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Atualizações, Autorais

BEM MARCADO – texto autoral

http://https://youtu.be/bNgUyJTuA0E

trilha sonora indicada para leitura deste texto: the night we met – lord huron

secretaria eletrônica: oi! aqui é a ana, estou estudando agora e não posso te atender… desculpa! mas deixe seu recado que entro em contato depois! beijos! – BEEP
– oi ana, sou eu [risos]. queria te perguntar se está tudo bem… como foi a sua avaliação? qualquer coisa estou aqui, está bem?! um beijo e bons estudos!

cheguei um pouco tarde e muito cansado, nem tirei a roupa, ainda com tênis deitado na minha cama. passo a mão no rosto. tenho uma cicatriz no meu dedo. meu celular vibra, uma notificação

@artur respondeu a sua história: mas quem não é estranho? – dou um sorriso de canto sincero.

ao ler, volto para o meu dedo e penso: cresci vendo aquela marca bem no alto do meu polegar, na primeira falange coladinho da unha. sempre a vi traçar a minha pele e eu nunca descobri como ela foi parar ali. não me lembro de nenhum machucado, nenhuma dor, nenhum sangramento. não tenho nenhuma história para contar de como fui presenteado com aquela marca no meu dedo, ela sempre esteve ali, comigo. por incrível que pareça, li sobre uma história que explica como essas marcas surgem e o porquê. segundo a lenda, um casal fora impedido de ficarem juntos. distanciados, afastados, com ritmos de vida totalmente diferentes, mas nunca longe um do outro, sempre arrumavam um jeito para encontros e eternizarem num só momento o amor. tiraram a visão dela, pois achavam que assim nunca mais poderiam se ver. ele tinha medo de se perderem na multidão. durante a última noite de invernia, ela decidiu marca-lo, uma cicatriz em sua mão. a dor do corte para lembrar a luta que tinham que conviver, o sangue do pacto e a cicatriz, a marca que a presença e ausência causa um no outro. estão ligados. com tal característica, não importa o tempo ao passar, ou o lugar ao caminhar, mesmo sem a visão ao cumprimenta-lo, ela sempre saberia que aquela marca em seu dedo seria a oportunidade de encontrá-lo na liberdade. a lenda diz que a cicatriz no dedo é a marca de um amor que está a sua procura. você está marcado e tem alguém te procurando.

meu celular vibra novamente

mas como assim? existe uma pessoa te procurando? existe toda essa onda de “pessoa certa” para você? artur diz que não, ana diz que sim. artur diz que existem pessoas certas para momentos certos, é assim que ele lida com os seus relacionamentos; ana me diz que existe uma pessoa certa para uma vida inteira, depois disso ela me convidou para ser padrinho de seu casamento, fiquei muito feliz com o convite [por sinal]. minha cicatriz me diz que tem alguém que me marcou e está a minha procura nesse exato momento, minhas experiências me dizem o contrário, não sou de ninguém, na há ninguém disposto a encarar minha realidade, pelo contrário, preciso me conquistar e tentar me aceitar, talvez nem eu queira ficar comigo mesmo, um eu fora de si.

não consigo pensar sobre isso, me enovelo em ideias e inúmeras variáveis. isso tudo está fora de mim. ”pessoa certa”, que ironia! com o tempo, passei a pensar nos relacionamentos e como eles são. alguns de nós estão predestinados a se amarem, outros, por sua vez, são na verdade, viajantes solitários da vida. estranhos e complexos demais para serem entendidos.

se existir a pessoa certa e ela morrer num acidente? fico sem ninguém? e se alguém estiver comigo e eu achar que sou a sua pessoa certa e ela está comigo por comodidade ou por falta de outras oportunidades? e se eu estiver com alguém no supermercado e encontrar a minha pessoa na fila de queijos, enquanto tem alguém me esperando com o carrinho segurando um pote de café? e se me apaixono pela pessoa certa de outro? onde estão as regras da vida? pelos céus!

fecho e abro minha mão algumas vezes, qual o motivo de ter uma cicatriz aqui? neste lugar? um sábio disse que você pode estar cercado por pessoas e se afogar em solidão, você pode ter alguém e estar só. não sei se existe uma pessoa certa, também não sei se há probabilidade de existir, muito menos de não existir. o “amor” é um jogo de poker, todos estão blefando e todos estão dizendo a verdade, depende do ponto de vista, depende daquilo que quer acreditar. não é possível saber o que se passa dentro do coração das pessoas, amar alguém é uma insegurança constante, nada no outro está ao seu domínio, muito menos reconhecimento. afinal, não sabemos de nada.

e voce? acredita que existe uma pessoa certa para você?

