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Atualizações, Filmes

“Roma” e “A Favorita” lideram as indicações ao Oscar 2019

Duas produções lideram a corrida pelos prêmios do Oscar 2019. Roma, drama do mexicano Alfonso Cuarón (Gravidade), e A Favorita, dirigido por Yorgos Lanthimos (O Lagosta) concorrem em 10 categorias cada, entre elas as de melhor filme e melhor diretor. Os indicados foram revelados nesta terça (22) diretamente de Los Angeles.

E essa edição do Oscar já entra pra história! Roma, produzido pela Netflix, é o primeiro filme de uma plataforma de streaming a concorrer ao prêmio principal. Já o aclamado Pantera Negra, da Marvel Studios, recebeu 7 indicações, incluindo a de melhor filme – feito inédito entre as produções de super-heróis.

Os vencedores da 91ª edição do Oscar serão conhecidos em 24 de fevereiro, na tradicional cerimônia diretamente do Dolby Theatre, em Hollywood. Confira a seguir todos os indicados.

MELHOR FILME
  • Pantera Negra
  • Infiltrado na Klan
  • Bohemian Rhapsody
  • A Favorita
  • Green Book: O Guia
  • Roma
  • Nasce Uma Estrela
  • Vice
MELHOR DIRETOR
  • Spike Lee (Infiltrado na Klan)
  • Paweł Pawlikowski (Guerra Fria)
  • Yorgos Lanthimos (A Favorita)
  • Alfonso Cuarón (Roma)
  • Adam McKay (Vice)
MELHOR ATOR
  • Christian Bale (Vice)
  • Bradley Cooper (Nasce Uma Estrela)
  • Willem Dafoe (No Portal da Eternidade)
  • Rami Malek (Bohemian Rhapsody)
  • Viggo Mortensen (Green Book: O Guia)
MELHOR ATRIZ
  • Yalitza Aparicio (Roma)
  • Glenn Close (A Esposa)
  • Olivia Colman (A Favorita)
  • Lady Gaga (Nasce Uma Estrela)
  • Melissa McCarthy (Poderia Me Perdoar?)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
  • Mahershala Ali (Green Book: O Guia)
  • Adam Driver (Infiltrado na Klan)
  • Sam Elliot (Nasce Uma Estrela)
  • Richard E. Grant (Poderia Me Perdoar?)
  • Sam Rockwell (Vice)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
  • Amy Adams (Vice)
  • Marina de Tavira (Roma)
  • Regina King (Se a Rua Beale Falasse)
  • Emma Stone (A Favorita)
  • Rachel Weisz (A Favorita)
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
  • A Favorita
  • First Reformed
  • Green Book: O Guia
  • Roma
  • Vice
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
  • The Ballad of Buster Scruggs
  • Infiltrado na Klan
  • Poderia Me Perdoar?
  • Se a Rua Beale Falasse
  • Nasce Uma Estrela
MELHOR ANIMAÇÃO
  • Os Incríveis 2
  • Ilha dos Cachorros
  • Mirai
  • WiFi Ralph: Quebrando a Internet
  • Homem-Aranha no Aranhaverso
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
  • Animal Behaviour
  • Bao
  • Late Afternoon
  • One Small Step
  • Weekends
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
  • Cafarnaum (Líbano)
  • Guerra Fria (Polônia)
  • Nunca Deixe de Lembrar (Alemanha)
  • Roma (México)
  • Assunto de Família (Japão)
MELHOR DOCUMENTÁRIO
  • Free Solo
  • Hale County This Morning, This Evening
  • Minding The Gap
  • Of Fathers and Sons
  • RBG
MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
  • Black Sheep
  • End Game
  • Lifeboat
  • A Night at the Garden
  • Period. End of Sentence.
MELHOR CURTA-METRAGEM
  • Detainment
  • Fauve
  • Marguerite
  • Mother
  • Skin
MELHOR TRILHA SONORA
  • Pantera Negra
  • Infiltrado na Klan
  • Se a Rua Beale Falasse
  • Ilha dos Cachorros
  • O Retorno de Mary Poppins
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
  • “All The Stars” (Pantera Negra)
  • “I’ll Fight” (RGB)
  • “The Place Where The Lost Things Go” (O Retorno de Mary Poppins)
  • “Shallow” (Nasce Uma Estrela)
  • “When A Cowboy Trades His Spurs For Wings” (The Ballad of Buster Scruggs)
MELHOR MONTAGEM
  • Infiltrado na Klan
  • Bohemian Rhapsody
  • A Favorita
  • Green Book: O Guia
  • Vice
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
  • Pantera Negra
  • A Favorita
  • O Primeiro Homem
  • O Retorno de Mary Poppins
  • Roma
MELHORES EFEITOS VISUAIS
  • Vingadores: Guerra Infinita
  • Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível
  • O Primeiro Homem
  • Jogador Nº1
  • Han Solo: Uma História Star Wars
MELHOR FOTOGRAFIA
  • Guerra Fria
  • A Favorita
  • Nunca Deixe de Lembrar
  • Roma
  • Nasce Uma Estrela
MELHOR FIGURINO
  • The Ballad of Buster Scruggs
  • Pantera Negra
  • A Favorita
  • O Retorno de Mary Poppins
  • Duas Rainhas
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
  • Border
  • Duas Rainhas
  • Vice
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
  • Pantera Negra
  • Bohemian Rhapsody
  • O Primeiro Homem
  • Um Lugar Silencioso
  • Roma
MELHOR MIXAGEM DE SOM
  • Pantera Negra
  • Bohemian Rhapsody
  • O Primeiro Homem
  • Roma
  • Nasce Uma Estrela
Atualizações, Críticas de Cinema

