Os musicais sempre estiveram presentes no cinema e, recentemente, com La la land, voltaram a reinar nas telas e nos prêmios. Ao longo do tempo, eles evoluíram muito, desde o Mágico de Oz de 1939, estreiando o Technocolor, passando por Funny Girl estrelado por Barbra Streisand, recordista de vendas de trilha sonora, até La la land, visto como o renascimento dos musicais e queridinho da crítica, com 14 indicações ao Oscar.
O teatro — drama de palco — é geralmente visto como pai incontestável dos musicais de cinema. Desde a Grécia Antiga, artistas faziam colaborações entre teatro e música. O caráter performático de ambas exigia tanto um nível de interpretação dramática por parte do músico/cantor, quanto melodia por parte do ator. O próprio termo “orquestra” significava o espaço entre a cena e o público, nos anfiteatros gregos.
No final do século XVI, surgiu em Florença o tipo de encenação e canto que deu origem à ópera, o grande gênero musical da cultura europeia. A narrativa da ópera, composta de diversos elementos musicais como abertura, ária, coro, apoteose e final, dita os primeiros parâmetros do que será a linguagem do musical-espetáculo.
Em oposição à chamada Grande Ópera (ou opera seria), majoritariamente italiana, vão surgindo inúmeros e crescentes movimentos que buscam maior simplicidade, comicidade e adequação à realidade popular, em vários países europeus. Talvez não casualmente, essas “popularizações” do gênero operístico acompanham o desenvolvimento da revolução industrial no local respectivo. Tanto que uma das maiores obras do que viria a ser chamado de burlesco (burlesque), ópera-bufa ou, finalmente, operetta, nasce em 1728 na Inglaterra: a “Ópera dos Mendigos”, de John Gay. A obra, que se pretendia uma paródia às óperas de Haendel, foi um sucesso estrondoso e acabou por forçar o compositor alemão a fechar seu teatro. Mais que isso, impulsionou o movimento de sátira ou reação ao elitismo. Daí em diante, a opereta tornou-se um gênero extremamente popular em Londres (onde fica famoso pelo West End) e é exportado pelos imigrantes para Nova Iorque (onde, desde o início, ocupa a Avenida Broadway).
Mesmo inicialmente sem som, o cinema se preocupou em registrar espetáculos teatrais, inclusive de dança, como é o caso do pioneiro “O Dançarino Mexicano”, de 1898. Trata-se, desde o início, de um projeto de reproduzir e distribuir outras formas de arte, direcionando-as para as massas — com um inegável propósito comercial, é claro. Após os primeiros trinta anos do cinema, apareceu, em 1927, o primeiro filme com trilha sonora gravada e sincronizada: “O Cantor de Jazz”, não por acaso um musical, conta a história de um pretendente a cantor que sofre preconceito dos jazzistas tradicionais por ser branco.
O ano de 1927 é duplamente marcante para o musical-espetáculo. Na técnica, surge a possibilidade de realizar filmes sonoros. Na linguagem, o espetáculo “Show Boat’” revoluciona a narrativa do gênero musical, amarrando intrinsecamente as letras à trama e inovando nas temáticas abordadas (conflito racial, alcoolismo, vício em jogo, e tudo sem final-feliz).
A chamada “Era de Ouro dos Musicais” iniciou-se logo após a II Guerra Mundial e vai até os primeiros anos da década de 1960. São dessa época as produções mais monumentais e bem-sucedidas no aspecto financeiro (e memorável), como “Cantando na Chuva (Singing in the rain)”, “Oklahoma!”, “South Pacific”, “O Rei e Eu” (The King and I), “Cinderela em Paris” (Funny Face), “Gigi” (Gigi), “Amor, Sublime Amor” (West Side Story), “A Noviça Rebelde” e a notória dupla concorrente de 1965: “Mary Poppins” e “ My Fair Lady”.
Na virada para os anos 70, os musicais deixaram de despertar interesse do grande público e caíram em popularidade, principalmente por causa da Nova Hollywood, que buscava quebrar com a Era de Ouro ao fazer filmes mais sofisticados, inspirados no cinema europeu e que dialogassem com a sociedade da época, além de oferecerem uma visão mais crítica da sociedade, no geral. Nesse contexto, o musical ficou associado aos espetáculos e extravagâncias da Velha Hollywood e caiu em popularidade.
