No mais, vimos tudo transcorrer como o previsto. Tommen se acovardando mais ainda e sua mãe xingando qualquer rato que aparecesse naquela cela. O reinado de Cersei acabara quando ela dera poder a fanáticos, ali selou-se o fim de um ciclo. No norte, um outro começou.

Para além-mar a repetitividade da burrice de Daenerys Targaryen, por incrível que pareça, deixou o episódio mais atrante. A garota tentava passar uma imagem de rainha soberana. Tentava de todas as formas mostrar seu poder absoluto, que seria ela a quebrar a maldita roda que tanto castiga Westeros e outras civilizações. O problema é que ela estava diante de Tyrion e não de Jorah, pois esse, graças à uma mão amiga, se fora junto com a insensatez de Dany. Devemos admitir, ela se esforçou para parecer uma comandante mas neste esforço todo pudemos ver o quanto a garota ainda é despreparada, o quanto ainda precisa absorver e quantos conselhos ela ainda irá tomar para um dia poder reinar verdadeiramente. Tyrion aparece como uma válvula de escape, sacia nossa sede por estratagemas, seu diálogo com Dany foi de tirar o fôlego, ela jogava os argumentos da garota para onde desejava, transformava desvantagens em avanços seus. O anão voltara e junto com ele veremos uma Daenerys forte, sem temor, sem receio. Uma aliança, que muitos podem julgar indestrutível, está se formando.

Voltando para religiosos, Arya Stark se aproxima cada vez mais de se tornar “Ninguém”. Esta temporada emergiu perante os telespectadores toda a mitologia que tem direito. Game of Thrones aposta e com razão em um ponto que despertou no momento certo. Muito ouvimos falar nas outras quatro temporadas, mas o que um dia fora boatos agora torna-se realidade. Enfim, chegamos ao norte. Sansa deu o ar de sua graça por alguns minutos, mas esses valeram por horas. Theon revelou o que não acontecera com seus irmãos e assim derrubara alguns tijolos do muro que separa os dois, Sansa agora tem uma razão para persistir e se tudo acontecer como está sendo desenhado, ela mudará drasticamente, mais uma vez.

Alcançamos minutos preciosos de uma episódio de Game of Thrones, tudo estava em sua maior normalidade, tudo do modo que esperávamos, até ali o capítulo ganhava o título de melhor da temporada. Mas não, a melhor série de todos os tempos não se contenta com tão pouco, nunca se contentara. De um minuto para outro a temporada que estava sendo criticada por milhares tornou-se a melhor entre as cinco, alavancou sentimentos que em quatro anos não sentimos. Ontem o medo se apoderou de todo e qualquer fã de Game of Thrones. O medo de perder o seu personagem favorito, pois isso acontece comumente, o terror pelo que estava por acontecer, tudo isso se agravou, tudo isso tomou forma e sob nossos olhares o inverno chegou, avistamos a cada brandir de espadas o que a neve pode esconder, o que seria uma batalha de verdade. Jon Snow, senhor comandante, o maior que a muralha um dia poderia ter. No fim, como no início, só sobrara o silêncio. O medo e o silêncio.

Game-of-Thrones-Preview-Hardhome-VIDEO

Game of Thrones voltou.

Reviews de Séries

Magnífica 70 1×01 – A Boca do Lixo

E com um desabafo, um pedido de desculpas, um remorso que ali não cabia, se encerra o primeiro episódio de Magnífica 70. Muito se aguardava da nova produção da HBO, sexo, drogas, todo e qualquer tipo de música. Surgia nas redes sociais um conceito  que muitos adotam como padrão “Brasil” de qualidade, onde só vemos A Boca do Lixo, o que de pior tem-se para oferecer quando falamos de trama. Ah, como é gratificante poder notar o silêncio dos que falam demais, como é bom ver o arrependimento dos sem criticidade. A nova série da HBO, que gira em torno de dois polos, o regime e aqueles que viveram sobre tal, premei-a o telespectador. Reproduz da forma mais fiel possível os anos de chumbo.