Crítica: Três Anúncios para um Crime (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri, 2017)

A premissa de Três Anúncios para um Crime já é incômodo e indigesto. Ao saber o que está escrito nos outdoors colocados pela protagonista Mildred Hayes (Frances McDormand), o filme embrulha o estômago desde o começo. E assim prossegue suas duas horas de produção.

A obra conta a história de Mildred que teve sua filha estuprada e assassinada, quando sete meses passados não há nenhum indício de evolução do caso pela polícia, liderado pelo xerife Bill Willoughby (Woody Harrelson), da pequena cidade conservadora de Ebbing, Missouri. A raiva e a dor de uma mãe frustrada, que também é uma mulher forte, sem piegas, executada com maestria por McDormand, é o que faz o filme apaixonante e obscuro.

Completando o elenco incrível com o sem escrúpulos e racista policial Jason Dixon (Sam Rocwell), o filme trata todo o drama com um humor negro, te fazendo rir em momentos inadequados. Assim, o diretor Martin McDonagh se destaca por contar uma história onde o ódio não é a solução, muito menos uma explicação para os preconceitos apresentados no filme. Assim, ódio, ressentimento e redenção são as três palavras para definir a obra.

E McDonagh conta a história de um modo diferente já visto, apresentando a loucura, mas também momentos de vulnerabilidade em todos os personagens. Um grande exemplo disso é o tratamento de Mildred com os animais, quando em uma das primeiras cenas, ela ajuda um besouro ao reorientá-lo. Isso torna a jornada do espectador muito mais interessante, pois ao mesmo tempo, o filme te leva a odiar e amar os protagonistas.

Entretanto, a redenção de Dixon sem nenhum tipo de justiça incomoda. Além disso, com a atual situação política nos Estados Unidos, contra o porte de armas e a violência, tornam o final questionável. Ainda assim, McDonagh completa a obra sem focar especificamente no crime e sim, nas conseqüências dele e todo o sofrimento que o persegue, revelando uma essência original e digna de Oscar.

Atualizações, Filmes

“A Forma da Água” é o grande vencedor do Oscar 2018

Confirmando seu favoritismo, A Forma da Água foi o grande destaque da 90ª edição do Oscar, que aconteceu na noite do último domingo (04), diretamente de Los Angeles. A fábula de Guillermo Del Toro venceu em quatro categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. Faye Dunaway e Warren Beatty subiram novamente ao palco para anunciar a principal categoria, dessa vez sem nenhum plow twist, como na cerimônia do ano passado.

Equipe de "A Forma da Água"

Equipe de “A Forma da Água” (Foto: Getty Images)

Nas categorias de atuação, os favoritos também levaram seus prêmios: Gary Oldman levou o prêmio de Melhor Ator por sua performance impecável em O Destino de Uma Nação (filme que também faturou Melhor Maquiagem e Penteado, com louvor), Frances McDormand venceu a categoria de Melhor Atriz por Três Anúncios Para Um Crime, e fez um discurso belíssimo, pedindo maior representatividade das mulheres na indústria cinematográfica.

Também por sua atuação em Três Anúncios Para Um Crime, Sam Rockwell ganhou o prêmio de Ator Coadjuvante, e Allison Janney venceu na categoria de Atriz Coadjuvante por seu papel em Eu, Tonya.

Frances McDormand (Foto: Getty Images)

Da esquerda para a direita: Sam Rockwell, Frances McDormand, Allison Janney e Gary Oldman (Foto: Getty Images)

O Oscar de Melhor Animação foi para Viva: A Vida é Uma Festa, que também levou o prêmio de canção original por Remember Me. O filme chileno Uma Mulher Fantástica ganhou a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro, fazendo história por ser o primeiro filme com protagonista transexual a ser premiado.

James Ivory, com 89 anos, venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por Me Chame Pelo Seu Nome, se tornando o vencedor mais velho a ganhar uma estatueta. O prêmio de Melhor Roteiro Original foi para Jordan Peele, por Corra!, sendo o primeiro negro a ganhar nessa categoria.