Mesmo assim, Hollywood conseguiu produzir alguns musicais que se encaixassem com a proposta da Nova Hollywood e obtiveram êxito como Cabaret (1972), vencedor de oito Óscars, que retrata, na Alemanha Nazista, uma cantora e dançarina estadunidense que se envolve ao mesmo tempo com um professor inglês e um nobre alemão. All That Jazz (1979), vencedor de quatro Óscars, que é um relato semi-autobiográfico da vida de Bob Fosse que venceu o Óscar, Tony, Grammy e Emmy. Os musicais da mundialmente famosa Barbra Streisand conseguiram um êxito modesto de público como a canção tema do filme The Way We Were (1973), ficando no topo das paradas musicais.
Ainda nessa década de 70, houve musicais que, na época, foram um fracasso de crítica, mas caíram no gosto do público, como The Rocky Horror Picture Show (1975) e Grease (1978). Os dois hoje são clássicos e Grease é a maior bilheteria de um musical na América do Norte. A década também viu o fracasso de grandes produções como The Wiz (1978), que, apesar de ter um elenco grandioso incluindo figuras como Michael Jackson e Diana Ross e a direção do veterano Sidney Lumet, além das indicações ao Óscar, foi um fracasso de bilheteria e crítica, embora, com o passar do tempo, tornou-se um filme cult entre a população negra dos EUA e entusiastas.
Na década de 80, o ritmo foi mais fraco, produções notáveis incluem Fama, que foi bem recebido pela crítica, mas um fracasso de público. Filmes que deixaram as canções apenas como pano de fundo, enquanto se focam na dança, foram populares nos anos 80, como Dirty Dancing (1987) e Flashdance (1983) e são, por vezes, considerados musicais, embora os personagens não cantem. Na década de 90, era muito raro um filme musical, como é hoje, porque criou-se o ditame que o público não gosta do gênero por causa das baixas bilheterias. No entanto, a Walt Disney Pictures obteve um êxito incrível de bilheterias com suas animações musicais nos anos 90, no período conhecido como Renascimento da Disney, que inclui A Pequena Sereia (1989), A Bela e a Fera (1991), Aladdin (1992) e O Rei Leão (1994), que, na época, foi a segunda maior bilheteria de todos os tempos, arrecadando mais de 700 milhões de dólares ao redor do mundo.
Para te ajudar a viajar no tempo através dos musicais, o Beco traz uma lista que, para os fãs do gênero, é o mais puro deleite:
Show Boat é uma produção cinematográfica dos EUA, produzido no ano de 1936, dirigida por James Whale e baseado no livro ‘Show Boat’, de Edna Ferber, publicado em agosto de 1926. O romance estreou como musical na Broadway, a cargo de Jerome Kern e Oscar Hammerstein II, com enorme sucesso. Esta é a segunda adaptação do livro para o cinema (houve uma parcialmente falada em 1929). Teve ainda uma outra adaptação cinematográfica famosa, em 1951, dirigida por George Sidney e estrelada por Howard Keel, Ava Gardner e Kathryn Grayson.
O conta a história de Magnólia Hawks, uma moça de dezoito anos, vinda de uma família de artistas que administra um barco de shows, o “Cotton Blossom”, cruzando o Rio Mississippi. Sua melhor amiga, Julie LaVerne (a atriz principal dos espetáculos, mulata, mas passando-se por branca) é forçada a abandonar o barco por conta de sua origem, levando com ela Steve Baker, seu marido branco com quem, pela lei da época, não está legalmente casada.
Magnólia, então, substitui Julie como principal artista da companhia. Ela conhece o simpático jogador profissional Gaylord Ravenal e casa-se com ele. Junto com sua filha recém-nascida, o casal muda-se para Chicago, onde vivem do produto das apostas de Gaylord. Após cerca de dez anos, ele atravessa um longo período de perdas no jogo e abandona Magnólia, acreditando estar causando a infelicidade da mulher com essas perdas. Magnólia então é forçada a criar sua filha sozinha. Julie também é abandonada pelo marido e torna-se irremediavelmente uma alcoólatra.
Julie, então, ajuda Magnólia a tornar-se um sucesso nos palcos de Chicago, depois do abandono de Ravenal. Na maior alteração do filme em relação à peça de teatro (e a todas as outras versões da história), o casal volta a reunir-se no teatro onde a filha, Kim, está estreando seu primeiro show na Broadway, ao invés de no barco, onde a história começou.
