Tags

Inspiração

Escritor depois dos 50: os desafios e a importância de tomar uma decisão
Histórias, Livros, Novidades

Escritor depois dos 50: os desafios e a importância de tomar uma decisão

Tornar-se um escritor é um processo que une talento, disciplina, determinação e, claro, a tomada de uma decisão. Além da facilidade que algumas pessoas apresentam desde tenra idade com a palavra escrita, escrever é uma descoberta que pode surgir em qualquer momento da vida, inclusive depois dos 50.

É o caso do escritor, palestrante, especialista em negócios e tomada de decisão Uranio Bonoldi, que atua dando suporte a empresas que desejam crescer de forma estruturada e que, hoje, também é um escritor de best-seller.

+ Decisão fácil e difícil: Como escolher qual caminho seguir?

Foi a partir da sua longa experiência executiva em cargos de alta gestão que ele observou a dificuldade das pessoas em tomar decisões, não só nos negócios, mas também na vida pessoal. Tal constatação o levou a integrar sua experiência profissional, suas reflexões pessoais e seus estudos, gerando a ideia para o seu primeiro livro.

“Escolhi trilhar pelo caminho de escrever para o público mais jovem, que representa o futuro do país e é onde estarão os futuros gestores de empresas e de projetos, seja em qual for o campo. E como despertar o interesse dos jovens sobre o tema? Decidi escrever uma história — uma ficção do gênero thriller, que o público jovem adora. Assim nasceu a série A Contrapartida!”, diz.

O livro, que é considerado um dos principais thrillers nacionais dos últimos anos, desde seu lançamento, alcançou o ranking dos mais vendidos na Amazon. A Contrapartida conta a história do menino Tavinho, um jovem que para não frustrar a mãe e honrar a memória do pai, vítima da violência da cidade de São Paulo, opta por cortar caminhos durante sua adolescência. Com a ajuda de sua governanta, Iaúna, nascida em uma tribo indígena já extinta, ele aceita tomar o elixir da sabedoria. No entanto, a decisão para se tornar mais astuto tem um alto preço: o assassinato de pessoas em série.

Uranio conta que a decisão de escrever um livro foi fácil, porém ele precisou superar todas as outras decisões que vieram a partir dela, sem recuar e mantendo a disciplina na implantação daquilo que precisa ser feito. “É claro que tive diversos desafios pelo caminho, principalmente com diversas jornadas duplas de trabalho. Precisei decidir e conhecer o mundo literário, – traçando estratégias, busquei experts, mentores e fui superando cada obstáculo sem desistir. Sete editoras me disseram ‘não’. Depois que encontrei o meu ‘sim’, passei por outras decisões que foram tomadas: capa, prefácio, subtítulo, contracapa, revisões, – foram muitas, e todo o processo que envolve a publicação de um livro”, conta Bonoldi.

A jornada literária não parou por aí: após dois anos desde o lançamento do seu primeiro livro, Uranio acaba de lançar A Contrapartida II – O contra-ataque, onde o leitor seguirá envolvido por um clima de suspense e mistério, mas também vai conseguir preencher inúmeras lacunas propositalmente deixadas em aberto no primeiro livro.

Uranio completa dizendo que a grande decisão da sua vida, até este momento, foi trilhar a jornada como escritor literário. “Em poucas palavras, a ideia da escrita surgiu ao perceber, como especialista em Gestão, quanto tempo as empresas e pessoas perdem e se angustiam em não decidindo ou buscando escolhas em campos que não dizem respeito a seus valores, sua missão e sua visão e, no caso de pessoas, a sua essência”.

Inspirações da moda por trás dos figurinos de Duna
Estreias

Inspirações da moda por trás dos figurinos de Duna

Líder de bilheteria ao redor do mundo e nova adição exclusiva ao catálogo da HBO Max, DUNA é a adaptação do livro homônimo do americano Frank Herbert, considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica.

Na trama, que se passa dez mil anos no futuro, a humanidade se organiza em um império espacial e há uma disputa entre três famílias pelo controle do planeta Arrakis e da única fonte de melange – especiaria que movimenta a economia desse universo. A trama pode ser voltada para guerreiros e criaturas sobre-humanas, mas DUNA é uma superprodução de Hollywood e, como tal, digna de figurinos deslumbrantes.

+ Cinco locais no Brasil para se sentir em Duna

De modo a refletir as características dos habitantes de cada um dos planetas e evocar esse fascinante universo futurista, os figurinistas Bob Morgan e Jacqueline West, indicada a três Oscars®, se uniram para criar paletas de cores dedicadas e centenas de trajes customizados, produzidos por mais de 200 profissionais.

Entre os destaques do figurino estão os trajes destiladores, que na ficção transformam resíduos do suor em água filtrada e um gás capaz de ser ajustado para refrigerar o corpo em movimento. Para a produção, cada um dos 250 ‘trajestiladores’ levou mais de duas semanas para ser confeccionado sendo moldado especialmente para encaixe perfeito aos corpos de proporções distintas dos atores, como Rebecca Ferguson, Jason Momoa e Oscar Isaac.