O piloto foca no drama psíquico de Vicente (Marcos Winter), que após vetar um entre outros filmes em seu emprego (Que obviamente é na censura federal) se vê transtornado. O homem liga a ficção a sua vida, trás o enredo para eventos passados, eventos que existiram por sua culpa e a partir dai vemos um emaranhado de lembranças, receios, medos e uma atuação esplêndida de Winter. Após termos visto o cotidiano de Vicente, corremos para o passado muito mais sombrio de Manolo (Adriano Garib), este por sua vez apresenta um problema comum: A impotência. Mas ela nascera de atos não tão comuns assim.

Eis que encontramos ela. A não tão confiável, Dora Dumar (Simone Spoladore).  Encantadora, rodeada de misticismo, dita enviada pelo destino mas nos é revelado também que tudo ali fora bem planejado. O episódio começa com certezas aos montes, mas chega aos seus cinquenta e poucos minutos deixando na mente do telespectador as mais enraizadas dúvidas, os medos dos personagens transpassam a tela e tomam forma bem na nossa frente. Não se trata apenas de uma série que fala do período militar, mesmo começando com um retrato de nosso querido Garrastazu Médici, não assistimos à uma série que tem como objetivo expor apenas e exclusivamente a pornochanchada. Magnífica 70 não fica restrita ao clima artístico, mesmo quando Sangue Latino ecoa na voz de Ney na abertura. É um conjunto, uma mistura de política, tragédia, tensão, isso tudo acoplado a um elenco gigantesco, à uma fotografia de dar inveja a qualquer produção internacional, a um enredo eletrizante, que mistura Julietas e Romeus, que trás para nosso presente um passado não tão distante, que ressalta a auto censura, o temor pelo conhecido.  Magnífica, sem mais, Magnífica.

Recomendamos o não veto de toda a obra.

Reviews de Séries

Review: Grey's Anatomy 11×24 – You’re My Home (Season Finale)

CONTÉM SPOILERS

Desde Time Stops já podíamos imaginar como seria a season finale: intensa em relação aos casos e emocional em relação aos médicos. Nada de grandes reviravoltas no enredo, como em temporadas anteriores. De maneira mais íntima, o episódio conseguiu cumprir o seu papel, trazendo diversos desfechos e deixando pontas soltas para a temporada seguinte.

Iniciemos pelos casos médicos. Uma verdadeira operação de guerra foi montada para garantir a sobrevivência do paciente empalado. As situações atuais de vida dos cirurgiões garantiram certo apego e empenho para com essa situação extremamente difícil. April realmente acreditava na possibilidade de salvamento após sua experiência na zona de guerra e foi responsável por garantir que tudo fosse feito para não se perder uma vida. Meredith foi outra que, devido sua condição atual, mostrou-se mais humana e compreensiva. Levou, inclusive, o filho do paciente, de modo a garantir um melhor resultado. Seu crescimento pessoal, que aconteceu a duras penas, transformou-a em uma médica muito melhor.

Em meio ao improvável salvamento, a segunda paciente enfrenta dificuldades no pós-parto. Como essa mulher não ficou paralisada depois de tantas intercorrências é um mistério. Seriously? Sempre que ocorrem grandes casos de trauma já sabemos que o salvamento será um pouco forçado. Mas nessa situação foi demais, sabendo-se o quão importante era mantê-la imóvel. Foi muita sorte para uma pessoa só.

Outro desapontamento no episódio foi o problema com a família de Pierce. Achei que seria algo bem mais sério. A traição de sua mãe foi algo impactante para ela (até entendo isso), mas não teve esse efeito em quem assistia. Pelo menos não no meio de tanta coisa pior acontecendo. Ficou lá solto, em segundo plano.

Edwards, por sua vez, enfrenta a punição pelo erro de seu interno e passa pelas mesmas dificuldades que já acompanhamos quando alguém se torna responsável por um grupo de estudantes. Agora é a hora dela de crescer e criar seus pupilos da melhor forma possível. Felizmente, isso começou a ser feito. Ainda assim, senti falta de um novo romance para ela nesse final de temporada. É algo que considero necessário desde que ela foi abandonada no casamento de April.

