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Vem aí: Desfecho épico de Herdeiro Roubado, da Holly Black
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Vem aí: Desfecho épico de Herdeiro Roubado, da Holly Black

Com o aguardado retorno dos personagens da série O Povo do Ar, O Trono do Prisioneiro marca o fim da duologia de Holly Black, iniciada com O Herdeiro Roubado. A pré-venda, com tiragem limitada, acompanha pôster transparente, pôster A3 e marcador de páginas. 

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Resenha: O príncipe cruel, Holly Black

Oak está pagando por sua traição. Feito de prisioneiro no gélido Norte, sob o jugo de uma temível nova rainha, ele terá que confiar em seu charme e astúcia para sobreviver.  Mas o Grande Rei Cardan e a Grande Rainha Jude não medirão esforços para recuperar o herdeiro roubado de Elfhame, eliminando do caminho quem quer que seja.

Mas para Oak as coisas não são tão simples. Afinal, a garota quem o aprisionou também é a garota que ele ama e toda essa confusão é fruto de um mal-entendido. Só que em uma guerra é preciso tomar partido, e ele deve escolher entre reconquistar a confiança da garota dona do seu coração ou se manter fiel à Elfhame, impondo um fim ao reinado de Wren, mesmo que isso signifique a ruína da rainha.

Com traições à espreita em cada canto, a astúcia e a inteligência do príncipe Oak talvez não sejam suficientes para manter vivas todas as pessoas que ama. É apenas uma questão de saber quem ele está disposto a perder.

SAIBA MAIS SOBRE O PRIMEIRO LIVRO DA DUOLOGIA, O HERDEIRO ROUBADO:

Oito anos após os acontecimentos da trilogia O Povo do Ar, as intrigas e traições do universo de Elfhame estão de volta em O Herdeiro Roubado, primeiro livro da nova duologia de Holly Black.

Uma nova aventura se inicia em Elfhame! O príncipe Oak já não é mais apenas o irmãozinho de Jude. Agora ele é um jovem adulto em busca das próprias batalhas e paixões. Não por acaso, seu caminho se cruza novamente com o de Suren, a pequena rainha da Corte dos Dentes, que um dia já foi sua prometida.

Os dois parecem destinados a se encontrar em épocas conturbadas. Dessa vez, Lady Nore, da Corte dos Dentes, tomou posse da Cidadela da Agulha de Gelo, e usa uma antiga relíquia para criar monstros de graveto, neve e carne para realizar suas vontades e ajudá-la em sua vingança.

Suren, a filha de Lady Nore, é única pessoa com o poder necessário para comandá-la. No entanto, a menina fugiu para o mundo dos humanos, onde vive como uma selvagem na floresta, solitária e assombrada pelos traumas vivenciados na Corte dos Dentes.

Ela acredita que sua existência já foi esquecida, até que Bogdana, a bruxa da tempestade, surge em seu encalço. Por sorte, Suren (ou melhor, Wren) é salva por ninguém menos que o herdeiro de Elfhame, que aos dezessete anos se tornou um jovem extremamente belo, charmoso e… manipulador.

Oak está em uma missão que o levará até a Cidadela da Agulha de Gelo e precisará da ajuda de Suren, mas, caso a jovem aceite, sua primeira tarefa será proteger o próprio coração dos sentimentos que um dia já nutriu pelo príncipe.

TAMBÉM VEM AÍ EDIÇÃO DE LUXO DE O PRÍNCIPE CRUEL:

Chega em breve pela Galera a edição de luxo com capa dura do primeiro livro da série O Povo do Ar. Com cenas deletadas e conteúdo extra, o livro conta com tiragem limitada.

O Príncipe Cruel é o primeiro livro da envolvente série O Povo do Ar sobre uma garota mortal que se vê presa em uma teia de intrigas de fadas reais.

Na série, a autora best-seller Holly Black transporta os leitores para Reino das Fadas. Não aquelas dos contos clássicos, fadas que podem ser cruéis e mortais, especialmente se motivadas pelo poder. Uma aventura que mistura magia, intrigas palacianas e romance.

SOBRE A AUTORA

Holly Black é autora best-seller de mais de trinta livros de fantasia para crianças e adolescentes. No Brasil, seus livros O canto mais escuro da floresta e Zumbis x unicórnios foram lançados pela Galera Record. Ela atualmente vive na Nova Inglaterra com seu marido e filho numa casa com uma biblioteca secreta.