Confira a seguir a lista completa dos vencedores.

FILME
  • A Forma da Água
DIRETOR
  • Guillermo Del Toro (A Forma da Água)
ATRIZ
  • Frances McDormand (Três Anúncios Para Um Crime)
ATOR
  • Gary Oldman (O Destino de Uma Nação)
ROTEIRO ORIGINAL
  • Corra!
ROTEIRO ADAPTADO
  • Me Chame Pelo Seu Nome
ANIMAÇÃO
  • Viva: A Vida é Uma Festa
CANÇÃO ORIGINAL
  • “Remember Me” (Viva: A Vida é Uma Festa)
DOCUMENTÁRIO
  • Icarus
DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
  • Heaven is a Traffic Jam on the 405
FILME ESTRANGEIRO
  • Uma Mulher Fantástica (Chile)
ATOR COADJUVANTE
  • Sam Rockwell (Três Anúncios Para Um Crime)
ATRIZ COADJUVANTE
  • Allison Janney (Eu, Tonya)
MAQUIAGEM E PENTEADO
  • O Destino de Uma Nação
MONTAGEM
  • Dunkirk
EFEITOS VISUAIS
  • Blade Runner 2049
TRILHA SONORA
  • A Forma da Água
CURTA-METRAGEM
  • The Silent Child
ANIMAÇÃO EM CURTA-METRAGEM
  • Dear Basketball
MIXAGEM DE SOM
  • Dunkirk
EDIÇÃO DE SOM
  • Dunkirk
FIGURINO
  • Trama Fantasma
FOTOGRAFIA
  • Blade Runner 2049
DIREÇÃO DE ARTE
  • A Forma da Água
Atualizações

Oscar Pop: saiba como garantir os posters dos filmes indicados ao Oscar 2018

Todos os anos a Shutterstock se inspira em grandes artistas pop e recria os pôsters de filmes indicados ao Oscar. O desafio chamado de Oscar Pop proporciona elementos para que os designers da empresa mergulhem fundo em suas imaginações e trazem para a internet releituras icônicas e marcantes.

A lista de filmes nomeados deste ano e as inspirações dos artistas para cada pôster incluem:

“Me Chame Pelo Seu Nome”, inspirado na arte de James Rosenquist

“O Destino de Uma Nação”, inspirado na arte de Richard Hamilton

“Dunkirk”, inspirado na arte de Takashi Murakami

“Corra!”, inspirado na arte de Keith Haring

“Lady Bird: A Hora de Voar”, inspirado na arte de Mel Ramos

“Trama Fantasma”, inspirado na arte de Malika Favre

“The Post – A Guerra Secreta”, inspirado na arte de Ed Ruscha

“A Forma da Água”, inspirado na arte de Kiki Kogelnik

“Três Anúncios Para Um Crime”, inspirado na arte de Olly Moss

 

 

As indicações deste ano ilustram uma ampla gama temporal, desde os primeiros dias da Segunda Guerra Mundial até a América moderna, cada um com um enredo que é principalmente de natureza dramática, tornando-os a inspiração perfeita para uma nova e mais colorida interpretação“, disse o Curador da Shutterstock, Robyn Lange. “Esta é uma tradição criativa que aguardamos todos os anos e é uma oportunidade para exibir a incrível obra de nossa comunidade de contribuidores ao mesmo tempo em que celebramos o talento de artistas visionários, diretores, produtores e designers“.

Você pode baixar o seu pôster favorito e imprimi-lo na Printi, gráfica online que entrega em todo o país. Aí, é só se aliar com a suas ideias e deixar o seu cantinho de assistir filmes mais legal! Depois manda foto de como ficou pra gente =D.

teste. Teste. Testando um teste pois o texto não estava alinhado. 

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Sem Amor (2017)

Representante russo na categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar em 2018, Sem Amor (Loveless, 2017) é um retrato brutal sobre o desafeto. Zhenya (Maryana Spivak) e Boris (Aleksey Rozin) estão passando por um conturbado processo de divórcio. O casal tem um filho de 12 anos, Alyosha (Matvey Novikov), que sofre com o distanciamento dos pais. Enquanto buscam prosseguir com suas vidas, Zhenya e Boris não chegam a um acordo sobre o que fazer com o pequeno Alyosha. Nenhum dos dois quer ficar com o filho. Depois de testemunhar uma das brigas mais pesadas do casal, o garoto decide fugir de casa, sem deixar rastro.