O destino de dois casais foi completamente diferente do que imaginei. April e Jackson chegaram a um beco sem saída. Kepner encontrou em seu treinamento um ponto de escape para seus sentimentos, enquanto Avery precisava da esposa ao seu lado para superar a perda do filho. O resultado foi não somente uma separação física, mas também psicológica entre eles. Porém, ainda não acho que seja um fim definitivo para o casal. Ambos devem procurar ceder e chegar a um denominador comum, onde a maneira diferente de cada um para lidar com essa situação possa fortalecê-los como casal.

Jo e Alex, que tinham tudo para se separar, trouxeram uma boa surpresa. É importante que eles construam um lugar só deles. O local que moram atualmente sempre seria “a casa antiga de Meredith”, sem a identidade do casal. Começar do zero os tornará mais unidos e permitirá o crescimento dessa relação. E porque não pensar em um casamento vindo por aí?

Catherine continuou com sua atitude ridícula e egocêntrica por boa parte de “You’re My Home”. Aí, se junta com outro teimoso como Richard e não poderia haver casal que combine mais. A jogada de Mer pode ter sido clichê, mas funcionou perfeitamente. É impressionante como a maioria dos problemas desses médicos seriam resolvidos com uma conversa aberta e algumas concessões. Com o casamento realizado, só nos resta esperar que eles sejam felizes (o que não funciona muito bem em Grey’s Anatomy).

Os momentos finais da temporada foram reservados ao último mistério que envolvia Derek Shepherd. A mensagem deixada para a esposa foi simples, porém impactante. Um homem feliz e realizado telefonou, planejou algo com a família e se declarou sem saber que aquela seria sua última viagem de barca. A mensagem também veio como substituta da despedida que Amelia merecia. Não foi ideal, mas permitiu esse contato final, e necessário, com o irmão.

A 11º temporada termina com o simbolismo da chegada do sol depois de um período de escuridão. Esse primeiro ano sem Cristina e último de Derek teve, sim, seus altos e baixos. Causou polêmica e correu riscos. Por mais que a série tenha como característica a capacidade de se renovar, algumas perdas não serão perdoadas. Nesse ponto, a única coisa que desejo é que saibam terminar a produção com um pouco de honra. Talvez essa hora já tenha passado, não sei. Mas torço para que Shonda Rhimes pare de incorporar Lord Voldemort e tente se recuperar mais do estrago feito com a morte de Derek daqui pra frente.

P.S. 1: Ainda restam esperanças para Amelia e Owen.

P.S. 2: Acredito que surpresas estão reservadas na disputa pelo cargo de Chefe de Cirurgia.

P.S. 3: Meredith pode vender sua casa atual, mas pelo menos voltará para a antiga, onde também não faltam recordações.

P.S. 4: Destaque deve ser dado para a trilha sonora desse episódio, com a presença de canções marcantes em novas versões.

Narração do episódio:

“Eu me lembro de alguém me dizer na escola que eu vim de um lar quebrado. É assim que eles falavam quando seus pais se divorciavam. Mesmo que o divórcio fosse a coisa menos quebrada que eles já fizeram. Quando eu ouvi aquilo quando criança, eu me perguntei se lares quebrados eram onde as pessoas quebradas viviam. Era bobo. Quer dizer, eu era só uma criancinha. Mas hoje, eu ainda me pergunto.
Você pode construir uma casa com qualquer coisa, fazer que ela seja tão forte quanto você queira. Mas um lar… Um lar é mais frágil que isso. Um lar é feito com as pessoas que você coloca nele. E as pessoas podem ser quebradas, com certeza. Mas qualquer cirurgião sabe que o que está quebrado pode ser consertado. O que está machucado pode ser curado. Não importa o quão escuro esteja… O sol vai surgir de novo.”
Reviews de Séries

Review: Once Upon a Time 4×22/23 – Operation Mongoose (Season Finale)

CONTÉM SPOILERS

Os papéis se inverteram nessa season finale de Once Upon a Time. Heróis e vilões voltaram à sua terra de origem para vivenciar uma nova história, onde os finais felizes deixaram de ser merecidos.