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As melhores frases da série "O Povo do Ar"
Kathleen Jennings
Frases, Livros

As melhores frases da série “O Povo do Ar”

Na série O povo do ar, a autora best-seller Holly Black transporta os leitores para Reino das Fadas. Não aquelas dos contos clássicos, fadas que podem ser cruéis e mortais, especialmente se motivadas pelo poder. Uma aventura que mistura magia, intrigas palacianas e romance.

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Jude tinha 7 anos quando seus pais foram assassinados e foi forçada a viver no Reino das Fadas. Dez anos depois, tudo o que ela quer é ser como eles – lindos e imortais – e realmente pertencer ao Reino das Fadas, apesar de sua mortalidade. Para ganhar um lugar na Alta Corte, ela deve desafiar o Príncipe Cardan, o filho mais bonito e mais cruel do Grande Rei… e enfrentar as consequências.

Depois, Jude achou que, depois de enganar Cardan para que ele jurasse obedecê-la por um ano e um dia, sua vida se tornaria mais fácil. Mas ter qualquer influência sobre o Grande Rei de Elfhame parece uma tarefa impossível, principalmente quando ele faz de tudo em seu poder para humilhá-la e prejudicá-la, mesmo que seu fascínio pela garota humana permaneça intacto.

Por fim, Jude carrega o outrora impensável título de Grande Rainha de Elfhame, mas as condições são longe de ser ideais. Exilada por Cardan no mundo mortal, Jude se encontra impotente e frustrada enquanto planeja reivindicar tudo que Cardan tomou dela.

As melhores frases de “O Príncipe Cruel” (Povo do Ar #01)

“– Eu não sou assassino – diz Cardan, me surpreendendo. Eu nunca achei que fosse me orgulhar de uma coisa dessas.”

“Ele é uma faísca e você é altamente inflamável.”

“A espécie humana finge ser tão resiliente. As vidas mortais são uma longa brincadeira de faz de conta. Se vocês não pudessem mentir para si mesmos, cortariam a própria garganta para acabar com sua infelicidade.”

“Nós somos filhos de tragédias.”

“Se eu não puder ser melhor que eles, então vou ser muito pior.”

“Mais do que tudo, eu te odeio porque penso em você. Com frequência. É nojento e eu não consigo parar.”

As melhores frases de “O Rei Perverso” (Povo do Ar #02)

“Nós conseguimos poder tomando-o.”

“O poder é bem mais fácil de adquirir do que de manter.”

“Dentre plebeus e nobres, casamentos feéricos são elaborados para que se saia deles; diferente do mortal ‘até que a morte nos separe’, eles contêm condições como ‘até que ambos renunciem um ao outro’ ou ‘a não ser que um mate o outro por raiva’ ou a inteligentemente elaborada ‘pela duração de uma vida’, sem especificar a de quem. Mas uma união de reis e/ou rainhas nunca pode ser desfeita.”

“Te odeio tanto que às vezes não consigo pensar em outra coisa.”

“Mate-o antes que ele faça você amá-lo.”

“Eu imagino o que teria acontecido se eu tivesse admitido que não consegui tirá-lo da cabeça.”

“Agora me beije como se eu fosse Cardan.”

“Doce Jude. Você é a minha melhor punição.”

As melhores frases de “A Rainha do Nada” (Final)

“Você não vai ser nada. Você não é nada.”

“– Você veio do nada e para o nada vai retornar – sussurra ele em meu pescoço.”

“Cumprimentos, Vossa Majestade, seu sapo traiçoeiro.”

“Jude, você não pode mesmo acreditar que não sei que é você. Soube assim que chegou aqui.”

“O que significa que Madoc não está apenas tentando usurpar o trono de Cardan. Está tentando usurpar o meu.”

“Talvez eu acredite que seja hora de Elfhame ser governada por uma rainha.”

“Se a Grande Rainha de Elfhame nos dá uma ordem, nós a cumprimos.”

“Aquele garoto é sua fraqueza.”

“– Ela é minha esposa – revela Cardan, a voz se espalhando pela multidão. – A Grande Rainha de Elfhame por direito. E, definitivamente, não exilada.”

“Talvez ele goste de me ouvir gritar.”

“Você já está condenada, Rainha de Elfhame. Você já o ama. Já o amava quando me perguntou sobre ele e não sobre sua mãe. E você ainda vai amá-lo, garota mortal, bem depois que os sentimentos do Grande Rei evaporarem como orvalho da manhã.”

“A vocês, ofereço vinho de mel e a hospitalidade de minha mesa. Mas a traidores e violadores de juramentos, ofereço a hospitalidade de minha rainha. A hospitalidade das facas.”

“Por você, estou eternamente perdido.”

“Pense em nós como estrelas cadentes, breves, porém luminosos.”

“Nem lealdade, nem amor deviam ser forçados.”