O ator shakespeariano Paul Robeson, que interpreta o personagem “Joe” e que canta o clássico Old Man River no filme era ativista negro e comunista e, por isso, perseguido pelo governo americano. O diretor Whale é mais lembrado por ter dirigido os filmes Frankenstein e A Noiva de Frankenstein, e foi retratado no filme Gods and Monsters (no Brasil, Deuses e Monstros) de 1998, com Sir Ian McKellen. Este filme ocupa a 24ª colocação na Lista dos 25 Maiores Musicais Americanos de todos os tempos, idealizada pelo American Film Institute (AFI) e divulgada em 2006.
The Wizard of Oz (no Brasil, O Mágico de Oz) é um filme americano de 1939, produzido pela Metro-Goldwyn-Mayer. É baseado no livro infantil homônimo de L. Frank Baum, no qual a garota Dorothy é capturada por um tornado no Kansas e levada a uma terra fantástica de bruxas, leões covardes, espantalhos falantes e muito mais. Estrelado por Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Jack Haley, Bert Lahr, Billie Burke e Margaret Hamilton.
Mesmo não sendo o primeiro filme produzido em Technicolor (como muitos acreditam), O Mágico de Oz faz um uso notável da técnica: as sequências no Kansas possuem um preto-e-branco com tons em marrom, enquanto que as cenas em Oz recebem as cores do Technicolor.
É considerado “culturalmente, historicamente, visualmente e esteticamente significante” pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e foi selecionado para ser preservado no National Film Registry em 1989. Over the Rainbow foi apontada pelo American Film Institute como melhor canção de filme da história na Lista das melhores canções de filmes estadunidenses. Vencedor de dois Oscars em 1940 como Melhor banda sonora e Melhor canção original.
Singin’ in the Rain (no Brasil, Cantando na Chuva) é um filme estadunidense do gênero comédia musical, dirigido e coreografado por Gene Kelly e Stanley Donen e estrelado por Kelly, Donald O’Connor e Debbie Reynolds. O filme se passa nos anos 20, em Hollywood, na transição do cinema mudo para o cinema falado. Ocupa a primeira colocação na Lista dos 25 Maiores Musicais Americanos de todos os tempos, idealizada pelo American Film Institute (AFI) e divulgada em 2006.
O filme foi um sucesso modesto quando lançado pela primeira vez, com vitória de O’Connor como Melhor Ator no Globo de Ouro. No entanto, foi-lhe conferido o status legendário por críticos contemporâneos. Agora, é frequentemente descrito como um dos melhores musicais de todos os tempos, superando a Lista de musicais do AFI de 100 anos, e ocupando a quinta posição em sua lista atualizada dos maiores filmes americanos em 2007.
Quase todas as músicas de Cantando na Chuva não foram escritas para o filme (com exceção de “Moses Supposes”), sendo selecionadas de outros filmes, e o roteiro foi montado a partir dessas músicas (outro filme que utilizou essa prática foi Moulin Rouge! de 2001, também um musical).
My Fair Lady (Minha Bela Dama, no Brasil) é um filme estadunidense de 1964 do gênero comédia musical, dirigido por George Cukor e baseado na peça teatral Pigmalião, de George Bernard Shaw.
Conta a história de Eliza Doolittle, uma mendiga que vende flores pelas ruas escuras de Londres em busca de uns trocados. Em uma dessas rotineiras noites, Eliza conhece um culto professor de fonética, Henry Higgins, e sua incrível capacidade de descobrir muito sobre as pessoas apenas através de seus sotaques. Quando ouve o horrível sotaque de Eliza, aposta com o amigo Hugh Pickering, que é capaz de transformar uma simples vendedora de flores numa dama da alta sociedade num espaço de seis meses.
Vencedor de oito Oscars nas categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Rex Harrison), Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia – Colorida, Melhor Figurino – Colorido, Melhor Trilha Sonora e Melhor Som. Vencedor nas categorias do Globo de Ouro de Melhor Filme – Comédia ou Musical, Melhor Ator – Comédia ou Musical (Rex Harrison) e Melhor Diretor. Vencedor de um BAFTA de Melhor Filme e Vencedor nas categorias de Melhor Filme e Melhor Ator (Rex Harrison) no NYFCC Awards.