Toda a ideia da realidade alternativa foi interessante de assistir. Essa foi uma boa sacada dos escritores. Outro ponto positivo reside no fato de não se ter usado esse recurso para a próxima temporada. Não teria o mesmo efeito estender esse ramo da história por mais tempo. A dosagem foi ideal.

De maneira geral, a história em si não mudou muito, apenas os personagens foram trocados. Isso deixou um pouco a desejar, uma vez que existe um mundo de possibilidades que poderiam ser exploradas. Branca agora é a Rainha Má e perdeu seu grande amor por causa de Regina, que virou uma ladra. Rumple vive feliz como cavaleiro ao lado de Bela, com quem teve um filho. Robin está noivo de Zelena e os sete anões e Encantado obedecem à Rainha. Enfim, alguns enredos permaneceram iguais enquanto pequenas adaptações do que já víamos em Storybrooke também foram feitas.

Um destaque maior finalmente foi dado a Henry, que teve papel decisivo no futuro da trama. Uma vez que somente ele estava ciente do que havia acontecido, era sua responsabilidade tentar a todo custo impedir o casamento de Robin e Zelena. Somente esse evento poderia tornar a história de Isaac autêntica e imutável. Para isso, ele primeiro recorre ao clichê que sempre estará presente na série: o beijo de amor verdadeiro. Mas é claro que o plano não é bem sucedido e Henry precisa resgatar Emma, que foi trancafiada no alto de uma torre (isso soa familiar?). E só então seu plano para conseguir o final feliz da mãe adotiva pôde iniciar.

Operation Mongoose teve como principal elemento o sacrifício. Gancho é o primeiro que entrega a vida em prol do bem maior. Ele é seguido por Regina, que salva a vida do filho mesmo sem lembrar quem ele verdadeiramente é. Esse sacrifício desencadeia um conjunto de eventos que permite desfazer a história criada e trazer todos de volta à realidade. O principal desses eventos foi Henry assumindo o posto de Autor. O garoto que sempre acreditou no seu livro de histórias, além de conseguir entrar no mundo que tanto admira, conseguiu também pleno controle sobre ele. E sua atitude não é menor do que esperávamos. Depois de salvar todos os personagens, ele destrói a caneta que poderia dar origem a novas histórias. Essa ameaça nunca mais existirá.

Por trás dessa nova realidade também conseguimos visualizar uma lição, que não poderia faltar em uma história sobre contos de fadas. Não importa o contexto, vilões sempre acabarão cedendo à sua origem. Mesmo feliz com sua família, ao se sentir ameaçado, Rumple acaba reagindo instintivamente e esquece seus valores como cavaleiro. O mesmo acontece com a irmã de Regina, que se mostra tão egocêntrica como sempre foi.

Com tudo reestabelecido, não houve nem tempo para calmaria e mais problemas começaram a surgir. Rumplestiltskin sucumbe à escuridão, mas é salvo quando seu coração é purificado e ele deixa de ser o Senhor das Trevas. Inocência foi achar que um ser tão poderoso poderia ser trancafiado facilmente. A adaga procura um novo dono e o terceiro sacrifício do episódio acontece: Emma se entrega à escuridão para salvar Regina. Ironicamente, aquilo que foi evitado por tanto tempo acabou acontecendo e a Salvadora agora se tornou uma inimiga.

O gancho deixado no final do episódio não poderia ser melhor. Merlin vem aí e será estranho não apenas ver Emma como vilã, mas também Rumple como mocinho. Enquanto isso, Zelena ainda continua no jogo e Lily procurará seu pai.

Enfim, o que não faltam são pontas soltas para a quinta temporada, que possui todos os elementos para ser tão boa quanto essa.

Reviews de Séries

Review: The Vampire Diaries 6×22 – I’m Thinking Of You All The While

Elena fica em terrível perigo. Liv deixa Tyler com uma decisão que pode mudar sua vida. Bonnie tem que lidar por si só depois de se ver em um plano confuso.
Ações imprudentes de Lily fazem Stefan perceber até onde ela vai para se reunir com a “família”.

