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Setembro Amarelo: Você NÃO PRECISA de um mapa astral em momentos de crise
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Setembro Amarelo: Você NÃO PRECISA de um mapa astral em momentos de crise

É frequente que eu receba, no meu consultório astrológico, pessoas em momentos de fragilidade, crise ou ansiedade, buscando um mapa astral para entender melhor essa angústia que estão vivendo. Apesar do meu desejo de ajudar, é essencial entender que este não é o papel da astrologia — nem o meu, como astrólogo.

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Talvez, por ter uma formação prévia na área de saúde mental, eu consiga acolher essas pessoas e explicar que, nesses momentos, o que elas realmente precisam é de apoio psicológico ou psiquiátrico especializado, não de astrologia e tarô. Infelizmente, muitos “profissionais” do esoterismo se aproveitam dessas situações de vulnerabilidade para vender serviços e lucrar.

Perdi a conta de quantas vezes recusei atendimentos astrológicos em que, claramente, o céu não poderia oferecer qualquer tipo de suporte real. Pior: poderia até agravar a situação. Nesses momentos, opto por acolher e explicar ao consulente como a astrologia funciona, oferecendo, quando desejado, a indicação de uma psicóloga para uma conversa inicial.

Refleti bastante antes de escrever este artigo, mas o Setembro Amarelo é o momento certo para discutir saúde mental. É também o momento de lembrar que nós, astrólogos, somos apenas intérpretes da linguagem celeste, não profissionais de saúde mental qualificados para tratar sintomas de ansiedade, pensamentos disfuncionais ou crenças limitantes. Se um astrólogo afirmar o contrário, desconfie e procure ajuda qualificada.

Como intérpretes, nós apontamos tendências e padrões. Um mapa astral pode revelar potenciais, desafios, oportunidades e reveses, mas tudo isso são tendências, não certezas. A vida não se baseia apenas nos astros; ela depende também do seu ambiente, das suas ações e de como você vive o dia a dia. Para que um mapa astral funcione, é necessário estar em um estado relativamente equilibrado. Em momentos de ansiedade, pânico ou crise, o mapa não fornecerá respostas fáceis para perguntas difíceis. Isso não existe.

Eu, como astrólogo moderno com cunho humanista, acredito que qualquer tendência ou posicionamento desafiador no mapa pode ser trabalhado, mas isso acontece no cotidiano — e não em uma única consulta astrológica. A verdadeira evolução vem com a combinação de terapia, boa alimentação, atividade física e consultas médicas regulares. É por isso que, neste Setembro Amarelo, deixo um alerta.

Tenha cuidado com os profissionais que você busca. Questione o discurso que eles apresentam. Em momentos de crise, procure sempre profissionais da saúde mental, como psicólogos, psicanalistas e psiquiatras. Profissionais complementares, como terapeutas holísticos, astrólogos ou tarólogos, podem ser úteis, mas somos mais como bússolas que ajudam a guiar o caminho. E é importante lembrar: só recebemos gente nova em casa quando ela está arrumada. Com o mapa astral é a mesma coisa. Só se faz mapa quando se está em um momento de relativa tranquilidade.

Setembro Amarelo: campanha de prevenção do suicídio é objeto de conscientização coletiva
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Atualizações, Cultura

Setembro Amarelo: campanha de prevenção do suicídio é objeto de conscientização coletiva

Cada vida perdida representa o amor e a importância que essa pessoa tinha para alguém. Mais do que alertar sobre o suicídio, a campanha “Setembro Amarelo”, que no Brasil é realizada desde 2014, busca estimular a participação e atenção coletiva sobre o tema. Para o psiquiatra Lucas Benevides, professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), o olhar para aqueles que estão próximos é fundamental para salvar vidas, começando pela diferenciação entre a tristeza passageira e a aflição mental séria.

As campanhas de conscientização desempenham papel importante na redução do estigma associado à saúde mental, explica Para Lucas Benevides: “Ao longo do tempo, testemunhamos um aumento significativo no número de pessoas que se sentem à vontade para buscar ajuda e compartilhar abertamente suas experiências íntimas”. O psiquiatra enfatiza a importância de reconhecer os sinais de alerta relacionados à depressão, como mudanças de humor repentinas, isolamento social, expressão do desejo de morrer e comportamento impulsivo.