“Eu reconhecia pouca coisa, mas sempre reconhecia você.”

Resenha: A rainha do nada, Holly Black
Beco Literário
Livros, Resenhas

Resenha: A rainha do nada, Holly Black

Depois de ser exilada do mundo das fadas e condenada a viver no mundo mundano, Jude está indignada, afinal, ela é a Grande Rainha de Elfhame por direito. Essa é a premissa do livro que encerra a série O Povo do Ar, de Holly Black, A rainha do nada, depois de um livro com um final completamente avassalador como O rei perverso, é praticamente impossível não emendar uma leitura na outra.

+ Resenha: O príncipe cruel, Holly Black
+ Resenha: O rei perverso, Holly Black

É, eu não emendei. Mas não consegui me concentrar direito em nenhum livro no intervalo até eu me render para A rainha do nada. E devo dizer que li numa sentada só. Sentei para ler um capítulo como quem não quer nada e quando vi, já estava chegando na página 100, 200 e no epílogo.

O ritmo ditado por Holly Black na narrativa final começa de forma mais lenta, tanto que achei que não fosse engatar de primeira na leitura como fiz com os outros dois livros da série (que também li rápido, mas parei em alguns pontos estratégicos). Jude no mundo mortal é tediosa e talvez esse mesmo tenha sido o sentimento que Black quisesse passar na leitura, afinal, ela claramente não pertence àquele lugar. Morando com Vivi e com Oak no apartamento de Heather, ela passa seus dias em tédio supremo e, de vez em quando, se arrisca em algumas missões feéricas no mundo mortal.

Até que Taryn, sua irmã gêmea chega de Elfhame esbaforida, confessando que matou o noivo Locke e agora precisa enfrentar um julgamento. Ela quer que Jude vá em seu lugar para provar sua inocência e ela pode, afinal, o geas que o príncipe Dain deu à ela quando ela entrou para a Corte das Sombras, a fim de protege-la de qualquer encantamento de fada ainda funciona. E ela embarca, contra Vivi e com medo de ser sentenciada à morte por Cardan, que a exilou.

– Você veio do nada e para o nada vai retornar – sussurra ele em meu pescoço.

Ao chegar em Elfhame, ela enfrenta um julgamento com muita ansiedade e Cardan a reconhece. Quando eles estão prestes a botar os pingos nos is, Madoc invade o castelo para resgatar a filha, que ele pensa ser Taryn e a leva para seu acampamento de guerra, onde treina e reúne forças para tirar o trono de Cardan. Jude, irritada, percebe que o padrasto quer usurpar também o trono dela, mesmo ninguém sabendo que ela é a Rainha do Mundo das Fadas.

Depois de uma armação de Madoc para Jude ser pega, Cardan acaba anunciando para todo o mundo das fadas que ela é sua esposa e portanto, rainha por direito. Eles parecem se entender melhor quando o então rei perverso revela que o exílio era uma charada: só a Coroa poderia perdoá-la. Ela, como rainha, poderia ter acabado com seu exílio. Não é possível que Jude não tenha percebido isso vivendo há tanto tempo no mundo das fadas, sério! Até eu, que li os três livros em pouco menos de um mês percebi a charada no tom de voz de Cardan.

– Ela é minha esposa – revela Cardan, a voz se espalhando pela multidão. – A Grande Rainha de Elfhame por direito. E, definitivamente, não exilada.

Agora, juntos no trono, eles enfrentam a ameaça de Madoc e uma maldição que ronda a coroa de sangue, já que, em uma das invasões ao castelo, Cardan se transforma em uma serpente gigante que está amaldiçoando toda Elfhame. Sozinha, sem o amor de Cardan e tendo que levar um reino nas costas, Jude precisa entender em quem pode confiar, de que forma confiar e como vencer a maldição.

É o típico livro que a gente não tem um segundo de paz e encerra a série sem nenhuma ponta solta. Quando você acha que as coisas finalmente estão dando certo, Holly Black mostra que não se deve confiar tão fácil no povo féérico.

A vocês, ofereço vinho de mel e a hospitalidade de minha mesa. Mas a traidores e violadores de juramentos, ofereço a hospitalidade de minha rainha. A hospitalidade das facas.

Apesar de ter capítulos um pouco mais longos que os outros livros da série, A rainha do nada não perde em nada quando o assunto é ritmo, história de tirar o fôlego e até um pouquinho de fan service com cenas mais quentes de Jude e Cardan, que finalmente resolvem se entregar ao romance congelado que vinha sido cultivado nas outras séries. A forma como Holly consegue criar enigmas e entrelaçar histórias de fantasia é simplesmente única – sempre espere acontecer alguma coisa que você já poderia ter previsto com alguma isca que ela colocou anteriormente na série.