CONTÉM SPOILERS 

E chegamos ao fim de mais uma temporada, porém agora com uma perda que vai mudar o desenrolar da história dos nossos amados vampiros…e tudo que tenho ainda são lágrimas por esse último episódio (sim, o episódio já acabou e ainda não to bem).

Devo admitir que a Elena recebeu um “final digno”, e que de certa forma gera esperança de um retorno para o futuro episódio final da série, quem sabe?! Mas vamos ao que interessa…

Já era de se esperar que a Jo não fosse sobreviver, considerando a facada nada leve na barriga, mas achei muito triste que mais uma vez o Alaric seja forçado a ficar sozinho, e ainda perder os futuros filhos. Particularmente, achei uma crueldade por parte dos roteiristas da série, mas acho que ser um pai de família longe dos perigos não estava entre os planos deles. Mesmo assim #RIPJo.

Kai além de matar a própria irmã e seus sobrinhos e colocar um feitiço na Elena, conseguiu acabar com todo o Gemini Coven aparentemente. Nunca fui fã de nenhum deles, e como o Kai foi uns dos mais afetados dessa família, achei justo que ele desse fim à eles.

 Ty virou lobinho de novo matando a Liv…e quem liga? (sorry, but not sorry).

E quem esperava que o Kai fosse morrer? Eu com certeza não…pelo menos não depois de ele ter se matado, e acordado, e ter sido mordido pelo Kai, e se curado…e cansei. Mas o Damon decepando a cabeça dele não deixou de ser divertido #RIPKai.

Confesso que até eu cheguei a duvidar que o Damon fosse voltar pra salvar a Bonnie (por poucos segundos, juro!).

E por fim, vamos ao feitiço da Elena…ela estar ligada pra sempre com a Bonnie foi uma jogada esperta, e assim não descarta a possibilidade de ela ficar com o Damon no final, e ao mesmo tempo permite que a Bom viva o tempo que precisar, afinal ela é humana, e só tem uma vida. E a despedida das duas foi maravilhosa e nos levou de volta a primeira temporada quando contou a Elena que era uma bruxa, foi maravilhoso!

E falando em despedidas, todas foram lindas, mas a do Alaric e do Damon com certeza foram as que me destruíram de dentro para fora…e a dança final com o “eu ficarei te esperando” com certeza valeram a pena. E ainda tivemos uma declaração com direito a um ‘eu te amo’ do Stefan para a Caroline (quantas emoções não?).

Ok, chega de emoções e vamos à premissa da próxima temporada, onde nos últimos segundos do episódio somos levados a uma Mystic Falls completamente devastada, com o Matt já como um policial/xerife e o Damon em cima do relógio olhando a cidade…acho que os amiguinhos da mamãe Salvatore realmente fizeram um grande estrago, mas teremos que esperar até Setembro ou Outubro para vermos onde os roteiristas nos levarão agora sem nossa Elena Gilbert.

Ps.: Alguém mais sentiu uma vibe The O.C com a ‘morte’ da Elena?

Reviews de Séries

Review: Grey's Anatomy 11×23 – Time Stops

CONTÉM SPOILERS

Depois de duas semanas polêmicas, Grey’s Anatomy começa a voltar à normalidade. Sim, a morte de Derek continua repercutindo, mas “Time Stops” veio com um ar de recomeço. De mudanças. Justamente o que todos nós estávamos precisando depois de tanto desagrado.

E não havia simbolismo melhor para um reinício do que a chegada de internos. Aquela ideia de novidade, a ansiedade, a inocência, o brilho nos olhos daqueles que passaram longos anos estudando e finalmente abraçam a oportunidade de colocar tudo que aprendeu em prática esteve presente. Mas melhor que isso é ver quem já passou por essa fase recordando e sentindo-se realizado. O tradicional discurso de Richard já é icônico e dá o pontapé inicial nesse jogo que não é feito para qualquer um. O passado de Meredith, Izzie, George, Cristina e Alex está aí e não me deixa mentir.