“A tristeza geralmente tem um gatilho específico e tende a melhorar com o tempo ou com mudanças nas circunstâncias, enquanto o sofrimento mental pode persistir e afetar a qualidade de vida de maneira mais abrangente”, acrescenta o professor. Para o psiquiatra do CEUB, conversas abertas e sem julgamentos são o melhor caminho para auxiliar aqueles que enfrentam desafios emocionais. “O suporte emocional e o encaminhamento para ajuda profissional muitas vezes começam por meio de familiares e amigos”, ressalta.

O primeiro passo para tratar problemas de desordens mentais envolve uma avaliação profissional para determinar o melhor plano de tratamento, que pode incluir psicoterapia, medicação antidepressiva ou estabilizadores de humor. “Terapia e medicação frequentemente funcionam melhor em conjunto, proporcionando estratégias de enfrentamento e correção de desequilíbrios químicos”, considera o especialista.

Já nos casos de suicídio, a terapia de luto, grupos de apoio e aconselhamento familiar são recursos importantes para lidar com as complexidades e sensibilidades dessas situações. “É fundamental que continuemos a multiplicar essas iniciativas e a fornecer ajuda e compreensão a quem precisa. O Estado também precisa aprimorar o seu papel, garantindo um financiamento adequado para saúde mental e legislação que apoie o tratamento e a prevenção”, reivindica o especialista.

Suicídio no Brasil
Desafios também quanto aos protocolos de atendimentos de saúde mental, na hora de avaliar corretamente o nível de risco e garantir a aderência ao tratamento de cada paciente. Nesse sentido, a intervenção multidisciplinar com outros profissionais da saúde e o contato com familiares são peças-chave. “Capacitações e locais de trabalho podem contribuir fornecendo treinamento específico para identificar sinais de alerta e disponibilizar recursos de saúde mental aos profissionais de saúde”, destaca Benevides.

Segundo levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, mais de 700 mil vidas são perdidas devido à problemas de saúde mental, o que representa uma morte a cada 100 registros de óbito. Entre jovens com idades entre 15 e 29 anos, o suicídio ocupa o 4º lugar como causa mais frequente de óbito, ficando atrás apenas de acidentes de trânsito, doenças e violência.

LOS ANGELES, CA – NOVEMBER 24: Musicians Billy Ray Cyrus and Miley Cyrus attend the 2013 American Music Awards at Nokia Theatre L.A. Live on November 24, 2013 in Los Angeles, California. (Photo by Jason Merritt/Getty Images)
Atualizações, Música

Miley Cyrus faz dueto com seu pai para dar continuidade à conscientização do suicídio

Amarelo, o mês de setembro deste ano ganhou um tom mais forte online. As redes sociais, tão duramente criticadas por distrair os jovens e torná-los alienados, dessa vez, usaram o feitiço contra o feiticeiro. A conscientização e tentativa de prevenção do suicídio tomou grandes proporções através de correntes, mensagens de carinho e hashtags que claramente tiveram algum mínimo impacto na vida de alguém esse 2016. Setembro acabou, mas a cor permanece.

Miley Cyrus trouxe também para a rede social uma palinha de 1 minuto (máximo permitido pelo Instagram) de uma música escrita por seu pai após o suicídio de um amigo que era descriminado em sua comunidade. No vídeo, Miley toca o piano e canta com seu pai no violão, a letra diz:”Se você soubesse o quanto sinto sua falta/Se você soubesse o quanto me importo”. Confira:

https://www.instagram.com/p/BLG7s3lBo9-/?taken-by=mileycyrus

Sessão de cantoria mágica com pai!!! @billyraycyrus o mês de conscientização do suicídio chegou ao fim mas a luta por amor e aceitação para todos, nunca! Essa é a segunda música que meu pai já escreveu anos atrás depois de seu melhor amigo acabar com sua própria vida por causa de descriminação na sua comunidade ….. Amor amo amor…..

Que amarelo sejam todos os meses.