Tags

talvez você deva conversar com alguém

Resenha: Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb, o livro preferido de todos os tempos
Livros, Novidades

O meu livro preferido de todos os tempos!

Essa postagem vai ser um pouco diferente das habituais porque vim falar para vocês sobre o meu livro preferido de todos os tempos (até o presente momento).

Fui convidado pelo pessoal da mybest Brasil, um site de recomendações de produtos e serviços onde é possível encontrar guias de compra completos preparados com a ajuda de especialistas, rankings e indicações dos produtos favoritos de influenciadores de diferentes áreas a participar de uma lista com outros influenciadores literários e eleger meu livro preferido de todos os tempos.

Claro que, vocês como ninguém, sabem o quão difícil é escolher um só. Parece um pai escolhendo filho preferido, sabe? Minha primeira escolha era Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, mas ele já tinha sido escolhido, então fui para Talvez Você Deva Conversar Com Alguém (ambos já tem resenha aqui no Beco, viu?)

Eis que depois de aceitar o convite, escrevi uma opinião sobre o livro e o artigo finalmente saiu! Clique aqui para ver o que eu falei do livro e conhecer as indicações dos livros preferidos dos outros criadores de conteúdo.

E para te deixar com vontade de ler, vou deixar um trecho da nossa resenha aqui:

Talvez você deva conversar com alguém é um livro que fala de Lori, a escritora. Ela é terapeuta. Logo de início, começamos a conhecer alguns de seus pacientes pela ótica dela e o que ela sente enquanto está os atendendo. Para quem faz terapia, é como ver o outro lado da moeda. Vemos Lori tentando compreender o que o paciente está falando, tentando ter empatia, tentando separar e afastar aquilo que é seu e o que não é… Um grande trabalho, que requer muita concentração. Ao mesmo tempo, Lori também é paciente de outro terapeuta, o Wendell. E nesse ponto, conhecemos as questões que ela tem e que ela trabalha em sua análise.

O livro permeia por mais de quatrocentas páginas dessa forma. Lori vendo seus pacientes semanalmente, com suas idas e vindas, e indo para Wendell, tratar suas próprias questões. Para quem é adepto da análise, Talvez você deva conversar com alguém é um prato cheio. Enquanto Lori ouve seus pacientes, nós nos encontramos nele e nas intervenções que ela dá. Eles parecem um pouco nossos pacientes também (ou talvez só me pareça isso porque sou psicanalista), ao mesmo tempo em que nos sentimos um pouco eles, um pouco elas. Será que é por isso que o subtítulo consta “uma terapeuta, a terapeuta dela e a vida de todos nós”? Provavelmente sim. É um livro que mais parece um espelho… Continue lendo

Resenha: Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb, o livro preferido de todos os tempos
Livros, Resenhas

Resenha: Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb

Vou iniciar essa resenha dizendo que ela vai ser complicada de escrever. Talvez você deva conversar com alguém é um livro complexo, emocional e feito para ser sentido e por isso, nesse texto, quero me atentar mais a descrever o que ele me fez sentir, as feridas que ele abriu e menos a história, porque na verdade, ela não é tão relevante assim para o bom andamento. O que conta é a história que ele cria com a gente.

+ As melhores frases de “Talvez você deva conversar com alguém”

Talvez você deva conversar com alguém é um livro que fala de Lori, a escritora. Ela é terapeuta. Logo de início, começamos a conhecer alguns de seus pacientes pela ótica dela e o que ela sente enquanto está os atendendo. Para quem faz terapia, é como ver o outro lado da moeda. Vemos Lori tentando compreender o que o paciente está falando, tentando ter empatia, tentando separar e afastar aquilo que é seu e o que não é… Um grande trabalho, que requer muita concentração. Ao mesmo tempo, Lori também é paciente de outro terapeuta, o Wendell. E nesse ponto, conhecemos as questões que ela tem e que ela trabalha em sua análise.

O livro permeia por mais de quatrocentas páginas dessa forma. Lori vendo seus pacientes semanalmente, com suas idas e vindas, e indo para Wendell, tratar suas próprias questões. Para quem é adepto da análise, Talvez você deva conversar com alguém é um prato cheio. Enquanto Lori ouve seus pacientes, nós nos encontramos nele e nas intervenções que ela dá. Eles parecem um pouco nossos pacientes também (ou talvez só me pareça isso porque sou psicanalista), ao mesmo tempo em que nos sentimos um pouco eles, um pouco elas. Será que é por isso que o subtítulo consta “uma terapeuta, a terapeuta dela e a vida de todos nós”? Provavelmente sim. É um livro que mais parece um espelho.

+ As 100 primeiras páginas de Talvez você deva conversar com alguém

Dividido em quatro partes, vamos avançando. Vemos pacientes melhorarem, evoluírem, regredirem, viverem, morrerem, desistirem da terapia, começarem um processo analítico… Ao mesmo tempo em que vemos Lori como o ser humano além da analista. Vemos ela colocando de lado seus próprios sentimentos para ajudar a desatar os nós dos seus pacientes, enquanto vemos ela desatando seus nós com seu terapeuta depois. É um livro que, entre frase e outra, nos traz uma avalanche de autorreflexão e autoconhecimento. Essa é a terceira postagem que faço dele aqui no Beco, já fiz outras duas só de frases. Eu tenho certeza que grifei quase o livro todo e ainda levei algumas passagens para a minha terapia.