O 11×23 foi intenso do começo ao fim. Quando acaba, nem parece que se passaram 42 minutos. Toda a dinâmica do episódio funcionou bem e ainda nos agraciou com um ar de nostalgia. Quer dizer, como não lembrar do acidente da barca depois daquelas cenas que mostraram a tragédia em plano geral? Ou do acidente de trem que deixou dois pacientes empalados na segunda temporada? “Time Stops” foi Grey’s em sua originalidade, com a qualidade dos velhos tempos.

Os pacientes da tragédia não apenas distribuíram os personagens em núcleos como criaram diversos atritos entre eles. Richard e Catherine, por exemplo, além de adiar (ou seria cancelar?) o casamento, ficam no meio de uma discussão ética sobre o tratamento que deve ou não ser dado a um paciente. E essa é apenas a ponta do iceberg. Catherine, com seu ar de superioridade, começa a se meter nos assuntos do hospital. Ela simplesmente não consegue aceitar que as coisas não sejam como ela quer, mostrando bastante imaturidade e falta de tato como gestora. Se o hospital tem um conselho, tudo deve ser discutido e votado entre ele.

Claro que a cirurgiã tinha todo o direito de repudiar a atitude de Owen, assim como seu filho. Se o cirurgião de trauma fez ou não uma escolha correta, não cabe discutirmos aqui. Essa é uma daquelas questões médicas que nunca terminariam em unanimidade. Afinal, até onde um profissional da saúde pode ir para salvar uma vida? Quais riscos são considerados aceitáveis? O fato é que ele assumiu uma grande responsabilidade com sua escolha e teve muita sorte por ter funcionado. Caso contrário, ele poderia enfrentar sérios problemas por praticar algo que nunca foi testado em humanos. Aliás, isso ainda pode se voltar contra ele caso seja denunciado e uma investigação se inicie.

April e Jackson também estão passando por uma fase conturbada. Depois da morte do filho, o casal agora precisa enfrentar as mudanças de April após sua ida à zona de guerra. Definitivamente um lugar assim tem um impacto enorme para quem vivencia na prática esse horror. Jackson vai ter que tentar entender esse novo lado da esposa. Nada que um diálogo bem aberto não resolva. Acredito que eles possuam cumplicidade suficiente para que, mesmo estando em pontos distintos na relação, consigam passar por isso.

Drama parecido recai agora sobre Jo e Alex. Como já falei em uma das reviews anteriores, a relação dos dois está intocada há bastante tempo. E isso nunca é bom na série. Essa diferença de opiniões mostra um ponto de rachadura que pode ou não desencadear algo pior. A questão pode ser conversada e resolvida, sim. Mas não enxergo um futuro muito bom para o casal imediatamente, principalmente com a proximidade de uma season finale. É algo que deve ser olhado com cuidado.

Sobre o novo ciclo que se iniciou com a chegada dos estudantes, tivemos o exemplo perfeito de que internos são bebês e não podem sair de vista nunca. Infelizmente, muitas vezes, é com uma imprudência assim que eles acabam aprendendo. Falando nisso, o interno que diz ser um cirurgião já mostrou que é confusão na certa e de início parece ser um forte candidato como par romântico de Edwards.

Enquanto isso, fora do hospital, Maggie, Meredith, Amelia e April lutam para salvar uma vítima em péssimas condições. A decisão que elas tomam sobre o tratamento desse paciente em particular repercute diretamente entre as ex-cunhadas. E, sim, concordo com a neurocirurgiã que a decisão de Meredith foi muito rápida. Não no sentido de uma possível recuperação de Derek, mas no sentido de permitir à irmã uma despedida apropriada. Acho que ela tinha esse direito e isso lhe foi negado. Até entendo as condições de Grey e o quanto as coisas foram repentinas, mas Amelia era muito próxima e merecia esse último ato com o irmão (o que não se aplica, por exemplo, ao restante da família de Derek).

O episódio termina com um ótimo cliffhanger e indica que o último da temporada será tão intenso como esse, com grandes repercussões e muito mais problemas para os médicos.