The Sound of Music (A Noviça Rebelde, no Brasil) é um filme norte-americano de drama musical dirigido e produzido por Robert Wise. Baseado no livro de memórias The Story of the Trapp Family Singers, escrito por Maria von Trapp, o trabalho é uma adaptação do musical homônimo lançado em 1959, sendo roteirizado por Ernest Lahman, que adaptou o roteiro a partir do libreto do musical, escrito por Howard Lindsay e Russel Crouse. As canções são de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, sendo que Irwin Kostal encarregou-se das passagens instrumentais.
Protagonizado por Julie Andrews e Christopher Plummer — que interpretam respectivamente Maria e Capitão von Trapp —, o filme narra as aventuras de uma jovem mulher austríaca que estuda para se tornar uma freira em Salzburgo no ano de 1938 e acaba sendo enviada para a casa de campo de um oficial da marinha viúvo e aposentado para ser a governanta de seus sete filhos. Depois de trazer música e amor para as vidas das crianças através da bondade e paciência, ela se casa com o Capitão e, juntamente com as crianças, descobre uma maneira de sobreviver à perda de sua terra natal através da coragem e da fé.
Lançado em 2 de março de 1965 nos Estados Unidos, The Sound of Music foi inicialmente recebido de forma mista por críticos de cinema, porém, conseguiu ser universalmente aclamado. Como resultado, obteve diversos prêmios, como cinco Oscars em 1966, incluindo o de Melhor filme. Em termos comerciais, obteve um resultado bastante positivo, substituindo E o vento levou como o filme com maior bilheteria na época de seu lançamento, arrecadando mais de US$ 286 milhões em âmbito global e tornando-se um dos filmes mais populares de todos os tempos, sendo selecionado em 1998 pela American Film Institute (AFI) como o 55º melhor filme norte-americano de todos os tempos e o quinto melhor filme musical da história, além de ter sido preservado na National Film Registry pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, em 2001, por ser “culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo”.
Sua trilha sonora correspondente produzida por Neely Plumb e relançada diversas vezes converteu-se no álbum mais vendido no Reino Unido nos anos de 1965, 1966 e 1968, e no segundo mais vendido no país durante a década de 1960, e popularizou músicas como a faixa-título, “My Favorite Things”, “Climb Ev’ry Mountain” e “Do-Re-Mi”.
Funny Girl (Funny Girl – Uma garota genial, no Brasil) é um filme norte-americano de 1968 do gênero drama biográfico musical, dirigido por William Wyler. Relata a vida da comediante Fanny Brice, desde o início no Lower East Side de Nova Iorque, até chegar ao sucesso com o espetáculo Ziegfeld Follies, e também sobre o seu casamento com o primeiro marido, Nick Arnstein. A obra imortalizou Barbra Streisand no papel principal.
Venceu um Oscar e um Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Barbra Streisand). A trilha sonora traz as canções do álbum que viraram clássicas: “People” (regravada por uma enormidade de artistas), e “Don’t Rain On My Parade” e “My Man” (cantada em um dos programas da série Glee). O álbum ganhou um disco de ouro em dezembro de 1968 e um disco de platina em novembro de 1986, nos Estados Unidos, e um disco de Ouro, no Canadá, por 50 mil cópias vendidas.
Grease (no Brasil, Nos Tempos da Brilhantina) é um filme estadunidense de 1978, dirigido por Randal Kleiser e com a participação de John Travolta e Olivia Newton-John. O orçamento de Grease foi de 6 milhões de dólares, com arrecadação mundial de 394 milhões de dólares, sendo, até hoje, o filme musical de maior arrecadação de bilheteria nos Estados Unidos.
É um musical inspirado em um musical homônimo com participação do próprio John Travolta em 1971, passado na Califórnia no final da década de 50 e começo da década de 60. O filme conta a historia de um casal de estudantes, Danny (John Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John), que trocam juras de amor no verão, mas se separam, pois ela voltará para a Austrália. Entretanto, os planos mudam e Sandy, por acaso, se matricula na escola de Danny. Para se exibir para os amigos, ele infantilmente a esnoba, mas os dois continuam apaixonados, apesar do relacionamento ter ficado em crise. Esta trama serve como plano de fundo para retratar o comportamento dos jovens da época.
Chicago é um filme musical cômico norte-americano dirigido e coreografado por Rob Marshall e com roteiro de Bill Condon. Foi lançado originalmente em 27 de dezembro de 2002 pela Miramax Films e teve um orçamento de 40 milhões de dólares.