Em Talvez você deva conversar com alguém, sentimos a necessidade de conversar e de nos salientar como seres humanos enquanto seres relacionais. Nós sentimos vontade de conversar com alguém. De falar, de escutar e de ouvir e ser ouvido. É um livro que vai ressoar de formas diferentes em cada pessoa, tratando de assuntos como compulsão à repetição, traumas, morte, vida, luto, luto em vida, mudanças… Como Wendell diz em uma passagem, a tendência da vida é de mudar e a nossa é de resistir a mudança. Eu daria todo o céu de estrelas para esse livro porque cinco não são suficientes.

Beconomize com desconto exclusivo

As 100 primeiras páginas de "Talvez você deva conversar com alguém"
Frases, Livros

As melhores frases de “Talvez você deva conversar com alguém”

Talvez você deva conversar com alguém é um livro que me pegou, assim como todos, de forma que ainda estou ensaiando para escrever uma resenha. Se vou conseguir expressar todos os sentimentos que tive durante essa leitura, não sei, mas juro que vou tentar. É um livro para ser experienciado, vivido, curtido… Impossível de ser resumido em poucas palavras, por isso, separei as melhores frases para que você consiga pelo menos tentar captar sua essência. Olha só:

As melhores frases de “Talvez você deva conversar com alguém”

“Paz não significa estar em um lugar onde não haja barulho, confusão ou trabalho duro. Significa estar no meio dessas coisas e ainda sim ter calma no coração.”

“Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo grau de consciência que o criou.”

“A compulsão à repetição é um animal espantoso.”

“Quando você é criança e seu pai é amoroso e brincalhão, depois some por um tempo, voltando mais tarde e agindo como se nada tivesse acontecido, e faz isso repetidamente, você aprende que a alegria é inconstante. Quando sua mãe sai da depressão e repentinamente parece interessada na sua vida, agindo da maneira que você vê as mães das outras crianças agindo, você não se atreve a se sentir alegre porque sabe, por experiência, que tudo isso vai passar. E passa. Todas as vezes. É melhor esperar por nada tão estável.”

“Também vou sentir falta de mim mesma. Todas aquelas inseguranças que passei a vida querendo mudar? Eu só estava chegando a um ponto que gosto mesmo de mim. Eu gosto de mim.

“Vocês não recuperarão o tempo presente.”

+ As 100 primeiras páginas de Talvez você deva conversar com alguém

“Se eu arruinar a minha vida, posso inventar minha própria morte, em vez de deixá-la concretizar-se para mim. Pode não ser o que quero, mas pelo menos eu a escolherei.”

“Tento refletir sobre este paradoxo: autossabotagem como uma forma de controle. Se eu arruinar a minha vida, posso inventar minha própria morte, em vez de deixá-la concretizar-se para mim. Se eu ficar num relacionamento condenado, se estragar minha carreira, se me esconder de medo, em vez de enfrentar o que está errado com meu corpo, posso criar uma morte em vida, mas uma em que eu é que estou no comando.”

“Estou começando a perceber que a incerteza não significa perda de esperança; significa que há possibilidade. Não sei o que acontecerá a seguir, como isso é potencialmente excitante! Vou ter que descobrir como tirar o máximo da vida que tenho, com ou sem doença, com ou sem companheiro, a despeito da marcha do tempo.”

“Às vezes, as mudanças que você deseja em outra pessoa não estão nos planos dela, mesmo que ela diga que estão.”

“Todo relacionamento é uma dança. O Cara faz seus passos de dança (aproxima/recua), e Charlotte faz os dela (aproxima/machuca-se); é assim que eles dançam. Mas se Charlotte mudar seus passos, acontecerá uma de duas coisas: ou o Cara será forçado a mudar os dele, de modo a não tropeçar e cair, ou simplesmente deixará o salão de dança e descobrirá outros pés sobre os quais pisar.”

“Tudo pode ser tirado de um homem, menos uma coisa, a última das liberdades humanas: escolher uma atitude em qualquer série de circunstâncias.”

“Podemos escolher a nossa reação.”

“Existe um intervalo entre o estímulo e a resposta. Nesse intervalo está nosso poder de escolha para a nossa resposta. Em nossa resposta, está nosso crescimento e nossa liberdade.”

“O preço de amar tão profundamente é sentir muito profundamente, mas também é uma dádiva, a dádiva de estar vivo. Se deixarmos de sentir, devemos lamentar nossa própria morte.”

“Quanto mais você acolhe sua vulnerabilidade, menos medo sente.”

“O fracasso faz parte de ser humano.”

“Vai ver que a felicidade é às vezes.”

“Primeiro você fará, depois compreenderá.”

“Crescemos em associação com os outros (…) Acredito em você. Consigo ver possibilidades que talvez você ainda não veja. Imagino que possa acontecer algo diferente, de um jeito ou de outro.”