Agora, lido com a minha ressaca literária de terminar essa série cinco estrelas e só me resta ler os outros livros do esquema de pirâmide torcendo para ter mais um gostinho do apaixonante Cardan e da encrenqueira Jude. Recomendo muito!

Resenha: O rei perverso, Holly Black
Beco Literário
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Resenha: O rei perverso, Holly Black

Quando eu acabei de ler O príncipe cruel, eu quase subi nas paredes para ter O rei perverso em mãos. O livro acaba de uma forma que se você não tiver o próximo, você morre de ansiedade. E foi isso que aconteceu comigo.

+ Resenha: O príncipe cruel, Holly Black

O rei perverso chegou para mim numa sexta-feira. No sábado, eu passei o dia inteiro lendo. Antes de ler “O povo do ar” eu estava com uma ressaca literária imensa de livros de fantasia que foi curada pela saga. O livro começa pouco tempo depois do final do anterior. Jude Duarte agora é a mão por traz do reinado de Cardan. Como sua senescal, ela manda e desmanda, usando o então, inimigo mortal, como fantoche por um ano e um dia.

Você precisa ser forte o suficiente para golpear e golpear de novo sem se cansar. Vai doer. Mas a dor fortalece.

Ela achou que seria fácil agora que o pior passou. Mas, a jornada que ela aprende agora é que o poder é muito mais fácil de conseguir do que de manter. Nem preciso dizer que sentei para ler o livro e terminei em uma tacada só. É completamente impossível de parar.

Nós conseguimos poder tomando-o.

Cinco meses já se passaram, e ela não conseguiu fazer nada além de dar algumas ordens banais ao rei. Se quiser guardar o trono para seu irmão, Jude precisará pensar, e rápido, num plano para fazer Cardan se curvar a ela por mais tempo. Mas ter qualquer influência sobre o Grande Rei de Elfhame parece uma tarefa impossível, principalmente quando ele faz de tudo em seu poder para humilhá-la e prejudicá-la, mesmo que seu fascínio pela garota humana permaneça intacto. E é nessa parte que a gente começa a surtar: porque sim, tem cena de romance entre Jude e Cardan!

Te odeio tanto que às vezes não consigo pensar em outra coisa.

Eu gosto dos livros da Holly Black porque, apesar do romance existir, ela não deixa de lado as questões políticas para narrar histórias de amor, algo que vejo muito presente em livros da Cassandra Clare, por exemplo. Aqui, o romance faz parte da política. Jude e Cardan desejam um ao outro, mas também desejam poder. E eles são capazes de se beijarem, de transarem, de se entregarem ao instinto sempre pensando em um bem maior: subjugar um ao outro.

Mate-o antes que ele faça você amá-lo.

Os conflitos com Orlagh e todo o reino submarino também é um ponto importante neste livro. Aqui, entendemos melhor como funciona o poder da terra do Grande Rei de Elfhame e como são os domínios da rainha submarina. Um triângulo amoroso entre Jude-Cardan-Nicasia também parece se formar, já que, Orlagh dá um ultimato: Cardan precisa se casar com Nicasia, caso contrário, haverá guerra. E todos sabem que o povo submarino é unido, mas o povo da terra, dividido entre cortes Seelie e Unseelie, não são tão unidos assim e são facilmente manipuláveis.

Eu imagino o que teria acontecido se eu tivesse admitido que não consegui tirá-lo da cabeça.

Mas, se Cardan se casa com Nicasia, Orlagh e sua dinastia passam a ter o controle total de Elfhame, terra e água. E isso não é interessante.

O rei perverso é um livro de transição entre o início e fim de uma saga, portanto, de leitura rápida. É um livro que faz a gente se aprofundar um pouco mais dentro da história sem trazer grandes acontecimentos significativos como o primeiro, que tem tronos roubados, chantagens e batalhas intensas. Mas, não me entenda mal, porque isso nem de longe faz a série esfriar, muito pelo contrário. Os jogos políticos ganham um destaque maior com pessoas envenenando, encantando e ludibriando umas as outras, como só o povo feérico consegue fazer.

Agora me beije como se eu fosse Cardan.

E, como se não bastasse, alguém que a gente menos espera trai Jude. Eu chorei quando descobri a traição, vou confessar. E é somente no capítulo trinta, no último, que o título O rei perverso faz total sentido. Holly Black brinca com os nossos sentimentos. Vou explicar melhor no último parágrafo, com spoiler, após o Beconomize. Leia por sua conta e risco.