Com uma atmosfera fria e densa, Sem Amor tece uma crítica certeira ao mundo cada vez mais submerso no virtual e nas aparências. Zhenya é uma mulher amargurada, frustrada com o rumo que sua vida tomou. Porém, mesmo com todo o caos, ela não deixa de postar fotos e selfies nas redes sociais, emulando uma felicidade que não existe. Enquanto isso, Boris teme perder seu emprego, pois trabalha numa empresa cujo dono, religioso, não aceita funcionários divorciados. Os dois já estão envolvidos em seus novos relacionamentos: Zhenya com um rico empresário e Boris com uma jovem que já está grávida. Com tudo isso acontecendo, sobra pouco tempo e afeto para o jovem Alyosha, tanto que ambos demoram a perceber o sumiço do garoto.

(Divulgação: Sony Pictures)

(Divulgação: Sony Pictures)

Durante o processo de busca do menino, o diretor Andrey Zvyagintsev (Leviatã, 2014) revela as diversas camadas do desamor presentes no filme. Quando os pais são interrogados pela ONG que busca crianças desaparecidas, fica explícito o descaso deles em relação ao próprio filho, principalmente do lado materno. Aliás, Zhanya é a personagem mais complexa nessa história toda. Em determinado momento ela é confrontada pela própria mãe, e é nesse duro diálogo que fica evidente a natureza de tanta amargura.

Mas o filme não é complacente com seus personagens. O clima de tensão e angústia é crescente durante todo o processo de busca do garoto desaparecido. A fotografia de cores frias e a narrativa de longos planos realçam ainda mais a melancolia sufocante daquelas pessoas. Até mesmo as cenas de sexo são mecânicas, vazias de sentimento, sombrias.

Sem Amor é um filme angustiante, repulsivo e, justamente por tais características, muito bem sucedido e eficiente em sua proposta de incomodar. Uma experiência brutal, mas necessária e inesquecível.

Atualizações, Filmes

“A Forma da Água” lidera indicações ao Oscar 2018

Na manhã desta terça-feira (23), diretamente de Los Angeles, os atores Andy Serkis e Tiffany Haddish anunciaram os indicados ao Oscar 2018.

O suspense de fantasia, A Forma da Água, foi o grande destaque entre os indicados. O filme de Guillermo Del Toro concorre em treze categorias – incluindo melhor filme e melhor diretor. Em seguida estão o suspense de guerra Dunkirk, com oito indicações, e o policial Três Anúncios Para Um Crime, com sete.

O Destino de Uma Nação e Trama Fantasma foram as surpresas dessa edição. Cada um concorre a seis prêmios, incluindo melhor filme.

E temos brasileiros na disputa: o produtor Rodrigo Teixeira (A Bruxa) concorre por Me Chame Pelo Seu Nome e o diretor Carlos Saldanha (Rio) disputa o prêmio de melhor animação com O Touro Ferdinando.

A 90ª edição do Oscar acontece em 4 de março, com apresentação de Jimmy Kimmel. Confira a seguir a lista completa dos indicados.