Além dos complexos uniformes de ação, amantes da moda como forma de arte também poderão apreciar as inspirações históricas trazidas pela dupla a partir da mitologia greco-romana e da era medieval, bem como das obras do artista espanhol Goya e dos pintores italianos Giotto e Caravaggio. A moda clássica da marca de luxo Balenciaga também foi mencionada pelos criadores como sutil fonte de inspiração, já que Jacqueline West iniciou sua carreira como designer, antes de assumir o papel de figurinista. O resultado são figurinos sofisticados com estampas luxuosas, silhuetas bem definidas, ombros protuberantes, transparências e drapeados estratégicos.

A turnê de lançamento do filme também foi um fenômeno de estilo à parte, já que os protagonistas Zendaya e Timotheé Chalamet são reconhecidos por terem um charme inquestionável e olhar inovador para a moda. Em novembro, aos 25 anos, a atriz se tornou a mais jovem a ganhar o prêmio de ícone da moda do conselho americano de designers (CDFA), considerada uma das honras de maior prestígio do mercado. Um dos looks mais impactantes da atriz ganhadora do Emmy® no tapete vermelho foi um vestido Rick Owens branco de tirar o fôlego.

Colunas, Livros

04 dicas para quem busca inspiração para escrever

Conseguir inspiração para escrever é uma tarefa difícil para qualquer escritor. Pessoalmente acredito que escrever requer muito mais consciência do que faíscas de inspiração. O que chamo de inspiração neste texto, portanto, é apenas potencial material para a sua escrita. Sem mais delongas, vamos às dicas.

1. Tenha a mente aberta.

Faça uma autoanálise agora. Quais são os seus preconceitos no que tange às artes? Você detesta os livros clássicos? A audição de uma canção de um gênero que você desconsidera é capaz de lhe causar urticária? Assistir a um filme cult é uma tortura para você? Olhar um quadro de um artista abstrato é o maior exercício de tédio que você conhece?

Se você respondeu sim a alguma das perguntas acima, você tem a mente fechada para pelo menos uma forma de expressão de um veículo crucial, a arte. Se se recusa a ler os clássicos, por exemplo, você está jogando fora uma infinidade de temas que poderiam ser aproveitados nos seus textos, por mais diferentes dos clássicos que eles sejam. Se você se recusa a ver um filme pela primeira vez por qualquer preconceito você está literalmente jogando fora dezenas de cenas que poderiam inspirar boas descrições para os seus livros.

Sendo bastante direto: não limite o seu gosto. Experimente obras de arte fora da sua zona de conforto.

2.Tenha um método de leitura.

Não leia meramente por diversão o tempo todo. Não se prive de leituras divertidas, mas não negue a tarefa de analisar um livro minuciosamente sempre que puder. Leia devagar, leia em voz alta, pense em cada frase, guarde cada cena. Analise o estilo do autor. O que faz com que Machado de Assis e Clarice Lispector sejam tão diferentes? Você não precisa saber responder essa pergunta com a autoridade de um especialista em literatura, basta que você saiba, por exemplo, se um determinado parágrafo pertence a um ou outro autor quando o ler. Quando for capaz de fazer isso você terá se tornado um leitor sério.

3.Analise a si mesmo.

Reserve algum tempo do seu dia para pensar sobre você. Eu amo aquela pessoa ou sinto apenas uma atração efêmera? Quanto a minha convivência com outras pessoas afeta a minha personalidade? O que eu realmente quero para mim? Poucas pessoas pensam de fato em perguntas simples como essas. Elas podem parecer complicadas de início, mas, à medida que você exercita a sua capacidade de autoconsciência, elas se tornam tão simples quanto uma soma de números naturais. E, é claro, o quanto mais avançado você estiver nessa faculdade, mais fácil será observar a realidade como um todo.

4.Analise a sua realidade.

Sei que as suas questões íntimas parecem fúteis se comparadas às dos personagens que você ama; que os seus conhecidos, por sua vez, parecem banais demais para figurar num livro; e que o seu cotidiano parece tão entediante que você não acredita que alguém tenha paciência para lê-lo.

Todas essas impressões são falsas. A realidade é uma fonte de inspiração rica em qualquer lugar. Pode ser que algum russo nascido no século dezenove aspirante a escritor achasse sua vida anormalmente desinteressante. Não ouvimos falar desse sujeito, tanto que nem temos a sua existência como certa. Temos, porém, um nome bastante conhecido: Liev Tolstói, nascido na mesma época e no mesmo país que o nosso escritor imaginário, que nos presenteou com algumas das maiores pérolas da literatura universal. Portanto, esqueça a síndrome de vira-lata e ponha vida na sua obra.

Espero que tenha feito você pensar. Comece a exercitar a sua sensibilidade. Tenho certeza de que isso lhe trará frutos. Até o próximo post!