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The Epic Battle: House of Cards, Dilma Rousseff e seu amigo Impeachment

Para a alegria geral da nação, chegou ao público [assinantes da Netflix (ou não)] este mês a 3ª temporada da série que vem arrastando milhões de telespectadores. House of Cards retrata o padrão de política estadunidense, focando sua trama na carreira de Frank Underwood e co-apresentando sua querida mulher (por hora) Claire. Além de ser muito bem elaborada, a série da Netflix apresenta gemialidades no que se refere ao cenário político brasileiro. Na segunda temporada temos o candidato a governador, Peter Russo, que após uma longa campanha morre tragicamente dentro de seu carro (na realidade, Francis o matou). Aqui, em nossa linda terra, algo parecido aconteceu na corrida presidencial do ano passado. O candidato do PSB ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos, morreu bem no meio de sua subida e descida de palanques, assassinado ou não, disso não temos certeza. As semelhanças não param por aí. Para ascender ao cargo máximo da casa branca, Frank Underwood provoca um pedido de impeachment, retirando assim a pedra de seu caminho. Em 1992, um pouco longe do Tio Sam, Collor é derrubado de sua linda cadeira e o povo celebra com os rostos pintados. Semelhanças, apenas semelhanças…

Na 3º ano de House of Cards o então presidente Frank Underwood toma medidas radicais com as esferas populistas do governo. O reajuste na distribuição de capital afeta a aposentadoria e outros pontos da base social de seu governo, é neste momento, e a partir dele, que Francis ganha uma prima, de um país do mesmo continente, ela usa um vestido vermelho e não tem medo de se desmentir. Dilma, ou como seus partidários costumam declarar: “Dilmãe”, esqueceu de seu filhos. A face que Francis apresentou na série fictícia assemelha-se diretamente com a era neoliberal do governo petista de Rousseff. De Frank já era de se esperar, ele vinha mostrando isso nas duas temporadas que transcorreram divinamente, mas, quando falamos de Dilma Rousseff, é quase uma surpresa. A candidata a Presidência em 2014 prometeu, que nem que a vaca tossisse, modificaria uma vírgula se quer nos direitos trabalhistas. A candidata prometeu progresso e uma pátria bem mais que “educadora”. A candidata Rousseff eliminou quaisquer dúvidas sobre seu futuro governo, solicitou seu voto para continuar com sua política de “bem-estar”, esbravejou esbugalhando os olhos frente a Marina Silva e Aécio Neves que se eleita cumpriria todos os seus tópicos listados em um programa de governo fantasma. A candidata Dilma Rousseff parece ter sido assassinada por uma mulher que no dia 1º de janeiro de 2015 subira a reta do Planalto. Essa mulher, sem rodeios, modificou tudo que nossa querida “Dilmãe” dissera em sua campanha. Tratou de falir o maior trunfo da nossa heroína. Responsabilizou-se pelas mudanças em suas contas da luz, água e até mesmo dos alimentos. Essa mulher que fora envolvida por uma faixa verde-amarela no início do ano chamou uma outra amiga, a Inflação, para nos fazer uma visita, e como prometera: “Será uma longa estadia”, falou a roliça Inflação. Que mulher de espírito nobre, essa tal Infla, como foi apelidada por Dilmãe, ou melhor, por sua sósia (Meu senhor, temos que encontrar Dilma Rousseff, ela fez uma campanha tão bela, tão íntegra, falou tão bem, onde será que está Dilma agora, vendo tudo isso acontecer…). É válido ressaltar que Infla, após alguns dias de sua chegada, convocou seu amigo que não via faz quase uns vinte anos. Inflação sacou o telefone presidencial e discou: (69) 1313-4545.

– Alô?!- falou uma voz grossa. Parecia cansado.

– Alô, é o Peach? – grasnou Infla.

– Que Peach? – quis saber a voz grossa. Com toda certeza ele estava cansado.

– O Impeachment, ele ‘tá em casa?

– É ele quem fala. – respondeu Peatch. Após minutos de muita conversa, Impeachment concordou em pegar um avião rumo a Brasília, se hospedaria no “Michel Saltitante” e aguardaria até ser chamado, mas ressaltou – Só irei esta vez. Não bateu nem trinta anos e vocês estão me convocando novamente? Acham o que, democracia é circo?

Infla, calada estava, calada ficou. Confirmou o voo de Peach e ficou no aguardo. A sósia de Dilma, ao saber da visita que estava por vir, gargalhou e repetiu a célebre frase: “É só uma marolinha.”. As amigas caíram em um mar de gargalhadas e ali ficaram, beberam algumas taças de um vinho com seus 50 anos, e por fim, Dilma Sósia Rousseff falou:

– Essa safra é de 64. Amarga demais.

– É como foi produzido, senhora, espremeram demais as uvas, até não sobrar mais nada. – declarou Infla, que de bebida não entendia nada, mas precisava fazer bonito. A sósia da presidente ligou a tevê à sua frente e conectou o notebook, acessou a internet, varreu sites e chegou no seu pretendente. Clicou na categoria “Séries e TV” e foi até uma intitulada House of Cards. O protagonista da série se assemelhava muito com a verdadeira Dilma Rousseff, compreendeu. Mas existia uma diferença explícita: Frank, o principal da trama, por mais manipulador que fosse, maquiavélico e traiçoeiro, nunca, em hipótese algum chegaria aos pés da mulher que enganou mais que a metade de um país, apenas com palavras. Apenas com ocas e marqueteiras palavras. No quesito fraude, Rousseff ganha a corrida, mas é válido ressaltar que o povo brasileiro acompanha seus passos, pois alguns meses após eleger tal mulher, se arrepende e tenta limpar tudo que fizera. Antes de uma reforma política, necessitamos da mais profunda modificação moral.

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