MELHOR FILME
  • Me Chame Pelo Seu Nome
  • O Destino de Uma Nação
  • Dunkirk
  • Corra!
  • Lady Bird: A Hora de Voar
  • Trama Fantasma
  • The Post: A Guerra Secreta
  • A Forma da Água
  • Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR DIRETOR
  • Christopher Nolan (Dunkirk)
  • Jordan Peele (Corra!)
  • Greta Gerwig (Lady Bird: A Hora de Voar)
  • Paul Thomas Anderson (Trama Fantasma)
  • Guillermo Del Toro (A Forma da Água)
MELHOR ATOR
  • Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome)
  • Daniel Day Lewis (Trama Fantasma)
  • Daniel Kaluuya (Corra!)
  • Gary Oldman (O Destino de uma Nação)
  • Denzel Washington (Roman J. Israel, Esq.)
MELHOR ATRIZ
  • Sally Hawkins (Eu, Tonya)
  • Frances McDormand (Três Anúncios Para Um Crime)
  • Margot Robbie (Eu, Tonya)
  • Saoirse Ronan (Lady Bird: A Hora de Voar)
  • Meryl Streep (The Post: A Guerra Secreta)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
  • Willem Dafoe (Projeto Flórida)
  • Woody Harrelson (Três Anúncios Para Um Crime)
  • Richard Jenkins (A Forma da Água)
  • Christopher Plummer (Todo o Dinheiro do Mundo)
  • Sam Rockwell (Três Anúncios Para Um Crime)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
  • Mary J. Blige (Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi)
  • Allison Janney (Eu, Tonya)
  • Lesley Manville (Trama Fantasma)
  • Laurie Metcalf (Lady Bird: A Hora de Voar)
  • Octavia Spencer (A Forma da Água)
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
  • Doentes de Amor
  • Corra!
  • Lady Bird: A Hora de Voar
  • A Forma da Água
  • Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
  • Me Chame Pelo Seu Nome
  • Artista do Desastre
  • Logan
  • A Grande Jogada
  • Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi
MELHOR ANIMAÇÃO
  • O Poderoso Chefinho
  • The Breadwinner
  • Viva: A Vida é Uma Festa
  • O Touro Ferdinando
  • Com Amor, Van Gogh
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
  • Dear Basketball
  • Garden Party
  • Lou
  • Negative Space
  • Revolting Rhymes
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
  • Uma Mulher Fantástica (Chile)
  • O Insulto (Líbano)
  • Sem Amor (Rússia)
  • The Square: A Arte da Discórdia (Suécia)
  • Corpo e Alma (Hungria)
MELHOR DOCUMENTÁRIO
  • Abacus: Pequeno o Bastante Para Condenar
  • Faces Places
  • Ícaro
  • Últimos Homens em Aleppo
  • Strong Island
MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
  • Edith+Eddie
  • Heaven is a Traffic Jam on the 405
  • Heroin(e)
  • Kayayo: The Living Shopping Baskets
  • Knife Skills
  • Traffic Stop
MELHOR CURTA-METRAGEM
  • DeKalb Elementary
  • The Eleven O’Clock
  • My Nephew Emmett
  • The Silent Child
  • Watu Wote/All of Us
MELHOR TRILHA SONORA
  • Dunkirk
  • Trama Fantasma
  • A Forma da Água
  • Star Wars: Os Últimos Jedi
  • Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
  • “Mighty River” (Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi)
  • “Mistery of Love” (Me Chame Pelo Seu Nome)
  • “Remember Me” (Viva: A Vida é Uma Festa)
  • “Stand Up For Something” (Marshall)
  • “This Is Me” (O Rei do Show)
MELHOR MONTAGEM
  • Em Ritmo de Fuga
  • Dunkirk
  • Eu, Tonya
  • A Forma da Água
  • Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
  • A Bela e a Fera
  • Blade Runner 2049
  • O Destino de Uma Nação
  • Dunkirk
  • A Forma da Água
MELHORES EFEITOS VISUAIS
  • Blade Runner 2049
  • Guardiões da Galáxia Vol. 2
  • Kong: A Ilha da Caveira
  • Star Wars: Os Últimos Jedi
  • Planeta dos Macacos: A Guerra
MELHOR FOTOGRAFIA
  • Blade Runner 2049
  • O Destino de Uma Nação
  • Dunkirk
  • Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi
  • A Forma da Água
MELHOR FIGURINO
  • A Bela e a Fera
  • O Destino de Uma Nação
  • Trama Fantasma
  • A Forma da Água
  • Victoria & Abdul: O Confidente da Rainha
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
  • O Destino de Uma Nação
  • Victoria & Abdul: O Confidente da Rainha
  • Extraordinário
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
  • Em Ritmo de Fuga
  • Blade Runner 2049
  • Dunkirk
  • A Forma da Água
  • Star Wars: Os Últimos Jedi
MELHOR MIXAGEM DE SOM
  • Em Ritmo de Fuga
  • Blade Runner 2049
  • Dunkirk
  • A Forma da Água
  • Star Wars: Os Últimos Jedi
jimmy kimmel
jimmy kimmel
Atualizações, Filmes

Jimmy Kimmel deve retornar ao comando do Oscar em 2018

A 89ª cerimônia do Oscar, realizada em fevereiro deste ano, marcou história. Uma confusão com os envelopes acabou dando, erroneamente, o prêmio de melhor filme para La La Land: Cantando Estações, quando o verdadeiro ganhador era Moonlight: Sob a Luz do Luar. Após a gafe inédita, o apresentador Jimmy Kimmel achou que nunca mais seria convidado para comandar a premiação. Ledo engano.

A rede americana ABC anunciou que Kimmel será novamente o principal anfitrião da cerimônia em 2018. Para a revista Variety, o apresentador disse que estar à frente do Oscar certamente foi um dos pontos altos de sua carreira, e alfinetou:

“Se você acha que estragamos o final da edição deste ano, espere para ver o que aprontamos para o aniversário de 90 anos.”

Os produtores Michael De Luca e Jennifer Scott, responsáveis pela última cerimônia, também devem retornar no ano que vem. O Oscar 2018 acontecerá no dia 4 de março, no Dolby Theatre, em Los Angeles.

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Oscar 2017: Confira os grandes vencedores deste ano

Em uma noite memorável, a 89ª edição do Oscar aconteceu neste domingo (26). Apesar de duas grandes gafes ocorridas durante a premiação (que você pode conferir aqui), a cerimônia foi emocionante e teve grandes momentos.

Após as polêmicas de racismo na edição passada, que geraram a campanha #OscarSoWhite (#OscarMuitoBranco), a Academia mudou seu posicionamento este ano. Foram 20 indicações de artistas negros: o maior recorde da premiação.

La La Land: Cantando Estações era o grande favorito da noite, com 14 indicações, das quais levou 6. Moonlight: Sob a Luz do Luar ficou em segundo lugar com 3 estatuetas. Manchester À Beira-Mar e Até o Último Homem levaram 2 prêmios cada.