Autorais

uma carta para uma ex

http://https://youtu.be/tJWdlHP0M00

✔️trilha sonora indicada para leitura deste texto

 

 

do meu universo particular,

já ouviu um ditado que diz: você aprenderá chorando e no final rirás ganhando? pois então, eu aprendi e foi com muito choro, sem hipérbole ou eufemismo. demorei um longo ano para me reconstruir e tive que fazer isso sozinho, eu comigo mesmo pegando cada pedaço meu no final da nossa última briga. longos dias, duros meses. perdi algumas partes da minha integridade, mais da metade do meu amor próprio tinha caído em algum lugar que cheio de amargura, infelizmente, não consegui achar. no momento que decidiu voltar, fiquei assustado, juro que fiquei. empaquei em várias madrugadas pensando no que eu fiz de errado naquele tempo, foram horas pensando o que eu poderia ter feito de diferente, busquei reviver cada momento de nossa história na minha mente tentado encontrar algum significado ou até mesmo ressignificar qualquer de nossas ações. mas não deu. eu não agiria diferente, não mesmo. mais uma vez eu não te deixei ir. sim, você escolheu ir mais uma vez [cansativo, não?]. você decidiu por si mesma a explodir como uma granada e atingir principalmente a mim, com a sua inquietude e arrogância. gosta tanto de borboletas e se esqueceu de aprender com elas, cada fase possui o seu tempo, não dá para nascer com belas asas sem primeiro passar pelo casulo. o pior de tudo, é que quando decidiu ir, tentou levar mais uma vez as minhas expectativas contigo, inocente, já aprendi que quando “alguém” ousar me derrubar, eu caio em pé, se for para cair que seja para cima. para provar que não mudou, voce continua com a mesma tática de sempre, tentar levar minha integridade e me deixar em pedaços ao chão. só que não foi dessa vez, desculpa aí meu anjão. pela primeira vez na vida, com muito orgulho, posso afirmar que me amei tanto que você não teve a chance de tirar a minha paz. nada me impediu de te dar o adeus merecido, o adeus verdadeiro. na total e singela sinceridade, não me arrependo de ter te presenteado com uma segunda chance, você é imatura demais para entender agora no que perdeu, você é instável demais para saber que palavras são tão marcantes quanto ações. da última vez eu demorei um ano para me entender, hoje eu percebo que você nunca se entendeu em uma vida inteira. indeciso, inseguro, imaturo, medroso talvez um pouquinho. posso listar aqui inúmeros dos meus defeitos, eu sei e reconheço todos, mas o problema é que sempre foi você, você não sabe entender que o outro possui vontades e pensamentos. depois de tudo que aprendi sobre você e sobre mim, eu te perdoo por sufocar. você me deu o espelho daquilo que eu nunca quero parecer. quem tem que te agradecer, sou eu! muito obrigado por tudo!

e como eu sempre termino minhas cartas [nao podemos sair do costume, não é mesmo?] – FELICIDADES sempre!

Autorais, Livros

diário de um atípico #2

trilha sonora indicada para a leitura deste texto: “one man town” – Elmore

no lugar que eu te falei que estaria, no momento certo

 