PARÁGRAFO DE SPOILERS, PARE DE LER AQUI SE NÃO QUISER PEGAR INFORMAÇÕES IMPORTANTES DO ENREDO!

Certo, a gente sabe que a Jude precisa ampliar o seu poder sobre Cardan. E ele não quer porque está gostando do trono e isso é previsível no enredo. Mas o que me deixou gritando sozinho é quando, nos meados dos últimos capítulos, Cardan pede Jude em casamento, transformando-a em Rainha de Elfhame, só para bani-la ao mundo mortal algumas páginas depois. Sério, Holly Black!!!!!! Isso deveria ser crime?

Eu já estava doido da cabeça achando que o enredo de enemies-to-lovers estava fechado, quando plau, Cardan pune Jude, perante Orlagh, pelo assassinato de Balekin a viver no mundo mortal até segunda ordem. Caso ela desobedeça e pise no mundo das fadas, morrerá imediatamente. E a gente sabe que a Jude tem horror ao mundo mortal.

Doce Jude. Você é a minha melhor punição.

Dessa vez, Rainha do Nada já está me esperando na estante e mal posso esperar para entender como vai ser o fim de O Povo do Ar, porque nem nos meus sonhos mais confusos eu poderia imaginar algo assim.

FIM DOS SPOILERS.


Resenha: O príncipe cruel, Holly Black
Beco Literário
Livros, Resenhas

Resenha: O príncipe cruel, Holly Black

Eu gosto do trabalho da Holly Black há muito tempo. Desde criança. As crônicas de Spiderwick foi um dos primeiros livros que li na infância e sempre ficou intacto na minha memória o quanto eu amava a forma dela criar mundos mágicos. Quando saiu O príncipe cruel, fiquei meio relutante. Primeiro, porque ultimamente não me conecto tanto com livros de romance que não sejam LGBTQIAP+. Segundo, porque tinha medo de não gostar mais da escrita da Holly, levando em conta que hoje em dia sou um pouco mais crítico com isso (eu amo as histórias da Cassandra Clare, por exemplo, mas odeio a escrita dela).

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+ Um oi da Holly Black!

Resolvi dar uma chance para O príncipe cruel na Bienal do Rio, quando descobri que ia entrevistar a Holly. E eu simplesmente devorei o livro em três dias. Voltei para a fase adolescente do Gabriel que deixa de comer, dormir e ir ao banheiro só para ler mais uma página e ainda, de quebra, me tirou de uma ressaca literária de ler ficção fantástica que eu estava há tempos.

“Nós somos filhos de tragédias.”

O príncipe cruel é um livro que conta a história de Jude, uma garota mortal, mudana, humana, que vê seus pais serem assassinados bem diante dos seus olhos e é levada junto com a irmã gêmea Taryn e a irmã mais velha Vivi ao Reino das Fadas. Quando a gente fala de fada, parece aquele mundo animado de fadinhas que voam e só fazem o bem. Se você espera isso, já vai tirando o cavalinho da chuva que o reino de Holly Black, chamado de Elfhame, é onde vive todo tipo de criatura feérica, cortes seelie e unseelie. E é justamente isso que eu mais gosto nas mitologias da Holly: ela brinca com cores de cabelo, cores de pele, características psicológicas e físicas… E isso é difícil de encontrar em livros que falam de seres feéricos.

“Se eu não puder ser melhor que eles, então vou ser muito pior.”

No mundo de Elfhame, Jude precisa entender que nunca será como os outros feéricos. Ela sempre será mortal e por isso, sempre mais fraca, sempre preterida… Mas ela quer conquistar o seu lugar na corte como guerreira. E é nessa jornada que a gente conhece o príncipe Cardan, perverso, otário, ridículo e que faz de tudo pra ela sofrer: desde palavras duras e vergonhosas até a obriga-la a se drogar com as comidas das fadas.

“Ele é uma faísca e você é altamente inflamável.”

O mais incrível da narrativa de O príncipe cruel é que os relacionamentos e afetos são tratados por uma ótica política. É um livro que tem romance, tem descoberta, tem vida, mas acima de tudo, é um livro que fala sobre relações políticas no reino das fadas e é isso que me deixou fascinado. Não preciso nem dizer que o plot twist de enemies-to-lovers de Jude e Cardan também me tirou alguns suspiros, mas isso só foi possível e eu só me conectei tanto com os personagens pela Holly saber manejar justamente as relações frias e superficiais, baseadas em interesses, que os seres feéricos estabelecem entre si e entre os mortais.

“O Reino das Fadas podia ser lindo, mas a beleza é comparável à carcaça de um corcel dourado cheio de larvas se contorcendo por baixo da pele, prontas para explodir.”