Melhor Filme

  • Moonlight: Sob a luz do luar
  • La la land: Cantando estações
  • A chegada
  • Até o último homem
  • Estrelas além do tempo
  • Lion: Uma jornada para casa
  • Um limite entre nós
  • A qualquer custo
  • Manchester à beira-mar

Melhor Diretor

  • Damien Chazelle, La La Land – Cantando Estações
  • Dennis Villeneuve, A Chegada
  • Mel Gibson, Até o Último Homem
  • Barry Jenkins, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Kenneth Lonergan, Manchester À Beira-Mar

Melhor Ator

  • Casey Affleck, Manchester À Beira-Mar
  • Andrew Garfield, Até o Último Homem
  • Viggo Mortensen, Capitão Fantástico
  • Denzel Washington, Um Limite Entre Nós
  • Ryan Gosling, La La Land – Cantando Estações

Melhor Atriz

  • Emma Stone, La La Land – Cantando Estações
  • Isabelle Huppert, Elle
  • Ruth Negga, Loving
  • Natalie Portman, Jackie
  • Meryl Streep, Florence – Quem é Essa Mulher?

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Viola Davis, Um Limite Entre Nós
  • Naomie Harris, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Nicole Kidman, Lion – Uma Jornada Para Casa
  • Octavia Spencer, Estrelas Além do Tempo
  • Michelle Williams, Manchester À Beira-Mar

Melhor Ator Coadjuvante

  • Mahershala Ali, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Jeff Bridges, A Qualquer Custo
  • Lucas Hedges, Manchester à Beira-Mar
  • Michael Shannon, Animais Noturnos
  • Dev Patel, Lion – Uma Jornada Para Casa

Melhor Roteiro Original

  • Kenneth Lonergan, Manchester À Beira-Mar
  • Taylor Sheridan, A Qualquer Custo
  • Damien Chazelle, La La Land – Cantando Estações
  • Yorgos Lanthimos e Efthimis Filippou, The Lobster
  • Mike Mills, 20th Century Women

Melhor Roteiro Adaptado

  • Barry Jenkins, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Eric Heisserer, A Chegada
  • August Wilson, Um Limite Entre Nós
  • Luke Davies, Lion – Uma Jornada Para Casa
  • Allison Schroeder e Theodore Melfi, Estrelas Além do Tempo

Melhor Música Original

  • “City of Stars”, La La Land – Cantando Estações, música de Justin Hurwitz e letra de Benj Pasek e Justin Paul
  • “Audition (The Fools Who Dream)”, La La Land – Cantando Estações, música de Justin Hurwitz e letra de Benj Pasek e Justin Paul
  • “Can’t Stop the Feeling”, Trolls, música e letra de Justin Timberlake, Max Martin e Karl Johan Schuster
  • “The Empty Chair”, Jim: The James Foley Story, música e letra de J. Ralph e Sting
  • “How Far I’ll Go”, Moana, música e letra Lin-Manuel Miranda

Melhor Trilha Sonora

  • Justin Hurwitz, La La Land – Cantando Estações
  • Micha Levi, Jackie
  • Dustin O’Halloran e Hauschka, Lion – Uma Jornada Para Casa
  • Nicholas Britell, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Thomas Newman, Passageiros

Melhor Fotografia

  • Linus Sandgren, La La Land – Cantando Estações
  • Bradford Young, A Chegada
  • James Laxton, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Rodrigo Prieto, Silence
  • Greig Fraser, Lion – Uma Jornada Para Casa

Melhor Filme Estrangeiro

  • The Salesman (Irã)
  • Land of Mine (Dinamarca)
  • A Man Called Ove (Suécia)
  • Tanna (Austrália)
  • Toni (Alemanha)

Melhor Documentário de Longa-Metragem

  • OJ: Made in America
  • Fire at Sea
  • I Am Not Your Negro
  • Vida, Animada
  • A 13ª Emenda

Melhor Documentário de Curta-Metragem

  • Os Capacetes Brancos
  • Extremis
  • 41 Miles
  • Joe’s Violin
  • Watani: My Homeland

Melhor Curta de Animação

  • Piper
  • Blind Vaysha
  • Borrowed time
  • Pear Cider and Cigarettes
  • Pearl

Melhor Longa de Animação

  • Zootopia
  • Kubo e a Espada Mágica
  • Moana – Um Mar de Aventuras
  • Minha Vida de Abobrinha
  • A Tartaruga Vermelha

Melhor Curta-Metragem

  • Sing
  • Ennemis Intérieurs
  • La femme et le TGV
  • Silent night
  • Timecode

Melhor Figurino

  • Colleen Atwood, Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Joanna Johnston, Aliados
  • Mary Zophres, La La Land – Cantando Estações
  • Madeline Fontaine, Jackie
  • Consolata Boyle, Florence: Quem é Essa Mulher?