P.S.: É horrível ver Meredith sofrendo com as lembranças em sua casa, mas não queria que ela vendesse a moradia dos sonhos que foi planejada por seu marido. A não ser, talvez, para a irmã dele.

P.S. 2: Fiquei curioso com o mistério envolvendo a família de Pierce.

P.S. 3: Com o cargo de chefia em jogo, façam suas apostas. Não acredito que Bailey irá conseguí-lo com facilidade.

OBS: Ainda na noite de ontem (07), Grey’s Anatomy foi renovada para sua 12º temporada. O sofrimento (ou não, tudo depende do humor de Shonda) está garantido por mais um ano.

Extra: Confira a promo da season finale que irá ao ar na semana que vem.

Reviews de Séries

Review: Once Upon a Time 4×21 – Mother

CONTÉM SPOILERS

Com a season finale se aproximando, Mother veio trazer alguns desfechos para o que vínhamos acompanhando até então e preparar o terreno para o especial de 2 horas da semana que vem que promete mudar completamente os rumos da história.

Os acontecimentos do 4×20 ataram Zelena e Robin de maneira definitiva e garantiram a Lily seu passe livre até Storybrooke. Com todos de volta, o que não faltaram foram novos problemas para a população da cidade.

Como já desconfiava, a filha de Malévola nunca desistiu de sua vingança contra Branca e Encantado. Ao levá-la até a cidade, Emma nem imagina o perigo ao qual expôs os pais. É um erro ver Lily como inofensiva. Ela tem toda a predisposição à maldade da Salvadora e ainda é filha de uma vilã. Não existe nada em seu favor.

Seus planos, entretanto, não saem como ela esperava. Malévola está tão feliz por reencontrá-la que sua vingança deixou de fazer sentido. O que mais importa agora é aproveitar esse tempo com a filha enquanto pode. Mas Lily tem medo de criar laços com outras pessoas. Todos os aspectos de sua vida nunca deram certo, por isso é compreensível que tenha se apegado tanto em dar o troco à família de Emma e se decepcionado com a mãe ao saber que ela não concordava com isso.

Felizmente, após sair do controle se transformando em dragão, ela consegue voltar ao normal e se acertar com a mãe. Mas nada garante que sua vingança tenha ido para um segundo plano. Seu ódio é tão poderoso que pôde ser usado por Regina para ativar a tinta do Autor.

Enquanto isso, Gold continua sofrendo as consequências de seus atos. Com a última centelha de seu coração começando a apagar, fica mais próxima a chance de o Senhor das Trevas assumir todo o controle. Regina se aproveita dessa situação e resolve não ajudá-lo em prol de seu final feliz. Com tudo planejado, ela leva o Autor e a tinta para tirar de vez Zelena da história. Mas aquela Rainha Má do passado não existe mais. Mudar a narrativa sobre a irmã não afetaria apenas ela. Existe um bebê envolvido dessa vez. Robin nunca a perdoaria se chegasse a descobrir que seu filho foi vítima dessa guerra entre as duas.

Mostrando mais uma vez quem está no comando, Regina não só toma as rédeas de seu futuro e de sua felicidade como garante que Zelena seja apenas uma peça descartável daqui para frente. Mesmo assim, foi bom ver a Bruxa Má do Oeste com medo do que lhe poderia acontecer.

Foi o passado de Regina, entretanto, que teve um grande peso nessa decisão tomada por ela. Os flashbacks mostraram que a Rainha Má ainda reserva algumas surpresas de sua vida anterior. Graças a Cora, que armou toda uma situação para que ela tivesse um filho, a vilã optou por se tornar estéril. Isso explica não somente a decisão de manter o bebê de Zelena, já que ela nunca será capaz de dar um filho a Robin, como também pode explicar a adoção de Henry.

Emma, por sua vez, faz as pazes com os pais no momento mais oportuno. Com o Autor do lado de Rumple, um novo livro começa a ser escrito. Os vilões terão sua felicidade garantida e, muito provavelmente, isso custará o final feliz dos heróis.

É impressionante como o Senhor das Trevas sempre consegue o que quer.