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Crítica de Cinema: “A Chegada” (2016)

“A chegada” (no inglês, Arrival) estreiou nos Estados Unidos dia 11 de setembro deste ano e chegou ao Brasil dia 24 de novembro. Baseado em Story of your life, de Ted Chiang, e com direção de Denis Villeneuve, o filme foi indicado a vários prêmios, levando o Critics Choice Awards de melhor roteiro adaptado e melhor filme sci-fi/terror. “A chegada” ainda conta com atores de peso como protagonistas: Jeremy Renner e Amy Adams, indicada ao Globo de Ouro como melhor atriz em filme dramático.

A história começa quando 12 naves alienígenas chegam a vários pontos da Terra, mas não pousam, nem fazem nada, só ficam ali. Claro que uma dessas naves está sobre os Estados Unidos e é claro que ela é, imediatamente, cercada pelo exército americano que, de alguma forma, consegue entrar na nave e fazer contato com os alienígenas. Eles gravam os ruídos emitidos pelos ET’s e levam para uma renomada tradutora, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), na esperança de que ela consiga descobrir de onde eles vêm e o que querem.

A Dra. Banks convence que precisa falar pessoalmente com os alienígenas, então, junto com o Dr. Ian Donnelly (Jeremy Renner), especialista em Física, embarca em uma jornada que envolve não somente traduzir uma língua totalmente desconhecida para o inglês, mas também compreender a cultura de um povo de outro planeta e ensinar a nossa, como uma alfabetização. Ela parte do princípio de que, se eles souberem o que é determinada coisa para a gente, vão dizer o que aquilo é para eles e, assim, ela vai criando padrões de equivalência.

O filme aborda questões como o medo do desconhecido e a complexidade da língua, tanto a falada como a escrita. Aborda também questões técnicas da tradução pouco conhecidas por quem não trabalha na área, como a diferença entre traduzir e só trocar uma palavra por outra. Existe equivalência entre as línguas? E, mesmo quando se consegue achar as palavras certas, como saber se elas significam a mesma coisa na língua para a qual se traduziu? Traduzir, então, não seria mais uma questão de significados do que de vocabulário?

Confesso que, quando fui assistir esse filme, minhas expectativas não eram tão altas, afinal, o tema já é bem batido. Alienígenas na Terra, Estados Unidos salvando o dia, etc, etc. Mas me surpreendi. E muito. O enredo não é tão óbvio como eu esperava e conseguiu, em um filme com alienígenas, não dar foco aos alienígenas. Isso foi brilhante! É dramático, intenso, tem uma história interessante e nos prende do início ao fim, além de nos fazer refletir sobre nossas escolhas, nossas vidas, nosso futuro.

Atualizações

Tradução: Viola Davis na capa da Entertainment Weekly desta semana!

A renomada atriz vencedora de um Tony Award e indicada ao Oscar, Viola Davis está estampando a capa da revista americana Entertainment Weekly desta semana e o Beco Literário traz com exclusividade uma pequena parte da matéria, já traduzida, confiram:

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Capa desta semana: Viola Davis explica como escapar de ser impressionante

Peça para Viola Davis revelar a parte mais estranha sobre como se tornar a mais recente garota “it”da TV, e ela vai dizer que é fácil: ser fotografada indo à Target.

Duas vezes indicada ao Oscar, ela nunca teve de se preocupar com paparazzis intrometidos até que ela pisou nos saltos de Annalise Keating, uma professora de direito penal intimidante que orienta um grupo de estudantes super ambiciosos na série estreante da ABC, How to Get Away with Murder. Agora, os hábitos de compras de Davis parecem ser uma fonte de fascínio para certos olhares indiscretos.

“Eu literalmente rolei para fora da cama e fui para uma Target com a [minha filha] Genesis, e os paparazzi me pegaram”, contou Davis. “Eu usava um chapéu de lã e meu casaco de moletom do Jimmy Kimmel. Eu não estava arrumada. Mas não é um grande problema. Esses são problemas de princesa. No grande esquema da vida, é algo muito minúsculo para reclamar. ”

Antes de ela chegar à ABC, Davis estava “fazendo oito dias aqui, e cinco dias aqui” em trabalhos no cinema, apesar de ter gerado a sua segunda indicação ao Oscar por interpretar Aibileen Clark em Histórias Cruzadas. Como a maioria das atrizes de Hollywood de sua idade (e com sua cor de pele), Davis percebeu que não importava se os críticos e os prêmios mostrassem que gostavam de seu trabalho se os executivos do estúdio achavam que ela nunca poderia estrelar um filme. “Há a realidade de ser um ator, especialmente depois de duas indicações ao Oscar, e há a fantasia”, explica Davis. “As pessoas simplificam dizendo, inicie uma empresa de produção, obtenha suas próprias coisas acontecendo… Como se fosse assim tão fácil. Eu tive uma empresa de produção por anos. Temos grandes projetos chegando, mas foi uma batalha, ok? Ao mesmo tempo, você tem que se manter relevante, porque você tem que ser rentável para o mercado externo. Então, quando How to Get Away with Murder surgiu, eu tive o meu momento ‘a-ha’. Eu sabia que ia ter um bom horário e eu seria a protagonista em um programa de TV. Eu ia começar a desempenhar um papel que é sexualizado, desarrumado, todas aquelas coisas que eu nunca cheguei a interpretar. E, ao mesmo tempo, eu poderia ser relevante. ”

Em antecipação do final da primeira temporada de How To Get Away With Murder, EW conversou com Davis em Kauai, onde ela estava de férias com o marido Julius e sua filha Genesis. A atriz não só falou o quão longe ela chegou em sua carreira, mas também abordou como é fazer um papel tão altamente sexualizado como Annalise. Ela ainda aborda as cenas sensuais com Billy Brown (Nate Lahey), que “gosta de tirar a camisa”: “Foi estressante, mas eu fui com tudo”, disse ela de fazer cenas de sexo na tela, as primeiras de sua carreira. “Qualquer um deveria ficar nervoso fazendo cenas muito pessoais e particulares. Se você não está nervoso, então algo está errado com você. ”