O livro tem capítulos curtos (eu amo!) e alguns mais longos que não ultrapassam as vinte páginas. Ele é escrito em primeira pessoa (exceto no prólogo), então conhecemos o mundo pelo ponto de vista da Jude. Apesar disso, não se torna cansativo de ler (como muitos em primeira pessoa). Ele é fluído. De início, você pode levar um tempo para engatar a leitura enquanto você se ambienta com Elfhame e os costumes de lá, mas depois de você passa da página trinta, você só consegue parar quando chega na 300.

“Você não é nada. A espécie humana finge ser tão resiliente. As vidas mortais são uma longa brincadeira de faz de conta. Se você não pudessem mentir para si mesmos, cortariam a própria garganta para acabar com sua infelicidade.”

Se eu já gostava da Holly Black na infância, agora na vida adulta parece que sua escrita e suas histórias me acompanharam. É um livro young adult, que não traz temas infantis como era em Spiderwick, mas também não deixa a desejar em nenhum momento quando o assunto é desenvolvimento de mundo e de personagem. Com certeza, uma leitura cinco estrelas.

Entrevista: Holly Black é a rainha de tudo e fala sobre seus gatinhos
Beco Literário
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Entrevista: Holly Black é a rainha de tudo e fala sobre seus gatinhos

No último sábado (02), estivemos na Bienal do Livro do Rio de Janeiro para ver com nossos próprios olhos o primeiro final de semana de festa e que de quebra, ainda ia contar com Holly Black, Cassandra Clare, Julia Quinn e muitos outros autores de renome. Se você já esteve em uma, deve saber muito bem como ficam as filas, os corredores, os estandes… Mas isso é papo para outro texto, porque, um dos motivos principais da nossa ida foi Holly Black!

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Particularmente, sou fã da Holly desde criança. Li As Crônicas de Spiderwick na minha primeira infância, era fissurado pelo filme, comecei a escrever sobre fantasia e seres mágicos por conta da história e cheguei a ficar na fila da livraria da minha cidade para comprar o segundo livro da série, A Pedra da Visão. E sim, tive a oportunidade de entrevistar a Holly e conversar com ela por aproximadamente quinze minutos em seu hotel, no Rio de Janeiro, no sábado da Bienal.

Se você é fanboy de fantasia como eu, Holly dispensa apresentações e você pode imaginar como eu estava tremendo da cabeça aos pés e com o inglês todo travado de estar ali, na frente dela. Certo momento até me desculpei falando que estava tentando ser profissional e ela nah, deixa disso! Só posso dizer que Holly superou minhas expectativas. Ela é simpática, fofa, completamente afetuosa, carismática e preocupada com os fãs. Gente como a gente, sabe? Faz questão de estar ali e não só de cumprir agenda.

Para você que ainda não conhece, Holly Black é uma escritora norte-americana que ficou mundialmente famosa após escrever a série de livros As Crônicas de Spiderwick. Ela é uma grande colecionadora de livros raros de folclore e em seus primeiros anos de vida ela morou em uma mansão abandonada em estilo vitoriano com sua mãe, que contava a ela várias estórias de fantasmas e fadas. Seu primeiro livro, Tithe: A Modern Faerie Tale, foi muito bem recebido pela crítica e hoje, é autora best-seller número 1 do New York Times com mais de trinta livros de fantasia para jovens adultos e crianças. Seus livros já foram traduzidos para 32 idiomas e adaptados para o cinema e TV. Hoje, ela vive com o marido e o filho em uma casa que tem uma biblioteca secreta.

Meu horário com a Holly era 15h, no hotel em que ela estava hospedada, no Rio de Janeiro. Cheguei trinta minutos antes do combinado, correndo e esbaforido com medo de não encontrar a portaria, de não me deixarem subir, de algo dar errado (enfim, o ansioso, né?). Deu tudo certo. Cheguei, subi até a sala em que iríamos nos encontrar e esperei alguns minutos. Holly me chama para entrar e me convida para sentar ao seu lado, em uma mesa preta. Estou tremendo.

Faço uma breve apresentação do Beco Literário, conto nossa história e falo de forma enrolada que Beco Literário, em inglês, significa Literally Alley. Penso em porque não escolhi um nome mais fácil porque minha língua trava e minha boca fica seca. Começo conversando, descontraindo o momento, mais por mim que por ela. Na sala, estamos eu e ela na mesa, o Patrik tirando fotos na outra ponta e duas assessoras da Holly no cantinho. Agora vai.