O filme explora o tema do status de celebridade instantânea na cidade de Chicago da década de 1920. Chicago venceu seis prêmios Oscar em 2003, incluindo o de melhor filme do ano. Foi o primeiro musical a receber este prêmio desde Oliver!, de 1968. O musical ocupa a 12.ª colocação na lista dos 25 maiores musicais do cinema americano, idealizada pelo American Film Institute (AFI) e divulgada em 2006.
Ganhou os Oscars de Melhor filme, Melhor atriz co-adjuvante (Catherine Zeta-Jones), Melhor edição, Melhor figurino, Melhor direção de arte e Melhor mixagem de som, além dos Globos de ouro de Melhor filmes, Melhor ator (Richard Gere) e Melhor atriz (Renée Zellweger).
Chicago foi muito bem recebido pela crítica especializada. De acordo com o site Rotten Tomatoes, de cada 10 críticas que o filme recebeu, 8,7 foram favoráveis. De acordo com as críticas do que o site define como os melhores comentaristas de cinema, 9,2 em cada 10 foram favoráveis. Já de acordo com o Metacritic, de cada 10 críticas, 8,2 eram favoráveis.
O filme foi aclamado por vários críticos de jornais famosos. De acordo com Desson Thomson, do Washington Post, é “o musical mais emocionante, inteligente e excitante desde Cabaret“. De acordo com Jonathan Foreman do New York Post, o filme é melhor do que o musical que o deu origem. Para Wesley Morris do Boston Globe, é apenas um pouco mais simpático e gentil do que o musical.
Além de ter sido bem recebido pela crítica, Chicago também foi muito bem recebido pelo público. O filme, que custou 45 milhões de dólares para ser produzido, arrecadou mais de trezentos milhões nas bilheterias de todo o mundo. Isso significa que seu lucro foi cerca de quatro vezes maior do que seu custo. De acordo com o website Box Office Mojo, Chicago é o segundo musical com a maior bilheteria de todos os tempos, perdendo apenas para Grease de 1978.
Mamma Mia! é um filme musical de 2008, adaptação ao cinema da peça musical homônima, dirigido por Phyllida Lloyd e escrito por Benny Andersson e Björn Ulvaeus. A peça foi criada uma década antes por Catherine Johnson. Tanto o filme como o musical foram baseados nas canções do grupo pop sueco ABBA.
O filme, cujo título deriva da famosa canção de 1975 “Mamma Mia”, foi produzido pelo Universal Studios em conjunto com a empresa de Tom Hanks, Playtone, e a Littlestar. Foi lançado em 3 de Julho na Grécia e em 18 de Julho nos Estados Unidos.
Meryl Streep, no papel de Donna Sheridan, é a protagonista do musical. Pierce Brosnan, Colin Firth e Stellan Skarsgård desempenham o papel de três homens que procuram saber qual deles é o pai da filha de Donna, Sophie, papel interpretado por Amanda Seyfried. O filme foi rodado na ilha grega de Escíatos, nas Espórades.
La La Land (La La Land – Cantando Estações, no Brasil) é um filme estadunidense de 2016 dirigido e escrito por Damien Chazelle. Estrelado por Ryan Gosling, Emma Stone, John Legend e Rosemarie DeWitt, segue a história de um músico e uma aspirante a atriz que se conhecem e se apaixonam em Los Angeles. O título é uma referência à cidade na qual o filme é ambientado e ao termo lalaland, que significa estar fora da realidade.
Chazelle idealizou o roteiro em 2010, mas não conseguiu reproduzi-lo tão rápido devido à falta de estúdios dispostos a financiá-lo ou aceitá-lo como estava escrito. No entanto, após o sucesso de seu filme Whiplash (2014), o projeto foi apoiado pela Summit Entertainment. La La Land teve sua primeira aparição no Festival de Cinema de Veneza em 31 de agosto de 2016 e lançado de forma limitada em seu país de origem em 9 de dezembro. Desde então, arrecadou mais de 226 milhões de dólares em todo o mundo.
La La Land recebeu inúmeras críticas positivas e foi considerado um dos melhores filmes de 2016. Os críticos elogiaram o roteiro e a direção de Chazelle, as performances de Gosling e Stone, a trilha sonora de Justin Hurwitz e os números musicais. Na edição do Globo de Ouro de 2017, a obra estabeleceu um recorde de mais prêmios conquistados, com sete vitórias: melhor filme de comédia ou musical, melhor diretor, melhor ator, melhor atriz, melhor roteiro, melhor trilha sonora e melhor canção por “City of Stars”.