Melhor Edição de Som

  • Sylvain Bellemare, A Chegada
  • Renée Tondelli, Horizonte Profundo
  • Robert Mackenzie e Andy Wright, Até o Último Homem
  • Ai-Ling Lee and Mildred Iatrou Morgan, La La Land – Cantando Estações
  • Alan Robert Murray e Bub Asman, Sully: O Herói do Rio Hudson

Melhor Mixagem

  • Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mackenzie e Peter Grace , Até o Último Homem
  • Bernard Gariépy Strobl e Claude La Haye, A Chegada
  • Andy Nelson, Ai-Ling Lee and Steve A. Morrow, La La Land – Cantando Estações
  • David Parker, Christopher Scarabosio e Stuart Wilson, Rogue One: Uma História Star Wars

Melhor Cabelo e Maquiagem

  • Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson , Esquadrão Suicida
  • Joel Harlow e Richard Alonzo, Star Trek: Sem Fronteiras
  • Eva Bahr e Love Larson, A Man Called Ove

Melhor Edição

  • John Gilbert, Até o Último Homem
  • Joe Walker, A Chegada
  • Jake Roberts, A Qualquer Custo
  • Tom Cross, La La Land – Cantando Estações
  • Nate Sanders e Joi McMillan, Moonlight – Sob a Luz do Luar

Melhor Design de Produção

  • La La Land – Cantando Estações
  • A Chegada
  • Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Ave César!
  • Passageiros

Melhores Efeitos Visuais

  • Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones and Dan Lemmon , Mogli: O Menino Lobo
  • Craig Hammack, Jason Snell, Jason Billington e Burt Dalton, Horizonte Profundo
  • Stephane Ceretti, Richard Bluff, Vincent Cirelli e Paul Corbould, Doutor Estranho
  • Steve Emerson, Oliver Jones, Brian McLean e Brad Schiff, Kubo e a Espada Mágica
  • John Knoll, Mohen Leo, Hal Hickel e Neil Corbould, Rogue One: Uma História Star Wars
Atualizações, Filmes

Oscar 2017: as gafes da premiação

A 89ª cerimônia do Oscar foi histórica. Além de algumas surpresas nos vencedores e uma premiação bem dividida que você pode conferir aqui, duas grandes gafes aconteceram.

And the Oscar goes to… La La Light

O maior prêmio da noite – Melhor Filme – foi anunciado pelos atores Faye Dunaway e Warren Beatty. Warren retira o cartão do envelope e hesita em anunciar o vencedor. Olha para os lados, para o público, parece confuso.

Então, Faye que pensava que o ator estava brincando, faz uma piada e anuncia o grande vencedor da noite: La La Land: Cantando Estações.

Depois que a equipe sobe ao palco e começa a discursar o erro é apontado. Na verdade, o vencedor na categoria de melhor filme é… Moonlight: Sob a Luz do Luar.

A confusão aconteceu na entrega dos envelopes. Warren Beatty explicou à plateia que no cartão de anúncio estava escrito: “Emma Stone – La La Land”. Porém, mais tarde Stone, que levou o Oscar de Melhor Atriz, declarou em entrevista que o envelope com o anúncio de seu nome na categoria tinha ficado com ela o tempo todo.

Então, o que aconteceu?

A votação e contagem dos votos é feita por uma empresa, a PricewaterhouseCoopers (PwC). Dois funcionários ficam no palco, cada um com um envelope, e são os únicos a saber os vencedores antes do público.

Portanto, há mesmo dois envelopes com o mesmo anúncio. Um é entregue ao apresentador o outro fica com o funcionário para conferência. A questão agora é como o envelope errado foi parar na mão de Warren Beatty.

Em seu twitter, a PwC assumiu a culpa e pediu sinceras desculpas:

Pedimos sinceras desculpas a Moonlight, La La Land, Warren Beatty, Faye Dunaway e ao público do Oscar pelo erro durante o anúncio de Melhor Filme. Os apresentadores receberam por engano o envelope da categoria errada o que, assim que descoberto, foi imediatamente corrigido. Estamos investigando como isso pode ter acontecido e sentimos muito pelo ocorrido.

In Memoriam… but still alive

Mais uma gafe no Oscar deste ano

Outra grande gafe da cerimônia aconteceu durante a sessão “In Memoriam”. Momento que todo ano anuncia os artistas da indústria cinematográfica que faleceram recentemente.

Na foto acima, pode-se ler o nome de Janet Patterson – figurinista. De fato, a figurinista Patterson faleceu em outubro de 2016, porém a foto que foi mostrada era de Jan Chapman, produtora australiana que ainda está… viva.

As duas já trabalharam juntas em O Piano (1993) e Brilho de uma paixão  (2009), filmes pelo qual Patterson foi indicada ao Oscar. A figurinista foi indicada outras duas vezes por Retratos de uma mulher (1996) e Oscar e Lucinda (1997).

