Confirmando o favoritismo apontado pelas bolsas de apostas na Europa, Duncan Laurence, representante da Holanda no Eurovision 2019, venceu a competição com sua balada eletrônica “Arcade”. A voz aveludada do cantor, acompanhada por um piano e sem grande produção foi suficiente para arrancar suspiros dos jurados e do público, na competição que foi acompanhada por mais de 200 milhões de pessoas pelo mundo.
A final do evento musical mais assistido do mundo aconteceu em Tel Aviv, Israel, país convidado para participar do Eurovision, assim como a Austrália, que apesar de não estar no continente europeu, participa anualmente da competição. Apesar de pregar a união entre povos e diversidade de culturas, a celebração causou polêmica por seu país sede nesta edição, uma vez que Israel é acusado de violação dos direitos dos palestinos; a Rússia, por conta da perseguição a homossexuais, costuma ser vaiada durante a apresentação dos seus votos.
Apesar disso, o brilho das apresentações não foi afetado. Além do vencedor Duncan Laurence, o suíço Luca Hänni foi elogiado por sua sexy apresentação com a música “She Got Me”; representante do Azerbaijão, Chingiz Mustafayev apresentou excelentes vocais com a música “Truth”; o trio norueguês KEiiNO e sua agitada “Spirit In The Sky” colocou o público para pular; por fim, a representante de Cyprus, Tamta, se mostrou uma excelente diva pop ao performar sua música “Replay”.
Todas as outras apresentações podem ser assistidas no canal oficial do Eurovision, que também conta com a final completa e sem cortes para aqueles que quiserem acompanhar todas as emoções.
Madonna e protesto político
Convidada de honra, Madonna se apresentou com duas músicas durante o evento. Em comemoração aos 30 anos de um de seus mais impactantes álbuns, Like a Prayer, a rainha do pop abriu sua participação com a música tema do disco, seguida pela música “Future”, faixa de seu futuro lançamento, Madame X. A controvérsia ocorreu enquanto dois dançarinos, exibindo as bandeiras israelense e palestinas se uniam. Apesar do ato poder ter sido interpretado como um gesto de fraternidade, a organização do Eurovision emitiu uma nota oficial para a imprensa, onde reforçou que o palco do evento não deve ser usado para cunhos políticos e que tal ato de Madonna não estava presente nos ensaios, tendo sido adicionado de última hora, enquanto a apresentação ocorria ao vivo.