querido diário,

oi, tudo bem? que bom te encontrar por aqui. sei que chegou agora, mas vai ficar por muito tempo? estou aqui pensando em algumas coisas, acho que pode me ajudar, ou só ler se quiser. andei pensando que, reconhecer o Amor Verdadeiro, é a meta de conquista na vida de muitas pessoas. já ia me comprometer a escrever de “todas as pessoas”, mas achei muito agressivo. afinal, eu não estou a procura [entre as aspas]. uma pena ser tão raro e difícil de completar essa tarefa, talvez a parte mais dificil. eu não completei essa missão ainda, estou como um escoteiro sem a última medalha [risos]. já se imaginou assim? imagine agora, feche seus olhos e pense que somos escoteiros, sim: escoteiros! a última tarefa para pegar a última estrela dourada para completar o cinturão de honra cheio de missões dadas, missões concluídas, como: arrumar um bom emprego, cursar em uma universidade, se conhecer melhor; e agora só falta uma: encontrar o amor verdadeiro, aquele obstinado “sim, aceito passar minha vida inteira ao seu lado”. só assim, seremos escoteiros completos, com essa última estrela dourada.  pouquíssimos de nós teriam o rastro luminoso e dourado no cinturão, não é mesmo? ouso pensar que por esse motivo o próprio Deus vem recebendo inúmeras orações para que Sua Mão Divina molde e encaminhe um coração sincero para dividir um apartamento, ser um amigo leal, um companheiro bom de cama e abrigo no temporal. tenho conhecido alguns ultimamente que, não sei se já estão descrentes em conseguir a pessoa ideal, só querem encontrar um amor, um amor que afaga, um amor que acompanha, um amor para dizer que se tem alguém. não sei se pode chamar esse tipo de amor de “Amor”.  sem muitas exigências e muito menos expectativas, só um alguém. um alguém ali, como o abajur no meu criado mudo… me proporciona a solução para o meu problema com a escuridão por algumas horas. esse exemplo caiu como uma luva, normalmente esse tipo de amor só resolve nossos problemas na carência da noite.  nota-se, os amores até aqui descritos são diferentes. bem diferentes. conheci uma garota que já encontrou o “amor verdadeiro” duas vezes esse ano, certamente ela postou nas redes sociais, então não se discute: é “verdadeiro”. ouvi falar de um rapaz que numa vida inteira nunca compartilhou um “eu te quero” dito sincero, bem colocado e ‘adocicado’ com um martine seco num encontro casual, quem dirá um “eu te amo”, esse último parece mais um mantra proibido de uma religião pagã. não se fala muito “eu te amo” hoje em dia, já percebeu? certamente porque não se encontra amores verdadeiros para serem ditos, como devem ser ditos. talvez já esteja se perguntando sobre mim. e eu? como eu fico? posso te responder… fico observando. observando aquela que me diz amar verdadeiramente e me abandona, observando a que me ignora e sonha estar em meus braços, observando aquele que se revelou para o verdadeiro amor e levou o fora e todo resto que continua sem entender qual é o verdadeiro sentido do Amor. enquanto se debulham em tentar encontrar alguém para amar, eu tento me encontro, todos os dias a todo momento por sinal, pois sei que vou amar verdadeiramente alguém a partir do momento que eu verdadeiramente me amar. aí sim, saberei amar a outra como a mim mesmo.

Autorais, Livros

diário de um atípico #1

 

trilha sonora indicada para leitura deste texto:

//the colection – sing of moon

querido diário,

// no lugar que eu te falei que estaria, no momento certo

sensivelmente lhe escrevo hoje, já me conheces e sabes que não é o meu melhor momento. ainda perdido, acontece que pensara eu estar clareando os meus passos e entendendo o caminho que estou seguindo, mas não. estar na contra mão do mundo não é uma realidade fácil, exige força, exige movimento e já estou tão cansado que procuro um lugar para repousar. por que tenho ideias tão diferentes? e qual o motivo de me custar tanto sustentar essas ideias? os olhares aumentam e, normalmente, o julgamento vem em primeiro lugar. ainda estamos numa sociedade baseada na cultura da imagem, forma é melhor que conteúdo, medidas é melhor que um bom diálogo e os traços da perfeição se comprometem em te rotular no quadro do aceitável ou no rol dos dispensáveis. pego meu moletom azul todas as manhãs e luto, luto para terminar tudo bem. na selva de pedra da cidade grande, são os pássaros que nos observam em nosso habitat natural em um safari metropolitano. estamos submersos em expectativas, estamos naufragados pelas doces e sedutoras expectativas. o que vem depois de descobrir que tudo não passa de uma ilusão? o que vem depois? o que se pode fazer quando a verdade cai em despenhadeiro e no final dos barrancos marginalizados de nossas emoções só restar um sentimento abissal, autodestrutivo, consumidor, mas que não consome por completo. um sentimento que te traga por dentro, uma corrosão extasiante que te anestesia e te tranquiliza enquanto se debate em sua própria cobiça de existir. existir por que todos existem, sobreviver por que todos sobrevivem e viver, pois poucos sabem viver. meu velho e lendário já dizia, alguns sentem a chuva, outros apenas se molham. alguns respiram, outros inalam a coceira da consciência e alojam em seus pulmões num esconderijo imaculado. o que fazer depois de cair a ficha que não há nada a se fazer? cheguei num beco sem saída, não tenho respostas, somente este questionamento: o que fazer agora? sensivelmente me exponho.

o veneno da alma

vês no espelho

a força da palma

medes num conselho

ande a abstrai

corra e esvai

tudo que carregas

não suportas tudo somente, se não deixar ir.

sensivelmente escrevo, não há mais nada a se fazer. se guarde, as rosas murcharam e só restaram os espinhos, não viva a ilusão do belo jardim.

Tag livros e redes sociais
Tag livros e redes sociais
Atualizações, Colunas, Livros

Tag: Livros e redes sociais

Hey leitores do Beco! Fui desafiado pela Luana Alves, resenhista e blogueira do @segunda.opinião para responder a tag: #LivrosERedeSociais e postar aqui no nosso espaço de quarta-feira. Sinta-se livre e mais que convidado para responder também e nos marcar em suas redes sociais. Ansioso para saber as respostas de vocês!