A produtora Jan Chapman declarou à imprensa:

Estou viva, bem e continuo ativa. Eu fiquei devastada com o uso da minha foto no lugar da minha grande amiga e colaboradora de longa data Janet Patterson. Pedi para a agência dela checar qualquer fotografia que pudesse ser usada e soube que a Academia disse a eles que estava tudo certo. Janet foi uma grande beleza, quatro vezes indicada ao Oscar, e é decepcionante que esse erro não tenha sido notado.

Chapman é uma produtora conhecida na Austrália e trabalhou, além dos já citados, em filmes como O último dia em que ficamos juntos (1992), A floresta de Lantana (2001) e Babadook (2014).

Moonlight
Moonlight
Críticas de Cinema

Crítica de Cinema: “Moonlight: Sob a Luz da Lua”

Moonlight: Sob a Luz da Lua é considerado um dos favoritos ao Oscar de melhor filme, ao lado de La La Land, além de concorrer em várias outras categorias. O roteiro e a direção são de Barry Jenkins, que fez um trabalho incrível a partir da peça In Moonlight Black Boys Look Blue, de Tarell Alvin McCraney.

O filme é dividido em três partes, cada uma referente a uma fase da vida de Chiron, um menino negro, de aproximadamente 9 anos de idade, que vive com a mãe na periferia de Miami. O garoto nos é apresentado durante uma fuga: sob os gritos de “pega esse viadinho”, ele corre apavorado, conseguindo se esconder em uma casa abandonada. É nessa casa que Little (como é conhecido na época) conhece Juan, um traficante local que o ajuda e, a partir dali, se torna parte de sua vida. Ao lado de Juan, Chiron vive belas cenas. Nem sempre felizes, mas muito significativas para a criança.

Já na segunda parte do filme nos deparamos com um Chiron adolescente, ainda mais retraído e magrelo. Encontramos novamente os garotos que costumavam persegui-lo e vemos agora a violência em relação à ele ainda mais radicalizada: o garoto é perseguido por conta das roupa que usa, por conta da mãe que tem e pelo fato de não transparecer os traços de virilidade típicos do adolescente heterossexual naquele contexto. Afinal, Chiron cresce ao lado de crianças que, como ele, se encontram em situação de abandono, descaso e violência e que se veem obrigadas a reproduzir estereótipos que garantam sua sobrevivência e inserção naquele ambiente. Acontece que nem todos reagem da mesma forma ou se sentem da mesma forma diante da mesma realidade material. Por não reproduzir esse estereótipo é que Chiron encontra ainda mais dificuldades para estabelecer vínculos ou encontrar um lugar onde se sinta acolhido.

O adolescente assiste à degradação da própria mãe, cada vez mais doente e incontrolável. Vive também sua primeira experiência sexual, em uma cena muito sensível e bem feita. E é também nessa fase que o jovem sofre um ataque violentíssimo, do qual sai bastante machucado. A soma de todas essas experiências fazem com que Chiron “finalmente” perca a cabeça. Aqui nos despedimos do adolescente enfurecido para encontrarmos Black.

A terceira e última parte do filme traz as consequência de uma infância e adolescência complicadas, construídas com base no medo, na dúvida e na violência. Chiron não parece o mesmo: é um homem forte, sério, com um belo carro e aparentemente temido e respeitado pelos que o cercam. Muito parecido com Juan, na verdade. Agora atendendo por Black – apelido que traz da adolescência, dando a entender que nem tudo fora deixado para trás -, vemos o jovem ser confrontado pelo passado, e vemos a quantas andam suas antigas relações.

Em Moonlight, palavras são poupadas. O diretor nos dá a oportunidade de preencher as lacunas sozinhos e ao respeitar o silêncio, estimula o público a abandonar a postura contemplativa comum diante da tela. O silêncio de Chiron é violento, e não vazio. Me arrisco a dizer ainda que caso essa violência fosse expressa de forma mais direta, por meio de diálogos, por exemplo, seria menor a qualidade artística e o impacto social do filme.

A história de Chiron, no fim das contas, é a história que todos os dias vemos nos jornais, seja no Brasil ou nos EUA. Dessa vez, no entanto, nos contaram a outra versão. Nesse sentido, o filme oferece a possibilidade de refletir quanto a muitos preconceitos, e ao optar por tratar de temas como a pobreza, a sexualidade, as drogas e o crime pela chave da subjetividade, pode fazer com que os mesmo “cidadãos de bem” defensores de máximas como “bandido bom é bandido morto”, se peguem enxergando o mundo através dos olhos daquele que costuma ser visto como inimigo.

Indicado ao Oscar de:

– Melhor Filme
– Melhor Direção
– Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali)
– Melhor Atriz Coadjuvante (Naomie Harris)
– Melhor Roteiro Adaptado
– Melhor Trilha Sonora
– Melhor Fotografia
– Melhor Montagem