Você pode ouvir a entrevista original, em inglês, acima

Beco Literário: Os livros de “As Crônicas de Spiderwick” completam 20 anos de publicação este ano… (risos) Como você se sente sendo parte da infância de tanta gente? Quer dizer, a gente era criança quando leu pela primeira vez. Eu (Gabu) tinha uns doze anos e agora tenho 26…

Holly Black: É muito especial, mas também muito estranho. Para mim não parece que faz tudo isso de tempo… parece que faz bem menos (risos). Mas, eu aprecio demais quem me acompanha deste então porque eu faço muitas coisas diferentes e uma das coisas mais interessantes sobre isso e que acontece muito comigo é estar em uma sessão de autógrafos e alguém percebe que fui eu que escrevi Spiderwick e eles estão lá por outros livros e dizem “então foi você?” ou o caminho inverso, quando falo que escrevi Spiderwick e as pessoas dizem “você escreveu aquilo?”. Ser a mesma pessoa (que escreveu Spiderwick e O Príncipe Cruel) tem sido uma surpresa em quase toda sessão de autógrafos que eu faço (risos).

BL: Não sei se você já teve a oportunidade de ver o Brasil desde que chegou, mas tem algo aqui que te inspira mais? O que você gostou mais daqui?

Holly: Bom, eu nunca tinha estado aqui, é a minha primeira vez. Eu tive a oportunidade de ver o Rio de Janeiro de helicóptero e é incrível e ver a forma como a floresta avança sobre as pedras e as montanhas… (suspiro). Para mim, parecia musgo e quando eu percebi que de fato eram árvores, uau. Aquelas paisagens vão ficar comigo por muito tempo. O Rio tem uma vista incrível e você se sente em um lugar folclórico.

BL: Sempre quis te perguntar essa aqui (risos). Como o processo de escrita em parceria funciona para você? Você escreveu Magisterium com a Cassie, Spiderwick com o Tony… Quero dizer: você escreve um capítulo, a outra pessoa lê e você escreve o resto… Como funciona?

Holly: Escrever em conjunto funciona de formas diferentes com cada pessoa. Quando eu estava trabalhando com o Tony em Spiderwick, a gente sentava e falava sobre a história. Eu escrevia e ele desenhava. Eu mandava para ele o que eu escrevi, ele me mandava o que desenhou e nós conversávamos em cima disso. Às vezes, ele me mandava um desenho que ele fez, alguma sugestão e falava ‘você pode colocar isso no livro?’, eu respondia ‘ondeeee?’ e ele ‘que tal aqui?’ (risos). Já com a Cassie, a gente escreveu tudo no computador de uma só de nós. E nós passávamos o computador de lá pra cá. Eu escrevia aproximadamente 500 palavras, ela lia e fazia as considerações dela e então, escrevia mais 500 palavras e eu lia e fazia minhas considerações. Não teve nada que nenhuma de nós não tenha feito em conjunto. E isso tudo aconteceu porque todos esses livros foram escritos em apenas um ponto de vista, então tínhamos que ter a mesma voz. Foi muito divertido para mim, eu me permiti fazer muitas brincadeiras que não teria feito normalmente porque eu pensava que se não funcionasse, a Cassie poderia arrumar ou tirar. Eu achei bastante libertador e a Cassie segue perfeitamente o outline (planejamento de acontecimentos de um livro) e eu não sigo… (risos). Então foi maravilhoso porque ela dizia ‘isso precisa acontecer, está no planejamento que precisamos seguir’ e eu respondia ‘então tá, se você diz, vamos seguir o planejamento’ (risos). Mas, eu acho que muito do que a gente pensa sobre escrever em colaboração é sobre o nervosismo do processo, porque nós vamos “bater cabeças” e isso realmente acontece, mas também é a melhor parte da colaboração porque quando você bate cabeça, você encontra uma terceira opção para seguir o caminho, o que uma ou outra pessoa sozinha não conseguiria fazer e você consegue em conjunto. Esse é o tipo de coisa que você não tem quando escreve sozinho. E é isso que eu realmente amo sobre colaborações.

BL: Que conselho você daria para nós escritores que queremos escrever um livro em colaboração?

Holly: Se você vai colaborar, meu conselho para você é: sempre tenha um projeto, que seja o seu projeto, sozinho. Porque você só consegue se regenerar dessa forma. Porque assim você tem algo que você pode tomar todas as decisões por conta própria e dizer é meu, veio da minha cabeça.

BL: Uau! Maravilhosa. (risos em conjunto). Tem uma pergunta que sempre faço para todos os autores – o que você sempre quis responder mas ninguém nunca te perguntou?