PS: Recomendo para responder essa tag, utilizar os exemplares que você possui em sua estantes ou em sua biblioteca particular.

#1 – ORKUT: Um livro que foi muito popular, mas está esquecido;
“O Retrato de Dorian Grey”, Oscar Wild. Presente na lista dos livros representativos canônicos da Literatura Mundial, hoje conversando com essa nova geração de leitores e acompanhando resenhistas e bookbloggers, vejo que este livro não está em alta na toplist de leitura. A imagem marcante da decadência britânica está meio que esquecido entre o público leitor, salvo pelos interessados nos clássicos e/ou conservadores.

#2 – FACEBOOK: Um livro que todo mundo tem;
Sem medo de errar, afirmo que todo leitor possui um exemplar de “O Pequeno Príncipe”, livro escrito pelo francês Antoine de Saint-Exúpery. Este livro está na lista das primeiras leituras e dos primeiros passos de todo mundo. Apaixonante!

#3 – YOUTUBE: Um livro criativo, com uma história original, inovadora;
“Ensaio sobre a Cegueira”, José Saramago. Na verdade, reconheço este livro como uma das maiores criações artísticas da Literatura Mundial. A narrativa é totalmente inovadora e original, a cegueira é branca/leitosa e não negra, como imaginamos ao fechar os olhos e deduzir como é a realidade de um deficiente visual, a verdadeira face do “homem” (em sua totalidade).

#4 – INSTAGRAM: Um livro visualmente bonito (capa, diagramação, elementos gráficos, ilustração…);
Geralmente a Editora Barnes and Noble possuem um trabalho bastante singular em seus livros, as edições parecem artesanais e muito clássicas. Tenho um exemplar de “Razão e Sensibilidade”, escrito por Jane Austen, que é perfeito! Capa dura em tom de verde que nos transmite uma imagem de ser tipicamente camurçado, páginas em dourado e em todo livro linhas também em dourado contornando como se fosse um móvel Luís XV. Magnífico!

#5 – WHATSAPP: Um livro que as personagens trocam mensagens;
“A Culpa é das Estrelas”, John Green; “Os 13 Porquês”, Jay Asher. Foi um pouco complicado responder essa tag. Se levar em consideração o termo “mensagem” em amplo sentido, cartas também são mensagens e eu poderia citar as obras de Charlotte Bronte ou Jane Austen. Entretanto, decidi exemplificar com uma publicação contemporânea, então citei dois romances adolescentes que há a presença de troca de mensagens via celular. Ninguém troca mais mensagens e vive online melhor que adolescente, não é mesmo?

#6 – TINDER: Um livro com muita pegação;
“Voraz”, de Barbara Shenia (tem resenha deste livro maravilhoso aqui). Tenho pouquíssima experiencia com romances eróticos, mas este livro me deu uma boa primeira impressão. Leia o livro e, também a resenha!

#8 – TWITTER: Livro com poucas páginas;
“A Metamorfose”, de Franz Kafka. Publicado pela Companhia das Letras e traduzido por Modesto Carone, o livro de 96 páginas prende a atenção de qualquer leitor  (seja iniciante ou experiente), o interessante é que o leitor se torna marcado pela reflexão abordada na obra. Não há a possibilidade, mesmo que mínima, para continuar o mesmo após a leitura deste.

#9 – TUMBLR: Livro que todo mundo ama;
“O Diário de Anne Frank”, um dos livros escritos pela garota judia enquanto tentava sobreviver ao período da segunda grande guerra. Li a edição publicada pela Editora Record, esse mesmo exemplar passou pelo crivo do pai de Anne, Otto H. Frank, e possui textos e fotos inéditas. Nunca ouvi alguém corresponder negativamente a este livro, todos os leitores são impactados pela inteligência e criticidade da jovem que teve seu destino traçado pela insana ambição de um homem. Vale a pena o amor dedicado a esta leitura.

#10 – PINTEREST: Um livro que te inspira/inspirou;
“As Crônicas de Nárnia”, C.S. Lewis. Sim, inscrevo toda a saga de Nárnia na tag do livro que me inspirou. Todas as sete crônicas possuem um espaço bem especial na minha memória e em meu coração. Este mega livro se tornou minha leitura anual, acredite, você também irá se inspirar ao lê-lo.

#11 – SARAHAH: Livro com bom suspense, ou que tenha te surpreendido;
“A Thousand Splendid Suns”, Khaled Hosseini. Um dos primeiros livros que li em Língua Inglesa. Portanto, me deixou surpreso em todos os sentidos: seja pelo conteúdo da narrativa e/ou pela minha capacidade em ler em outro idioma. Foi lindo!

Um grande abraço e até a próxima!