Holly: Uau! Essa é difícil mesmo. (risos). A pergunta que eu sempre quis responder é uma que ninguém quer saber a resposta, que seria ‘me conta sobre seus gatos’ (risos) ou ‘me fale sobre sua coleção de planners’. Eu queria muito que me perguntassem sobre isso mas ninguém quer saber… Mas, ‘me conta sobre seus gatos’ é meu top um (risos).

BL: Então… me conta sobre seus gatos?

Holly: Eu tenho um gato sem pelos que se chama Quasit e as pessoas gostam dele de vez em quando. Ele é um adolescente na minha casa, mas é bem amoroso e já aprontou bastante… Eu posto muitas fotos dele. Eu só postei dois vídeos no TikTok na minha vida e ele está em um deles subindo no meu pescoço (risos), porque ele é um garoto estranho. Não vou falar mais sobre meus gatos (risos).

BL: Tenho mais uma pergunta – O que nós podemos esperar para “O Trono do Prisioneiro (The Prisioner’s Throne)”? A sequência de “O Herdeiro Roubado”?

Holly: (suspiro) Ele começa imediatamente após ‘O Herdeiro Roubado’ e nele, nós voltamos para Elfham… (risos misteriosos).

Momentos da entrevista do Beco Literário com a Holly Black

Beco Literário

Com o fim da entrevista, agradeço Holly Black mais uma vez pelo seu tempo e pela oportunidade de nos conhecermos. Agora revelo a ela que na verdade sou um grande fã, mas que tinha que manter o profissionalismo. Ela pergunta meu nome e eu, sem saber falar Gabu em inglês naquela hora, respondo Gabriel. Ela assina meus dois livros com capricho, tira uma foto comigo e ainda grava um video para o Beco Literário, pedindo para eu repetir devagar Beco Literário. É, eu devia mesmo ter escolhido um nome mais fácil.

Por fim, agradeço também a Rô Tavares, da Galera Record e toda sua equipe, pela oportunidade, chance e por todos os arranjos para que esse encontro acontecesse e pela paciência de me explicar (com fotos!) como chegar no hotel. O Gabu de 26 ficou realizado por entrevistar a Holly para o Beco Literário, mas o Gabriel de 12 que sonhava em ser escritor ficou em êxtase por realizar um grande sonho.

Bienal do Livro Rio anuncia a vinda da best-seller Holly Black
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Bienal do Livro Rio anuncia a vinda da best-seller Holly Black

A Bienal do Livro Rio anuncia a vinda da best-seller Holly Black, autora de mais trinta livros de fantasia para crianças e jovens adultos, traduzidos para 32 idiomas e adaptados para o cinema. Na Bienal 40 anos, Holly será entrevistada, participará do baile à fantasia da Julia Quinn e lançará o volume único do sucesso “As crônicas de Spiderwick” (Editora Galera Record) para os leitores brasileiros.

+ Resenha: O Desafio de Ferro (Magisterium #1), Holly Black e Cassandra Clare

Esta edição de luxo reunirá os cinco livros da série: “O guia de campo”, “A pedra da visão”, “O segredo de Lucinda”, “A árvore de ferro” e “A ira de Mulgarath”. Conteúdo exclusivo, ilustrações inéditas de Tony DiTerlizzi e três capítulos extras do universo Spiderwick estão entre as novidades. “As crônicas de Spiderwick” teve os direitos adquiridos pelo Disney+ para adaptação de uma série, com lançamento previsto ainda para este ano.

Holly Black já ganhou prêmios, como Eisner Award, Lodestar Award, Nebula Award e uma Medalha Newbery Honor. O seu trabalho mais recente é a série para jovens adultos “O Povo do Ar”, que já vendeu quase 400 mil exemplares no Brasil e é best-seller do New York Times. “O canto mais escuro da floresta”, “Zumbis x unicórnios”, “O herdeiro roubado” e “Livro da noite”, sua primeira fantasia adulta, são alguns de seus livros de sucesso por aqui, lançados pela Editora Galera Record.

Sobre a Bienal do Livro Rio – 40 anos
Presente na memória afetiva de milhares de pessoas, a Bienal do Livro Rio completa 40 anos com uma edição comemorativa que traz as mais relevantes discussões contemporâneas. Este ano, o maior festival de literatura, cultura e entretenimento vai oferecer ao público experiências que vão além do livro, em palcos inéditos e com bastante interação com o público, unido por uma paixão em comum: contar e ouvir histórias. Realizada pela GL events Exhibitions em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a Bienal vai reunir, este ano, mais de 300 autores em 80 encontros com os leitores, com cerca de 300 editoras do país inteiro. Serão mais de 200 horas de programação para toda a família.